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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

domingo, 31 de julho de 2022

THE MAN WHO FELL TO EARTH – crítica e análise da série

ouvindo: GISM, Detestation, de 1983.
era pra ter tido mais postagens este mês mas apareceu muito trampo pra fazer e escrevi muitos contos, então não deu não. ‘bura ver mês que vem que acontece.

“It’s a matter of prescience,
No, not the science fiction kind.
It’s all about ignorance,
And greed and miracles for the blind.
The media parading, disjointed politics
Founded on petrochemical plunder,
And we’re its hostages.” 
– Bad Religion, “Kyoto Now!”

The Man Who Fell To Earth
, série de televisão de 2022, criada por Jenny Lumet[1] e Alex Kurtzman (Star Trek, Transformers, Watchmen, Cowboys & Aliens). produção conjunta da Secret Hideout, Timberman/Beverly, StudioCanal e CBS. distribuído pela Paramount.

pra entender a série The Man Who Fell To Earth, deste ano. é preciso, inicialmente, ver e entender três filmes. sendo estes, nessa ordem O Dia em que a Terra Parou – que comentei NESTE POST –, O Homem que Caiu na Terrae Starman.
O Dia em que a Terra Parou
, de 1951, dirigido por Robert Earl Wise (1914-2005), roteiro de Edmund Hall North (1911-1990), sobre o conto O Mestre Sou Eu, de 1940, escrito por Hiram Gilmore “Henry” Bates (1900-1981). produzido e distribuído pela 20th Century Fox.
O Homem que Caiu na Terra
, de 1976, dirigido por Nicolas Jack Roeg, roteiro de Paul Mayersberg, sobre o livro homônimo de Walter Stone Trevis. produzido e distribuído pela British Lion Films.
Starman
, de 1984, dirigido por John Carpenter e roteiro de de Bruce Ansile Evans (Assassinos[2], Conta Comigo[3]) e Raynold Gideon (Paixão Eterna, A Ilha da Garganta Cortada[4]). produção conjunta da Industrial Light & Magic e Delphi II Productions. distribuído pela Columbia Pictures.

O Homem que Caiu na Terra é baseado no livro homônimo do estadunidense Walter Stone Trevis (1928-1984[5]), publicada em 1963. é um filme de 1976, dirigido por Nicolas Jack Roeg (1928-2018) (A Convenção das Bruxas[6], Eureka, Inferno ou Paraiso) e seu roteiro foi escrito por Paul Mayersberg. o livro eu pretendo ler ainda esse ano, mas não vou criar expectativa porque já tenho uma pica de coisa pra ler antes pra outros fins.
já Starman foi produzido pelo MICHAEL DOUGLAS[7] e quem era pra dirigir primeiro era o Adrian Lyne (9 ½ Semanas de Amor, Atração Fatal, Lolita), mas ele ‘tava trampando o OBRIGATÓRIO Flashdance, de 1983. depois era pra ser o Peter Hyams (TimeCop: Guardião do Tempo, Morte Súbita, 2010: o ano que faremos contato, Fim dos Dias, Deu a Louca nos Monstros). depois era pra ser o Tony Scott (1944-2018) (Top Gun, Um Tira da Pesada 2, Inimigo do Estado, Maré Vermelha, Jogo de Espiões). e então o projeto passou pras mãos do JOHN FUCKIN HELL MASTER OF UNIVERSE CARPENTER[8], com roteiro de Bruce Ansile Evans e Raynold Gideon, indo pros cinemas em 1984.
mas então que tem um documentário italiano chamado Starman, de 2020, dirigido e escrito por Gianluca Cerasola, contando a trajetória do astronauta italiano Luca Parmitano, da Agência Espacial Europeia[10], único europeu a ter comandado a Estação Espacial Internacional e o primeiro a realizar caminhadas espaciais.
Starman
, de 2020, dirigido e escrito por Gianluca Cerasola
EXCETO ESTE ÚLTIMO STARMAN, estas obras dialogam a questão do “visitante” extraterreste/alienígena/extraterráqueo/extraterreno vocês entenderam que vem à Terra com alguma missão que só pode ser realizada aqui, geralmente pra conscientizar nossa espécie que está cometendo suicídio social[9], ambiental, cientifico, tecnológico, o escambau. 

mas qual é o papo de The Man Who Fell To Earth, no fim das contas?
Chiwetel Ejiofor (Amstad, Quatro Irmãos, O Gângster, 2012, Perdido em Marte. Doutor Estranho) interpreta um extraterreste/alienígena/extraterráqueo/extraterreno vocês entenderam, oriundo do planeta Anthea, é enviado à Terra para descobrir/desenvolver uma tecnologia que salve o ecossistema de sua terra mater, destruída em decorrência de guerras nucleares. após uma referência/homenagem ao primeiro Exterminador do Futuro e outra a Mad Max e parar numa delegacia de polícia, ele toma o nome Faraday da oficial que o “atende”,  obviamente em homenagem ao físico britânico Michael Faraday (1791-1867).
como eu já sabia que tinha visto a cara dessa oficial em algum lugar, fui dar uma fuçada na ficha técnica da série e descobri que quem a interpreta , é a Martha Campbell Plimpton, que atuou SOMENTE n’Os Goonies[11] e também na ficção científica que não tem cara de ficção científica A Costa do Mosquito, de Peter “DEAD POETS SOCIETY” Weir (O ano que vivemos em perigo, Sociedade dos poetas mortos[12], A Testemunha, O show de Truman, Mestre dos mares), cujo roteiro foi baseado no romance homônimo de Paul Theroux, publicado originalmente em 1981.
Os Goonies
, de 1985, direção de Richard “Máquina Mortífera” Donner e roteiro de Chris Columbs, sob história de Steven Spielberg. produzido pela Amblin Entertainment e distribuído pela Warner Bros. Internacional.
A Costa do Mosquito
, de 1986, direção de Peter Weir e roteiro de Paul Joseph Schrader, baseado no romance homônimo de Paul Theroux. produzido pela Saul Zaentz Company e distribuído pela Warner Bros. Internacional.

então Faraday vai em busca de Justin Hammer Gravity Falls (Naomie Harris [007: Skyfall{13}, Moonlight, Mandela: Longo Caminho para a Liberdade]), física e engenheira formada pelo MIT, cuja tese de doutoramento é sobre uma nova tecnologia de produção de energia limpa, que poderia substituir os combustíveis fosseis (i.e., petróleo). após muitas pendengas e idas e vindas, e Faraday ter conhecido Joshua (Clarke Peters [K-Pax{14}, Marley & Eu, Um lugar chamado Nothing Hill]), pai de Justin, e Molly (Annelle Olaleye), unigênita da cientista, cientista como o pai, vão atrás de Hatch Flood (Rob Delaney [Deadpool 2, Rocketman{15}), cientista britânico que quase leva a empresa criada pelo pai, Cliver Flood (Laurie Kynaston), pro buraco..
essa empresa “familiar” se chama OriGen não confundir com a InGen, de O Mundo Perdido: Jurassic Park, cuja CEO é a irmã de Hatch, Edie não, não o mascote do Maiden (Sonya Blade Cassidy), mãe de Clive (Laurie Kynaston) e gestora com mão de ferro thatcheriana. os irmãos Fenris[16] são ferradamente encoxados assediados pelo agente da CIA Spencer Clay (Jimmi Page Simpson) para que os Hatch entreguem a ele Faraday porque sabe que Faraday o levará ao Thomas Jerome Newton (Bill Ward[17] Nighy) que – OLHA SÓ QUE COISA! – enviou o Faraday à Terra pra terminar a quest que não conseguiu fazer porque – OLHA SÓ QUE COISA!² – a CIA caiu em cima dele e fez de tudo para desacreditá-lo publicamente, o que o fez sumir do mapa e fuck off and die Central Intelligence of America. Clay despiroca valendazideia a ponto de tirar sua superior – Drew Barrymore Finch (Kate Mulgrew[18]) – da jogada, que o colocou n[est]a jogada, para conduzir a operação sozinho.
O Mundo Perdido: Jurassic Park
, de 1997, dirigido por Steven NÃO PRECISO DIZER QUEM É Spielberg e roteiro de David Koepp (Missão: Impossível, Quarto do Medo, O Efeito Dominó, trilogia Homens de Preto). sobre o livro homônimo de John Michael Crichton (1942-2008), publicado em 1995. produção conjunta da Amblin Entertainment e da Universal Pictures. distribuído pela Universal Pictures.

no fim das contas, no frigir dos ovos, no cantar do cisne, [a série] The Man Who Fell To Earth acaba sendo inicialmente e não somente uma continuação direta do filme homônimo. tudo que ‘tá na série ‘tá no filme do Roeg aparece diretamente e INdiretamente nessa série, mas não pegando o timing expressionista alemão do filme – ao contrário, centrando-se então na sci-fi fuckin hard, na qual físicos especialistas em eletromagnetismo e energias limpas, engenheiros mecânicos, engenheiros de produção, matemáticos, musicistas e engenheiros eletricistas deleitar-se-ão para um caralho e ISOCRONICAMENTE tratando racismo[19], misoginia, machismo, sexismo, etarismo, violência e abuso policial, tretas familiares quando tem muita grana pra caralho na jogada, crise na ciência, tretas diplomáticas, crise na tecnologia e questão ambiental  no .12 NA SUA CARA sem meias palavras de duplo sentido. Lumet e Kurtzman não têm medo algum de apedrejar todas as janelas possíveis e todas as discussões estão lá, muitas vezes, de forma simultânea que PROPOSITALMENTE não te deixam respirar até aparecer as letras dos créditos ao final de cada episódio. tem até uma zuada com a guerra na Ucrânazista, mas isso terás que descobrir sozinh@. 
[a série] The Man Who Fell To Earth não tem um ritmo linear, tem momento que tem que fazer muita força pra conseguir acabar o episódio e nem sempre a construção climática tem o resultado esperado. Faraday e Clay competem severamente pra saber qual personagem te deixa mais puto com o maior número de presepadas que aprontam. É VIRTUALMENTE E HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL não odiar Edie Flood, que está totalmente dedicada odiada em fazer o espectador passar raiva, tal como É VIRTUALMENTE E HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL não criar empatia pelos dramas e derrotas e frustrações de Justin Falls e Hatch Flood, muitíssimo mais pela primeira. Molly e Clive representam o espectador quanto a ser jogado no olho do furacão e se perguntar-se, continuamente, o que ‘tá acontece-ndo de fato a nível microscópico e a a nível macroscópico na série. a analista da CIA Lisa Simpson Dominguez (Joana Ribeiro) é a, a seu modo, verdadeira veia da Havan dessa temporada, muito mais que o retardoido do Clay, a Edie é caloura do parquinho perto dela e é isso que a salva de ser totalmente encarcada fist fucked with two mãos full hard full mode pela Finch[20]. por fim, mesmo que este quem vos fala já tenha morrido por dentro faz uma cara[21], É VIRTUALMENTE E HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL não amar o Joshua Falls. se não criares nenhum apreço por este personagem, tu estás morto desde o momento que foste concebido ainda no ventre da tua mãe.
[a série] The Man Who Fell To Earth convence, e mais ainda se veres o filme homônimo antes ou depois de sacares a série, mesmo que funcionem muito bem de forma independente. não são obras “fáceis” e “acessíveis”, não só por serem ficção científica, mas por forçarem ao máximo o que o/a espectadora tem para poder pegar tudo que a[s] obra[s] te[ê]m a oferecer.dá pra abrir n discussões acadêmicas ou não sobre o que o Super Sentai Trevis, Roeg, Mayersberg, Lumet e Kurtzman botam na mesa com The Man Who Fell To Earth. se tu conseguires chegar ao sexto episódio e conseguir terminar, tu consegues fechar a temporada.
assista The Man Who Fell To Earth.
 




[1] já posso ficar admirado por ela ser filha do Sidney Arthur FUCKIN Lumet (1924-2011), cineasta estadunidense, responsável por filmes como O Veredicto, Serpico, Assassinato no Expresso Oriente e Negócios de Família;
[2] o dirigido pelo Richard Donner e estrelando o Stallone e o Banderas, cuja morte do personagem  foi RIDÍCULA, feat. PATÉTICA;
[3] FILME QUE DISPENSA APRESENTAÇÕES;
[4] não recomendo nem pra ver como passatempo porque não tem nada pra ver!
[5] MAZULHA ESSA COINCIDÊNCIA!
[6] CLÁSSICO OBRIGATÓRIO!
[7] DISPENSA APRESENTAÇÕES;
[8] idem
[9] não preciso dizer quem eu ‘tô citando;
[10] instituição intergovernamental criada em 1975 a partir da fusão da Organização Europeia de Desenvolvimento de Lançamento (no original European Launcher Development Organisation, de, acrônimo ELDO) – criada em 1960 – e da Organização Europeia de Investigação Espacial  (no original European Space Research Organisation, de, acrônimo ESRO) – criada em 1964 –, dedicada à exploração do espaço e atualmente com 22 Estados-membros;
[11] não conhece? se mata, cachorro imundo, faz esse favor rápidão vai, assiste e depois volta pra terminar esse texto;
[12] idem comentários 3 e 11;
[13] no qual ela foi a primeira preta a interpretar a famosa secretária Money Penny e pelo qual a Adele recebeu o Oscar de Canção Original;
[14] CARALHO, EU NEM LEMBRAVA MAIS DESSE FILME!
[15] tenho até que ver essa porra, mais um pra fazê-lo é ver esse bicho fazendo o Elvis Presley;
[16] não, não o totem da tribo escandinava do RPG Lobisomem: o Apocalipse e sim os irmãos Andrea e Andreas von Strucker, sobrinhos do Barão Werner von Strucker, criados pelo roteirista estadunidense Christopher Claremont e seu compatriota, o artista John Salvatore Romita, cuja primeira aparição foi na edição 194 de Uncanny X-Men, de junho de 1985; 
[17] referência óbvia tanto ao batera do Black Sabbath quanto ao cartunista homônimo ao baterista do Black Sabbath;
[18] eu sabia que conhecia essa caralha de alguma série. fui wikipediar sim, criei esse verbo agora, podem usar que não vou cobrar royalties e descobri que ela fez a capitã Kathryn Janeway em Star Trek: Voyager e a Rayner Fleming no CRÁSSICO do cine mentira Remo: Desarmado, mas Perigoso. sobre ele, rever o comentário 11;
[19] NÃO. EXISTE. RACISMO. REVERSO. EM. NENHUM. LUGAR. DO. MUNDO.
[20] preciso até ver esse filme com o Hanks, inclusive, uma hora rola;
[21] isso em si já dá uma série de postagens, e só postagem MONSTRA. mas não se iludam PORQUE ISSO NÃO VAI ACONTECER.










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sexta-feira, 15 de julho de 2022

EX-DRUMMER - crítica e análise do filme

 ouvindo: GISM, M.A.N. (Military Affairs Neurotic), de 1987.

respondasem pensar: qual foi o último filme estadunidense que chutou sua boca? qual foi o último filme estadunidense que te deixou fudido das ideias? resposta difícil. mais fácil um filme brasileiro ter te deixado assim. sim, o que o brasileiro médio pensa sobre o cinema brasileiro já vale aquele textão no jeito entretanto, é inegável dizer que europeus e asiáticos são campeões mundiais e olímpicos em fazer filme pra acabar com o psicológico do cabocu dá pra fazer um post só listando as pedradas made in Eurasia. e então temos, tem-se Ex-Drummer, filme belga de 2007, escrito, dirigido e produzido por Koen Mortier, baseado no livro homônimo do escritor, poeta, dramaturgo e colunista Herman Brusselmans, publicado em 1994.
Ex-Drummer, de 2007, escrito, dirigido e produzido por Koen Mortier, baseado no livro homônimo do escritor, poeta, dramaturgo e colunista Herman Brusselmans

eu gosto de cinema. eu gosto de punk rock. eu gosto do conceito de arte como ferramenta de crítica social através do incômodo e do mal estar, de deixar o espectador FUDIDO, na merda. quando vi as críticas de Ex-Drummer feitas pelo Lucas Maia, do Refúgio Cult[1] e pelo cara do Getro[2], pensei “CARALHO, ESSE É O FILME PRA VER E COMENTAR”. ontem vi e..... 
caralho, a pegada do filme é tensa pra porra. é perfeitamente compreensível parar o filme muitas vezes pra parar e tomar um ar pra continuar. a metodologia de fotografia e montagem é totalmente alinear, pra bagunçar mesmo e propositalmente seu cérebro e senso de direção, o roteiro é assim também, não te deixa quieto até mesmo nos momentos mais “legalzinhos”, sem aspas e com muitas ressalvas. atrevo-me dizer que é o Apocalypse Now! dos filmes de punk rock.
Apocalypse Now!
, de 1979, dirigido por Francis Ford Coppola e escrito por ele e John Millius[3], baseado no romance O Coração das Trevas, do escritor e marinheiro anglo-polonês Józef Teodor Konrad Korzeniowski, a.k.a. Joseph Conrad (1857-1924).

pode não parecer, mas exceto Lio (interpretada por Dolores Bouckaert), a esposa de Dries (o narrador do filme), ninguém é o que se pode chamar de “mentalmente estável”[4]. falando no Dries (interpretado por Dries Vanhegen), ele é um escritor famoso e o filme começa com ele sendo visitado por um trio: Keon de Geyter, um neonazista (interpretado por Norman Baert) e dois portadores de necessidades especiais[5], Jan Verbeek (interpretado por Gunter Lamoot) e Ivan Van Dorpe (interpretado por Sam Louwyck) que vão convidar Dries para ser baterista da banda que só vai tocar uma música em um só evento e depois terminar. 
mas o Concurso de Rock de Leffinge é só o estopim da cagada ensaiada completa, já que o Dries é, de longe, o personagem mais cretino e escroto da história, por motivos de espremer o pior do pior de Geyter, o Van Dorpe e o Verbeek e suas respectivas famílias para conseguir material de inspiração para seu próximo livro – tanto que, SOMENTE PARA ISSO, aceita integrar a empreitada, a ponto de ministrar o nome do projeto. quando te perguntarem porque rico não vale porra nenhuma e só quer que pobre se foda, apresente Dries.
recomendo, dicumforçamente, ver sozinho ou com alguém que vá na mesma vibe, porque... Ex-Drummer faz parecer Hermes e Renato ser um Patati-Patatá Especial de Dia das Crianças. posso dizer que imagino as caras deles [do Fausto[7] e do Franco Fanti, do Marco Antônio Alves, do Felipe Fagundes Torres, do Adriano Pereira e do Bruno Sutter] vendo a película belga e eles dizendo “caralho, doido; caralho, doido; caralho, doido; vai se fuder, doido; vai se fuder, doido; vai se fuder, doido; vai se fuder, doido; não é possível, doido; não é possível, doido; não é possível, doido”. se ELES ficariam assim, imagina quem... como dizer?... não trabalha com humor negro[7] e arte[8] e quem ‘tá fora totalmente dessa seara vai levar paulada com viga de concreto do começo ao final de Ex-Drummer.
não necessariamente respondendo às perguntas que abri o post, mas posso dizer que lembro de Kids, dirigido por Larry Clark (Bully[9], Desafios da Rua) e escrito pelo roteirista, músico e cineasta Harmony Korine (Levando A Vida Numa Boa[10], Julien Donkey-Boy). não querendo fazer comparação de qualidade, equalização, a puta que pariu, mas... os filmes do Larry Clark podem ser ótimos aperitivos para Ex-DrummerPODEM SER.
Kids
, de 1995, dirigido por Larry Clark e escrito por Harmony Korine. produzido pelos estúdios Independent Pictures, The Guys Upstairs, Killer Films, Shining Excalibur Films e Kids NY Limited, e distribuído pela Shining Excalibur Films.

eu penso assim: se faz chocar, faz pensar. Ex-Drummer não é nada fácil, é mastigar concreto protendido com soda cáustica. mas concordo totalmente com o cara do Getro sobre esse texto ser uma obra sobre o que é a miséria humana e o que o ser humano é capaz de fazer enquanto se vê em momentos de desespero e impotência. e tudão ao som de punk rock de qualidade e de responsa. Ex-Drummer vai querer te fazer desistir de ver a pelo menos 5 a 5 minutos de filme, até mesmo se teu cérebro for localizado no intestino, teu reto desemboque na tua boca e tenhas noção e discernimento zero sobre trato social e convivência com outrem.
ou seja e enfim: não tem como ficar impassível a Ex-Drummer, é punk pra quem gosta de punk, mas não é necessariamente cinema pra quem gosta de cinema.
citando Clooney: “boa tarde e boa sorte com Ex-Drummer”.






in memoriam Fausto Fanti Jasmin 
 




[1] ver essa crítica com spoilers clicando AQUI!
[2] ver essa crítica com spoilers clicando AQUI!
[3] SIM! O DIRETOR DE CONAN, O BÁRBARO E INFERNO VERMELHO!
[4] se é que existe alguém assim nessa vida, consta-se;
[5] eu usaria um dos termos usuais, mas não é do meu agrado, nenhum dos dois me convém;
[6] quando ele ainda era vivo, visto que o filme é de quando ele ainda era vivo/
[7] tem um cara que vai trabalhar a problemática desse termo, EU NÃO SOU ESSE CARA;
[8] podem ter certeza que não estou incluindo stand up nesse balaio;
[9] que também preciso comentar por aqui, inclusive;
[10] ‘tava considerando ver o filme porque tem surf e skate, desisti quando vi o trailer.










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terça-feira, 12 de julho de 2022

“POBREMAS” GERAIS DE ENTENDIMENTO

ouvindo: discografias Acute, banda japonesa de hardcore.

é geralmente, mundialmente sabido que o Brasil é um país de contradições. pra quem o analisa por qualquer microscópio[1], nota que é, inclusive, um país de IRONIAS.
o último post foi de 15 de junho deste ano, tem uns e outros posts prontos pra subir, mas considerei de bom tom fazer este após duas discussões que tive no Facebook a partir dos seguintes prints[2].
esse foi do Se tem placa, tem História
esse foi do Headbanger Da Trevas - Retorno 
(achei no Twitter o texto original, veja AQUI!)

diga-se logo: não sou lulista/petista/psolista, nenhum caralho desses. sou de esquerda, e só. mas tenho asco ao socialismo e ao comunismo, sendo muitíssimo mais simpático ao anarquismo do qual digo que sou militante porque dá muito trabalho explicar pra leigo a diferença entre “militante” e “estudioso”/“entusiasta”[3]. pra mim, marxista é igual flamenguista – nem é gente. ainda mais se for marxista-leninista.
todavia, sejamos honestos: independente disso, da posição política na qual se encontres, que eu me localizo, não dá pra dialogar com partidário do atual governo. se pra direitista – que tem como pautas sucateamento e privatização até do básico do básico da máquina pública, mesmo que nao tenha dinheiro pra bancar tais serviços básicos – não tem acordo, que dirá pra qualquer tipo de esquerdista. 
confraternização de esquerdista em qualquer lugar do mundo.

é IMPRESSIONANTE como essa galera consegue deturpar os fatos e procurar moral pra criticar algo que NÃO tem moral pra comentar/criticar. primeiro que falam da tal “pátria educadora do PT”. o brasileiro médio não tem uma educação básica que pode-se chamar de exemplar e faz piada de cada coisa que... CARALHO. fora as interpretações feitas com a bunda[4][5]. eu poderia citar n exemplos, mas vou me ater a um recente e a dois recorrentes. 
o exemplo recente é sobre o ASSASSINATO do Marcelo Arruda, tesoureiro da filial paranaense do PT *e* guarda municipal, pelo Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal *e* apoiador do atual presidente. usemos o termo correto: ASSASSINATO
“QUAL É O ERRO?” bolsonaristas (e quaisquer desavisados sobre a questão) perguntam. são dois. PRIMEIRO que bolsonaristas (e quaisquer desavisados sobre a questão) perguntam porque tinha gente armada na festa de aniversário do Marcelo volta lá e relê a parte que digo que ele era FUCKING guarda FUCKING municipal. desde que me entendo por gente, NUNCA vi um guarda municipal sem porte de arma. no mais, e tem a esposa do cara, a Pamela Silva, é policial civil. VOCÊS JÁ VIRAM POLICIAL CIVIL DESARMADO, PORRA?!
SEGUNDO: o Jorge José da Rocha Guaranho chega lá, à FUCKING festa de FUCKING aniversário e diz que vai passar bala em todo mundo porque o tema da festa era o FUCKING Lula. O CARA PODIA FAZER UMA FESTA COM TEMA MARYLIN MANSON[6] QUE NINGUÉM TERIA NADA A VER COM ISSO, CARALHO!
o Jorge José da Rocha Guaranho volta lá, ARMADO, pra passar fogo em todo mundo e tem estúpido que “os dois tinham alguma rixa política e ele [Jorge José da Rocha Guaranho] foi lá resolver”. SE ISSO FOSSE VERDADE, o cara se via como um bastião da moral e dos costumes, não tinha outra ocasião pra desenrolar essa problemática, não?
TERCEIRO“ah, eles já se conheciam, o cara [Jorge José da Rocha Guaranho] foi lá convidado pelo Marcelo [Arruda].” já derrubaram essa ai. é tão estúpida que nem vou comentar sobre.

agora o primeiro [exemplo] recorrente: a moral pra criticar outrem. lembram quando o atual presidente recebeu reuniu com Beatrix von Storch, deputada federal filiada ao partido Alternativa para Alemanha (AfD), além de ser vice-líder do mesmo?
isso aconteceu em julho de 2021, fora outros exemplos que podem ser visto nesse link aqui
“NHUM, MAS O MARCOS VALÉRIO DISSE QUE O PT TEM LIGAÇÕES COM O PCC”. ‘tá. ok. não ‘tô admirado não, todo partido político é uma organização criminosa e um grupo terrorista mesmo. qual é a surpresa? o atual governo, O ATUAL GOVERNO, já admitiu parceiragem com nazista, grupo de extermínio, milícias formadas por policiais militares e/ou civis, QUE MORAL QUE TEM PRA FALAR DO PT MANCOMUNADO COM PCC?!? não tem, velho. não tem. se for apoiador do atual presidente, calado, ainda ‘tá errado. se for apoiador do atual presidente, só de pensar, já ‘tá errado.
passemos ao segundo exemplo recorrente. o Grande Dicionário Unificado da Língua Brasile... Portuguesa de 2010 define, na pg. 625, “soberania” como um substantivo feminino caracterizado como “Qualidade ou funções de soberano” e “Qualidade do poder político de um Estado ou de um organismo que não reconhece acima de si nenhuma autoridade”. sem meios termos, intermédios, intramédios ou intermediações, e de modo somente binário: ou se patriota ou se é entreguista a favor do capital estrangeiro.
é sabido que liberal não vale caralho nenhum, mas pelo menos eles são honestos em seus interesses em fuder o próprio país em detrimento dos próprios [interesses], muitíssimo raramente pagando de defensores do bem-estar social ou de algo próximo a isso[7]. vide a criação do programa Bolsa Família, que foi criada pelo [liberal] Joaquim Domingos Roriz (1936-2018), governador do Distrito Federal por quatro mandatos, ministro da Agricultura e Reforma Agrária nas duas primeiras semanas do governo Fernando Collor[8][9].
um... talvez o grande embate dos liberais brasileiros[9], creio eu, seja que o Estado (que, aqui e ali, financia tanto o liberalismo quanto o capitalismo brasileiro[10]) nacional possibilite... gere... DESENVOLVA políticas públicas que fomentem a industrialização nacional para que a máquina pública não seja desmontada e entregue de mão beijada para o capital estrangeiro. o que, em si, é uma grande contradição do caralho, vista a entrega de mão beijada que o FHC fez da Vale do Rio Doce e da Telebrás[11] e a marmota que fizeram quando a Dilma quis privatizar o pré-sal[12]. qual a diferença desse monte de saco de estrume falante e ambulante pros bolsonaristas/bolsominions[13]? poder-se-ia dizer citar somente a falácia do patriotismo, sendo este DIRETAMENTE RELACIONADO à soberania NACIONAL. ou seja, não se pode ser patriota e entreguista do patrimônio nacional para empresas de outros países (quais países? FODA-SE, quaisquer países!).
MAS
ENTRETANTO
PORÉM
CONTUDO
TODAVIA
vê-se liberal estrangeiro defendendo desmonte da máquina pública do seu país? o patriota estadunidense mais aleijado mental da porra defende controle das centrais de distribuição de água e energia elétrica por grandes corporações? tanto patriota brasileiro quanto o liberal e o “liberal”[14] brasileiro que defendem tomarem nos cus a médio, curto e longo prazo. se fossem só eles, ‘tava era tudo certo, mas eles querem levar todo mundo, porra... ai não dá não. no mais: que porra de patriotas são esses que defendem entrada desenfreada de multinacionais pra depredar o país e o lucro obtido não ficar no país de origem. cadê o “BRASIL ACIMA DE TUDO?” tão proclamado a todas as direções da Rosa-dos-Ventos? é um brado seletivo? quem brada não sabe o que significa? ou só o faz da boca pra fora?
pergunta ai se os estadunidenses ficam felizes com a entrada de empresas estrangeiras nos EUA e o lucro indo pra Alemanha, pra França, pra Coreia, pra China e pro Japão[15]. sim. certo. ai tem a questão das questões trabalhistas, que faz muitas empresas tirarem suas fábricas de seus países de origem e mandar pra países] periféricos, com regulamentações trabalhistas menos rígidas/mais exploratórias – não, o adjetivo “flexível” NÃO se aplica neste contexto –, o Brasil incluso. claro que isso é assunto para outro post.

todavia e por fim, sabem onde a ironia reside?
os três – o patriota brasileiro, o “liberal” brasileiro e o liberal –, como os esquerdistas que sempre criticam, TAMBÉM são filhos da “pátria educadora do PT”. como se a educação fosse melhor nos governos anteriores...
pois é, né?





[1] i.e., “a partir de qualquer área do conhecimento”;
[2] e eu tinha jurado pra mim mesmo que não discutiria mais política no Facebook...;
[3] assunto pra outro post que já ‘tava até pronto, mas deu pau no hd do pc. então terei que refazer pra poder upar/
[4] que a Aline e eu batizamos de “cumenêutica”, i.e., “hermenêutica praticada com a bunda”;
[5] eu também dou meus foras que não são poucos quanto a isso, admito;
[6] sim, eu sei que preciso falar sobre isso aqui. eu não esqueci não; 
[7] Fernanda Falcão, eu ‘tô falando contigo;
[8] recomendo dicumforçamente ver o vídeo sobre o Fernando Collor do História Publica, que podes ver clicando AQUI. o cara é marxista-leninista, mas... enfim... o velho problema fudido do “mal necessário”;
[9] pra melhor entendimento sobre o assunto ler este artigo da Veja apesar dos pesares, chamado Bolsa Família: como uma ideia da direita se tornou a principal bandeira da esquerda brasileira, de 2015, do aleijado mental do caralho do Leandro Narloch; do artigo acadêmico Breve Histórico e Dados para Análise do Programa Bolsa Família, de Lúcio Rangel Alves Ortiz e Regina Aparecida Leite Camargo;
[9] me refiro aos liberais de verdade, que tem renda superior a, NO MÍNIMO, 20K reais MENSAIS e trocam de carro de todo ano e fazem viagem interestadual todo ano, não dono de ponto comercial que não tem filial e tem carro que usa pra viajar *e* pra fazer entrega;
[10] para melhores informações, ver o vídeo Imposto Não É Roubo?, do Humberto de Matos de Oliveira, YouTuber que é HISTORIADOR e PROFESSOR DE HISTÓRIA (aqui também vale o comentário final da nota 8);
[11] fora o resto da privatização a rodo que rolou de 1995 a 2002. história esta que tens a obrigação moral e cívica de saber; 
[12] não preciso contar o resto desta história, também, e quais seus desenrolares, preciso?a segue o mais recente: Projeto de Bolsonaro quer tirar dinheiro do pré-sal da saúde e educação, artigo de Vinicius Konchinski, de julho de 2022;
[13] não vou tratar de ancap porque os caras não sabem nem porque ‘tão vivos, quanto mais pelo que lutam. mas esse é outro assunto para outro post;
[14] ver nota 9;
[15] eu tinha um post engatilhado totalmente debulhado sobre entrada de empresas destes países e dos EUA no Brasil, mas se perdeu na formatação do HD deste note. 










¡¡¡BIS!!!
¡¡¡ZU!!!
¡¡¡DEM!!!
¡¡¡BREAKIN!!!
¡¡¡FUCKIN!!!
¡¡¡NEUEN!!!
¡¡¡POST!!!