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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 29 de abril de 2020

10 ÁLBUNS PARA O LUÍS HENRIQUE

ouvindo: Marcelo Nova e Raul Seixas, A Panela Do Diabo, de 1989

o meu parça Luís Henrique me taggeou no Facebook pra marcar dez álbuns que marcaram minha vida mas sem explicar as histórias dos porquê’s. eu poderia fazer 100 álbuns mas bora fazer 10 e contando a “história dos porquê” de cada um.
não é uma ordem obrigatória, é na que eu tô lembrando.

10 - ARRAIAL DO PAVULAGEM: CÉU DA CAMBOINHA
“por que Arraial?” e por que Céu da Camboinha?”. meu album favorito deles é o Gente da Minha Terra, de 1995, mas esse é especial porque é meu primeiro álbum fisico deles e também foi da namorada pra quem eu disse “eu te amo” e ela retribuiu dizendo o mesmo em voz alta.

9 - LEGIÃO URBANA: DOIS 
tem, em sequência, “Andrea Doria”, “Fábrica” e “Índios”.

8 - MAZZAROPI CONTRA O CRIME (homônimo) 
tu ouves sem pular sem nenhuma faixa.

7 - METALLICA: LOAD
tem “Hero of the Day” e “Bleeding Me”, que fizeram eu acreditar na minha poesia, como o Renato Russo nem chegou perto de conseguir.


6 - PEARL JAM: VS
tem “Animal”
tem “Daughter”
tem “Glorified G”
tem “Dissident”
tem “Blood”
tem “Rearviewmirror”
tem “Rats”
tem “Leash”

e tem “Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town”, a música favorita da mamãe do Pearl Jam

5 ENGENHEIROS DO HAWAII: FILMES DE GUERRA - CANÇÕES DE AMOR
nem vou falar do disco e sim do VHS e foda-se.
tem os videoclipes de “¿Quanto Vale A Vida?”, “Crônica”, “Às Vezes Nunca”, “Realidade Virtual”, “¿Até Quando Você Vai Ficar?” e “Ninguém=Ninguém”, isso sem contar as versões definitivas de “Ando Só” e “O Exército de Um Homem Só”.

4 NEIL YOUNG: EVERYBODY KNOWS THIS IS NOWHERE
se tu consegues pular faixa de “Cinnamon Girl” até “Cowgirl in the Sand”, NEM FALA COMIGO.

3 TOQUINHO E VINICIUS: MULHER E POESIA
tem “Regra Três” e “Tarde em Itapoã”. fim.

2 SIMON & GARFUNKEL BRIDGE OVER TROUBLED WATER
When you’re weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I am just a poor boy
Though my story’s seldom told
I have squandered my resistance
For a pocket full of mumbles such are promises
All lies and jests
Still a man hears what he wants to hear
And disregards the rest
When I left my home and my family
I was no more than a boy
In the company of strangers
In the quiet of the railway station running scared
Laying low,
Seeking out the poorer quarters
Where the ragged people go
Looking for the places only they would know
Lie la lie ...

I’m on your side
When times get rough
And friends just can’t be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Asking only workman’s wages
I come looking for a job
But I get no offers,
Just a come-on from the whores on Seventh Avenue
I do declare,
There were times when I was so lonesome
I took some comfort there
Lie la lie ...

When you’re down and out
When you’re on the street
When evening falls so hard
I will comfort you

Then I’m laying out my winter clothes
And wishing I was gone
Going home
Where the New York City winters
Aren't bleeding me
leading me, going home
In the clearing stands a boxer
And a fighter by his trade
And he carries the reminders
Of ev’ry glove that layed him down
Or cut him till he cried out
In his anger and his shame
“I am leaving, I am leaving”
But the fighter still remains
Lie la lie ...I’ll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I’m sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind

2 - GREEN DAY: DOOKIE
♫♪no time to search the world around ‘cause you know where I'll be found when I come around♪♫


1 AC/DC: FOR THOSE ABOUT TO ROCK (WE SALUTE YOU) 
eu SEMPRE quis ter uma SG primeiro foi pelo Angus Young, do AC/DC depois pelo Anthony Frank “Tony” Iommi e DEPOIS pelo Greg Hetson, do Bad Religion. “mas o que te fez querer ter uma SG?”
esse clipe aqui












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FUCKING
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terça-feira, 28 de abril de 2020

ÀS 17h34min40s (O FIM DA TERRA) – poema

ouvindo: Marcelo Nova e Raul Seixas, A Panela Do Diabo, de 1989

ÀS 17h34min40s (O FIM DA TERRA)
apresentar-se-ão neste texto 
as condições de emergência 
nas quais e sob as quais 
produz-se o Poema e a Poesia: 
quando um dos dois consegue 
forçar saída 
seja pela escrita, seja pela voz 
ou seja primeiro pela voz e depois ressignificar 
através de transcrição 
que pode ser ou não fonética. 
condição de não-mais 
suportar! 
não suportar mais o quê? 
depende de pra quem se pergunta 
a resposta sobre a angústia 
varia igualmente de autor pra autora – 
às vezes pode ser parir um elefante adulto 
em único momento 
sem dor alguma; 
outras parir uma estrela no seu momento 
mais brilhante antes de desvanecer (hell, yeah), 
como se fosse um parto que durasse 
horas 
e horas 
e horas 
até que tudo vá embora 
e embora 
e embora 
só que, não somente em um dia.
há dias que ou é o elefante ou é a estrela fulgurante 
que volta 
e volta 
e volta 
resultando na Poética forçar sua existência 
para dentro do papel ou aos quatro ventos! 
a Poética é um processo emergencial 
a ser sempre 
imediatamente 
atendido! 
nem sempre o grito sai na frequência e intensidade 
que se auto-planeja 
mas antes parido a silenciado!!!

:: 27 de abril de 2020 ::
:: o título do poema foi retirado do filme russo Salyut 7, de 2017, dirigido por Klim Shipenko e escrito por ele + Aleksey Samolyotov, Aleksey Chupov, Natalya Merkulova e Bakur Bakuradze ::

sábado, 25 de abril de 2020

CRÔNICAMENTE INVIÁVEL - crítica e análise do filme

ouvindo: Wendy Carlos, Tron: Original Motion Picture Soundtrack, de 1982

“A violência é tão fascinante
E nossas vidas são tão normais
E você passa de noite e sempre vê
Apartamentos acesos
Tudo parece ser tão real
Mas você viu esse filme também”
– Legião Urbana, “Baader-Meinhof Blues”.

tem esse vídeo aqui do Canal Barbônico e o Barba falou de alguns de seus filmes favoritos 
e falou desse filme nacional que vou comentar hoje: Cronicamente Inviável, de Anthem for the Year 2000, dirigido por Sérgio Luís Bianchi (Quanto Vale Ou É Por Quilo?, Maldita Coincidência, Os Inquilinos) e roteiro dele com o também cineasta Gustavo Steinberg (1,99 - Um Supermercado Que Vende Palavras; O Prisioneiro da Grade de Ferro[1], Fim da Linha), a partir da história escrita pelo Bianchi com a escritora Beatriz Bracher.




Cronicamente Inviável, de 2000 de Sérgio Luís Bianchi e escrito por ele + Gustavo Steinberg
(coloquei todas as capas pra cinema porque achei todas fudidas de bacanas)

esse filme, pra dizer o mínimo e se tu não tens noção do que é o brasileiro médio de verdade sem um telefone celular na mão, é uma pedrada daquelas seguras na tua cara com exceção do sistema escolar e do futebol e da religião, ninguém deixa de levar sua devida lapada do povo. eu senti falta pra caralho destes itens terem sido “ignorados” MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS foda-se, cara. Cronicamente Inviável é.... meio... que icônico eu ter visto hoje, esse primeiro semestre, esse ano, não somente porque o filme completa vinte anos, e porque faz vinte anos do meu terceirão do médio e eu crente que sabia do mundo mas, na verdade, não sabia era de porra nenhuma.
e, até hoje, digo que não sei de muita coisa até agora.

“CRONICAMENTE INVIÁVEL?!? POR QUE ‘CRONICAMENTE INVIÁVEL’?” 
o que não falta no Brasil é escritor/a foda. não tem como fugir disso mesmo apesar do país ainda ter, de acordo com o IBGE Educa, 11.3 MILHÕES de analfabetos, somos ricaços em produção literária, seja em poesia, seja em prosa e sendo a crônica meio que o gênero literário brasileiro do século XX, ainda que não seja exclusividade nossa. mas nem todo mundo tem Nelson FUCKING Rodrigues, Murilo FUCKING Rubião, Carlos FUCKING Drummond de Andrade, Rubem FUCKING Braga, Paulo FUCKING Mendes Campos, Fernando FUCKING Sabino, Vinicius FUCKING de Moraes, Clarice FUCKING Lispector, Martha FUCKING Medeiros, Rachel FUCKING Queiroz, Millôr FUCKING Fernandes, Paulo FUCKING Henriques Britto, um caralho de gente que eu ia morrer e não ia terminar de falar nesse post.
mas crônica? o que porra é crônica? não é só a música dos Engenheiros do Longe Demais das Capitais, é FUCKING caracterizado principalmente, às palavras da Prof.ª. Ms.C. Ana Cecília Nascimento e Santos, por abranger 
“‘pequenas produções em prosa, de natureza livre, em estilo coloquial, provocadas pela observação dos sucessos cotidianos ou semanais, refletidos através de um temperamento artístico’. A linguagem utilizada nesse gênero é, normalmente, muito próxima da oralidade, pois ‘sendo ligada à vida cotidiana, a crônica tem que se valer da língua falada, coloquial, adquirindo inclusive certa expressão dramática no contato da realidade da vida diária[2]’.” (SANTOS, n/d).

o filme se passa ao redor do dono de restaurante no Rio de Janeiro Luís (Cecil Thiré), o casal de classe alta (Betty Gofman) e Carlos (Daniel Dantas), Amanda (Dira Paes), a gerente do restaurente de Luís, e o andarilho-narrador Alfredo (Umberto Magnani Netto [1941-2016]) e das cagadas ensaiadas que rolam nas cinco regiões do Brasil. 
esse filme é FUDIDO porque não vai comendo pelas beiradas até chegar o momento pra pisar na sua cara falando de muitas das as cagadas, como muito do que era produzido na época da ditadura militar brasileira (1964-1985), ou de modo metafórico ou até metalinguístico. 
Cronicamente Inviável é fudido porque vai indo por região a região do Brasil pra “olha, deixa eu te explicar porque aqui o negócio é uma merda” e um monte de situação corriqueira que todo mundo vê/presencia mas finge que não é consigo pra não ter mais motivo pra ficar neurado mas depois comenta em casa com a família ou c’os amigos no RPG ou tomando uma. 
a narração do Alfredo fica dentro da tua cabeça e a aparição de Leonardo Vieira, Dan “EU NÃO SOU PORTUGUÊS, SOU DESCENDENTE DE POLONÊS” Stulbach, as Zezés Barbosa e Motta, Gero Camilo, Lígia Cortez, Paulo Friebe, Rodrigo Santiago, Carmo Dalla Vecchia e João Acaiabe sendo gente comum e não artistões da Globo deixam o negócio muitíssimo infinitamente mais crível, ainda mais com a referência direta à reforma agrária, que rola em Santa Catarina (quando o sindicalista-chefe, Valdir [Cosme dos Santos], treta com o fazendeiro interpretado por Osmar di Pierri), desmatamento em Rondônia e Roraima executado por madeireiros e mineradoras, alienação voluntária do carnaval da Bahia, desumanização em decorrência da superpopulação em São Paulo (o sabão que a personagem da Lígia Cortez passa no do Gero do Camilo é antológico pelo quão mal tu ficas ao assistir e depois de assistir[3]). é por assaz interessante ver a forma como os índios são tratados a partir de sua situação no Mato Grosso, começa com um papo meio referencial aos povos originários mas, em certo momento, um que tu terás que prestar atenção pra caralho pra saber, ele (o roteiro) dá com a pá na tua cara com a mesma força que o Sentinela cacetou o Hulk em Hulk Contra O Mundo. a crítica direcionada à cidade do Rio de Janeiro chega dá prazer de ver, já que carioca adora falar bem de sua metrópole, mas que nunca foi essa “legalize” que propagandeiam.
também tem uma homenagem foderaça ao período da pornochanchada, Boca do Lixo Feelings total mesmo. se tu criticas a Globosta pelo teor das novelas dela, dizendo que só falta aparecer gente transando igual filme da Evil Angel, se prepara pra ter tuas tripas arrancadas pra fora e mastigadas. tu tens discurso de PM só bater em “vagabundo” que era pra estar ou na escola ou trabalhando e que não agride ninguém gratuitamente? prepara pra ter sua esperança igualmente carolcapeliamente destruída, champinha.
como (n)o Hikari no Tachi (comentado AQUI), as histórias são tão absurdas que não parecem reais, parecem literatura... remetem, de tão cruelmente reais, algo como o adágio “truth is stranger than fiction” gurewitziano. quem não tá acostumado a ver jornal de meio-dia, dos que, se espremer, só falta sair sangue pra encher uma bolsa de sangue, vai achar que é zuada e zuada das brabas. mas vai olhar de perto como as pessoas vivem mesmo. vai passar meia hora conversando com gente de periferia, vai conversar com gente que trabalha pra rico – todos eles haverão de te contar histórias que tu ficarás “ÊEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEÊ, PARE COM ISSO, TÁ ME ZUANDO, ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO”
mas sim. acontece sim. e mais vezes que se pode contar. e não ia ter espaço na terra pra contar todas as histórias, sendo que muitas delas só mudam os nomes e locais, as filhadaputagens continuam as mesmíssimas.

e sabem o que o trio do talk show que inicia o filme quer dizer na verdade, nas poucas vezes que aparece? é algo um bordão que já virou chavão pra todo mundo que curte meme e resume uma constante universal, se tratando de nosso país:
“O BRASIL NÃO É PARA AMADORES!”
assista Cronicamente Inviável, é a crônica do cotidiano mordaz como nunca antes e verdadeira como jamais se repetirá.


[1] foda esse documentário, muleque, assista sem medo.
[2] COUTINHO, 1988, p. 306 apud SANTOS, n/d, p.7.
[3] uma das funções da arte é fazer @ caboc@ se sentir mal mesmo e refletir sobre a obra a partir disso.

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

BRASIL. Educação. IBGE Educação. disponível em <https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html>. acessado em 25 de abril de 2020.
COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S.A, 1988.
SANTOS, A. C. N. Os Mecanismos Enunciativos no Ensino do Gênero Crônica. disponível em <https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6462/2/Ana%20Cecilia%20-%20TCF%20Caderno%20Pedag%C3%B3gico.pdf> . acessado em 25 de abril de 2020.










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sexta-feira, 24 de abril de 2020

RAMPAGE: SEDE DE VINGANÇA - crítica e análise do filme

ouvindo: Maurice Jarre, Enemy Mine (Original Motion Picture Soundtrack), de 1985

“A polícia disse que eu reagi
E que eu tinha um rifle comigo ali
E abri fogo sem discutir

Mesmo que não faça o menor sentido
Por que de um ato tão desmedido
De nada mais eu duvido”
– Matanza, “Remédios Demais”.

eu meio que ‘tava procurando alguma outra coisa pra comentar no post de hoje. ia ser uma HQ randômica aqui no meio das que tenho lido. ou mesmo alguns dos filmes que separei pra divagar sobre por aqui, mas ai eu ‘tava procurando o trailer do Possuída pelo tesão pra colocar no post de ontem e achei esse Rampage pr’assistir porque, ó a putaria, crente eu que só tinha aquele filme de 2018 com o The Rock.
Rampage é de 2009, com direção et produção et roteiro de Uwe Boll
Rampage: Destruição Total, de 2018, dirigido por Brad Peyton (Terremoto: A Falha de San Andreas, Dr. Calça Dimensional) e escrito por ele + Carlton Cuse + Ryan J. Condal + Adam Sztykiel, baseado no jogo da Midway Softwarehouse, de 1986
esse Rampage é de 2009 e tem direção et produção et roteiro de Uwe Boll[1], que é velho conhecido, nada desconhecido dos cinéfilos que acompanham as constantes cagadas que faz com as adaptações de videogames tanto pra cinema quanto pras animações. sabem como é, nem todas são do naipe de Mortal Kombat Legends: A Vingança de Fábio Scorpion, sabem[2]? e o nome do Uwe Boll não é um dos que certamente inspiram confiança, visto que já deu umas forras com House of the Dead, de 2003; Alone In The Dark, de 2005. e Far Cry, de 2008, mas lindamente cagou e vomitou no coreto na trilogia Bloodrayne, sendo que a série original do game já é um caralho de ruim. seu primeiro filme fora da Alemanha[3], Blackwoods, não é ruim, inclusive[4].
Blackwoods, de 2002, dirigido por Uwe Boll e escrito por ele + Robert Dean Klein[5]
House of the Dead, de 2003, dirigido e produzido por Uwe Boll, escrito por Mark A. Altman e Dave Parker, com base no jogo homônimo produzido em conjunto pela Sega Softwarehouse e pela Wow Softwarehouse
Alone In The Dark, de 2005, dirigido e produzido por Uwe Boll, escrito por Elan Mastai, Michael Roesch e Peter Scheerer, com base no jogo homônimo produzido em conjunto pelas Softwarehouses Infogrames, Krisalis, Darkworks, Spiral House, Pocket Studios, Eden Games, Hydravision e Pure FPS
Far Cry, de 2008, dirigido e produzido por Uwe Boll, escrito por Michael Roesch, Peter Scheerer e Masaji Takei, com base no jogo homônimo produzido pelas Softwarehouses Cytek e Ubisoft

bom, ó, Rampage… ESTE Rampage não é ruim e só ‘tô confeccionando este post porque, quando fui procurar referências desse filme, além das que ‘tavam na wiki em inglês (onde encontro as informações dos filmes que comento aqui[5]), pessoal pirou pra caralho dizendo que [Rampage] era o Um Dia de Fúria da década passada. 
Um Dia de Fúria, de 1993, dirigido por Joel Schumacher e escrito por Ebbe Roe Smith
ai eu fiquei “‘TÁ DOIDO, NÉ, CARALHO?!?”. ai já era pra eu estar dormindo e vi o filme pra ver se o sono chegava e eu dormia logo (como se eu já não tivesse filme suficiente pra ver que podia me servir para tanto). ai, no final, “é, vale o post sim”.

“POR QUE RAMPAGE?!?”
Rampage tem violência gratuita e motivo besta. APARENTEMENTE besta. enquanto Um Dia de Fúria critica o meio de vida capitalista que destrói o espírito humano de dentro pra fora e de fora pra dentro tendo William Foster como protagonista deste julgamento, no texto de Boll há a cidade fictícia de Tenderville, no estado estadunidense[6] do Oregon, onde Bill Williamson (Brendan Fletcher [Freddy vs. Jason, Alone in the Dark, Possuída pelo tesão 2: Força Incontrolável]), filho de Sarah (Lynda Boyd [Sou Espião, Ela é o Cara, Outro Conto da Nova Cinderela, O Invasor, Missão: Marte) e Alan Williamson (Matt Frewer [Orphan Black, 12 Macacos {a série da SyFy}, Geração X - O Filme, Heróis Por Acaso, Watchmen)
Bill, tal qual este que vos fala, é um fudido fracassado na vida, sem perspectiva e que mora na casa dos pais, e que estes o cobram pra picar a mula de lá porque ele já tá muito velho pra morar com eles etc etc etc toda essa merda. e Bill, como este que vos fala, ‘tá puto com o mundo ao seu redor, indústrias, superpopulação, ricos ficando cada vez mais ricos, pobres ficando cada vez mais pobres, superpoluição, consumo excessivo de carne e, não fucking obstante, Bill ainda tem seu grilo falante, um bom dum cretino chamado Evan Drince (Shaun Sipos [Premonição 2, Os Garotos Perdidos 2: A Tribo, O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua]), que ainda mete a maior pilha no que fazer: seu próprio projeto de controle populacional para que poucos possam usufruir o que muitos estão consumindo violentamente e desesperadamente e -mente -mente -mente o que seria de direito dos merecedores de fato, NA CABEÇA DELE (papinho muitão canalha, diga-se logo).
mas o papel do Evan é receber em sua casa o maquinário que Williamson encomenda às custas de uma miséria de salário obtida em um trabalho de mecânico em uma oficina onde seu chefe vive torrando a porra do seu saco. “no que consiste tal maquinário?”armas, munição e equipamento pra montar uma armadura à prova de balas para que Bill exerça seu “projeto de controle populacional”, começando por estourar um furgão na delegacia de polícia do condado e depois saiu metendo bala em todo mundo que vê pela frente (“um GTA em live-action”, “um Carmaggedon sem carro”, como vi em alguns comentários sobre o filme). CREIO EU que os maiores momentos de tensão, os em que rola a tensão mais aloprada do universo desse filme são quando ele entra num bingo e começa a passear por lá e quando ele entra em um salão de beleza. as duas situações terminam de modos bastante idiossincráticos e a Ginger Katharine Isabelle Fitzgerald até aparece em uma delas.
Ô, ELA AI, GENTE! 
VAI TER QUE VER O FILME PRA DESCOBRIR QUAL É DAS DUAS CENAS
mas ai que Bill chega a uma agência bancária, passa fogo em todo mundo e, antes de fazer isso com o gerente dela, leva toda a grana em caixa da agência. 
o final round do filme é quando, no caminho para encontrar Evan em um jogo de pinball, a polícia local o encontra e tenta o fechar na pista claro queeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee 
isso NÃO ROLA 
os canas até tentam fechar Bill em uma parada mas ele explode o carro nas caras deles, os atrasando. explosão tem muito menos que tiro mas todas são muito bem pontuadas. Bill encontra Evan, o mata, e monta uma cena que faz as autoridades pensarem que (Evan) foi todo o responsável pela caralhada que aprontou, ao recitar da frase “Eu fiz de você o mártir que sempre quis ser” e não ajudar nada o pai de Evan, Christopher Llyod (Robert Clarke [Polar, O 6º Dia, Anne with an E]), ter sido militante contra a Guerra dos Estados Unidos Vietnã.
com as investigações em andamento e Drince-pai-pai ter dito pra investigarem Bill, este último aproveita pra pegar a grana e cair fora, sumindo do mapa.

a aproximação geral inicial que dá pra fazer dos dois textos é que Foster e Williamson são dois homens brancos frustrados com o país como está e como está país ferrou com eles, sendo que tem que imediatamente fazer algo a respeito, ainda mais por não se sentirem representados por ninguém que possa fazer algo por eles. os bonitões só não se tocam que ‘tá todo mundo devidamente fudido no mesmo barco de condenação fodelação brutal. e essa falta de percepção/noção/empatia que os fazem tomar as atitudes que tomam, ainda que por métodos e motivações ainda que aqui e ali diferentes.
tira do ilustrador brasileiro Neto Destro que exprime muitaço bem o que acabei de falar no último parágrafo. encontrei no Twitter @EXerosqui, curte lá e segue pra dar essa força.
a segunda aproximação geral dos textos é que eles possibilitam fazer duas análises, a de nível amplo a de nível pessoal. a primeira é sobre como as pessoas veem o mundo onde estão, como se relacionam com o mundo (isso inclui outras pessoas) ao seu redor e o que fazem a respeito disso, inclusive votando em quem votam, tendo determinados candidatos como “devidamente representativos”. a segunda é sobre como nos vemos, como cada um de nós se vê enquanto pessoa e parte do mundo, cada um de nós se relaciona com o mundo ao seu redor e o que faz a respeito disso.creio que a violência exacerbada de Rampage, os momentos de tensão, a fotografia e a edição com velocidade de videoclipe (cortesia da fotografia de Mathias Neumann e da edição de Thomas Sabinsky) podem ser, creio, representações fílmicas de como cada um de nós se vê enquanto pessoa e parte do mundo e ser social atuante ou não.
Arte, se não for para provocar reflexão e crítica, nem serve.
cinema é Arte e, por mais que digam o contrário, a política e a crítica estão lá.
sim, inclusive em Rampage


[1] não, não é parente do Heinrich Theodor Böll. deixa da tua loucura, caralho.
[2] sim, vou encher o saco pra caralho sim.
[3] POR QUE NÃO ‘TÔ ADMIRADO DUMA PRAGA DESSA SER DA ALEMANHA?!?!
[4] caralho que já ‘tô usando essa palavra mais do que eu gostaria.
[5] Carol, eu já baixei o filme que tu me sugeriste via Instagram pra comentar, agora só falta coragem!
[6] ficou uma coisa essa junção de palavras, né? foda-se, velho. ‘saporra vai ficar assim mesmo.
[7] Guerra dos Estados Unidos é como esse conflito é chamado na Ásia (exceto Israel).










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quinta-feira, 23 de abril de 2020

POSSUÍDA - crítica e análise do filme

Ouvindo: Almir Sater, Estradeiro, de 1981, e Doma, de 1982

‘tá. sim. eu ‘tô ciente que eu tinha dito que postaria todos os dias deste mês. mas não deu porque a má-vontade chegou dicumforça e só voltou agora. e, mesmo assim, esse post vai ser curtão.

ai que jogo RPG, né? jogo e narro. ai que meu RPG favorito, como TODO O MULTIVERSO sabe, é Lobisomem: O Apocalipse, e o segundo é GURPS, mas já joguei de tudo quanto foi porra... (UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUI!) ai que o tema lobisomem e metamorfos me interessa – o termo correto seria “licantropo”, nota-se[1].e eu ‘tava vendo esse vídeo do Canal Barbônico ai quando o cara indicou um filme e acabei achando esse Possuída pelo tesão, filme – olha só!, do quê!? do quê!? do quê!?  
FILME DE LOBISOMEM 
eu ia tirar fotos dos meus livros mas fiquei com preguiça e decidi pegar da internet 
aqueles traileres bacanas pra te deixar por dentro (UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUI!)
Possuída pelo tesão (que baixei domingo mesmo mas acabei vendo só segunda-feira) é de Anthem for the Year 2000, dirigido e escrito por John Fawcett (Escuridão; uns episódios de Xena, Blade[2], Queer as Folk e Titans) e Karen Walton (uns eps das duas primeiras temporadas de Orphan Black[3]) participou na composição do roteiro. 
o filme se passa em Bailey Downs, um fim do mundo em Ontário, Canadá[4], Brigitte (Emily Perkins [A Sangue Frio, Ela é o Cara, Juno]) e Ginger Fitzgerald (Katharine Isabelle [Insônia, Rampage, Faces do Medo]), que, em terna idade, fizeram um pacto de morrer juntas e têm uma obsessão pela morte. sua mãe, Pamela (Miriam “Mimi” Rogers [Amigos para Sempre, Perdidos no Espaço[5], Austin Powers: 000 - Um Agente Nada Discreto, Perigo na Noite[6], A Fábrica das Loucuras[7]]), se preocupa verdadeiramente com elas; Henry (John Bourgeois [Um Príncipe em Minha Vida, Ataque À Casa Branca, X-Men: Apocalypse]) meio que tá muito nem ai pra isso.
as duas são da mesma classe na escola (típica escola de filme estadunidense, mas como o Canadá ♪♫blame Canada, blame Canada♫♪ é colado aos EUA, pois é, né?) e se colocam à parte dos outros jovens por não se verem iguais a eles, sua obsessão pela morte alarga e aprofunda esse cânion. fica com esse detalhe na mente. depois de uma briga de jantar elas saem da mesa e vão pra um parque perto de casa, onde um lobisomem – que já tinha matado dois cães no começo do filme – ataca Ginger, que, após o trauma, começa a apresentar comportamento por demais agressivo e ela ter sua primeira menstruação fode ainda mais o trem.
não sabendo o que fazer e pesquisando por si mesma, Brigitte vai atrás de uma cura pra irmã, acabando por ter a ajuda do comerciante de drogas Sam Miller (Kris Lemche [EXistenZ[8], Premonição 3, O Preço do Amanhã]). Essa “sociedade” provoca a ira da pentelha Trina Michaels (Danielle Hampton), que vai pedir satisfações pra Brigitte e, no processo, acaba levando o caralho. e, antes, d’o guri mais cretino da escola, Jason (muitíssimo coincidentemente da classe das irmãs), puxa maior trem pela Ginger e, após ela ser atacada, ela dá moral pra ele (isso acaba bem? só que não).
Sam e Brigitte conseguem fazer uma solução de cura da licantropia mas que precisa ser injetada no portador da patologia mas não tem em quem testar. lembram d’“o guri mais cretino da escola”? ele chegou a transar com a Ginger e, levando umas mordidas e arranhadas no processo[9], acabou “recebendo a ‘benção’”. Brigitte descobre isso da pior maneira: quando ele a ataca no caminho dela pra casa. ela, sem pensar, aplica nele e OLHA SÓ! dá certo.
Ginger só vai entrar em Crinos Crinos Crinos (forma mezzo homem mezzo lobo, forma de batalha dos lobisomens em Lobisomem: O Apocalipse) pros últimos vinte minutos do filme. não é um lobisomem do Um Lobisomem Americano em Londres, menos ainda do Lobisomem de 1956 e sem comparação com o Lobisomem do Benicio del Toro e do Anthony Hopkins Hannibal Lecter, mas como o filme é bem escuro (até as partes iluminadas são prestes a apagar), há de se dar[10] crédito pro pessoal da fotografia, da edição e dos efeitos visuais, ainda mais se considerando que a sequência de perseguição da Brigitte pela Ginger na casa destas ser bem bolada até e, por que não dizer?, angustiante, de certo modo.
Um Lobisomem Americano em Londres, de 1981, escrito e dirigido pelo John Landis (“ah, mas eu conheço nada do John Landis” RAPA DAQUI, FILHA DA PUTA) e a chamada desse poster pro filme É MUITO FODERAÇA
O Lobisomem, de 1956, dirigido por Frederick Francis Sears (1913-1957) e escrito por Robert E. Kent (1911-1984) e James Byron Gordon (1822-1864)[11]
O Lobisomem, de 2010, dirigido por Joe Johnston (mesma observação do John Landis vale aqui), escrito por Andrew Kevin Walker (8 mm, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça) e David Self (A Casa Amaldiçoada, A Identidade Bourne, Treze Dias Que Abalaram o Mundo), com base no roteiro do filme homônimo de 1941, dirigido por George Waggner (1894-1984) e escrito por Curt Siodmak (1902-2000)

no quarto delas e, com uma faca de prata (NÃO ME PERGUNTE COMO ELAS TINHAM UMA, mas como cultistas do Êxtase da morte, não é algo de se admirar, não?), Brigitte dá cabo de Ginger. ‘cê já pensou que ia ter final feliz igual um Jovens Bruxas da vida, né? AHAM, SÓ QUE NÃO.

Possuída pelo tesão não é ruim, mas também não vai mudar sua vida. é interessante pra quem curte o assunto, dá umas ideias aqui e ali pra quem joga RPG e os fãs mais frescos do RPG Lobisomem vão torcer o nariz, principalmente os que gostam daquele filme lixoso do Van Helsing. fã de Vampiro: A Máscara tem a maior lambeção de rabo pela série Anjos da Noite, fã de Garou por essa merda de Van Helsing do caralho. vão se fuder, por isso que não levam essa galera a sério.
bom que não é chato, não é monótono, não é pretensioso, não dá voltas mirabolantes. tu tens que muito fresco e muito chato pra não conseguir ver até o final.tem uma continuação, de 2004, e um prequel, de 2004. admito que ‘tô empolgado pra ver a continuação (principalmente porque tem a Tatiana Gabrielle SARAH MANNING Maslany) mas zero motivado pra ver esse “início”.
Possuída pelo tesão 2: Força Incontrolável, de 2004, dirigido por Brett Sullivan e escrito por Megan Martin (se for reclamar da qualidade da capa, VÁ SE FUDER PRIMEIRO, foi a única grande que achei sem nada escrito e sem que fosse foto do DVD)
Possuída pelo tesão: O Início, de 2004, dirigido por Grant Harvey e escrito por Stephen Massicotte e Christina Ray
e é isso ai. esse é o post de hoje e espero que tenham curtido. vou ler umas HQs atrasadas ai, eu li ontem The Last God, do selo Black Label (novo nome da Vertigo, da DC), da dupla Phillip Kennedy Johnson (roteiro) e Riccardo Federici (arte), com cores de Sunny Gho e Dean White nas cores. se tu gostas de Dungeons e Dragons, e da arte dos livros (eu gosto do cenário mas não jogo porque odeio a sistemática de jogo), pode ir sem medo porque é pra ti.
The Last God, do selo Black Label (novo nome da Vertigo, da DC), de 2019, roteiro de Phillip Kennedy Johnson, arte de Riccardo Federici e cores de Sunny Gho e Dean White
HQ de Lobisomem? tem um monte ai. talvez o post de amanhã seja só pra isso.
TALVEZ

[1] será que existe alguma área chamada licantropologia? [Ó AS IDEIA DO RETARDADO!]
[2] só teve uma temporada, mas não era ruim não.
[3] que tenho que comentar aqui inclusive e esqueci de rankear n’último post, inclusive².
[4] faz meio que sentido já que o filme é canadense.
[5] sempre achei essa série uma merda, lembro que vi a reportagem sobre esse filme quando era assinante da SET.
[6] esse filme é muito fudido de bom, como é que eu tinha esquecido dele?!?
[7] uma das MELHORES CRÍTICAS ao expansionismo econômico-industrial-cultural japonês no mundo a partir da década de 1980, merece a conferida.
[8] já me falaram desse filme, inclusive³, tenho até que procurar pra ver.
[9] olha, eu curto, sabe?
[10] essa sintaxe não ficou legal, mas foda-se, vai ficar assim mesmo.
[11] ‘tô ligado que essa matemática não bate, mas minha hipótese é que o segundo pegou notas do primeiro e fez um roteiro em cima a mando de alguém. vai saber...









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sábado, 18 de abril de 2020

respondendo o Story que o Jeremy me marcou no instagram

ouvindo: R.E.M., Green, de 1988. 

esse canalha ai, meu parça Jeremy (foto de 15 de dezembro de 2013), me marcou em um do Instagram que, como ‘tô sem celular, vou responder por aqui mesmo

Primeira série que assisti 
não sei, primeira série que parei pra assistir?quando eu era criança e minha irmã e eu estudávamos no finado e saudoso Centro Educacional Dom Alberto Ramos, eu queria chegar cedo pra ver uma que passava na Manchete que tinha Changeman, Jaspion e Flashman (as três produzidas pela Toei, diga-se logo)
Esquadrão Relâmpago Changeman (no original, Dengeki Sentai Chenjiman), criada por Hirohisa Soda, dirigida por Nagafumi Hori (1936-2015) e produzida no biênio 1985-1986
O Fantástico Jaspion (no original, Kyojuu Tokusou Juspion [Juspion e a Investigação Especial de Criaturas Gigantes]), criado por Shōzō Uehara (1937-2020), dirigido por Kobayashi Yoshiaki e produzida no biênio 1985-1986
Comando Estelar Flashman (no original, Chōshinsei Furasshuman), criada por Hirohisa Soda, dirigida por Nagafumi Hori (1936-2015) e produzida no biênio 1986-1987

Série favorita
IT CrowdMillennium? Castelo Rá-Tim-Bum é certamente a brasileira que mais curto e, de música, é Foo Fighters: Sonic Highways. The Good Place ‘tá no meu Top 5.
IT Crowd, criada por Graham Linehan, produzida pelos estúdios Talkback Thames e Delightful Industries e transmitida pelo canal britânico Channel 4 entre 2006 e 2013
Millennium, transmitida pela 20th Century Fox Television no quadriênio 1996-1999; criada, dirigida e escrita por Chris Carter e produzida pelos estúdios Ten Thirteen Productions e 20th Century Fox Television
Castelo Rá-Tim-Bum, criada por Carlos “Cao” Império Hamburger e Flávio de Souza; dirigida por Anna Muylaert; produzida pela TV Cultura e pela FIESP[1] e transmitida na TV Cultura no quadriênio 1994-1997
Foo Fighters: Sonic Highways, criada e dirigida por Dave Grohl, escrita por Mark Monroe; produzida pelos estúdios Roswell Films, Therapy Content, Diamond Docs e Worldwide Pants; transmitida em 2014
The Good Place, criada por Michael Schur; produzida pelos estúdios Fremulon, 3 Arts Entertainment e Universal Television e transmitida entre 2016 e 2020

Última série que assisti 
de novidade foi Bubblegum Crisis Tokyo 2040, mas revi recentemente o Saint Seiya: Soul of Gold
Bubblegum Crisis Tokyo 2040, da AIC, dirigido por Hiroki Hayashi e escrito por Chiaki J. Konaka
Saint Seiya: Soul of Gold, de 2015, da Toei, dirigido por Takeshi Furuta e escrito por Toshimitsu Takeuchi

Todo mundo gosta menos eu
TAMBÉM GoT, “melhor série de todos os tempos” minha pica também
Game of Thrones, criada por David Benioff e D. B. Weiss; produzida pelos estúdios Television 360, Grok! Television, Generator Entertainment, Startling Television e Bighead Littlehead e transmitida entre 2010 e 2016 pela HBO

Não consegui terminar
Arquivo X
Battlestar Galactica
Veronica Mars
Desaparecidos (mas eu chego lá!)
Oz (idem)
caralho, é uma lista bem longa

mas comenta ai com tuas respostas e é isso ai





IN MEMORIAM: Shōzō Uehara (1937-2020)





[1] Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, entidade criada em 1931, sendo filiada à Confederação Nacional da Indústria (CNI);
[1.1] a Confederação Nacional da Indústria é uma confederação sindical patronal fundada em 12 de agosto de 1938 por Vicente de Paulo Galliez (1903-1988), Horácio Lafer (1900-1965) e Euvaldo Lodi (1896-1956) por meiodda fusão de várias entidades brasileiras que representavam os sindicatos patronais.










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sexta-feira, 17 de abril de 2020

MORTAL KOMBAT LEGENDS: A VINGANÇA DE SCORPION - análise e crítica do longa em animação

ouvindo: R.E.M., Document, de 1987. 

vamos logo começando dizendo que se tu não gostas de videogame, tampouco de jogo de luta e menos ainda de MORTAAAAAAAAAAAAAAAL KOMBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAT, rape daqui, feche a aba e esqueça que esse post existe.

o Rodolfo já pode pedir a música dele no Fantástico porque essa é a terceira indicação dele comentada aqui[1]. a primeira foi Operação Invasão, a segunda foi Big Brother (que postarei aqui assim que terminar de transformar as notas em parágrafos) e agora MORTAL KOMBAT LEGENDS: A VINGANÇA DE FÁBIO SCORPION, deste ano, quentinho ainda.
A Vingança de Scorpion é bom tanto pra quem começa a sacar agora a série de jogos quanto pra quem acompanha a presepada porque reboota a história de modo didático pra quem chega agora e traz um monte de personagem e detalhes narrativos que os fãs vão pegar de imediato.
“ah, mas tem muito sangue, não precisava de tanto sangue assim.”
sim, precisava de muito sangue sim! é marca registrada da franquia criada pelos designers de jogos estadunidenses Edward John “Ed” Boon e John Tobias em 1992[2]. morte violentaça também, daquelas que ou tu se delicias vendo ou queres vomitar teu café da manhã já regurgitado pelo sistema digestivo.
Mortal Kombat, de 1992, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon e John Tobias
Mortal Kombat II, de 1993, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon e John Tobias
Mortal Kombat 3, de 1995, da Midway Softwarehouse e da Atari Softwarehouse, dirigida por Ed Boon e John Tobias 
Ultimate Mortal Kombat 3, de 1996, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat Trilogy, de 1996, da Midway Softwarehouse, Avalanche Software Softwarehouse e da Point of View, Inc. Softwarehouse; dirigida por Ed Boon e John Tobias
Mortal Kombat Mythologies: Sub-Zero, de 1997, da Midway Softwarehouse e da Avalanche Softwarehouse, dirigida por Dimitrios Tianis e Bill O'Neil
Mortal Kombat 4, de 1997, da Midway Softwarehouse, da EuroCom Softwarehouse e da Digital Eclipse Softwarehouse; dirigida por Ed Boon e John Tobias
Mortal Kombat Gold, de 1999, da Eurocon Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat: Special Forces, de 2000, da Midway Softwarehouse e dirigida por John Walsh
Mortal Kombat Advance, de 2001, o Ultimate Mortal Kombat refeito pela mesma Softwarehouse para a plataforma Game Boy Advance
Mortal Kombat: Deadly Alliance, de 2002, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat: Tournament Edition, de 2003, da Midway Softwarehouse e dirigida Ed Boon
Mortal Kombat: Deception, de 2004, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat: Shaolin Monks, de 2005, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat: Armageddon, de 2006, da Midway Softwarehouse e da Just Games Interactive Softwarehouse, dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat: Unchained, de 2006, da mesma equipe queMortal Kombat: Armageddon
Ultimate Mortal Kombat, de 2007, o Ultimate Mortal Kombat refeito pela mesma Softwarehouse para a plataforma Nintendo DS
Mortal Kombat vs. DC Universe, de 2008, da Midway Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat, aka MORTAL KOMBAT 9, de 2011, o primeiro título da NetherRealm Studios Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat X, de 2015, da NetherRealm Studios Softwarehouse e dirigida por Ed Boon
Mortal Kombat 11, de 2019, da NetherRealm Studios Softwarehouse e dirigida por Ed Boon

e também tem os filmes e séries. tem a HQs também MAS, igual como tu tens que fazer com as HQs de Street Fighter, Tekken, The King of Fighters, Art of Fighting, Dead of Alive, Fatal Fury, IGNORA QUE EXISTE QUE É O MELHOR QUE TU FAZES
Mortal Kombat: The Journey Begins, de 1995, animação dirigida por e Joseph Francis e escrita por Kevin Droney (série do Highlander que passava na Globo)
Mortal Kombat, de 1995, direção de Paul William Scott Anderson e roteiro de Kevin Droney CLÁSSICO ABSOLUTO DO UNIVERSO, ASSISTA OU TENHA UMA VIDA QUE NÃO MERECE SER VIVIDA NEM MESMO EXISTIDA
Mortal Kombat: Defenders of the Realm, de 1995, série em animação escrita por Sean Catherine Derek, Steve Granat, Cydne Clark e Mark Hoffmeier
Mortal Kombat: Annihilation, de 1997, direção de John Robert Leonetti (Efeito Borboleta 2[3], O Perigo Bate à Porta) e roteiro de Lawrence Kasanoff e Joshua Wexler
Mortal Kombat: Conquest, série de 1998
Mortal Kombat: Rebirth, de 2010, direção de Kevin Harwick Tancharoen (Fama, Sequestered) e roteiro de Kevin Harwick Tancharoen e Oren Uziel
Mortal Kombat: Legacy, série de 2011, da mesma equipe

e então chegamos ao longa-metragem de animação Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion, dirigido por Ethan Spaulding e escrito por Jeremy Adams a partir da história original de Ed Boon e John Tobias. Spaulding já tem uma moral do caralho por ter dirigido e escrito uma porrada de episódios da maravincrível Avatar: A Lenda de Aang, ter trampado no foderaço reboot de ThunderCats e ter dirigido (com Jay Oliva) Liga da Justiça: O Trono de Atlantis. Jeremy Adams tem no currículo episódios de DC Super Hero GirlsJustiça Jovem e Os Jovens Titãs em Ação! Vs. Os Jovens Titãs. logo, não chegaram de para-quedas e sabem onde se meteram.

“MAS VEM CÁ, MORTAL KOMBAT LEGENDS: A VINGANÇA DE SCORPION, QUAL É A TUA HISTÓRIA?!?” 
Harumi, esposa, e Satoshi, filho, de Hanzo, ninja do clã Shirai Ryu, são mortos por Sub-Zero, líder do clã Lin Kuei.
“ai o Hanzo mata o Sub-Zero.” não. ao contrário. ai o Hanzo vai pro Submundo (no original, NetherRealm,  o equivalente ao inferno na mitologia do jogo, mais precisamente o Naraka do budismo[4][4.1]), que é controlado pelo mago Quan Chi[5], devoto do deus Shinnok. após fazer um acordo com o subordinado para obter sua vingança. Hanzo competiria no Mortal Kombat, pegaria a chave que está em poder do mago Shang Tsung que libertaria Shinnok de sua prisão e traria ao multiverso[6] uma infindável era das trevas e maldade[7].
“Mortal Kombat?” 
após uma longa longa longa longa longa história de muitas muitas muitas muitas muitas tretas (que está resumida AQUI[8]), o imperador da Exoterra, Shao Kahn[9], enviou seu feiticeiro Shang Tsung para organizar o Torneio Sagrado[10], pra que Shao Kahn anexasse à Terra a seu império. Thor Raiden[11], o deus do Trovão, convocou os melhores guerreiros da terra para a Sociedade Lótus Branca, da qual, a cada 500 anos, surge um escolhido para representar a Terra no evento. caso a Terra não consiga vencer a décima edição do conclave, será anexada ao império de Shao Kahn.
tamanho século XXI, o representante da Sociedade Lótus Branca é Liu Kang. de modo que é tipicamente caprichoso aos deuses, Raiden arregimenta: 1) a tenente das Forças Especiais Sonya Blade, que está tanto perseguindo o líder da organização de assassinos Black Dragon e procurado em muitos países Kano quanto em busca de Jackson “Jax” Briggs, seu amigo e major das Forças Especiais e; 2) o ator decadente de filmes de artes marciais Johnny Cage.
é na ilha de Shang Tsung que o cacete vai correr solto, e na apresentação do quebra quebra que Sonya descobre que Kano, que capturara Jax, está tutelado pelo mago exoterráqueo[12]. nessa apresentação é apresentado o ad eternum campeão do evento Goro, filho do rei Gorback e da rainha Mai, da espécie dos Shokan, mezzo humanóides de quatro braços mezzo dragões[13], da Exoterra. pra mostrar que a putaria é séria pra caralho o quadribrácero[14] arranca os braços de Jax. pra quem prestar MUITA atenção, vai ver uma porrada de players de muitos títulos da franquia nessa “kombaternização” de abertura[15].
eu gostei mais da galhofa que foi a luta do Cage contra o Baraka[16], mercenário a serviço de Shao Khan. essa “luta” é foda porque é uma presepada do caralho e tem uma referência FUDIDA ao clipe de “Cryin’”, do Aerosmith. à Blade, Reptile[17] como adversário, que é uma luta imensuravelmente superior à do live-action de 1995. a princesa Kitana[18] é designada pra confrontar Liu-Kang, e ela faz praticamente tudo que faz no game, e isso é realmente fudido pra caralho.mas esse cuzeiro não mata a Kitana porque, segundo ele, não é isso que um guerreiro honrado faz. nesse momento a gente, apesar de entender que isso é útil à narrativa, grita
SEU CUZÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÃO
“Cryin’”, do Aerosmith, composta por Steven Tyler, Joe Perry e Taylor Rhodes
presente no álbum Get A Grip, de 1993

“passando as fases”, o trio retorna ao templo de Shang Tsung, no meio da ilha mas antes disso, Scorpion encontra Sub-Zero e mete o caralho nele e dá nele aquele Fatality bonitão que só tu vendo no Pit Bicha[19]. mas ai o Quan Chi mete a cara e diz que foi ele que se transmutou do líder ninja dos Lin Kuei para manipular o Shirai Ryu para que pudesse conseguir a porra do medalhão lá. e o dito “ah, é é, caralho? ‘peraí que o teu já vem a jato”.
O CARALHO DESSE LONGA é que o nome dessa porra é A Vingança de Scorpion e o Liu Kang, a Sonya e o Johnny o desordeiro, que anarquizava o mundo inteiro, era o cara mais punk que eu já conheci, ele agitava como eu nunca vi aparecem e protagonizam mais que a porra (UUUUUUUUUUUUI!) que o fudido que intitula o caralho do texto.
mas ai quando o Goro ‘tá montado atolado no cu do Liu Kang, com o décimo titulo do Torneiro Sagrado na mão, com o ovo já saído 90% do cu da galinha, com o Shang Tsung já ownado o Quan Chi... o Scorpion aparece e come o cu do Goro, fazendo o Shang Tsung capar o gato pra junto do Shao Khan e o antigo Shirai Ryu tocando o Arallu pra cima do Quan Chi, gerando a melhor luta do texto.
ai ok, né? o negócio se completa ai, fica redondinho ai. não é óbvio porque tu já ficas neurado com o protagonismo em excesso do trio escalado por Raiden que o trem quase passa batido. foi uma boa sacada da dupla Spaulding-Adams pra sacanear os metidos a espertos que acreditam que vão sacar tudo segundo suas perspectivas.

mas vão por mim, Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion vale pra caralho porque tem começo e meio e fim, faz o que se propõe a fazer e fim. edição de Robert Ehrenreich (Batman vs As Tartarugas Ninjas, Scooby-Doo! De Volta à Ilha dos Zumbis, Hulk Vs.[20]) e a trilha sonora de John Jennings Boyd e Eric V. Hachikian (Marco Polo) são pontos totalmente a favor que não vão te deixar cansado de assistir e as equipes de animação, coordenada por Paeng You Win Won, e de efeitos visuais, por Daniel Eaton, ‘tão todas muitão de parabéns, fazendo A Vingança de Fábio Scorpion figurar desde já em todas as listas de melhores adaptações de jogos de videogame pra outras mídias e enfim figurando como a animação que todos os fãs da saga queríamos ver desde sempre!
FIGHT!





[1] vai tomar no seo coo pensando que vou resenhar alguma merda dos universos Harry Potter e/ou Crônicas de Gelo e Fogo PORQUE EU NÃO VOU NÃO!
[2] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1992.
[3] QUASE tão bom quanto o primeiro. QUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASE!
[4] cuja primeira aparição foi no jogo Mortal Kombat Mythologies: Sub-Zero (do qual é o subchefe).
[5] deus feiticeiro da Maldade e da Corrupção, também aparece pela primeira vez como chefão do jogo Mortal Kombat Mythologies: Sub-Zero e aparece como personagem jogável em Mortal Kombat 4. tal qual Cetrion, deus da Vida e da Luz, é filho do deus Kronika, mestre do Tempo. por ser um feiticeiro, é a principal divindade cultuada por esse nicho.
[6] composta pelo Plano Terreno, Exoterra (Zaterra, Vaeternus, arquipelágo Arnyek, Osh-Tekk e Edenia), Reino da Ordem, Reino do Caos, Submundo, Reino do Sonhar e Plano Divino.
[7] não que a galera do NetherRealm se importe, visto que já vivem em uma infindável era da trevas e maldade.
[8] sim, é da Wikipédia em português. “ah, ma eu não gosto da Wikipédia.” ah, vai se fuder então, caralho. fica sem saber da história do jogo (a não ser que se disponhas a ler os livros que a contam) pra saber o que é e porquê e um extintor de incêndio no seu cu.
[9] sem parentesco ao goleiro da seleção alemã, faz favor.
[10] “Torneio Sagrado” meuzovo.
[11] um dos poucos personagens que aparecem em todos os jogos.
[12] criei esse gentílico agora em decorrência da realidade de origem de cara, vai se fuder e não me torra.
[13] UMA PUTARIA TOTAL!
[14] quadrilátero = polígono de quatro lados; quadribrácero = ser de quatro braços.
[15] o Thor faz uma ponta como ele mesmo, fica ligado que tu achas.
[16] sua primeira aparição foi no jogo Mortal Kombat II. Baraka é um ser da espécie Tarkara, um cruzamento de uma espécie hominídea exoterráquea e uma de demônios de NetherRealm.
[17] sua primeira aparição foi no primeiro Mortal Kombat, sendo personagem jogável a partir do Mortal Kombat II. é de uma espécie híbrida de humanos e repteis originária da Zaterra, sub-reino da Exoterra.
[18] também apareceu pela primeira vez no jogo Mortal Kombat II. é filha da rainha Sindel e enteada de Shao Kahn. o atual imperador da Exoterra matou Jerrod, pai verdadeiro de Kitana, esposo de Sindel e rei do lugar em questão.
[19] mas também podia ser o Pit BitoCAAAAAAAAAAAAAAAAA!
[20] essa animação é aquela da Marvel, de 2009, que tem dois episódios, uma que ele enfrenta o Wolverine (dirigida por Sam Liu) e outra que ele enfrenta o Thor (dirigida por Frank Paur).










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“A história, como registro, da mesma forma que a poesia de temática histórica, é uma ficção, um relato parcial de uma verdade mais complexa e inatingível: o fato por excelência. A diferença entre estes dois relatos está na forma como cada um deles recorta esta verdade suprema. A história apoia sua narrativa em resquícios do momento ocorrido; a poesia, por outro lado, narra a partir de resquícios do momento vivido pelas vozes que ela abriga. Assim, enquanto a história nos conta o passado e o mantém distante de si e de nós, a poesia revive este passado, inserindo-nos nele para que possamos experienciá-lo. A poesia é a maneira mais vívida de testemunhar os pequenos fatos mais íntimos que a história jamais narrará.”
– Stéphanie Paes Rodrigues, “Sobre margens e pontes”, introdução da antologia poética bilíngue Noite dilacerada: poezja polaca de guerra, organizada por Bruno Reis de Oliveira, Flávia Costa Oliveira e (a própria) Stéphanie Paes Rodrigues, publicada pelo caderno Viva Voz, da FALE/UFMG, em 2010.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O PREÇO DO INGRESSO PRA PASSEAR DE CAMBURÃO - poema

ouvindo: R.E.M., Lifes Rich Pageant, de 1986.

O PREÇO DO INGRESSO PRA PASSEAR DE CAMBURÃO
o ônibus, o ônibus sibila enquanto se desloca
dá impressão que vai se desmontar enquanto se desloca

vai desmontar antes ou depois de eu chegar em casa?
vai desmontar antes ou depois de chegar ai pra ir Te ver?
hell yeah, contanto que, espero que
já estejas
oh yeah, pra eu não dar de cara na porta
ou
com Tua mãe me olhando com sua habitual cara de
reprovação

é três e sessenta pra passear de
camburão
e ver
pela janela deste
tantas ruas
e vielas
e passagens:
da primeira vez que fui Te visitar me perguntar
em qual rua ou
viela ou
passagem
estarias
para eu Te
encontrar 
e descobrir
o que escondias atrás destes olhos
e destes cabelos

Tu vestida apenas de olhos e cabelos

em outros tempos
e momentos
e regiões metropolitanas
poderíamos ser mais próximos
ah!, 
que vontade de Tu enfim então
proximidade
de pessoalmente Teus olhos aos meus
e então e enfim com o queixo repousado ao Teu
e residente eternamente no berço esplendidamente tenro
que são Tuas pernas e Teus braços.

sem precisar voltar pra casa no fim do dia
dois ônibus pra voltar pra casa
certamente com o dólar fechando a cinco e dezessete
é certeza que o preço da passagem de camburão
vai aumentar
porque o preço do combustível vai
mas a qualidade do transporte
diretamente relacionada ao bem-estar do consumidor final
não

:: 14 de abril de 2020 ::
:: escrito a partir de trechos de poemas e letras escritos no terceiro trimestre de 2019 :: 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

GODZILLA: HALF WAR CENTURY - análise e crítica da HQ

ouvindo: R.E.M., Fables of the Reconstruction, de 1985. 

... antes de meter a cara no Apocalypse Now Redux, o post de hoje...

não é difícil entender a série de cinco edições Godzilla: The Half-Century War, publicada entre agosto de 2012 e março de 2013 PERÍODO QUE EU ‘TAVA FAZENDO MEU SEGUNDO TCC DA GRADUAÇÃO, com roteiro e arte de James Stokoe (Cavaleiro da Lua, Zombies vs Robots[1], The Transformers vs. G.I. Joe[2]), cores de Heather Breckel (TMNT, My Little Pony[3]) e capas variantes de Frank Teran (Justiceiro, Transmetropolitan, Hellblazer) (edição 1[4]), Sheldon Vella (Deadpool, X-Men) (edição 2), Brandon Graham (Conan, a MARAVINCRÍVEL Elephantmen, Transmetropolitan) (edição 3), John Kantz (Scott Pilgrim) (edição 4) e Simon Roy (EU JÁ FALEI DELE AQUI NO BLOG, CARAI!) (edição 5) – esta última colorida por Joseph Bergin III –, como uma releitura e ressignificação de Moby Dick, magnum opus do escritor e professor estadunidense Herman Melville (1819-1891), já que Half-Century War conta a saga do militar japonês Murakami Ota e seu fiel escudeiro Yoshihara Kentaro em suas idas e vindas atrás do deus ancestral que transformou a Terra em seu parquinho de passeio. mas num te ilude não, crente que The Half-Century War será uma Moby Dick Star Trek: The Next Generation porque não vai não.
negócio começa em 1954[5], da primeira aparição do nosso kaiju favorito em Tóquio (a capa variante do Frank Teran já entrega o jogo) e, no processo, somos apresntados ao jovem tenente Murakami Ota e ao piloto Yoshihara Kentaro que, como últimos sobreviventes de seu batalhão, têm a função de “distrair” Godzilla enquanto os civis eram retirados da cidade. ao contrário do relatado no primeiro filme, a fórmula do Dr. Serizawa Daisuke (interpretado no cinema por Akihiko Hirata e nos filmes produzidos pela Legendary por Watanabe Kensaku) não funfou como ele acredito que aconteceria, logo o coronel Roy Campbell Schooler convoca a dupla para fazer parte da Anti-Megalosaurus Force, i.e., Força Anti-Megalossauro, organização internacional criada para resolver os “causos” de Godzilla, quando este resolvesse dar as caras.
mas história do Godzilla não é história do Godzilla se seus amiguinhos não dão as caras. e o primeiro a aparecer é o mezzo tatu mezzo porco-espinho Anguirus durante o Vietnã de 1967[6], quando a zona ‘tava muito quente e o Frank Castle[7] e a galera do ‘The Nam[8] ‘tavam virando bicho por lá mesmo com um maquinário porrada, em grande parte desenvolvida pelo geólogo e engenheiro de mineração Doc Carson, pra desbancar o ‘Zillão, eles não contavam com o Anguirus (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, EU QUERO UM ANGUIRUS PRA MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM) tocando o foda-se por lá tendo sido “chamado” por um aparelho eletrônico de radiofrequência capaz de convocar outros kaijus adormecidos, desenvolvido por Deverich, cientista estadunidense dissidente da AMF que teve seu projeto encerrado pro ser considerado mais perigoso que benéfico. e o que o bonitão vai fazer? inventa de vender a tralhera pra quem tem mais dinheiro pra quem comprar ter sua própria arma ambulante de destruição em massa. e, à aparição de cada novo kaiju, a AMF cria uma divisão especial para dele tratar (eu achei essa uma excelentíssima sacada do roteirista).
na “visita” do ‘Zilla à Bombai em 1987[9] (a anterior fora em Gana, em 1975[10], quando o Schoolar morre em um ataque conjunto dos kaijus), a AMF bota em ação o MechaGodzilla[11]. e o trem fica mais loco porque o Deverich (nada me tira da cabeça qu’esse nome é uma zuada com o do Roland Emmerich por ele ter feito aquela porra de ruindeza) criou um transmissor de sinal de chamadas de kaijus muito mais potente que o anterior, sendo que, visto que os sinais enviados da Terra saem dela e chegam ao espaço[12], alienígenas fizeram seu próprio Godzilla – o SpaceGodzilla[13] – e o mandaram pra cá pra destruir o daqui e poder mandar na Terra (PENSANDO MUITO BEM, NÃO É UM PLANO RUIM, NÃO)
. como isso é tão ruim quanto o Godzilla sempre fazendo incêndio radioativo no seu personal parquinho de vez em sempre – citando de uma só vez Rorschach no filme do Watchmen e Serizawa-sensei no estadunidense de 2014[14] “não somos nós que dividimos o planeta com Godzilla, é o Godzilla que divide o planeta com os humanos” – Ota[15] vai recolocar o MechaGodzilla no quebra (SpaceGodzilla o tinha ownado) e virar o jogo.
o Final Round é na Antártida, Godzilla versus King Ghidorah[16] e Gigan[17]. e lá o Capitão Ahab e Ismael no encalço de seu cachalote atômico[18] e lá a vontade de Ota de mostrar a Godzilla sua existência e o quão procurava entendê-lo (queria eu ganhar um litrão de Velho Barreiro pra cada imbecil que almeja descobrir as verdadeiras motivações do Gojira). a batalha entre os quatro é do caralho (Ota novamente pilotando o MechaGodzilla), sendo qu’as lutas conjuntas da franquia sempre foram no melhor estilo WWE, sendo lutas do caralho de se ver e dessa vez não foi diferente.
Stokoe não entrega um final apoteótico e sim condizente com a narrativa. “um final condizente e não apoteótico? mas poderia ser um final condizente e apoteótico?” sim, poderia. mas não deixa de ser muito legal e fazer valer a leitura até a última página.
falando como fã e como aspirante à teórico da narrativa fantástica: Godzilla não cansa porque sempre dá pra contar alguma boa história nesse universo, se tu não quiseres ser mirabolante e pretensioso.todavia, tem que gostar MUITÃO da franquia pra sacar estes pormenores.




este post é amorosa e especialmente dedicado ao escritor mineiro conhecido por sua crônica precisa JOSÉ RUBEM FONSECA (1925-2020), um dos responsáveis de eu acreditar fortemente que podia escrever prosa. é tanta coisa legal dele que eu li que seria incapaz de escolher alguma passagem pra citar aqui
e
agradeço por tudo, Mestre Rubens, senhor vai fazer falta





[1] essa eu já li e comentei nesse post AQUI! mas vai rolar um post só pra ela, creio que ante do fim da quarentena.
[2] COM EXCEÇÃO DA PROPAGANDA IDEOLÓGICA QUE SEMPRE TEM EM G.I. JOE, até que não e ruim.
[3] ‘tá admirad@ com isso? eu realmente não.
[4] que faz AQUELA homenagem máxima ao filme de 1954.
[5] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1954.
[6] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1967.
[7] ler Justiceiro: Nascido Para Matar, escrita por Garth Ennis e ilustrada por Darick Robertson para o selo MAX em 2003 e publicada no Brasil pela Panini na Marvel MAX.
[8] no Brasil, Conflito do Vietnã, série escrita e desenhada pelo veterano do Vietnã Dave Murray para a Marvel Comics em 84 edições publicadas entre dezembro de 1986 e setembro de 1993. foi publicada no Brasil pela Abril Jovem em 84 edições publicadas entre dezembro de 1988 e dezembro de 1990 (A. ÚLTIMA. EDIÇÃO. É. UM. LIXO.).
[9] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1987.
[10] duvido ai tu colocares ai nos comentários cinco álbuns fudidos e cinco filmes fudidos lançados em 1975.
[11] cuja primeira aparição foi no filme Godzilla vs MechaGodzilla, de 2002, dirigido por Masaaki Tezuka, escrito por Wataru Mimura e produzido por Shōgo Tomiyama.
[12] isso é tão óbvio que eu nem deveria estar explicando!
[13] cuja primeira aparição foi no filme Godzilla vs SpaceGodzilla, de 1994, dirigido por Kensho Yamashita (1944-2016), escrito por Hiroshi Kashiwabara e produzido por Shōgo Tomiyama e Tomoyuki Tanaka (1910-1997).
[14] dirigido por Gareth Edwards (dá pra acreditar que esse filho da puta dirigiu Rogue One: A Star Wars Story?), com roteiro de Max Borenstein (Kong e a Ilha da Caveira) sobre história de David Callaham (Doom, trilogia Mercenários) e produção de Thomas Tull, Jon Jashni, Mary Parent e Brian Rogers.
[15] NÃO, NÃO É O OTACÍLIO COSTA D’ASSUNÇÃO BARROS, EDITOR DA MAD BRASIL!!!!!
[16] cuja primeira aparição foi no filme Ghidorah, the Three-Headed Monster (lançado no Brasil como Ghidorah, o Monstro Tricéfalo), de 1964, dirigido pelo próprio Ishirō Honda (1911-1993), escrito por Shinichi Sekizawa e produzido por Tomoyuki Tanaka.
[17] cuja primeira aparição foi no filme Godzilla vs Gigan, de 1972, dirigido por Jun Fukuda (1923-2000), escrito por Kaoru Mabuchi (1912-1987) e Shinichi Sekizawa (1921-1992) e produzido por Tomoyuki Tanaka.
[18] atômicuzão ou atômicuzinho?










BIS
ZU
DEM
BREAKING
FUCKING
NEUEN
POST
!!!!