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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 15 de abril de 2020

GODZILLA: HALF WAR CENTURY - análise e crítica da HQ

ouvindo: R.E.M., Fables of the Reconstruction, de 1985. 

... antes de meter a cara no Apocalypse Now Redux, o post de hoje...

não é difícil entender a série de cinco edições Godzilla: The Half-Century War, publicada entre agosto de 2012 e março de 2013 PERÍODO QUE EU ‘TAVA FAZENDO MEU SEGUNDO TCC DA GRADUAÇÃO, com roteiro e arte de James Stokoe (Cavaleiro da Lua, Zombies vs Robots[1], The Transformers vs. G.I. Joe[2]), cores de Heather Breckel (TMNT, My Little Pony[3]) e capas variantes de Frank Teran (Justiceiro, Transmetropolitan, Hellblazer) (edição 1[4]), Sheldon Vella (Deadpool, X-Men) (edição 2), Brandon Graham (Conan, a MARAVINCRÍVEL Elephantmen, Transmetropolitan) (edição 3), John Kantz (Scott Pilgrim) (edição 4) e Simon Roy (EU JÁ FALEI DELE AQUI NO BLOG, CARAI!) (edição 5) – esta última colorida por Joseph Bergin III –, como uma releitura e ressignificação de Moby Dick, magnum opus do escritor e professor estadunidense Herman Melville (1819-1891), já que Half-Century War conta a saga do militar japonês Murakami Ota e seu fiel escudeiro Yoshihara Kentaro em suas idas e vindas atrás do deus ancestral que transformou a Terra em seu parquinho de passeio. mas num te ilude não, crente que The Half-Century War será uma Moby Dick Star Trek: The Next Generation porque não vai não.
negócio começa em 1954[5], da primeira aparição do nosso kaiju favorito em Tóquio (a capa variante do Frank Teran já entrega o jogo) e, no processo, somos apresntados ao jovem tenente Murakami Ota e ao piloto Yoshihara Kentaro que, como últimos sobreviventes de seu batalhão, têm a função de “distrair” Godzilla enquanto os civis eram retirados da cidade. ao contrário do relatado no primeiro filme, a fórmula do Dr. Serizawa Daisuke (interpretado no cinema por Akihiko Hirata e nos filmes produzidos pela Legendary por Watanabe Kensaku) não funfou como ele acredito que aconteceria, logo o coronel Roy Campbell Schooler convoca a dupla para fazer parte da Anti-Megalosaurus Force, i.e., Força Anti-Megalossauro, organização internacional criada para resolver os “causos” de Godzilla, quando este resolvesse dar as caras.
mas história do Godzilla não é história do Godzilla se seus amiguinhos não dão as caras. e o primeiro a aparecer é o mezzo tatu mezzo porco-espinho Anguirus durante o Vietnã de 1967[6], quando a zona ‘tava muito quente e o Frank Castle[7] e a galera do ‘The Nam[8] ‘tavam virando bicho por lá mesmo com um maquinário porrada, em grande parte desenvolvida pelo geólogo e engenheiro de mineração Doc Carson, pra desbancar o ‘Zillão, eles não contavam com o Anguirus (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, EU QUERO UM ANGUIRUS PRA MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM) tocando o foda-se por lá tendo sido “chamado” por um aparelho eletrônico de radiofrequência capaz de convocar outros kaijus adormecidos, desenvolvido por Deverich, cientista estadunidense dissidente da AMF que teve seu projeto encerrado pro ser considerado mais perigoso que benéfico. e o que o bonitão vai fazer? inventa de vender a tralhera pra quem tem mais dinheiro pra quem comprar ter sua própria arma ambulante de destruição em massa. e, à aparição de cada novo kaiju, a AMF cria uma divisão especial para dele tratar (eu achei essa uma excelentíssima sacada do roteirista).
na “visita” do ‘Zilla à Bombai em 1987[9] (a anterior fora em Gana, em 1975[10], quando o Schoolar morre em um ataque conjunto dos kaijus), a AMF bota em ação o MechaGodzilla[11]. e o trem fica mais loco porque o Deverich (nada me tira da cabeça qu’esse nome é uma zuada com o do Roland Emmerich por ele ter feito aquela porra de ruindeza) criou um transmissor de sinal de chamadas de kaijus muito mais potente que o anterior, sendo que, visto que os sinais enviados da Terra saem dela e chegam ao espaço[12], alienígenas fizeram seu próprio Godzilla – o SpaceGodzilla[13] – e o mandaram pra cá pra destruir o daqui e poder mandar na Terra (PENSANDO MUITO BEM, NÃO É UM PLANO RUIM, NÃO)
. como isso é tão ruim quanto o Godzilla sempre fazendo incêndio radioativo no seu personal parquinho de vez em sempre – citando de uma só vez Rorschach no filme do Watchmen e Serizawa-sensei no estadunidense de 2014[14] “não somos nós que dividimos o planeta com Godzilla, é o Godzilla que divide o planeta com os humanos” – Ota[15] vai recolocar o MechaGodzilla no quebra (SpaceGodzilla o tinha ownado) e virar o jogo.
o Final Round é na Antártida, Godzilla versus King Ghidorah[16] e Gigan[17]. e lá o Capitão Ahab e Ismael no encalço de seu cachalote atômico[18] e lá a vontade de Ota de mostrar a Godzilla sua existência e o quão procurava entendê-lo (queria eu ganhar um litrão de Velho Barreiro pra cada imbecil que almeja descobrir as verdadeiras motivações do Gojira). a batalha entre os quatro é do caralho (Ota novamente pilotando o MechaGodzilla), sendo qu’as lutas conjuntas da franquia sempre foram no melhor estilo WWE, sendo lutas do caralho de se ver e dessa vez não foi diferente.
Stokoe não entrega um final apoteótico e sim condizente com a narrativa. “um final condizente e não apoteótico? mas poderia ser um final condizente e apoteótico?” sim, poderia. mas não deixa de ser muito legal e fazer valer a leitura até a última página.
falando como fã e como aspirante à teórico da narrativa fantástica: Godzilla não cansa porque sempre dá pra contar alguma boa história nesse universo, se tu não quiseres ser mirabolante e pretensioso.todavia, tem que gostar MUITÃO da franquia pra sacar estes pormenores.




este post é amorosa e especialmente dedicado ao escritor mineiro conhecido por sua crônica precisa JOSÉ RUBEM FONSECA (1925-2020), um dos responsáveis de eu acreditar fortemente que podia escrever prosa. é tanta coisa legal dele que eu li que seria incapaz de escolher alguma passagem pra citar aqui
e
agradeço por tudo, Mestre Rubens, senhor vai fazer falta





[1] essa eu já li e comentei nesse post AQUI! mas vai rolar um post só pra ela, creio que ante do fim da quarentena.
[2] COM EXCEÇÃO DA PROPAGANDA IDEOLÓGICA QUE SEMPRE TEM EM G.I. JOE, até que não e ruim.
[3] ‘tá admirad@ com isso? eu realmente não.
[4] que faz AQUELA homenagem máxima ao filme de 1954.
[5] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1954.
[6] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1967.
[7] ler Justiceiro: Nascido Para Matar, escrita por Garth Ennis e ilustrada por Darick Robertson para o selo MAX em 2003 e publicada no Brasil pela Panini na Marvel MAX.
[8] no Brasil, Conflito do Vietnã, série escrita e desenhada pelo veterano do Vietnã Dave Murray para a Marvel Comics em 84 edições publicadas entre dezembro de 1986 e setembro de 1993. foi publicada no Brasil pela Abril Jovem em 84 edições publicadas entre dezembro de 1988 e dezembro de 1990 (A. ÚLTIMA. EDIÇÃO. É. UM. LIXO.).
[9] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1987.
[10] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1975.
[11] cuja primeira aparição foi no filme Godzilla vs MechaGodzilla, de 2002, dirigido por Masaaki Tezuka, escrito por Wataru Mimura e produzido por Shōgo Tomiyama.
[12] isso é tão óbvio que eu nem deveria estar explicando!
[13] cuja primeira aparição foi no filme Godzilla vs SpaceGodzilla, de 1994, dirigido por Kensho Yamashita (1944-2016), escrito por Hiroshi Kashiwabara e produzido por Shōgo Tomiyama e Tomoyuki Tanaka (1910-1997).
[14] dirigido por Gareth Edwards (dá pra acreditar que esse filho da puta dirigiu Rogue One: A Star Wars Story?), com roteiro de Max Borenstein (Kong e a Ilha da Caveira) sobre história de David Callaham (Doom, trilogia Mercenários) e produção de Thomas Tull, Jon Jashni, Mary Parent e Brian Rogers.
[15] NÃO, NÃO É O OTACÍLIO COSTA D’ASSUNÇÃO BARROS, EDITOR DA MAD BRASIL!!!!!
[16] cuja primeira aparição foi no filme Ghidorah, the Three-Headed Monster (lançado no Brasil como Ghidorah, o Monstro Tricéfalo), de 1964, dirigido pelo próprio Ishirō Honda (1911-1993), escrito por Shinichi Sekizawa e produzido por Tomoyuki Tanaka.
[17] cuja primeira aparição foi no filme Godzilla vs Gigan, de 1972, dirigido por Jun Fukuda (1923-2000), escrito por Kaoru Mabuchi (1912-1987) e Shinichi Sekizawa (1921-1992) e produzido por Tomoyuki Tanaka.
[18] atômicuzão ou atômicuzinho?










BIS
ZU
DEM
BREAKING
FUCKING
NEUEN
POST
!!!!

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