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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

segunda-feira, 30 de maio de 2022

CPM22 – COMO POR MORAL – 1996 – letras do álbum

 ouvindo: B Movie Monsters, Somethings Are Better Left Undead (UHP), de 2008.

primeiro que essa série de postagens ‘tá uns dois anos atrasada, visto que deveria ter sido feita à comemoração do meu álbum favorito da banda – a saber, o A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum, de 2000 – mas só botei em prática agora, aos vinte anos do Chegou a Hora de Recomeçar, publicado em tarde de outubro de 2002. então que, como fiz com Dead Fish, Bad Religion, Matanza e Zumbis do Espaço, vou postar desde as demotapes até os full length mais recentes, com fotos que conseguir do encarte e afins. eu sei que vocês vão curtir.
então bori começar com a primeira demotape da banda, Como Por Moral, de 1996 (1996 foi um ano bem loco de tanta coisa que aconteceu e de tanta gente bacana que morreu), quando o nome da banda ainda era, somente, CPM.
CPM22
COMO POR MORAL
1996
TENTE
Nem pense que só falar é o suficiente
confie em você mesmo e no que há em
sua mente, use a cabeça, você consegue,
pode acreditar, se as coisas estão ruins,
você pode melhorar, ou mudar o que
já foi feito, se você pensar, você acha um
jeito, corra atrás, leve tudo no peito, se
ficar ai parado, nunca vai ter respeito.
Consciência...

Use a cabeça, não se esqueça, TENTE 

MUDANÇA DE PERSONALIDADE
Mais um otário que não sabe o que quer, com a sua mente controlada, manipulada e dominada.
Não pensa por si mesmo, não resolve e não faz nada, só faz o que os outros falam porque o cara é uma piada.
Olhe ao seu redor, vai ver que é só papagaiada.

Procure em você mesmo e no que há em sua cabeça, seu moleque otário, cresça e apareça.
Você vive em função dos outros sempre tentando fazer a moral, s continuar assim, vai acabar se dando mal.
Mas na verdade, você não passa de um bosta, sabe quando trai e trai pelas costas.
Sai do meu caminho ou pode aguardar, o CPM tá na área e vai te atropelar.
NÃO! NÃO! NÃO!
Pare com isso, pense melhor mas não me peça ajuda se tiver na pior.
Provou que é um sujeito que não merece respeito, então viva de outro jeito ou vai tomar no cú.

Melhor! Não é melhor do que ninguém, você não é nada. Não vem com idéia errada, fica na sua mermão que você não é meu camarada.

NÃO! Não dependa de ninguém. Seja você mesmo e poderá ir mais além.
NÃO! Não dependa de ninguém, viva sua vida que ai vai se dar bem.

GARRAFADA DO NORTE
Doutor Deus criou a natureza
E também as belezas dessa vida
O Planet Hemp quer saber por que é essa erva é proibida

E tem gente que diz todo proza esta planta é maneira e medicinal
Só um chá da raiz faz milagre
E quem bebe fica livre do mal
Ela alegra ela inspira ela acalma
E deixa a moçada de cuca legal
E aquele que perde a cabeça
é porque já tem parte do espírito mal
sim

preste atenção essa erva é que faz garrafada no norte
quando a rosa controla a pressão agrião e saião deixa o pulmão forte (huuuuhuuuhuuu)

E tem gente que diz todo proza esta planta é maneira e medicinal
Só um chá da raiz faz milagre
E quem bebe fica livre do mal
Ela alegra ela inspira ela acalma
E deixa a moçada de cuca legal
E aquele que perde a cabeça
é porque já tem parte do espírito mal
sim

preste atenção essa erva é que faz garrafada no norte
quando a rosa controla a pressão agrião e saião deixa o pulmão forte 
Caramba!!!

EU PROMETO
Somos uma geração numerosa, poderosa, viemos para mudar o futuro desse velho mundo, não se importe muito com o que vão dizer, pense muito bem no que irá fazer, o futuro é seu, só depende de você.
Somos patriotas, não imbecis nem idiotas, somos jovens revoltados, indignados com a situação, preocupados com o futuro dessa nação.
Mas você é um bastardo, isso eu tô ligado.
Seu lance é tudo gringo, tudo importado. Tome uma providência, tenha consciência, que é tudo que eu tenho e já acabou minha paciência!
Fica aí, com essa cara de inocente, esteja ciente, seja feliz nesse mundo inconsequente, infelizmente ninguém se mexe, então tente!
Mas não se culpe se der tudo errado, pelo menos você tentou, não ficou aí parado.
“Como o resto do país, que já está acostumado,” a ser controlado e dominado para fora da civilização atirado e arrastado.
Que foi?! Acabou o dinheiro?! Corre pro banheiro, vomita no chuveiro e aproveita, escorre junto pelo ralo, sua criança imbecil, cara pintada, seu embalo

VIVA O COLORADO
[não achei a letra]










¡¡¡BIS!!!
¡¡¡ZU!!!
¡¡¡DEM!!!
¡¡¡BREAKIN!!!
¡¡¡FUCKIN!!!
¡¡¡NEUEN!!!
¡¡¡POST!!!

terça-feira, 24 de maio de 2022

Первые на Луне – análise e crítica do filme

ouvindo: Defence and Attack, Punx on the Street, de 2009. 

dia desses ai... eu ainda ‘tava fazendo mestrado, inclusive... vi uma lista de filmes no Youtube sobre.. filmes sobre viagem espacial, não vou lembrar agora o nome do vídeo pra botar o link pr’ocês verem. mas então que apresentaram um filme estadunidense – que achei até de bom tom comentar aqui algum dia – chamado Operação Avalanche, pseudodocumentário[1] estadunidense-canadense de 2016 sobre a primeira viagem tripulada à Lua, enquanto um espião soviético tinha como missão sabotar a empreitada.
Operação Avalanche
, de 2016; direção de Matt Johnson[2]; roteiro de Matt Johnson e Josh Boles; Zapruder Films e Resolute Films; distribuído pela Lionsgate Premiere.

Operação Avalanche é bem bacana por ser um documentário sobre um documentário. ‘tá, sim, não vou negar que tem a ver com o post de ontem, pois Blair e Gonjiam serem do mesmo gênero, que consiste basicamente em tratar de alguma questão social, cultural, histórica, lenda urbana, o caralho a quatro a partir da utilização de recursos cinematográficos, incluindo narração em primeira ou terceira pessoa, carga dramática, etc etc etc. vocês entenderam.
A Bruxa de Blair, de 1999; direção e roteiro de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez; Haxan Films; distribuído pela Artisan Entertainment.
Gonjiam: Manicômio Assombrado
, de 2018; direção e roteiro de Jung Bum-shik. Hive Mediacorp; distribuído pela Showbox.

mas, segundo [alg]uns historiadores da literatura fantástica [aleijados mentais para um caralho] dizem que “O Senhor dos Anéis é a resposta europeia à Conan”, poder-se-ia dizer que... Первые на Луне é (¿¡seria!?) a resposta russa à Operação Avalanche
como não saco CARALHO NENHUM do idioma russo, pegay o título do filme e jogay no google tradutor, resultando em Primeiro na Lua – assim que vou me referir ao texto em questão. certo? certo. sigamos. 
Primeiro na Lua
, de 2005 ; direção de Aleksei Fedorchenko; roteiro de Aleksandr Gonorovskiy e Ramil Yamaleyev.

ao contrario da FALSA leveza e da FALSA sensação de segurança presentes em Operação Avalanche, Primeiro na Lua é propositalmente pesado pra caralho. propositalmente angustiante. propositalmente arrastado. perturbador, inclusive? não sei. não chega a tanto, a não ser que sejas um consumidor de filme óbvio que te trate como um retardado. não é seu caso[3].
pra começar, duas coisas. a primeira é eu também descobri em uma lista de filmes sobre viagem espacial e admito que só fui atrás por ser filme russo, sendo que pouquíssima coisa chega por aqui e Chernobyl (sim, a série da HBO) é uma tremenda duma propaganda anti-Rússia que nem dá pra levar em consideração, a sério, o escambau. segundo é que nem dá pra dizer que “Primeiro na Lua é a resposta russa à Operação Avalanche” porque o filme é de 2005, lá de quando o CPM ‘tava soltando (UI!) o [álbum] Felicidade Instantânea, e ‘tavam aparecendo nos cinemas Cidade Baixa, Cinema, Aspirinas e Urubus, SW: Ep III[4], O Coronel e o Lobisomem. todo ano sai muito filme brasileiro bom, eu que sou um canalha do caralho e não assisto.

Chernobyl
, minissérie de 2019; direção de Bo Jonah Renck[5]; roteiro de Craig Mazin; HBO em parceria com as produtoras Sky UK, Sister Pictures, The Mighty Mint e Word Games.
Felicidade Instantânea
, CPM22, álbum de 2005; Arsenal Music e Sony BMG.
Cidade Baixa
, de 2005; direção de Sérgio Machado; roteiro de Sérgio Machado e Karim Aïnouz
Cinema, Aspirinas e Urubus
, de 2005; direção de Marcelo Gomes; roteiro de Karim Aïnouz, Paulo Caldas e Marcelo Gomes; REC Produtores Associados e Dezenove Som e Imagens. 
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith
, de 2005; direção e roteiro de George Lucas; Lucasfilm; distribuição pela 20th Century Fox.
O Coronel e o Lobisomem
, de 2005; direção de Maurício Farias; roteiro de Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado sobre o texto homônimo de José Cândido de Carvalho (1914-1989), publicado originalmente em 1964.

“mas sim, qual é o papo de Primeiro na Lua?”
um grupo de jornalistas russos teve acesso a um documento secreto da época da Segunda Guerra Mundial e descobre um projeto de levar um foguete tripulado à Lua e voltar ainda no ano de 1938, e o projeto foi – olha só! – levado a cabo. portanto, é um contar de história linear com entrevistas de participantes do projeto e imagens de registro, tanto de treinamento dos militares selecionados para serem os cosmonautas e a construção do foguete que iria e voltaria. pra terminar de ficar louco, o projeto simplesmente desaparece como se nunca tivesse existido.
na verdade, não termina de ficar louco porque... caralho que não dá pra levar o filme totalmente a sério porque tem Mikhail Roshchin (interpretado por Viktor Kotov), que é a porra de um ANÃO no processo seletivo pra se tornar um cosmonauta. creio que foi uma zuada, muitíssima da sua bem-acertada, do pra situar o espectador em “olha, caralho, esse documentário é uma zuada, não é a história real da União Soviética, te orienta” [batulho de tapão na tua cara].

eu pensei que seria a Nadezhda Svetlaya (interpretada por Viktoriya Ilyinskaya) a qualificada à vaga, mas quem levou foi o capitão Ivan Sergeyevich Kharlamov (interpretado por Boris Vlasov), ele vai, faz a quest e volta, a sequência toda é muitíssimo empolgante, vibrante, mesmo sendo angustiante. só que a cápsula espacial cai no Chile e o Kharlamov volta pelo oceano FUCKING pacífico, passando pela Polinésia, subindo pela península da Indochina[6], China, o caralho, até retornar a sua terra mater. e os seus conterrâneos (mas não contemporâneos, pontua-se) vão pegar parte por parte da rota, e é uma coisa bem lindona de se ver. como eu comentei no Twitter quando assisti o filme, o Terceiro Mundo lá no coo da Ásia é o mesmo Terceiro Mundo daqui da Amazônia e do Nordeste, mesmas mazelas, idioma diferente. as mazelas tornar-se-iam o mesmo idioma, mas isso já seria uma outra discussão pra outro post. e...
no fim, replicam a nave, mas em dimensões menores menores menores[7][8] (por motivos bastante óbvios, só pra constar) com o mesmo material utilizado em cada detalhe e seguindo exatamente o mesmo método de produção. se o Roshchin já é o elemento que meio que acaba com a credibilidade do projeto, tirando a narrativa da dicotomia crível/incrível, a puxando pra “QUE PORRA É ESSA, JOGADOR?! QUE PORRA É ESSA?!”, a réplica da nave ter explodido termina de enterrar quaisquer credulidades sobre a existência desse programa espacial pré-Guerra Fria URSS-EUA mas, vamos lá, não dá pra não ficar “AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH” quando a reduzida duplicata KÁ-BUM. dá uma vontade daquilo funcionar, daquilo dar certo, que não tem como não ficar triste com essa “quebra”(?) de tensão. sim, a Arte tem dessas coisas de... criar tensão, fazer tensão crescer e depois te mete um socão na cara, “não sou obrigada a atender tuas expectativas, mesmo se eu tiver criado”
no mais, ao contrário do que se vê em produções estadunidenses, o ufanismo patriótico, a venda da ideia da superioridade nacional estadunidense, não tem porra nenhuma disso em, é algo muito mais sutilzão. não é uma “ode à Mãe Rússia”, é uma porra tipo... “o que o povo russo pode fazer quando decide trabalhar junto para a Rússia”, junto ao Fedorchenko declarar seu amor ao cinema, que dá pra ver as homenagens e referências nos planos, na edição, como o preto e branco mudam pro colorido e voltam. e... apesar da ausência do ufanismo patriótico e da superioridade nacional estadunidense, o que não falta são cenas apoteóticas e grandiosas, pra sustentar a ideia que falei d“o que o povo russo pode fazer quando decide trabalhar junto para a Rússia”. e, apesar do anão, tu compras aquilo porque te conquista, mesmo o filme sendo uma sopa de pedra.
mesmo que eu seja consumidor E produtor E pesquisador de Ficção Científica, admito e de forma assaz veemente que Primeiro na Lua não é fácil, é cansativo pra caralho. arte produzida na Rússia não é de fácil digestão e o texto escrito e apresentado pelo Aleksei Fedorchenko não foge à regra em momento algum. essa Ficção Científica pedregulhosa é uma herança (não sei... direta?) que dá pra puxar lá do Solaris, do Andrei Arsenyevich Tarkovsky (1932-1986), e, por que não?, da paulada Per Aspera Ad Astra[9], do Richard Viktorov (1929-1983)[10]. 
Solaris
, de 1972; direção de Andrei Arsenyevich Tarkovsky; roteiro de Andrei Arsenyevich Tarkovsky e Fridrikh Gorenshtein (1932-2002) sobre obra homônima de Stanislaw Herman Lem (1921-2006), publicado originalmente em 1961.
Per Aspera Ad Astra
, de 1981; direção e roteiro de Richard Viktorov sobre obra homônima de Kir Bulychov (1934-2003).

como em O Homem do Norte, Primeiro na Lua te arranca da tua zona de conforto, a não ser que já sejas acostumad@ a filme pedreiragem. é uma escola totalmente diferente, mas é pedreiragem igual, e... te deixa triste, muitão, pela história não ser verdade, e a jornada do capitão Ivan Sergeyevich Kharlamov Da América à Europa é algo bem “UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU” que não dá pra se sentir cativado.

PRA TERMINAR, as duas versões full de Primeiro na Lua que têm no YouTube ‘tão em russo com legenda em russo, ai baixei um original sem legenda e a legenda em português, anexei no FormatFactory. então assiste ai, comenta e é isso ai.
Primeiro na Lua
2005
direção de Aleksei Fedorchenko
roteiro de Aleksandr Gonorovskiy e Ramil Yamaleyev










[1] no original, “mockumentary”.
[2] ele tem um outro pseudodocumentário, de 2013, chamado The Dirties. tenho que ver, inclusive. 
[3] espero.
[5] que dirigiu uns episódios das séries Walking Dead, Bates Motel e Vikings, inclusive.
[6] região do Sudeste Asiático situada entre o leste da Índia e o sul da China, que abrange – além destes países – Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia e Myanmar.
[7] que os Deuses e Deuses salvem e abençoem quem inventou o escalimetro!
[8] se bobear, essa duplicata era mais alta que o Roshchin.
[9] que tenho que comentar aqui também, inclusive.
[10] nada a ver esse corno morrer no mês que nasci.
[11] vão ficar os dois pôsteres do filme porque eu gosto pra caralho dos dois.











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quinta-feira, 19 de maio de 2022

O HOMEM DO NORTE – análise e crítica do filme

ouvindo:  V/A Ronda Alternativa coletânea de bandas punk lançada em 1988.

eu vi ontem O Homem do Norte [no original, The Northman[1]], dirigido pelo estadunidense Robert Eggers (de A Bruxa, de 2015, e O Farol, de 2019[2]) e escrito por ele e pelo escritor islandês Sigurjón Birgir Sigurðsson, creditado como Sjøn. o Sjøn, inclusive, co-escreveu o roteiro de Lamb[3], filme islandês-sueco-polonês do ano passado, dirigido pelo também Valdimar Jóhannsson.
O Homem do Norte
, de 2022; direção de Robert Eggers; roteiro de Robert Eggers e Sjøn; Regency Enterprises, Perfect World Pictures, New Regency e Square Peg; distribuição pela Focus Features (nos EUA) e pela Universal (no resto do mundo).
Lamb
, de 2021; direção de Valdimar Jóhannsson; roteiro de Valdimar Jóhannsson e Sjøn; Sena, TriArt Film e Gutek Film. 

como todo mundo que já frequentou estas pairagens, sabe que sou suspeitão pra caralho pra falar de vikings e escandinavismo (incluir aqui a mitologia desse pessoal[4]) e o escambau correlacionado.
PRA COMEÇAR, não era pra citar isso, mas tinha uma época no famigerado Facebook que os paraenses zuavam os famigerados tupinivkings – brasileiros metidos a nórdicos, odinistas e escandinavos – por se dizerem “nórdicos”, sendo que o significado do verbete é “oriundo/residente na região norte”. quem tem o mínimo de noção de geografia do Brasil exceto indivíduos nascidos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, obviamente sabe onde fica o Pará, né? liguem os pontos.
no mais, zoava-se ad æternum os nazipardos – fulaninho MESTIÇO metido a nazista, com todos os discursos e trejeitos característicos a esse bando de bosta que fala. ¿falei que existe tupinivking mestiço também? ‘tá, não falei, mas ai MEIO QUE, MUITO POR BAIXO, dá pra dar um desconto, visto que os vikings eram oriundos de povos germânicos[5], que eram, consequentemente, povos de várias etnias, resultando nos vikings também serem de várias etnias. TODAVIA, isso EM NADA valida quaisquer discurso de mito de origem tanto dos tupinivkings quanto dos nazipardos. 
mas ‘tá... falando de tudo isso, só posso concluir que o que não vai faltar é cu de tupinivking e cu de nazipardo piscando em código morse com O Homem do Norte.
eu poderia dizer que “a opinião do povo da extrema-direita brasileira quanto a esse filme é outra história”, mas... não vai rolar. o jornalista brasileiro Reinaldo José Lopes fez um excelentíssimo paralelo sobre a obra e este polo ideológico em questão, visto que abarca esse bando de retardado supramencionado [mesmo que sejam “extrema-direita”, “retardado”, “tupinivking” e “nazipardo” sejam sinônimos, aqueles que tu encontras no sinonimos.com[6]].

VOLTANDO AO TEMA PRINCIPAL DA POSTAGEM 
eu, por mais que tentasse e quisesse evitar, acabei vendo o mencionado filme sob três óticas: a de pretenso crítico de cinema, a de estudioso de vikings e escandinavismo e a de COF COF COF COF jogador/narrador de RPG. quanto a este último item, me ative aos títulos Lobisomem: A Idade das Trevas e mais especificamente a Os Vikings. ¿é uma história de Fenrir? é, mas isso não vem ao caso.
Lobisomem: A Idade das Trevas
, de Forest Marchinton, Harry Heckel, Deena Mckinney e Ethan Skemp; Estados Unidos: White Wolf, 1999.
Os Vikings,

Zé povim da intenet falou que é filme pra dormir “igual o novo [filme do] Batman”[7]. pois bem. não preciso dizer que são filmes diferentes, com propostas diferentes. “público-alvo” é uma conversa totalmente por fora que não vem ao caso. sobre esse novo filme do Batman, dirigido pelo Matt Reves (um dos roteiristas de A Força em Alerta 2 e diretor do primeiro Cloverfield[8], Planeta dos Macacos: O Confronto e Planeta dos Macacos: A Guerra) - escrito por ele e pelo Peter Craig (Jogos Vorazes: A Esperança, Top Gun: Maverick[9] e Bad Boys para Sempre[10]) -, ainda não vi pra comentar a fundo mas pelos trailers, posso dizer que é uma parada totalmente noir, vinda da fase noir do personagem. e olha que não gosto dele.
The Batman
, de 2022; direção de Matt Reves; roteiro de Matt Reves e Peter Craig; Warner Bros. Pictures, DC Films, 6th & Idaho e Dylan Clark Productions; distribuição pela Warner Bros. 
A Força em Alerta 2
, de 1995; direção de Geoffrey Peter “Geoff” Murphy; roteiro de Matt Reves e Richard Hatem; Regency Enterprises, New Regency Productions e Seagal/Nasso; distribuição pela Warner Bros.
Cloverfield
, de 2008; direção de Matt Reves; roteiro de Drew Goddard; Bad Robot Productions; distribuição pela Paramount.
Planeta dos Macacos: O Confronto
, de 2014; direção de Matt Reves; roteiro de Peter Chernin, Dylan Clark, Rick Jaffa e Amanda Silver; Chernin Entertainment; roteiro de; distribuição pela 20th Century Fox.
Planeta dos Macacos: A Guerra
, de 2017; direção de Matt Reves; roteiro de Peter Chernin, Dylan Clark, Rick Jaffa e Amanda Silver; Chernin Entertainment; distribuição pela 20th Century Fox.
Jogos Vorazes: A Esperança
– Parte 1, de 2014, Parte 2, de 2015; direção de Francis Lawrence; roteiro de Danny Strong e Peter Craig, sob o livro homônimo de Suzanne Collins; Lionsgate, Studio Babelsberg AG e Color Force; distribuição pela Lionsgate.
Top Gun: Maverick
, de 2022; direção de Joseph Kosinski (Tron: Legado; Oblivion); roteiro de Ehren Kruger, Eric Warren Singer, Christopher McQuarrie, Peter Craig e Justin Marks; Skydance Media; Don Simpson/Jerry Bruckheimer Films; distribuição pela Paramount.
Bad Boys
para Sempre, de 2020; direção de Adil El Arbi e Bilall 
Fallah; roteiro de Chris Bremner, Peter Craig e Joe Carnahan; Columbia Pictures, 2.0 Entertainment, Don Simpson/Jerry Bruckheimer Films, Overbrook Entertainment; distribuição pela Sony.

amigo meu falou que “filme de super-heroi é a salvação do cinema” e outro [falou] que “não dá pra desmerecer um género em detrimento do outro”. derM eister Scorcese falou que “filme de super-heroi NÃO é cinema”. ‘tá, meteram o caralho no, no Spielberg, no Cameron e no Lucas quando eles lançaram suas primeiras obras, disseram que os filmes deles “não eram cinema”. ‘tá, mas o que isso tem a ver com O Homem do Norte
esse bombardeio da Disney ao cinema fez geral se desacostumar ao cinema porradão, o que que não tem pena de gastar o público, seja em roteiro, seja em trilha sonora, seja em fotografia e montagem, vocês entenderam... tudo o que O Homem do Norte é, e é dicumforçamente.
“a história de O Homem do Norte?”
ai que eu ia morrer e não saberia que o texto Hamlet é baseado em uma narrativa escandinava, e o nome próprio em questão advém do islandês antigo Amlóði (calma ai que já vamos voltar pra isso ai ainda nesse parágrafo). ‘tá. sim. eu tinha visto a vídeo-crítica da Isabela Boscoli, a do Lucas Maia e a do Otávio Ugá sobre o filme, fiquei “‘bora ver o que tem atrás desse texto shakespeariano?”. depois de ver o filme e fazer a pesquisa pra esse post... “ulha só, Hamlet é um anagrama de Amleth, que é uma inglesificação[11] de... Amlóði!” segue o meme de reação


alguém perguntou dia desses no Twitter “qual a distância de referência pra homenagem pra ‘copia mas não faz igual’?”. POIS ENTÃO, NÉ?
‘tá. mas arte tem dessas coisas. foda-se. voltando.
a história de está presente na compilação Pœtica Edda[12] e CERTAMENTE o William Shakespeare o conheceu por meio do texto Amlethus, Amblothæ, em latim, lá por contas do século 12. o resto é história e História[13]. voltando.
em 896, o Jarl[14] Aurvandill Corvo-da-Guerra (interpretado por Ethan Hawke QUE DISPENSA APRESENTAÇÕES), de um reino escandinavo pré-medievo no que será a Islândia[15], volta de uma empreitada. Aurvandill tem como esposa Gudrún (interpretada por ninguém mais, ninguém menos que a Nicole Kidman QUE TAMBÉM DISPENSA APRESENTAÇÕES) e seu filho e herdeiro... QUEM? QUEM? QUEM? QUEM? QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM?
isso mesmo que pensaste.
o Amleth (interpretado pelo Oscar Novak).
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS o Aurvandill tem um irmão – i.e., Fjølnir (interpretado por Claes Bang) – que tem inveja de sua posição, e acaba tramando pra tirá-lo do poder. a emboscada acontece após o rito de Amleth entrar em harmonia com seu animal não-humano interior. Fjølnir dá cabo em Aurvandill, não antes deste dizer para Amleth fugir e voltar somente quando estiver pronto para vingar o pai, resgatar a mãe e matar o tio. 
in Westen nicht neues. eu sei, vocês sabem, todos nós sabemos.
eu sei, vocês sabem, todos nós sabemos que Amleth (já interpretado pelo Alexander Johan Hjalmar Skarsgård) volta e traz o inferno para Fjølnir. mas o que eu não sabia e que vocês sabem a partir de agora é que o não completa todas as quests a ele delegadas, POIS eu sei, vocês sabem, todos nós sabemos que a história tem um lado de cada pessoa que participou da história. EXPLICANDO: o que a Gudrún fala pro Amleth, quando ele vai meter a Draugr – espada cuja lâmina que não pode ser quebrada ou entortada – no rabo do Fjølnir, dá uma reviravolta brutalizadora destroyer powered no roteiro. ele então: “foda-se, ’tô aqui mesmo, vou terminar a main quest”
É HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL, durante o combate final entre protagonista e antagonista, não lembrar imediatamente do embate entre o Skywalker e o Kenobi em Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith. se todo e qualquer viking almeja o Valholl – o Valhalla, a saber -, é isso que o Amleth consegue. não suficiente/obstante, o Fjølnir também.
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith, de 2005; direção e roteiro de George Lucas; Lucasfilm; distribuição pela 20th Century Fox.

COM EXCEÇÃO DO FILME SER FALADO MAJORITARIAMENTE EM ESTADUNIDENSE E AS PARTES EM NÓRDICO ANTIGO NÃO TEREM LEGENDA, o filme é tecnicamente perfeito. PRA MIM, era pra terem feito uma parada MelGibsoniana, botado o elenco pra falar nórdico antigo e foda-se, que leiam as porras das legendas. 50% do motivo de eu achar Apocalypto e Paixão de Cristo filmes do caralho é por serem falados nos idiomas locais das épocas – i.e., em maia de Yucatec e aramaico, respectivamente. voltando.
Apocalypto
, de 2006; direção de Mel Gibson; roteiro de Mel Gibson e Farhad Safinia; Touchstone Pictures e Icon Productions; distribuição pela Buena Vista Pictures Distribution
A Paixão de Cristo
, de 2004; direção de Mel Gibson; roteiro de Mel Gibson e Benedict Fitzgerald sobre textos do Novo Testamento e La passione del Signore nelle visioni di Anna Katharina Emmerick; Newmarket Films; distribuição pela Icon Productions.

chega a dar raiva de tão bem feito, figurino, cenários, fotografia, montagem, iluminação, trilha sonora. pelo que vi em uns vídeos de produção do longa, o pessoal usou o mínimo do de efeitos visuais possíveis. os planos longos são uma constante, mas não tem muita coisa na tela pra particionar atenção de quem assiste. como falei pro meu Bärbruder Thiago, se chegarem a fazer uma série do Conan, tem que ser NESSE nível de qualidade, jamais menor.
pra quem gosta de cinema DE VERDADEO Homem do Norte  é banquete, é pra comer até passar mal, é filme pra ver de uma vez só. falo logo que tu vais torcer por todo mundo e ficar putaço full mode com todo mundo, visto que nada é simples, apesar do plot simples. ouso dizer que a única personagem que... é a que mais se fode, é a Olga Benário (interpretada por Anya-Josephine Marie Taylor-Joy[16]), feiticeira eslava capturada e escravizada pelos vikings que se torna amante de Amleth[17].
inclusive, não é um filme fácil, causa angústia, dá mal-estar, dá vontade de virar a cara em umas passagens. pra terminar, NÃO É PRA AVALIAR COM OS VALORES SOCIAIS ATUAIS, tampouco PARALELIZAR com “possíveis” valores sociais atuais (voltar ali pra questão levantada pelo RJL[18]), a fim de validá-los.no máximo, tratar as questões sociais a partir das levantadas pela/na obra supramencionada.

e é isso ai. 
assistam O Homem do Norte .





NOTAS
[1] a saber, uma das melhores traduções de título de filmes que já vi, mas “traduções de título de filmes” é outro assunto pra outro post.
[2] sim, também vou comentar esse filme aqui. em verdade, tem um caralhal de filme pra comentar aqui.
[3] o primeiro ainda não vi, o segundo eu vi e “beleza, muito bom, muito foda, ‘tá valendo, mas cadê o horror cósmico lovecraftiano que vocês viram nele? num tem naum”.
[4] no alto de minha formação de cientista da religião (senti muito nojo e asco de mim agora), também incluo o item mitologia.  
[5] por mais que os europeus chiem, gritem, chorem, o caralho, dos povos germânicos surgiram QUASE todos os atuais europeus tem uma exceção aqui e ali, como, POR EXEMPLO, os gregos (advindos dos micênicos), os finlandeses (de origem suomi) e praticamente todos os eslavos. não considero turco exatamente europeu, de mesmo modo que não considero tocantinense exatamente nortista.
[6] vou providenciar hoje mesmo essa página nesse site.
[7] PRA QUÊ AINDA FAZEM FILME DO BATMAN, CARA?!?
[8] obrigatório para um caralho! 
[9] eu gostava do filme Top Gun antes de estudar propaganda ideológica e como se desdobra no cinema.
[10] a verdadeira definição de “filme totalmente desnecessário” é esse filme.
[11] “inventei” agora essa palavra, um extintor de incêndio no seo coo se não gostaste.
[12] em algum post deste blog eu expliquei o que é esta compilação, procura ai que tu encontras ou seja, te vira.
[13] tem diferença nisso ai, mas não sou eu que vou explicar.
[14] líder de um povoado escandinavo pré-medievo. os termos relativos à nobreza só são utilizados propriamente valendamente só a partir da formação dos primeiros estados nacionais europeus, o que ainda demoraria para um caralho para acontecer.
[15] lá por 1919, 1920, por ai.
[16] ela ‘tá no mencionado A Bruxa, e faz uma voz no longa de animação Playmobil e na adaptação pro cinema filme d’Os Novos Mutantes, como a Ilyana Rasputin (não vou ver porque, pra mim, este grupo tem a mesma relevância d’Os Novos – i.e., NENHUMA!).
[17] “par romântico” são as picas do Dredd e do Mandingo simultaneamente no teu ânus.
[18] acrônimo de Reinaldo José Lopes.










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domingo, 1 de maio de 2022

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 os olhos, as manhãs, os rios 
ver o rio pela manhã 
a manhã acorda a poeta
o rio, as poetisas, os rios 
os barcos só dormem ancorados 
os amantes, quando juntos 
e possível, dormem abraçados 
os olhos são os mesmos 
mudaram quando? 
as manhãs não, continuaram sendo 
os rios não são os mesmos 
são outros, outro país, outras 
navegações, inspirações
os rios, independente do país, 
das nações, conversam entre si a 
mesma língua, independente destas 
condicionantes e sem falsos cognatos, 
a mesma das manhãs 
tais idiomas e prosas entre seres 
naturais, atemporais
trazidas aos não-poetas, nã-poetisas
pelas poetisas idas, vindas em barcos
a cada manhã


» sobre foto de Jacqueline Lima Coelho Sampaio postada em sua conta do Instagram de 30 de abril de 2022 «
» 01 de maio de 2022 «