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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

10 JOGOS QUE MARCARAM MINHA VIDA

Ouvindo: discografia do Circle Jerks.

“Não é o videogame que atrapalha a escola. É a escola que atrapalha o videogame.”

Dezembro último, o Márcio (cara que me incentivou a fazer esse blog há quatorze anos, um mês e seis dias) me desafiou no Facebook quais são os DEZ jogos de videogame que marcaram minha vida. Já joguei videogame pra caralho – ainda que nem perto do tanto de gente como o Feio, o Poderoso 38ão (UOU!), o Jeanzão e o Minhoca, o CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARLOS, pra citar os maiores exemplos do meu círculo de amigos e que também são players –, muito menos, peguei altas surras valendo da mamãe por causa de videogame, terminei namoro por causa de videogame e quase reprovo o segundo ano do ensino médio por causa de videogame. E, como é de conhecimento multiuniversal, meu TCC foi (também) sobre videogame. Eeeeeeeeeeeeeeee seria mais fácil, muitíssimo mais facílimo eu fazer uma lista sobre filme ou sobre HQ aham, ‘tá foda, mas bora lá nos meus dez selecionados da décima arte.

10 - IKARI WARRIORS
jogo feito com a intenção única e exclusiva de te deixar louco de raiva a ponto de querer matar alguém
Mi madre me deu de presente de natal de 1993, creio, um Top System – um dos inúmeros clones do Nintendinho produzidos no Terceiro Mundo –, que o irmão dela havia trago (por encomenda dela) da Zona Franca de Manaus. Era um console caralhentoso porque dava pra jogar os jogos de Nintendo tanto de 72 pinos quanto de 60 pinos.
essa coisa linda de papai, muita saudade desse game
a gente só dá valor mesmo depois que perde
Rapá, muita onda esse videogame, olha, muita onda. Não foi meu primeiro, mas foi o que me deixou em mais rabo a ponto de eu nunca mais querer um videogame aqui que não pudesse devolver depois (uma das 10 promessas que nunca quebrei na vida que não vem ao caso).
Então, caralho. O Ikari Warriors foi um jogo lançado pela softwarehouse japonesa (PLEONASMO MODE ON) SNK que dispensa todo e quaisquer apresentações em 1986, pra uma porrada de console. Entre eles o Nintendinho (RÁ!). O conheci pegando numa locadora lá na WE 68, na fronteira da Cidade Nova 6 com a Cidade Nova 4, na SN 24, na finada Sonic, quando pegava fita no sábado e devolvia só na segunda-feira. Como os games chegavam ai via EUA, o nome do jogo era só Ikari, e distribuído no “Ocidente” pela Tradewest.
E caralho do joguinho fudido, ó. F U D I D O. Run & gun shoot ‘em up fudido do caralho, descaradamente baseado no Rambo, cujos personagens (jogáveis) Ralf e Clark ainda participaram dos clássicos a posteriori King of Fighters e Metal Slug (este sendo também um baita run & gun shoot ‘em up FODA!). Demorei pra caralho pra zerar e não foi menos difícil no emulador. Gamer que é gamer não pode cair na roubada de não ter jogado pelo menos uma vez.

09 - CONTRA 3: THE ALIEN WARS
esse gameplay é no EASY MODE, daí ‘cês já tiram o nível da desgraceira...
O que se deve saber sobre a softwarehouse japonesa Konami é: jogo clássico fudido é na Konami. Eu poderia fazer um blog específico só sobre jogos dela que ainda ia me faltar assunto.
Enquanto o fuderoso Ikari é de visão aérea, Contra 3: The Alien Wars, lançado pela Konami em 1992, tem fases 2-D, no estilo plataforma, quanto estilo visão aérea. Quando esse jogo apareceu, todo mundo meio que igual a quando Ikari Warriors apareceu. Ou seja
“CARALHO DO JOGO, VELHOOOOOOOOOOOOO!” e isso a nível MUNDIAL.
Mas era Contra, né? Não podia ser menos e pra fechar a trilogia, iniciada em 1988 (tal qual o Ikari e também com um personagem azul e outro vermelho esses paranoicos da Guerra Fria, como este que vos escreve, são fodas, né?), com chave de ouro. Tal qual o decimo lugar, é pra morrer de raiva a cada jogada, mas o final compensa. Ah, se compensa.

08 - MARVEL VERSUS CAPCOM: THE CLASH OF SUPER HEROES e MARVEL VERSUS CAPCOM 2: NEW AGE OF HEROES
perfeição em forma de jogo de luta
Eu sou um jogador infinitamente melhor de The King of Fighters, ainda mais com Takuma, Ryo e Benimaru. Queria jogar melhor com Daimon sensei, mas ok. Mas tal qual a SNK deu A forra no começo da década de 1990 com sua série até hoje perdurante e relevante, a Capcom mete o pé na porta, fucking soco na cara com X-Men vs. Street Fighter nos arcades em 1996, que TODO O MUNDO ficou igualmente ÔOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOÔ, CARALHO DO JOGO, ainda mais que nós, gamers, já tínhamos sido agraciados – pela mesmíssima Capcom – com X-Men: Children of the Atom, de 1994, e Marvel Super Heroes, de 1995.
E o mundo PAROU quando lançado o Marvel Super Heroes vs. Street Fighter em 1997 e novamente quando Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes, do ano seguinte (eu falo detalhada e descaradamente dos dois jogos da série NESSE POST AQUI!).
1998 foi um ano fudido de lançamento de jogo de videogame, tal como 1999 foi pra indústria fonográfica e pro cinema. Como exemplos icônicos (são muitos), tem-se The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Metal Gear Solid, Mortal Kombat 4, Need for Speed III: Hot Pursuit (que fez a série explodir no Brasil), Baldur's Gate, MiG-29 Fulcrum, o primeiro Rainbow Six, o primeiro Star Wars: Rogue Squadron, o primeiro Banjo-Kazooie do 64, o primeiro Half-Life, o primeiro Rival Schools, o primeiro StarCraft, o primeiro Dance Dance Revolution, o primeiro Parasite Eve, o primeiro Bust a Groove, o primeiro Dead or Alive; Age of Empires: The Rise of Rome, o malucão nonsense da porra Incidente em Varginha; as sequências de Real Bout Fatal Fury, Resident Evil, Metal Slug, Street Fighter EX, Daytona USA, Turok, Gundam: Battle Assault, Quake, The Last Blade e F-Zero X, sequência do jogo clássico do SuperNintendo. E o primeiro Marvel vs. Capcom.
conseguiram fazer com um game o que o Vinicius de Moraes fazia com seus poemas: MELHORAR O QUE JÁ ERA PERFEITO!!!
Teve o segundo, Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes, lançado em 2000 e caralhalmente superior em tudo a seu antecessor, que fez gente morar em locadora e fliperama e se fuder na escola (eu mesmo quase perdi o terceiro ano!!!), já que ainda tinha o não menos clássico do primor e da plenitude Tekken Tag Tournament (sequência indireta do Tekken 3) e The King of Fighters ’99, ambos de 1999.
Quando eu for regente do mundo e do universo me lembrem de mandar fazer um Marvel vs. Capcom vs. SNK. E também um  um Marvel vs. Capcom vs. SNK vs. Tekken. Ok? Ok?

07 - AFTER BURNER
não achei nenhum vídeo pequeno, então vai um game play dessa lindeza
Achaste que não verias nada da Sega aqui? ACHASTE ERRADO, OTÁRIO! 
Durante a greve das instituições federais de ensino de 2001, o Rômulo, amigo meu, me emprestou um Master System com uma caixa de fitas. Entre elas tinha o clássico Paper Boy, da estadunidense Atari, do ano de 1985. Joguei até cansar e zerar em todos os modos. Aula de paciência e coordenação motora. Mas também, no meio daquele putaralhal de fita, tinha nada mais nada menos que AFTER BURNER, da Sega, que me deixou loco loco loco que, quando eu não ‘tava fudendo a linha telefônica daqui de casa ou na internet discada em horário que não podia usar, ‘tava me matando jogando – e principalmente Paper Boy ou mais principalmente ainda After Burner.
Como os jogos anteriores dessa lista, é um jogo fudido, muleque. Eu já tinha jogado em casas de videogame, em fliperamas por ai, e ai joguei até o caralho dizer chega quando ‘tava c’a fita em casa. Quando apareceu emulador, RUM!, joguei até levar pescotapa da mamãe perguntando se eu não tinha nada mais útil e importante da vida pra fazer. Quando apareceu emulador, vá se fuder, joguei até zerar esse (de 1987) e o 2 (do mesmo ano), que era a mesma fudelação do caralho, novamente em terceira pessoa e novamente altamente verdadeiramente disposto a estuprar o cu de quem se dispusesse a jogar as 18 fases de ininterrupta neuração.
Sabe Ace Combat, Tomcat Alley, o já citado MiG-29 Fulcrum, F-22 Raptor, War Thunder e IL-2 Sturmovik? Agradeçam aos malucos da Sega pelo After Burner. E tenho dito.

06 - ROCK AND ROLL RACING
¡¡¡impossível ver e não ir jogar depois!!!
PÁ NA NA NAN
TA NA NA NAN TA NA NA NAN
PÁ NA NA NAN
TA NA NA NAN TA NA NA NAN
LET THE CARNAGE BEGIN!!!!
O quê? Não conhece Rock and Roll Racing? RAPA DAQUI ENTÃO, CARALHO! TE MANDA! VAZA QUE TEU LUGAR NÃO É AQUI!
À partes à partes, esse CRÁSSICO produzido em conjunto pelas softwares estadunidenses Silicon & Synapse (atual Blizzard) e Software Creations, de 1993, é o meu jogo favorito de automobilismo, sendo imediatamente seguido de Biker Mice from Mars (sim, da série em animação), da Konami, do mesmo ano. Tem ficção cientifica, caos, explosão, destruição, jogabilidade fudida e ROCK AND ROLL  (ainda que tenha faltado mais sons fudidos, mas é o que deu pra fazer – muito bem por sinal – pra um game de 16 bits). Era pra ser uma sequência de RPM Racing (redução de Radical Psycho Machine Racing), também da Blizzar... Silicon & Synapse. Mas convenhamos que, enquanto jogo independente, funcionou bem pra caralho e ainda continua sendo tanto fudidamente imperdível quanto fudidamente obrigatório.

05 - 1942 e 1943: THE BATTLE OF MIDWAY
1942: um dos jogos mais roubados de todos os tempos, vá se fuder
1943: The Battle of Midway: eu demorei bem umas 10000 horas pra zerar essa porra
Um dos meus ideais acadêmicos é tratar de jogos eletrônicos de avião e narrativa. Eu quero pegar tanto a série 19XX, da supramencionada Capcom, mais a série Aero Fighters (que, no ocidente, teve o título Sonic Wings), da também japonesa Video System. A versão de Sonic Wings do SNes não é escrota, eu gosto muito, mas a versão é, NO MÍNIMO, APAIXONANTE. Mas não foi ela que encheu primeiramente meus olhos quanto a jogo de avião – não, nem R-Type, da igualmente japonesa Irem.
1942 1943: The Battle of Midway foram/são grandes jogos da minha infância e do começo da minha adolescência. Quase queimei o videogame e a TV pra mó de zerar esses jogos com o Marcelinho (amigo/irmão/vizinho). Voltando aos emuladores, zerei toda a série, a ponto de quase levar o caralho tanto na UFPA quanto na FIBRA no primeiro ano das duas. Muita cagada ensaiada. Já peguei até surra da mamãe por causa desse jogo. CA GA DA.
Ah, o trabalho acadêmico basear-se-ia em como esses títulos adaptam a História para se encaixem em seus corpi narrativos. Vai demorar mas uma hora lá. 

04 - TRUXTON
jogo mais maravilindo da porra, seu lindo, seu gostoso, seu tudo, seu tudo de bom, tesão
Peguem o amor que eu tenho por After Burner e pela série 19XX e multipliquem por UM ZILHÃO! Truxton, de 1988, da japonesa Toaplan é o game que vou levar comigo à pira incendiária quando eu for ao próprio Valhalla porque PUTA QUE PARIU DO JOGO FODA EM TUDO.
Pensei que só eu gostava desse jogo mas ainda bem que tem o GLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUBER pra compartilhar tal amor/vício comigo. Saiu o 2, em 1992, dei umas jogadas, mas não com a mesma empolgação fudida do.... com que jogo o primeiro.

04 - METAL WARRIORS
final e encerramento desse game fudidamente perfeito
Se eu já enchi o saco da humanidade com um jogo, esse se chama Metal Warriors, de 1995, da Lucas Arts, distribuído fora dos EUA pela Konami para o console Super Nintendo. Eu e alguns amigos do ensino médio fizemos uma porra de um mapa das fases do jogo e passamos DOIS FUCKING DIAS INTEIROS JOGANDO que quase queima a porra do SuperNintendo. Zeramos depois de mais algum (bom tempo). Ficamos tão felizes que queríamos fazer uma festa com direito a churrasco e tudo. Rolou? Não. Mas ficam as melhores lembranças.
Jogo ficou tão marcado que fiz um trabalho sobre isso com o Tailson e o Denison que falei sobre NESSE POST AQUI

03 - FUTEBOL
veio um filme do final da minha infância e do começo da minha adolescência vendo esse vídeo
E voltamos pro Top System.
Esse jogo é uma bosta em muitos sentidos, mas eu adorava. E está nessa lista porque veio junto com o console em questão que a mamãe me deu de natal. Foram muitas tardes e noites jogando essa porra, sozinho, com a mamãe, com a mamãe, com amigos, pra entreter visita (ainda bem que muita dessa gente eu nunca mais vi, sorte a minha), com filhos dos parentes da mamãe. É, era legal.
Eu gosto de FIFA Soccer, International Superstar Soccer... MegaMan Soccer, então nem se fala. Mas esse hack do Soccer, da Inteligent Systems e da Nintendo para o Nintendinho, de 1985 vai morar eternamente e além no meu coração pelas lembranças.

02 - METAL GEAR SOLID
trailer que parou o mundo dos games quando foi lançado, pensem na cagada que seria se já tivesse YouTube
Nego vai dizer que ‘tô de clubismo e puxando o carvão pro meu peixe porque foi o objeto de pesquisa do meu TCC. Mas é isso mesmo, eu ‘tô mesmo. Eu já tinha ficado maravilhado com o jogo desde que tinha ouvido falar dele na (extinta) SuperGamePower, ainda em 1998, a seu lançamento, e mais ainda quando li o artigo na Dragão Brasil sobre como fazer uma mesa do game se valendo de GURPS ou 3D&T. Tanto quanto joguei quando li a HQ, saquei a imensa sua versatilidade estética e semiótica, a ponto de o trabalhar academicamente. Vamos passar o resto da vida falando de MGS na academia (seja um volume ou a série inteira, incluindo os da série pro MSX e pro Nintendinho) que o assunto não vai acabar.

01 - STREET FIGHTER II: CHAMPION EDITION
jogão fudido, isso é que é
Um dos cânones incontestes da Capcom japonesa, lançado em 1992. Foi nas férias de que conheci esse árcade. O clássico guri que não sabia que ‘tava fazendo e levando o caralho no processo e caindo em lágrimas porque perdeu a ficha. Todavia, me abriu os olhos de forma impar a este gênero artístico.
Ademais, uma das melhores lembranças de infância é que a mamãe levou a minha irmã e eu à Praça Batista Campos num domingo de manhã e jogamos duas fichas nessa máquina, minha irmã ganhou uma e eu ganhei uma. Ficamos bem felizes. Fazia sol. Não lembro de outro dia como esse (teve outro dia como esse?).

Deu um trabalho da porra fazer essa lista, mas creio que seria melhor ter pelo menos mais umas 20, 30 colocações.
Então é isso ai, Márcio.
Mission accomplished?
Wart auf so!!!

5 comentários:

Carlos Sthefano Sobrinho da Silva disse...

Só CRÁSSICO !!! Rapaz, eu passei muitas tardes jogando em Poly Stations clones de Jogos de nintendinho, Excite bike, Battle City, Road Fighter, cara, eu não conseguiria criar uma lista com 10 jogos. Video game fez e faz parte de quem eu sou. O primeiro jogo de minha vida devo ter jogado aos 3 anos com meu pai (é Mala, com o meu pai, de quem também peguei outros gostos, como Raul Seixas e Pink floyd, é Mala, o meu pai, aquele que tu conhece, antes de entrar pra igreja era descolado) o é Freeway, do Atari 2600 !!! https://www.youtube.com/watch?v=9DWMTrk-k5k de lá pra cá, joguei de tudo. Enfim adorei teu post irmão, e valeu a lembrança do seu amigo.

Quilômetros-a-Pé disse...

quem diz que videogame não é formador de caráter não sabe do que tá falando em nenhum grau!!! foi bem dureza fazer essa lista, olha. mas um dia eu faço o resto do meu top e com os devidos comentários.
eu jamais esqueço dos meus, tu sabes disso! Clã dos Feios pra Sempre!!!!

Sulivan disse...

PQP so jogo foda
Jpguei todos e partilho da mesma paixão por Truxtin e MGS
Coisa para anar pelo resto da vida

Marcelo Lima disse...

Grandes títulos... E a tua história com eles, aumentou ainda mais essa grandeza...

Mas sempre achei que fosses jogador de Mortal Kombat, e fiquei surpreso por saber que és de KoF...

Só acho que esse post poderia virar uma série dos 50 títulos, mas só acho...

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Quilômetros-a-Pé disse...

muitíssimo infelizmente, o desafio era só de dez, mas vou aumentando essa lista post por post até chegar a 50! tenha certeza!

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