“A história, como registro, da mesma forma que a poesia de temática histórica, é uma ficção, um relato parcial de uma verdade mais complexa e inatingível: o fato por excelência. A diferença entre estes dois relatos está na forma como cada um deles recorta esta verdade suprema. A história apoia sua narrativa em resquícios do momento ocorrido; a poesia, por outro lado, narra a partir de resquícios do momento vivido pelas vozes que ela abriga. Assim, enquanto a história nos conta o passado e o mantém distante de si e de nós, a poesia revive este passado, inserindo-nos nele para que possamos experienciá-lo. A poesia é a maneira mais vívida de testemunhar os pequenos fatos mais íntimos que a história jamais narrará.”
– Stéphanie Paes Rodrigues, “Sobre margens e pontes”, introdução da antologia poética bilíngue Noite dilacerada: poezja polaca de guerra, organizada por Bruno Reis de Oliveira, Flávia Costa Oliveira e (a própria) Stéphanie Paes Rodrigues, publicada pelo caderno Viva Voz, da FALE/UFMG, em 2010.
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