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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 30 de junho de 2006

CAMPO DE BATALHA: HISTÓRIA VIKING

Reportagem retirada da revista SUPERINTERESSANTE, edição 161, de fevereiro de 2001.

Elisabeth WardA curadora da maior exposição já realizada sobre os vikings revela novidades a respeito desse povo que era pirata e negociante, agricultor e navegante, civilizado e bárbaroPor Angela Pimenta
Dos antigos gregos, a cultura ocidental se orgulha de ter herdado a filosofia, a arquitetura, os princípios democráticos. Dos romanos, o direito, a arte, a culinária. E dos vikings, os antigos habitantes da Escandinávia? Se você lembrou apenas do capacete com dois chifres que até hoje é usado por alguns torcedores suecos em jogos da Copa do Mundo, está profundamente enganado. “Os vikings jamais usaram estes capacetes”, afirma Elisabeth Ward, curadora-assistente da exposição “A Saga do Atlântico Norte”, a maior já realizada sobre os vikings nos Estados Unidos, que terminou final do mês passado (nota: em janeiro de 2001, já que esta entrevista é da SUPER de fevereiro de 2001). “Foram os figurinistas da ópera Brunhilda, do compositor Richard Wagner (nota: o mesmo da famosa A Cavalgada das Valquírias, que já tocou na trilha sonora do clássico Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, no desenho dos Animaniacs, e até no seriado super-sentai Flashman), que, no século XIX, resolveram vestir os cantores com esses capacetes. Vai saber por quê...”
Essa é apenas uma das curiosidades da mostra, que atraiu mais de 2 milhões de pessoas para os museus de História Natural de Nova Iorque e Washington. A exposição, que custou mais de 3 milhões de dólares, revela que os temidos povos do Norte da Europa foram muito mais do que os “bárbaros” que aterrorizavam a vida dos europeus na Idade Média. A maioria deles não passava de agricultores e comerciantes. E há a suspeita de que Cristóvão Colombo tenha partido rumo à América atiçado por informações obtidas, em fevereiro em 1477, em uma colônia de descendentes vikings na Islândia.
Enquanto se preparava para levar a exposição para outros seis estados americanos, Elisabeth Ward falou à SUPER sobre o legado que os vikings deixaram ao Ocidente, incluindo invenções navais, descobertas geográficas e até instituições de governo.

SUPER – Por que os vikings eram tão temidos pelos europeus?Elisabeth Ward – Principalmente porque não tinham nenhum tabu religioso, como os europeus tinham, em atacar igrejas. Um exército francês jamais atacaria um monastério inglês e vice-versa. Já para os vikings, que não eram cristãos, conventos eram alvos óbvios: geralmente estavam cheios de comida, dinheiro e relíquias preciosas. O desrespeito aos templos cristãos explica por que os vikings foram demonizados durante tantos séculos pelos europeus.

Durante as batalhas, eles não eram mais cruéis que os guerreiros romanos ou chineses?Os vikings eram, de fato, violentos. Provavelmente num grau de violência igual ao dos romanos, talvez com poucas diferenças. Mas não eram adeptos da tortura, por exemplo. Tortura, como se sabe, era uma ferramenta de uso essencialmente político dos reis europeus e da Igreja. Já os vikings eram piratas pragmáticos: chegavam, atacavam, partiam e voltavam, quando se interessavam pelo lugar. Numa guerra, preferiam a morte rápida do inimigo, no fio da espada, a golpes de machado. Como faziam parte de uma cultura de tribos nômades e autônomas, cujo poder político era pulverizado, estavam mais interessados na pilhagem (e na morte, se preciso) do inimigo do que no domínio político a longo prazo. Mas é verdade que o uso da violência não era uma prática condenável para a cultura viking. As sagas (poemas épicos vikings) descrevem o Valhala, a casa dos mortos, como uma espécie de fazenda, como todo o luxo possível para a época. Nesse paraíso nórdico, os mortos passariam a eternidade guerreando, como se suas lutas fossem uma espécie de hobby.

Quais eram as armas mais cruéis e as táticas de guerras dos vikings?Ao contrário do que se pensa, o grande trunfo tecnológico deles não eram os machados e tampouco as espadas. Aliás, as armas vikings eram muito semelhantes às européias. A grande invenção bélica dos vikings estava na tecnologia de seus barcos, os knorr. Eles eram máquinas de guerra formidáveis: rápidos, ágeis e compactos, navegavam tanto em mar revolto quanto em águas rasas. Com eles, os vikings introduziram o fator surpresa nas batalhas européias. Foi assim que eles inventaram o ataque fulminante, mais tarde batizado de blitzkireg pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.

Como funcionava o Thing, o parlamento inventado pelos vikings?O Thing foi a primeira oligarquia democrática do Ocidente depois do Senado romano. Além da própria Noruega, foi adotado com êxito na Islândia do século X. Funcionava da seguinte maneira: cada aldeia agrícola apontava o seu representante, que era escolhido com base na reputação moral e na capacidade de liderança. No verão, durante duas semanas consecutivas, os líderes se reuniam numa espécie de assembléia geral que se dedicava sobretudo a resolver questões de litígio entre vizinhos pela posse da terra. O Thing era apenas um poder consultivo: não dispunha de um exército param fazer valer sua vontade. Mesmo assim, na maioria das vezes os vikings acatavam as resoluções do Thing, que eram respaldadas pela vontade popular.

É verdade que a mulher na sociedade viking tinha mais autonomia do que as européias?Os vikings eram polígamos. Mas a primeira-esposa da tribo tinha um papel social importante na comunidade. Quando o marido, que era o chefe da aldeia, viajava, era ela quem comandava a casa, cuidando também de outros aspectos importantes da vida da comunidade – incluindo o controle das finanças e da colheita. Na prática, isso significa que a primeira-esposa mandava nos outros homens da aldeia. Esse poder era simbolizado por um chaveiro que ela trazia na cintura. Outra coisa interessante é que, ao contrário da sociedade européia, a sociedade viking não tinha nenhum tipo de tabu quanto à virgindade da mulher, que podia ter vários parceiros sexuais. E os filhos nascidos fora do casamento (muito comum entre eles) não sofriam o preconceito que os bastardos sofriam na Europa.

O que ainda falta descobrir sobre o cotidiano dos vikings?Na Dinamarca, prosseguem escavações dos barcos usados como túmulos, para que se tenha uma visão mais precisa do seu dia-a-dia. Os chefes vikings eram enterrados com todos os utensílios: comidas, antimais e até servos e concubinas vivas, que sacrificavam a vida pelo conforto do chefe em sua suposta eternidade. Em Dublin, os cientistas tentam saber qual o exato papel da sociedade (fundada pelos vikings) para suas rotas de comércio na Europa, na América e em terras que hoje pertencem ao Iraque. Na Rússia, em Staraja Ladoga, perto de Kiev, um cemitério viking pode revelar novidades sobre interessantes sobre suas práticas comerciais e também em que grau eles se miscigenaram com os russos.

E sobre a presença deles na América...Apesar das grandes descobertas dos últimos 4 anos, como a aldeia viking L’Anse aux Meadows, em 1960, na costa leste do Canadá, muitos mistérios ainda precisam ser decifrados. Não sabemos, por exemplo, por que os cerca de 50 nórdicos que chegaram lá no século XI foram embora de dez anos de assentamento. Na Groenlândia, onde chegaram no século X, as comunidades vikings duraram quase 200 anos. Outra questão importante é descobrir o tipo de relação que os vikings estabeleceram com os inuit, o povo nativo da América do Norte. Se ficar provado que os vikings faziam comércio com o inuit – e há fortes indícios disso –, a história da região terá que ser reescrita. Finalmente, falta esclarecer por que os vikings acabaram deixaram a Groenlândia depois de mais de três séculos de ocupação. Tudo incida que um resfriamento dramático no clima acabou levando-s de volta à Islândia e à Europa, mas os cientistas não chegaram a nenhuma conclusão a respeito.

Existe alguma evidência da presença dos vikings na América do Sul, mais precisamente no Brasil?Não. Nos anos 70, foi noticiada a descoberta de inscrições rúnicos (o alfabeto viking) no Brasil, mas nada de mais consistente ainda ficou provado a respeito disso até agora.



É isso aí!
Espero que vocês tenham curtido!
Até a próxima!

segunda-feira, 26 de junho de 2006

É ASSIM MESMO...

Eu mesmo pensei... eu sempre penso que nunca mais escreveria algum poema pra Kobayashi-Hiroko-san, mas... ledo engano... Cara, eu gostei muito de escrever este poema. Não dá pra explicar o porque, mas foi legal pra caralho... importante pra caralho escrever algo como “Viver também é aprender a esquecer! / Eu aprendi que viver também é aprender a esquecer! / Eu também aprendi da pior maneira / Que viver também é aprender a lembrar me se corroer, / A lembrar de você sem passar mal...”, apesar de estar quase que totalmente travado pra escrever. Todavia, eu espero que vocês gostem. O poema é este:

LÄDCHEN UND AN-SEHEN
Eu tava na casa de uns amigos hoje
E vi uma garota na TV.
Cara, ela tem um sorriso parecido com o seu
Cara, ela tem um olhar...
O mesmo olhar sorridente que você:
Mas você não é loira e nem tem olhos azuis.
Viver também é aprender a esquecer!
Eu aprendi que viver também é aprender a esquecer!
Eu também aprendi da pior maneira
Que viver também é aprender a lembrar me se corroer,
A lembrar de você sem passar mal...
E isso me faz sentir muito bem
- Você não sabe o quanto!
Todas as lembranças
E me dá vontade de rir somente de lembrar
Não vai ser possível te apagar
Mas na minha presente situação
Exorcizar o passado
Será indubitavelmente de verdade o melhor pra mim.
Viver tem mesmo dessas coisas, garota,
E, Grande Gaia!, viver é realmente muito bom!
Mas a moça bonita do filme do SBT
Me faz lembrar
Do seu rosto sorridente, de seu olhar sorridente, de seu sorriso
E que... de algum modo... de alguma forma...
Você sempre será especial pra mim.

:: 10 de junho de 2006 ::
:: Lädchen und an-sehen é em idioma alemão. Significa Sorrisos e Olhares ::


nota: mais uma vez, como tantas vezes, a SUPERINTERESSANTE deu um salto frente a outras revistas brasileiras quanto a reportagens sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Na edição deste mês, eles deram um panorama geral das (principais) Organizações do Crime Organizado que atuam no Brasil, como atuam, como se formaram e algumas (possíveis e verossímeis) soluções para resolver este problema. Para os que trabalham nas redações das revistas Época, IstoÉ e Veja: observai e aprendei com mr. Denis Russo Bungierman como se fazem reportagens imparciais e realmente esclarecedoras sobre o que realmente acontece no mundo no qual vivemos.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

TEORIAS DE CONCRETAGEM!

Retirado de www.uepg.br/denge/aulas/Concretagem/conteudo.htm

IntroduçãoA concretagem é a fase final de um processo de elaboração de elementos de infraestrutura e superestrutura, e em geral a mais importante. A concretagem somente pode ser liberada para execução depois de verificado se as fôrmas estão consolidadas e limpas, se as armaduras estão corretamente dispostas e se as instalações embutidas estão devidamente posicionadas.
Nessa etapa, de lançamento, adensamento e cura do concreto é extremamente importante a presença do engenheiro na obra. No mínimo, é necessária a presença de um técnico, ou ainda, de um mestre-de-obra de inteira confiança e com larga experiência em execução de concretagem. Os erros cometidos nessa etapa geralmente acarretam grandes prejuízos futuros. A necessidade de correção das patologias ocorridas nas estruturas provocadas por falta de cuidados na fase de concretagem implicará em perda da reputação e de dinheiro para o profissional e construtora responsáveis.


Concreto misturado em betoneiraO trabalho com betoneira simplifica o processo de elaboração do concreto, obtendo-se um material de melhor qualidade do que o obtido na mistura manual. O tempo de carregamento dos materiais deve ser o mínimo possível (um minuto) e o tempo de mistura deve ser de 3 minutos, no mínimo. A mistura com betoneira deve obedecer à seqüência abaixo:
a) para betoneiras com carregamento direto (mistura para um saco de cimento), com a betoneira girando:
- adicionar a água;
- agregado graúdo (brita);
- cimento;
- areia;
b) para betoneiras com carregamento por caçambas e água (aditivos) adicionada concomitantemente (meio a meio):
- adicionar metade do agregado graúdo;
- areia;
- cimento;
- restante da brita.



Ensaio de resistência à compressãoA determinação da resistência à compressão do concreto é realizada em laboratórios especializados a partir de corpos-de-prova obtidos de amostra representativa do material, conforme estabelece a NBR 12655. Geralmente, os corpos-de-prova são moldados em cilindros metálicos (moldes) de 150 mm de diâmetro e 300 mm de altura, considerando os seguintes pontos:
a) retirar a amostra do terço médio da mistura, evitando as primeiras e as últimas partes do material lançado;
b) retirar o material direto da calha do caminhão-betoneira, em quantidade superior a 30 litros e o dobro do necessário para os moldes, misturando tudo em um carrinho para assegurar a homogeneidade;
c) preencher os moldes em quatro camadas iguais, apiloando cada uma delas com 30 golpes com a haste metálica, evitando e penetrar a haste na camada inferior já adensada;
d) proceda ao acabamento da superfície com uma régua metálica, retirando o excesso de material;
e) deixar o molde em repouso, em temperatura ambiente, por 24 horas;
f) envie ao laboratório os corpos-de-prova, devidamente identificados.
A aceitação do concreto em obra é feita em duas etapas, segundo a NBR 12655, a primeira consiste em verificar as condições do concreto fresco na obra e para isso, em geral, usa-se o slump test e demais propriedades para o concreto fresco; a segunda diz respeito às condições de aceite para o concreto endurecido e caracteriza a aceitação definitiva considerando todas as propriedades para o concreto endurecido. A norma determina a confecção de 2 corpos-de-prova de uma mesma amassada (caminhão-betoneira ou betonada) para cada idade de rompimento e os lotes em função de controle e solicitação a que estiver submetido o elemento estrutural. O controle pode ser estatístico por amostragem parcial e controle total (no qual são elaborados corpos-de-prova para cada amassada ou caminhão-betoneira). A condição básica para aceitação definitiva, considerando o ensaio de resistência à compressão é quando a tensão de ruptura for maior que a tensão projetada.


Plano de lançamento (de concretagem)a) dimensionar antecipadamente o volume do concreto (calculando direto das fôrmas), o início e intervalos das cargas para manter o ritmo na entrega do concreto;
b) dimensionar a equipe envolvida nas operações de lançamento, adensamento e cura do concreto;
c) prever interrupções nos pontos de descontinuidade das fôrmas como: juntas de concretagem previstas e encontros de pilares, paredes com vigas ou lajes etc.;
d) especificar a forma de lançamento: convencional ou bombeado, com lança, caçamba etc.;e) providenciar os equipamentos e ferramentas como:
- equipamento para transporte dentro da obra (carrinhos, jericas, dumper, bombas, esteiras, guinchos, guindaste, caçamba etc.);
- ferramentas diversas (enxadas, pás, desempenadeiras, ponteiros etc.);
- tomadas de força para os equipamentos elétricos.



Prazos para desfôrmaA desfôrma do concreto deve ser planejada de modo a evitar o aparecimento de tensões nas peças concretadas diferentes das que foram projetadas para suportarem, como por exemplo, em vigas em balanço ou marquises. Nas concretagens usuais, em que não foram utilizados cimentos de alta resistência inicial os prazos estão mostrados no quadro.
Procedimentos preliminares à execução das concretagens
Liberação da concretagem
Para a liberação de uma concretagem é necessário estar atento para os pontos a seguir:
a) Verificar se as estruturas concretadas anteriormente já se encontram consolidadas e escoradas o suficiente para esse novo carregamento;
b) dependendo do tipo de concreto (usinado ou feito no canteiro), verificar as condições de acesso dos equipamentos (caminhão-betoneira, carrinhos e jericas, bombas etc.);
c) garantir a existência de fontes de água e de tomadas de energia para ligação dos adensadores, réguas e iluminação, se for o caso;
d) estudar e promover condições para a movimentação ininterrupta das jericas, com caminhos diferentes para ir e vir, se possível;
e) garantir que os materiais para a elaboração de controle tecnológico (moldes) estejam em perfeitas condições (limpos e preparados);
f) verificar se os eixos das fôrmas foram conferidos, se estão travadas e escoradas e se os pés dos pilares foram fechados após a limpeza;
g) conferir as armaduras, principalmente as negativas e se foram colocados os espaçadores em quantidade suficiente;
h) requisitar a presença de equipes de carpinteiros, armadores e eletricistas para estarem de prontidão durante a concretagem para eventuais serviços de reparos e reforços nas fôrmas, armaduras e instalações;
i) prever a possibilidade de interrupção da concretagem e a necessidade da criação de juntas frias;
j) conferir o nível das mestras e dos gabaritos de rebaixo, das prumadas e aberturas, cuidando para que não haja deslocamento dos ferros negativos pela passagem dos carrinhos e pessoas;
k) estabelecer um plano prévio de concretagem, os intervalos entre os caminhões e/ou betonadas e reprogramar em função do ritmo;
l) acercar-se das condições de segurança interna e externamente à obra, verificando as proteções de taludes, valas, trânsito de veículos próximos, vizinhos e transeuntes (aplicar as recomendações da NR-18);
m) planejar e acompanhar a seqüência de concretagem anotando o local onde foram lançados o material de cada caminhão e terminar a concretagem sempre na caixa da escada ou no ponto de saída da laje.


Concreto dosado em centralO concreto usinado é obtido em centrais dosadoras, geralmente chamadas de concreteiras. São instalações preparadas para a produção em escala, constituídas de silos armazenadores, balanças, correias transportadoras e equipamentos de controle. Na maioria dos casos, para as obras urbanas, a mistura é feita no próprio caminhão, durante o trajeto entre a central de concreto e a obra. Nas obras de grande porte, como barragens e estradas, as centrais podem fazer a mistura e o material é transportado por gruas e caçambas. Dentre as vantagens do uso de concreto pronto (usinado) pode-se destacar:
a) economia de materiais, menor perda de areia, brita e cimento;
b) maior controle tecnológico dos materiais, dosagem, resistência e consistência, com melhoria da qualidade;
c) racionalização do número de ajudantes na obra, com a conseqüente redução dos encargos trabalhistas;
d) melhor produtividade da equipe;
e) redução no controle de suprimentos e eliminação de áreas de estoque no canteiro;
f) redução do custo da obra.


Transporte do concreto
Transporte convencional
O transporte do concreto do local de produção ou descarga na obra até o local de lançamento (fôrmas) pode ser feito, convencionalmente, com a utilização dos seguintes equipamentos:
a) carrinhos e jericas – o uso dos carrinhos e jericas implica no planejamento do caminho de percurso a fim de evitar contratempos provocados por esperas e por danos nas armaduras. Alguns cuidados são essenciais para sua durabilidade, tais como:
- devem ser mantidas sempre limpas, livres de argamassas endurecidas;
- devem ser molhados antes do início da concretagem;
- ter os eixos engraxados semanalmente;
- não receber sobrecarga (peso acima do permitido);

b) guinchos – além da rigorosa manutenção dos componentes do guincho (roldanas, eixos, cabos, torre, freio, trilhos etc.), os seguintes cuidados são necessários:
- travar os carrinhos e jericas na cabine do guincho;
- proibir o transporte de pessoas no guincho (NR-18);
- a operação deve ser feita por pessoa habilitada;
- prever corrente, cadeado e chave para impedir o uso por pessoa sem habilitação e/ou em horários inadequados ou acionamento acidental.

c) gruas e caçambas – a área de atuação da grua deve ser delimitada e devidamente sinalizada, a fim de impedir a circulação de pessoas sob as cargas suspensas. Além da rigorosa manutenção por firma especializada (em geral, a própria fornecedora da grua), os seguintes cuidados operacionais devem ser levados em conta:
- manter limpa a caçamba, livre de material endurecido (lavar sempre depois do uso);
- carregar sempre dentro do limite de carga estabelecido;
- operar usando rádios comunicadores;

d) calhas e correias transportadoras - são indicadas para obras de maior porte, com exigência de fluxo contínuo de concreto em grande quantidade.



Condições gerais durante o lançamentoa) fazer com que o concreto seja lançado logo após o batimento, limitando em 2 horas e meia o tempo entre a saída do caminhão da concreteira e a aplicação na obra;
b) limitar em 1 hora o tempo de fim da mistura no caminhão e o lançamento, o mesmo valendo para concretagem sobre camada já adensada e se for o caso, utilizar retardadores de pega, nas obras com maior dificuldade no lançamento;
c) lançar o mais próximo da sua posição final;
d) evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos da fôrma, distribuindo a massa sobre a fôrma;
e) lançar em camadas horizontais de 15 a 30 cm, a partir das extremidades para o centro das fôrmas;
f) lançar nova camada antes do início de pega da camada inferior;
g) tomar cuidados especiais quando da concretagem com temperatura ambiente inferior a 10ºC e superior a 35ºC;
h) a altura de lançamento não deve ultrapassar 2,5 metros e, se for o caso, utilizar trombas, calhas, funis etc. para alturas de lançamento superiores a 2,5 metros;
i) limitar o transporte interno do concreto com carrinhos ou jericas a 60 metros para evitar a segregação e perda de consistência (utilizar carrinhos ou jericas com pneus);
j) preparar rampas e caminhos de acesso às fôrmas (prever antiderrapantes);
k) iniciar a concretagem pela parte mais distante do local de recebimento do concreto;
l) molhar abundantemente as fôrmas antes de iniciar o lançamento do concreto;
m) eliminar e/ou isolar pontos de contaminação por barro, entulho e outros materiais indesejados;
n) manter uma equipe de carpinteiros, armadores e eletricistas, sendo que um carpinteiro fique sob as fôrmas verificando o preenchimento com um martelo de borracha;
o) lançar nos pés dos pilares, antes do concreto, uma camada de argamassa com traço 1:3 (cimento e areia média);
p) interromper a concretagem no caso de chuva, protegendo o trecho já concretado com lonas plásticas;
q) dar especial atenção às armaduras negativas, verificando sua integridade;
r) providenciar pontos de iluminação no caso da concretagem se estender para a noite.


Correção de falhas no concretoAs falhas ocorridas nas concretagens que aparecem depois da desfôrma, geralmente, mostra a falta de cuidados durante a fase de lançamento, adensamento e cura. O pessoal da obra tende a querer esconder essas falhas logo em seguida da desfôrma, por achar que isso significa um certo relaxo da mão-de-obra nas fases anteriores. Entretanto, uma tentativa de conserto pode vir a causar grandes problemas no futuro, com o comprometimento da segurança. Por isso, é conveniente estabelecer como norma estudar em conjunto com projetista estrutural e o mestre-de-obra a melhor forma de resolver as falhas ocorridas.
Solicitação de concreto usinadoPara a escolha do fornecedor de concreto dosado em central, além dos critérios comerciais para a seleção (preço, prazo de pagamento, entrega, credibilidade etc.) deve-se verificar se o fornecedor está atendendo às prescrições das normas técnicas pertinentes e se recolhem junto ao CREA as devidas anotações de responsabilidade técnica pelo serviço executado (ART da concreteira).
Definidos os lotes de concreto, em função do tipo de estrutura, solicitação (compressão ou flexão) e quantidade (NBR - 12655 Preparo, controle e recebimento de concreto - procedimento), o contratante deve exigir que na nota fiscal venham registradas as seguintes informações:
a) especificação do concreto (tipo de cimento, traço. teor de argamassa etc.);
b) resistências características (no mínimo aos 28 dias);
c) módulo de elasticidade;
d) consistência;
e) dimensão máxima do agregado graúdo;
f) consumo mínimo de cimento;
g) fator água-cimento;
h) aditivos;
i) volume;
j) preço unitário e total;
k) horário da saída do caminhão da central.
Recebimento do concreto usinado
Acessos e espaços de manobras
O trajeto a ser percorrido pelo caminhão-betoneira deve ser preparado, seja dentro do canteiro ou fora dele, para evitar atrasos e perda do concreto. Nas obras urbanas, o acesso para o caminhão-betoneira deve permitir manobras do caminhão seguinte, de forma que a continuidade não seja prejudicada. Prever local próximo do canteiro para estacionar o caminhão que estará esperando para descarregar. É necessário sinalizar as manobras dos caminhões com a colocação de cones refletivos, fitas e luzes de sinalização, quando for o caso. Quando utilizar concreto bombeado, prever os acessos e local de estacionamento para os caminhões e a bomba. O estacionamento para dois caminhões-betoneira, próximo à bomba, a fim de manter o fluxo contínuo de bombeamento.



Transporte por bombeamentoO transporte é feito por equipamento chamado bomba que empurra o concreto por meio de uma tubulação metálica, podendo vencer grandes alturas e/ou distâncias horizontais. A grande vantagem da bomba é a capacidade de transportar volumes maiores de concreto em comparação com os sistemas usuais (carrinhos, jericas e caçambas), podendo atingir de 35 a 45 m3 por hora, enquanto que outros meios atingem de 4 a 7 m3. As outras vantagens são obtidas com a maior produtividade, menor gasto com mão-de-obra e menor energia de vibração (concreto mais plástico). Em conjunto com a bomba pode-se usar lanças (caminhão-lança) que facilitam atingir todos os pontos de concretagem. Os seguintes cuidados são importantes na operação com bomba e lança:
a) o diâmetro interno da tubulação deve ser maior que o triplo do diâmetro máximo do agregado graúdo;
b) lubrificar a tubulação com nata de cimento, antes da utilização;
c) reforçar as curvas com escoras e travamento para suportar o golpe de aríete provocado pelo bombeamento;
d) designar, no mínimo, dois operários para segurar a extremidade do mangote de lançamento;
e) operar usando rádios comunicadores e controle remoto da lança;
f) verificar se a movimentação da lança não provoca danos nas instalações elétricas, telefônicas e vizinhas;
g) manter a continuidade da concretagem, com um caminhão sempre na espera.


Adensamento do concretoO objetivo do adensamento do concreto lançado é torná-lo mais compacto, retirando o ar do material, incorporado nas fases de mistura, transporte e lançamento. O adensamento exige certa energia mecânica. O processo mais comum e simples é o adensamento manual, indicado para pequenos serviços e/ou obras de pequeno porte. Nas obras onde se exige maior qualidade e responsabilidade é necessário promover o adensamento por meio de equipamentos de vibração. Em geral, são usados vibradores de imersão e de superfície para o acabamento (réguas vibratórias). O concreto deve ser adensado imediatamente após seu lançamento nas fôrmas, levando em conta que tanto a falta de vibração como o excesso pode causar sérios problemas para o concreto. Os seguintes cuidados são importantes nesta fase da execução do concreto:
a) lançar o concreto em camadas de no máximo 50 cm (30 cm é o recomendável) ou em camadas compatíveis com o comprimento do vibrador de imersão;
b) aplicar o vibrador sempre na vertical;
c) vibrar o maior número possível de pontos da peça;
d) introduzir e retirar o vibrador lentamente, fazendo com que a cavidade deixada pela agulha se feche novamente;
e) deixar o vibrador por 15 segundos, no máximo, num mesmo ponto (o excesso de vibração causará segregação do concreto);
f) fazer com que a agulha penetre 5 cm na camada já adensada;
g) evitar encostar o vibrador na armadura, pois isso acarretará problemas de aderência entre a barra e o concreto;
h) não aproximar muito a agulha das paredes da fôrma (máximo 10 cm), para evitar danos na madeira e evitar bolhas de ar;
i) o raio de ação do vibrador depende do diâmetro da agulha e da potência do motor, conforme a tabela a seguir:
j) evitar desligar o vibrador ainda imerso no concreto;
k) adotar todos os cuidados de segurança indicados para o manuseio de equipamento elétrico.


Correção de pequenas falhasSão consideradas pequenas falhas de concretagem, as bicheiras mínimas, ou seja, aquelas em que não há o aparecimento da armadura. Nesse caso, o próprio pedreiro pode fazer o reparo com uma argamassa de cimento e areia fina (3:1) com aditivo adesivo sintético (sika-fix, Bianco) misturado na água de amassamento na proporção de 1:2.

Ensaio de abatimentoAntes da descarga do caminhão é necessário fazer uma avaliação da quantidade de água do concreto, verificando se a consistência está de acordo com o que foi especificado na nota fiscal (pedido). A falta de água torna o concreto menos trabalhável, podendo criar ninhos de concretagem (bicheiras) e água em excesso reduz a resistência do concreto. A consistência é avaliada pelo ensaio slump test, que tem como objetivos de determinar da trabalhabilidade e controlar a quantidade de água adicionada no concreto fresco, de acordo com os passos a seguir:
a) coletar diretamente da calha do caminhão uma amostra de aproximadamente 30 litros de concreto depois de descarregado pelo menos 0,5 m3 (não retire a amostra de concreto já lançado na fôrma);
b) colocar a amostra em um carrinho e misturar para assegurar a homogeneidade;
c) colocar o cone sobre a placa metálica (previamente molhados e tratados) nivelada, apoiando firmemente os pés sobre as abas inferiores do cone;
d) preencher o cone em 3 camadas iguais e aplicar um apiloamento de 25 golpes em cada camada em toda a seção do cone, adensando cuidadosamente com a haste sem que esta penetre na camada inferior;
e) retirar o excesso de material da última camada com a régua, alisando a superfície;
f) içar o cone verticalmente, com cuidado;
g) colocar a haste sobre o cone invertido ao lado da massa abatida, medindo a distância entre o ponto médio do material e a parte inferior da haste, expressando o resultado em centímetros.

Embora a amostra ideal seja aquela retirada do terceiro terço do concreto ainda na betoneira, é conveniente fazer um ensaio logo na segunda descarga na calha para tomar as medidas de aceite ou rejeição da carga. O valor do abatimento desejado deve estar expresso na nota fiscal e deve ser verificado antes de seu lançamento. Caso o ensaio aponte estar o concreto com trabalhabilidade acima do limite estabelecido a carga deve ser rejeitada. No caso do abatimento ficar abaixo do limite pode-se adicionar água ao concreto e em seguida, verificar novamente o abatimento. Se este ficar aumentado em até 2,5 cm e dentro do limite máximo o concreto pode ser aceito.


Lançamento do concretoNas obras de construção civil é comum encarar a concretagem como sendo a etapa final de um ciclo constituído da execução das fôrmas, armaduras, lançamento, adensamento e cura do concreto. Nos edifícios de múltiplos pavimentos a concretagem da laje encerra uma etapa da programação. Tendo em vista que a reparação de uma concretagem executada errada é onerosa e muitas vezes esconde defeitos que irão aparecer somente algum tempo depois, é extremamente importante a presença do engenheiro, mestre ou técnico com experiência na etapa de lançamento do concreto. A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem - ABESC sugere a elaboração de um plano de concretagem e adotar cuidados especiais na fase de concretagem.


Cura do concretoO concreto deve ser protegido durante o processo de endurecimento (ganho de resistência) contra secagem rápida, mudanças bruscas de temperatura, excesso de água, incidência de raios solares, agentes químicos, vibração e choques. Deve-se evitar bater estacas, utilizar rompedores de concreto, furadeiras a ar comprimido próximo de estruturas recém concretadas, assim como, evitar o contato com água em abundância e qualquer outro material que possa prejudicar o processo de endurecimento e de aderência na armadura.
Para evitar uma secagem muito rápida do concreto e o conseqüente aparecimento de fissuras e redução da resistência em superfícies muito grandes, tais como lajes, é necessário iniciar a cura úmida do concreto tão logo a superfície esteja seca ao tato. A seguir são listados alguns dos métodos mais comuns para a cura do concreto, que podem ser usados isoladamente ou em concomitantemente:
a) molhar continuamente durante 7 dias (no mínimo 3 dias) a superfície concretada (pilares e vigas);
b) manter uma lâmina de água sobre a superfície (lajes e pisos);
c) espalhar areia, serragem ou sacos (arroz, estopa, cimento etc.) sobre a superfície e mantê-los umedecidos (lajes e pisos);
d) manter as fôrmas sempre molhadas (pilares, vigas e escadas);
e) molhar e cobrir com lona;
f) utilizar produtos apropriados para cura de concreto (película impermeável).


Correção de grandes falhas (bicheiras)São considerados grandes falhas de concretagem, os ninhos de concretagem (bicheiras), ou seja, aquelas em que há o aparecimento da armadura e/ou segregação do concreto. Nesses casos, é recomendável verificar todos os detalhes da falha, sua localização, extensão e proximidade com outra falha de mesmo ou maior porte, para daí então, escolher o melhor tratamento para cada situação encontrada. Na maioria das vezes pode-se resolver o problema com o uso de adesivos a base de epóxi para solidificar um novo concreto ou graute (grout). A seguir, são apresentadas algumas sugestões de correção de falhas mais comuns (bicheiras):
a) remover todo o concreto solto (segregado), apicoar deixando os cantos arredondados e limpar a área a ser tratada;
b) promover a limpeza das armaduras, retirando a corrosão e nata de concreto aderida;
c) aplicar um adesivo estrutural à base de epóxi na superfície de concreto e nas armaduras (seguir as instruções do fabricante);
d) lançar o material escolhido (concreto ou graute) usando o método de adensamento possível (manual ou vibração mecânica);
e) utilizar aditivos para evitar a retração do material (expansor);
f) promover a cura adequada e o acabamento da superfície.

enjoy it!

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Discurso de James ao receber o Stevie Ray Vaughan Award

Discurso de James ao receber o Stevie Ray Vaughan Award
Fonte: http://www.metalremains.com/materias.php?id=14
12/05/2006
O frontman do Metallica, James Hetfield, foi homenageado nesta sexta-feira, dia 13 de Maio de 2006, pela MusiCares MAP Fund. A organização sem fins lucrativos que objetiva ajudar músicos da indústria musical com tratamentos de recuperação de viciados, presenteou Hetfield com o Stevie Ray Vaughan Award pela sua “devoção em ajudar outros viciados com o processo de recuperação”. Segue abaixo o discurso completo de James:

Quem precisa de álcool e drogas quando se tem Tom Waits? A emoção é maravilhosa. E quem precisa de drogas e álcool ou qualquer coisa quando se tem amigos como os que estão aqui esta noite? Eu estou muito honrado que todos estejam aqui e vieram para isso.

Eu gostaria de dedicar um momento as pessoas que não conseguiram, que não estão conosco, que poderiam estar e eu acho que deveriam estar. E eu gostaria de dedicar um momento de silêncio àqueles que não estão aqui.

Morrer, morrer, alguém disse pra mim noutro dia, morrer é fácil. Morrer é fácil. Viver é difícil. E é isso. Para todos. Não só para o ferido e para aqueles que continuam abrindo suas feridas. Mas eu amo desafios e isso não é uma opção que todos têm. É a maneira fácil de fugir. Para aqueles músicos que estão lá ou por aí, seja o que for, qualquer que seja a porcaria que você está escondendo ou está lá no fundo, você pode sobreviver. Eu sou um sobrevivente. Eu estou aqui porque é possível sobreviver.

Cinco anos atrás, as coisas bem diferentes, e no filme ‘Some Kind of Monster’, nós mostramos por aí isso. Isso foi um presente. Nós estávamos gravando um álbum, vamos filmes o processo de gravação, então coisas gigantes aconteceram em nossas vidas. Você nunca tem uma câmera por perto nesses momentos, e elas estavam lá. E que presente ótimo que foi.

É impressionante. Eu venho e digo, por que eu estou aqui? Por que eu estou recebendo este prêmio? Eu não me sinto valioso o suficiente, mas é algo com o qual estou tentando melhorar. Eu acho que aquele filme ajudou algumas pessoas, e jogou o véu negro para longe, tirou o mistério e o ar místico do mito do rock, ‘sexo, drogas e rock’n’roll’. Que afirmação horrível, para mim. Isso é um mito. E ter essas coisas ligadas a música, que é a melhor droga do mundo inteiro, me move mais do que qualquer coisa. E eu agradeço a Deus por ter descoberto esse dom tão cedo. E eu tive que chegar perto do fogo. Ninguém precisa ir direto ao fogo como eu fiz, para saber o quão quente pode ficar. Alguns precisam, alguns não. Não cabe a mim isso. Eu não estou aqui pra pregar isso. MAP, MusiCares, pessoas que estão aqui ligam, e há ajuda, e você não está sozinho. Então não acredite no mito.

Eu tinha todas essas coisas na minha vida. Eu sou meio que paranóico com controle, tentando controlar minhas emoções com essas coisas, o que é absolutamente besta. Emoções é o que me conecta a música, e eu queria criar emoção bebendo, me drogando, o que quer que fosse aquilo, e escrever música. Eu não acho que a maioria das pessoas no planeta são assim. Então com quem eu estou tentando me conectar? Conectar com emoções reais. Medo. Maior controlador disso.

Fico nervoso por estar aqui. É louco. Eu estou em um lugar cheio de amor, e eu não sei o que fazer com isso às vezes. Mas está sempre lá.

Eu quero agradecer a MAP e a MusiCares e aqueles que uniram isso. Eu não estou familiarizado com todas as pessoas que fizeram isso, mas agradeço a Deus por estar por perto. E para os músicos que precisam de ajuda, que coisa ótima. Faz muito sentido pra mim. Então obrigado Wynnie (Wynn), que eu encontrei e que fez tudo isso. E as outras pessoas que salvam minha vida diariamente, quero que se levantem. Lars, Kirk e Rob, se levantem... Bob Rock. Cadê você, Bob? Por favor, se levante. Sim, e meus filhos. Vocês podem se sentar agora. Eu não sabia como terminar isso (risos). Meus filhos, que são uma das principais razões por ter escolhido viver e tomar o rumo certo. Minha filha Cali, que tem 7 anos, que realmente queria estar aqui. Meu menino Castor, que tem 5 anos. E minha anjinha, Marcela, que nasceu bem na época que eu e minha esposa estávamos passando por tudo isso. Ela é um anjo, um verdadeiro anjo, e a cola que nos ajudou a nos unir de novo. E a pessoa que eu mais admiro no planeta, que eu amo, que ficou ao meu lado durante todo esse inferno e que às vezes sofreu mais do que eu e ainda está aqui comigo hoje, minha bela esposa Francesca. Por favor, se levante. Eu te amo, amor. E eu realmente agradeço a todos por estarem aqui, falando como se eu fosse o motivo de estarem aqui! Muitas coisas boas aconteceram estar noite, e todas as bandas que estiveram aqui, muito obrigado. E a todas as pessoas que apareceram aqui, amigos, familiares, fãs e estranhos, para mostrar amor por quem nós somos, não pelo que somos. Muito obrigado.

escrito às lágrimas do dia 21 de junho de 2006 às 23:55:03
Sinceramente e honestamente. Eu estou puto. Eu estou frustrado. Eu estou decepcionado. Eu estou furioso. Eu estou triste. Eu estou deprimido. Eu estou angustiado. Eu estou desesperado. Eu estou com vontade de gritar, urrar, fazer sangrar a mim mesmo e chorar até não conseguir mais falar e pensar. Tudo isso e cada disso junto e de uma só vez dentro de uma espiral decadente comigo mesmo e dentro de mim mesmo, como um turbilhão de sentimentos ruins. Eu não decido quando me sentir assim... EU SIMPLESMENTE ME SINTO ASSIM E NÃO CONSIGO EVITAR ISSO! Eu não vejo a hora de morrer, mas ainda não consegui beber até morrer ou levar um tiro ou sofrer um acidente, ou qualquer coisa boa o suficiente que me tire a vida. Como eu disse: eu não consigo evitar me sentir assim... é tudo junto. é por causa de ter perdido minha namorada por bobagem, por ter perdido tempo demais fazendo um curso técnico, achando que estava me divertindo, mas, na verdade, estava comendo poeira que as pessoas deixavam indo a minha frente; e, principalmente, por ainda não ter passado no vestibular e por ainda não ter conseguido arrumar emprego. Eu duvido que, se estivesse trabalhando, estaria me sentindo assim. Pelo menos, eu estaria com minha mente ocupada com alguma coisa realmente útil e não sentir-me-ia desta maneira. Eu odeio toda essa merda de Copa do Mundo... odeio como as pessoas se distraem do que está realmente acontecendo ao redor delas e no mundo com essa porcaria alienante... odeio as que dizem que eu não gosto do meu país quando digo que não dou a mínima para este lixo. Estes jogadores... de todas as seleções... podem morrer que nem me preocupo... “A copa do mundo vai ajudar a condição política de determinado país”. “Se tal país chegar à próxima fase, a guerra civil em determinado país tem grandes chances de terminar”. E outros absurdos desse naipe. EU SIMPLESMENTE NÃO CONSIGO ENTENDER COMO AS PESSOAS PODEM SER TÃO CEGAS!!! Eu gostaria muitíssimo de entender como o futebol pode ajudar o mundo e deixa-lo um lugar onde todos possam viver melhor!!! Eu não consigo entender isso! Eu não consigo ver e sentir essa esperança! Mês passado, o maior centro financeiro da América Latina – e, conseqüentemente de nosso país, que já deixou de ser nosso, e sim do FMI, do BIRD e todas as multinacionais que atuam em todo o território nacional – foi parado pelo poder paralelo exercido pelos criminosos do Primeiro Comando da Capital. As eleições para Presidente, Senador, e Governador serão daqui a menos de quatro meses e a corrupção correndo solta em todo a nação como Ahrouns Fenrir em um campo de batalha contra batalhões da Wyrm. Pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza nas regiões Norte e Nordeste do país – que não se importam com suas condições paupérrimas se a maldita seleção brasileira ganhar o tão almejado hexacampeonato. Uma guerra civil não-declarada foi declarada em todas as Unidades Federativas e no Distrito Federal deste país no qual vivemos e, mais cedo ou mais tarde, explodirá e pegará todos de surpresa devido à alienação da Copa do Mundo. Uma guerra civil não-declarada dentro de cada cidadão e dentro de cada cidadã desta República Federativa do Brasil. A Mãe-Natureza começou sua vingança contra a humanidade devido todos os abusos cometidos contra Ela e Seu Corpo e as pessoas simplesmente não se importam. Grande Gaia! É o planeta no qual vivemos e as pessoas simplesmente não se importam! Os Estados Unidos estão prestes a declarar guerra contra o Irã, mas todos consideram isso bastante improvável de acontecer. “Não, o Bush não é tão idiota a ponto de fazer isso!”, eles dizem. Vocês viram o que esse maluco fez com o Saddam Hussein?!? E olha que ele – o Saddam – não tinha as armas de destruição em massa que o Bush cara-de-bolo e o capacho dele, o Tony Blair afirmaram bantendo o é dizendo que ele [Saddam] tinha. Esses caras não sabem com quem estão se metendo! Os aiatolás iranianos não tem medo dos E.U.A.! Eles não tem medo de fazer chover bombas atômicas em território estadunidense! Como as pessoas não conseguem ver que a Terceira Guerra Mundial está prestes a acontecer e não se mobilizam?!? Só começarão a fazer algo depois que já for tarde demais... E as pessoas simplesmente não se importam por causa da maldita Copa do Mundo de Futebol. Por um momento, eu gostaria muito de ser igual a todos eles somente para sentir isso... para viver isso... para sentir a esperança na humanidade que não possuo mais... para sentir a paz e a esperança que eu sei que não pode mais ser possível até que a humanidade seja extinta. E isso me deixa mais puto, mais frustrado, mais decepcionado, mais furioso, mais triste, mais angustiado, mais deprimido, mais desesperado, com mais vontade de gritar, urrar, fazer sangrar a mim mesmo e chorar até não conseguir mais falar e pensar. Desespero contido. Raiva contida. Frustração contida. Decepção contida. Fúria contida. Tristeza contida. Depressão contida. Angústia contida. Tudo isso em um turbilhão que me corrói por dentro todos os dias e deixando com cada vez mais vontade de morrer. Nem quando eu tinha quatorze anos e era um moleque que não sabia nada da vida (até hoje não aprendi muita coisa), eu nunca tive tanta vontade de morrer quanto agora. Nem quando eu estava fazendo o Ensino Médio, quando o mundo todo dava a impressão de cair na minha cabeça todos os dias, eu nunca tive tanta vontade de morrer quanto agora. Nem quando Hiroko me deixou, já que eu gostava mais dela do que de mim mesmo (graças a Gaia, isso mudou!) e todos os dias eu quis morrer por ela não estar mais ao meu lado, eu nunca tive tanta vontade de morrer quanto agora. Devido a tudo que estou sentindo e vendo no mundo ao meu redor ultimamente. Como Renato Russo disse em “Índios”: Nos deram espelhos e vimos um mundo doente – tentei chorar e não consegui”. É assim que eu me sinto atualmente. O mundo está doente, pois todos nós estamos doentes, de algum modo, e isso afeta o habitat que ocupamos. Louvada Mãe, permita que nós todos entendamos isso antes que seja tarde demais para todos nós. Louvada Mãe, me permita encontrar uma maneira de sentir melhor e deixe essa vontade de morrer.
LOUVADA MÃE, ALIVIE MINHA DOR!


esta postagem é sincera e carinhosamente dedicada aos amigos Glauber Duarte Monteiro e Raphaela Ferreira, que sabem como é sentir assim

segunda-feira, 5 de junho de 2006

E VIVA ÀS BOAS AMIGAS!

Segunda-feira, 5 de junho de 2006; 14:17:17

Postagem escrita ao som de Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town, do Pearl Jam, décima canção do álbum Vs., lançado em 1992. Sinceramente é a música do PJ que mais amo de todo o meu coração por me fazer lembrar da minha mãe e da minha avó.

Eu me lembro que eu disse que não postaria mais nada sobre o que estava acontecendo na minha vida nesta porra de blog. Mas, desta vez, não dá. Eu tenho que dizer o que aconteceu este fim de semana comigo!

Ontem foi o último dia da segunda edição do festival de bandas nacionais e regionais conhecido como Fest Rock. E EU FUI! EU ESTAVA LÁ! Graças à minha grande amiga Regina de Fátima Queiros Brito (ela estava junto ao irmão dela – o José Daniel, vulgo Mailo – no show do CPM22 que teve dia 10/12/2005 no Cidade Folia. Eu disse que os encontrei na postagem Se Divertir Também Cansa, de dezembro do ano passado. E ela fez a Terceira Fase do Processo Seletivo Seriado da Universidade Federal do Pará no mesmo local de prova que eu). O caso é que eu simplesmente não tinha como ir, pois pensava que o festival em questão aconteceria somente nos dias 02 e 03 e 04 de julho, quando, na verdade, seria nos dias 02 e 03 e 04 do mês corrente (em outras palavras, a sexta, o sábado e o domingo anteriores a hoje)!!!!!

Sábado, depois do jogo de RPG na casa do Edjan (já citado em n postagens), fui eu + Siro (também citado em n postagens) + João Paulo (citado no listão de agradecimentos em Renovação de Ideais, assim como Edjan e Siro) fomos para a casa do Siro. Depois de um tempo, disse aos caras que ia em casa jantar e depois voltaria. Neste meio tempo em que estava aqui, ela – Regina – me ligou, perguntando se eu não queria ir com ela, já que o irmão dela (o já citado Daniel) não queria mais ir. E eu disse “Caralho! É claro que eu topo!”. Porra, é claro mesmo. Já que – se pudesse e soubesse – eu só iria neste dia mesmo, para poder ver as bandas Los Hermanos e CPM22. É mais do que lógico que eu fiquei imensuravelmente e incomensuravelmente feliz com esta notícia! Mamãe foi a primeira a saber e, logo que voltei à casa de Siro, ele, Johnny (como costumo chamar o João Paulo, por causa da música dos Garotos Podres) e o irmão do Siro, Zé Cláudio (irmão do Siro, também citado no listão de Renovação de Ideais) eles também ficaram sabendo. Conversa vai, conversa vem, eu + Zé Cláudio + Johnny ficamos bebendo e fumando e conversando até quatro da manhã. Foi muito legal, não deixo de dizer. É sempre muito legal beber com seus amigos e perder a noção do tempo.

Já no domingo, fui à casa do Anderson (Coelho, também citado em n postagens) lembra-lo de que tínhamos marcado que ele almoçaria em casa no primeiro domingo deste mês (ontem, diga-se logo). De lá, segui até à MATRIX Lan House – pertencente a meu bom amigo Marcelo Pereira – pagar uma dívida que tinha feito lá na última quarta-feira (31/05/06) e, de lá, por fim, voltei aqui pra casa. Não demorou muito tempo até que o puto do Anderson metesse a cara por aqui, almoçássemos e, desta maneira, colocássemos a conversa em dia - é claro que isso foi demais! Daqui, depois da comida baixar no estômago, seguimos para a casa do Saulo (Henriques Martins, citado em Depois da Longa Espera), onde também estava a peça rara do Emanuel (Gonçalves Negrão, também citado na postagem em questão e cujo nome está junto com o da irmã no listão de Renovação de Ideais). E então descobri que Saulo também iria ao festival para ver CPM22 e Los Hermanos, enquanto Emnauel só estava interessado em assistir ao show dos Hermanos [se os encontrei por lá? não mesmo]. Em certo horário, voltei pra casa para me arrumar, pois iria andando até a casa da Rê (Regina). Logo após de pronto e de me despedir do povo daqui de casa, rumei para o destino final antes do show: a casa da Regina.
Chegando lá, pra variar, ela ainda não estava pronta. E olha que fui andando pra dar mais tempo à ela de tomar banho e se vestir. Enquanto isso, fiquei conversando um tempo com o Daniel (eu sempre acho ótimo conversar com ele) e, após um tempo, lá vem ela – finalmente pronta. Depois de comer alguma coisa, lá fomos lá para o ponto de ônibus para ir à putada em questão. Bem, eu liguei para uma moça com quem queria ficar há um bom tempo – mas ela não acredita no que eu sentia (por que este verbo está no passado e não no presente como eu costumava colocar? Resposta no final da postagem) por ela de verdade – para saber se ela iria naquele dia de festival, uma vez que ela me disse que estaria firme e forte por lá. Foi por isso que pensei “pô, eu vou no último dia, que é hoje! Se ela for – e, com certeza, ela vai – eu vou poder finalmente ficar com ela!!!”. Mas, não deu. Segundo ela, “ela não iria no último dia, já que só teria uma banda que gostaria de ver (nota: que nem é de rock, mas sim de pagode, cujo nome recuso a escrever aqui. Na sessão de jogo de Lobisomem que teve sábado, o Edjan até falou: “quem daqui for pro Fest Rock amanhã tem que jogar uma latinha pra cada jogador que tem nessa mesa, incluindo eu, que, além de jogador, sou narrador”. Tinham onze pessoas na mesa – incluindo ele.) e as outras não me interessam. Por isso vendi o ingresso pra uma amiga minha”. Se fiquei puto quando soube isso [que ela não iria pois não tinha bandas do interesse dela]? CARALHO, É CLARO QUE SIM, PORRA!!!
Mas eu estava indo pro Fest Rock, e veria as bandas que eu queria ver de verdade, então... foda-se isso!

Depois de passar um (muito) tempo para atravessar a BR-316, Regina e eu passamos outro tempo na frente do local onde o festival estava sendo realizado. É claro que encontrei umas peças raras, como o Meraldo, o John (lá do Aspecto, que era da mesma classe que eu + as peças raríssimas Aline [da Conceição Cardoso], Herondina [Brasil Boulhosa], Gleyson [Melo Braga], Thiago [Oliveira, que também encontrei por lá], etc.) e mais um cara lá do CEFET que, pra variar, disse que me conhece. Assim tá foda, visto que conheço uma cacetada de gente lá da Casa da Elite. É impossível até pra mim lembrar de todo mundo que conheci por lá de 2001 pra cá. Eu os encontrei lá na frente. Como os encontrei lá dentro definitivamente não convêm comentar, devido ao estado dos três. Outra peça rara que encontrei lá foi um dos primos da Srta. Garou (Marília Fernanda Pereira de Freitas, do Anchieta, que também foi citada no listão de Renovação de Ideais), e, após isso, entramos definitivamente.
Caralho. Desde o momento em que entrei até o momento em que entrei, vi muita mulher bonita pra caralho lá dentro. Muita, muita, muita mesmo. Tá certo, tinha até as japas que definitivamente são Luizes Altenhofens, Luízas Brunets, Vivianes Bordins e Helens Ganzarollis comparadas à menina pra quem escrevi Sentimentos Escritos em Muros (Pedaços de Lembranças), Paredes Pintadas Com Tristeza, Mineral, Depois de Toda Tempestade Sempre Vem o Sol, Fornalhas de Fundição, entre outras coisas. Era negra, loira, morena, japa, ruiva, gordinha, magrinha, o diabo o quatro de mulher bonita! Mas somente quatro marcaram o imaginário deste que vos escreve devido aos seus atributos de frente e verso (machista? eu? não, só um pouquinho. também pudera. se vocês vissem o que eu vi!). Elas são daquele tipo de mulher que caras como eu só vêem uma vez na vida e depois já era. Nunca mais. Só em sonhos, filmes pornográficos (alle Hails zu Sie, Herr John Stagliano, Pöbel Buttman) e revistas masculinas e femininas.
Pois bem. Vamos aos shows. Como os organizadores sabiam que nem todos iriam querer ver aquelas bostas de pagodeiros, colocaram uma banda de nu-metal que queria muito ser um intermédio entre Coal Chamber e Slipknot, mas... tá foda. Até que deu pra bater cabeça bacana, mas depois... Pois bem. Após isso, eu e Rê (que, durante todo o tempo em que estivemos lá dentro, parecíamos mais com duas chaminés, visto que, com exceção das horas dos shows que fomos ver, estávamos com cigarros nas bocas. E olha que ainda sobraram cerca de 26 cigarros das duas carteiras que compramos. Neste momento estou com um nos lábios) fomos pra tenda de música eletrônica, onde passamos muito tempo entre as bandas que queríamos assistir. Só saímos de lá pra comprar garrafinhas d’água, ver os shows, dar umas voltas por lá e, por fim, ver o show de uma das bandas mais fodaças de punk rock/hardcore que conheço: Delinqüentes. Pra variar, o show dos caras foi do caralho e eu poguei pra caralho. Esta foi a segunda roda de pogo em que menos me machuquei (o primeiro foi da Expomat 2002, que foi em 15/02/2003). Show dos Los Hermanos? Realmente lindo e perfeito. Show do CPM22? Só não foi mais perfeito por três coisas:
I – Eles não tocaram Coragem, Amigos Perdidos (que, assim como Coragem, é do álbum Chegou a Hora de Recomeçar, de 2002), O Perdedor (do álbum independente, A Alguns Km de Lugar Nenhum, de 2001, e que também saiu em CPM22, também lançado em 2001) e A Alguns Km de Lugar Nenhum (do já citado álbum homônimo);
II – [o vocalista da banda, Antônio] Badauí nos deu a péssima notícia de que ontem um dos guitarristas da banda Detonautas - Rodrigo Silva Netto - foi brutalmente assassinado (hoje de manhã, eu e Regina descobrimos que foi durante um assalto). Isso deve ter acontecido durante o show dos Los Hermanos ou mesmo dos Delinqüentes, já que nenhuma destas bandas deu esta notícia. Sendo assim eles deviam ter tocado mesmo a já citada Amigos Perdidos;
III e pior de todas – Tinha uma grade de segurança que afastava “o povão” do palco em pelo menos uns dez metros, porque o pessoal que tinha comprado camarote tinha preferência na visão da banda. Foi uma coisa escrota pra caralho, diga-se logo.
Fora estes três tópicos, o show dos caras foi realmente fodaço do caralho! Infelizmente, esses filhos da puta que fazem eventos como este não trarão bandas fodaças como D.F.C., Inocentes, Matanza, Ratos de Porão, Cólera, Nitrominds, Blind Pigs, Garotos Podres, Olho Seco, Zumbis do Espaço, Devotos, Dead Fish, entre outras que são muito melhores do que estas que trazem comumente. Esses putos acham que não tem gente que vai ver estas bandas. Filhos da puta!

Se eu encontrei muita gente conhecida lá? Claro que sim. Inclusive gente que não via há muito tempo, como o Armando Gabriel, que não via fazia uma cara. Gente como Elias (Silva Nascimento), a Rita (que tenho vontade de vomitar só de olhar pra cara dela, mas acho que ela ainda não se deu conta disso), o Renato (Marques Pereira, vulgo GG, que fazia Mecânica lá no CEFET), o Von (Ranzeras. Foi no aniversário dele que fui ano passado e descrevi na postagem A Day In The Life, de julho do ano passado), e mais uma penca de conhecidos. É certo que não foi como no Yamada Tim Festival (evento que aconteceu em 07 e 08 de agosto de 2004) para o qual construíram a arena em questão, e foram realizados outros shows, entre eles, as duras edições do Fest Rock) e em Feiras Pan-Amazônicas do Livro onde vejo até gente que pensei que tinha até morrido.

Do show, fui dormir na casa da Rê. O plano inicial era ficarmos lá até amanhecer, mas não agüentamos. Só com cigarro e bebida alcoólica destilada que é bom nada (pra vocês terem uma idéia, uma dose de cachaça de uns 200mL estava cerca de r$4,50. Com esse dinheiro eu compro uma 51 e o refrigerante pra misturar!) não tinha condições. Fomos até lá de táxi. Depois de perguntar pra uns dez taxistas por quanto eles nos levavam até à casa dela, finalmente achamos um que nos levasse pelo preço que queríamos.

Após tomar banho, ficar assistindo televisão de madrugada, fuçando algumas edições da [revista] Mundo Estranho (assim como as revistas Grandes Guerras e Aventuras na História, é uma das filhas da revista SuperInteressante), tomando refrigerante, comendo hamburger de mortadela com manteiga e conversando sobre n besteiras, finalmente fomos descansar e dormir. É essa que é a verdadeira amizade! Até a hora de vir para casa, a agradeci por ter me convidado e por ter salvado meu fim-de-semana, que já havia começado bem (mais explicações sobre isso a seguir).
De manhã, depois de passarmos mais um tempo conversando, finalmente vim pra casa, tomar (mais) um banho, comer (mais um pouco), e dormir até umas 2 da tarde. E agora, estou escrevendo esta postagem.
Legal isso, né?


Agora vamos até sexta-feira (02/06/2006), em que recebi a notícia que realmente salvou a minha semana.
Desde abril, uma grande amiga minha, Etiene Monteiro (uma das pessoas que também está no listão de Renovação de Ideais), me apresentou sua prima, Hagda Priscila, durante uma “celebração do álcool” que fizemos em plena segunda-feira (grande bosta. se eu pudesse, bebia mesmo todos os dias). É, eu fiquei com ela. Desta vez e mais algumas outras. Depois de algum tempo, sabe-se lá como, descobri que gosto de verdade dela e queria ficar junto com ela. Escrevi isto numa carta que enviei-lhe por Etiene. (agora voltem até o sexto parágrafo: “Bem, eu liguei para uma moça com quem queria ficar há um bom tempo – mas ela não acredita no que eu sentia (por que este verbo está no passado e não no presente como eu costumava colocar? Resposta no final da postagem) por ela de verdade”. Pois bem – aqui está a resposta: É por causa da Hagda que escrevi isto. Pois agora, eu agora gosto de verdade verdadeira dela. E me sentir assim é realmente ótimo).
Depois de muitos desencontros e telefonemas, na última quinta-feira (01/06/2006), Etiene liga aqui pra casa tamanhas onze horas, e, pasmem!, pra que eu pudesse falar com Hagda. Grande Gaia! Louvada sejas Tu, Mãe! E quase que choro só de ouvir a voz dela. Eu nunca fiquei assim por mulher nenhuma. Ei! Eu não tô reclamando! Eu acho ótimo gostar de alguém de verdade como eu gosto dela. Porém, eu não sei... Na noite desta mesma quinta-feira, eu telefonei para Fräulien Monteiro, quase chorando, de tão agoniado e ansioso por este encontro. Ela me acalmou, dizendo que tudo daria certo no final, e, por isso, não devia me preocupar.
Voltando à quinta-feira de manhã. Ao telefone, combinamos de nos re-encontramos na sexta-feira seguinte (02/06/2006) no CEFET (para mim, nada mais justo, visto que nos conhecemos lá), colocamos a conversa em dia. E então, finalmente... finalmente, eu lhe disse que gostava de verdade dela e que a queria como namorada (obviamente, já pronto para levar um NÃO na cara). Grande e Louvada Gaia! E não é que ela aceitou?!? Isso foi no mínimo ÓTIMO, FANTÁSTICO, MARAVILHOSO, EXCELENTE e ESPETACULAR. Sincera e indubitavelmente, eu não tenho palavras para dizer o quanto eu fiquei feliz em receber aquele SIM, EU ACEITO. Eu gostaria muito e muito e muito e muito de dizer e de descrever o quanto eu me sinto bem com isso, mas... tá foda... impossível... e eu adoro esta sensação de simplesmente sentir e não saber e como descrever.


Por tudo isso que vos contei, e pelo nome da postagem, esta postagem é mais do que dedicada a Regina de Fátima Queiros Brito e Etiene Monteiro, que, conscientemente, me fizeram um cara muitíssissississimo mais feliz do que sou atualmente. De todo o meu coração detonado pelo consumo desenfreado de cigarros e bebidas alcoólicas destiladas, muitíssissississimo obrigado. E do fundo do meu coração detonado pelo consumo desenfreado de cigarros e bebidas alcoólicas destiladas, eu amo muitíssissississimo vocês duas.


Para finalizar, agora tá rolando Porch, do primeiro álbum do PJ, Ten, de 1991. Esta, junto com Oceans, é a minha favorita deste álbum. As letras e as respectivas traduções destas duas canções estão na postagem Como Estragar O Primeiro Dia De Seu Ano Novo.


Até a próxima!


Cuide bem de vocês mesmos!