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terça-feira, 28 de abril de 2020

ÀS 17h34min40s (O FIM DA TERRA) – poema

ouvindo: Marcelo Nova e Raul Seixas, A Panela Do Diabo, de 1989

ÀS 17h34min40s (O FIM DA TERRA)
apresentar-se-ão neste texto 
as condições de emergência 
nas quais e sob as quais 
produz-se o Poema e a Poesia: 
quando um dos dois consegue 
forçar saída 
seja pela escrita, seja pela voz 
ou seja primeiro pela voz e depois ressignificar 
através de transcrição 
que pode ser ou não fonética. 
condição de não-mais 
suportar! 
não suportar mais o quê? 
depende de pra quem se pergunta 
a resposta sobre a angústia 
varia igualmente de autor pra autora – 
às vezes pode ser parir um elefante adulto 
em único momento 
sem dor alguma; 
outras parir uma estrela no seu momento 
mais brilhante antes de desvanecer (hell, yeah), 
como se fosse um parto que durasse 
horas 
e horas 
e horas 
até que tudo vá embora 
e embora 
e embora 
só que, não somente em um dia.
há dias que ou é o elefante ou é a estrela fulgurante 
que volta 
e volta 
e volta 
resultando na Poética forçar sua existência 
para dentro do papel ou aos quatro ventos! 
a Poética é um processo emergencial 
a ser sempre 
imediatamente 
atendido! 
nem sempre o grito sai na frequência e intensidade 
que se auto-planeja 
mas antes parido a silenciado!!!

:: 27 de abril de 2020 ::
:: o título do poema foi retirado do filme russo Salyut 7, de 2017, dirigido por Klim Shipenko e escrito por ele + Aleksey Samolyotov, Aleksey Chupov, Natalya Merkulova e Bakur Bakuradze ::

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