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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

segunda-feira, 23 de julho de 2018

“Todos os objetos das ciências, sejam as da natureza ou as do espirito, reservam para si zonas do mistério. Se não houvesse mistério a ciência hoje estaria limitada à busca do ‘inteiramente desconhecido’, mas não há ciência de tal coisa. Só há ciência do que se revela ao menos em parte, e ali ela começa. Se o objeto da teologia, portanto, é fragmentariamente revelado, ao menos de modo indireto, não há razão de chamar de ciências o conhecimento organizado em torno dele há séculos e que ajudou a construir o mundo ocidental.”
– Antônio Gouvêa Mendonça, “A Cientificidade das Ciências da Religião”. IN: TEIXEIRA, Faustino (Org.). A(s) ciência(s) da Religião no Brasil. São Paulo: Paulinas, 2001.

sábado, 21 de julho de 2018

DEAD FISH – VITÓRIA - 2015 (demorei três anos mas postei essa porra)

DEAD FISH
VITÓRIA
2015

SELFEGOFACTÓIDE
Se julga esperto demais
Rotula como burro o que o outro faz
Todo dia, toda vida, com todo escárnio sorri
Hoje o que vai achar e continuar a fingir
Todas as críticas, defeito alheio, se esconder de si
Mais um factóide, torne real
Minta sobre mérito, muito mais fácil é transferir
Faça direito, se torne bom, faça melhor
Transformando frustração em teatro moral

Fogueira da vaidade, culpa
Mágica coberta de sinceridade
Conceito segregado, formação de opinião
Complicado enganar, fino verniz de honestidade
Tentando convencer e inventar uma razão
Nem seu desprezo, sequer seu valor
Pra sustentar sua mentira, precisa
Mais de mim que eu de você
Não se cria uma verdade

Entenda de verdade é só preciso perceber
Não invente em outros problemas que são seus
Continuas um cristão, só que agora sem um Deus
Selfegofactóide!
Selfegofactóide!
Nem seu desprezo, sequer seu valor
Pra sustentar sua mentira
Precisa mais de mim que eu de você.

JOGOJOGO
Planos corretos
Metas traçadas
Em um futuro desenhado
Chega a ser cômico
Como tudo parece se encaixar
Como vocês chegaram neste nível?

De realmente acreditar
Que ser cínico, omisso e desonesto
Te levaria a algum lugar
Finjo levar a sério
E ainda jogo o jogo

Mesmos colégios
Mesmas ideias
Mesmos programas de TV
Sempre educados
E excludentes
Assim pensamos mais igual
No preconceito acredito
De me parecer com você
Perco algum tempo insistindo

Pensar que tive outra opção
Podia estar em outro lugar
Finjo levar a sério
E agora jogo o jogo
Cansei de respostas fáceis
Resistir é dizer sim
Trabalho esse drama
Rindo sempre de mim

Quais as chances, quantas chances
Todas as chances, nenhuma chance

Joga o jogo! Joga o jogo!
Jogar! Jogar! Joga o jogo!

912 PASSOS
Até que tentei relevar e viver o momento
Deixar de lado o sofrimento e tudo o que vejo
Não olhar para o lado... Não é necessário
Verdades são verdades vão
Mundos herméticos paralelos sobrepostos!
Conto os passos pra ser racional
Zero tudo quanto chego em nenhum lugar

Quem precisa do seu sorriso, quem precisa se esforçar?
Todos nós sabemos o desprezo é mútuo
Não me cobre não me culpe, por agir como você
Sem demagogia, mas ninguém quer saber!
Verdades não, verdades vão
Verdades são verdades!
Verdades não, verdades vão

Quem precisa saber? Quem precisa saber?
Conto os passos pra ser racional
Zero tudo quando chego em nenhum lugar
Sussurro: (um, dois, três, começo tudo outra vez
O meu caminho é o foco, no mar cartesiano e numa regra de três)
Screamo: (nestor pestana cruzo a consolação
Desço a rua araújo, olho pro chão! Ignoro o copan
Estação república! A multidão ninguém é humano
Mas vai ficar tudo bem!)

Vejo fatos da vida real
Tão distantes que mal chegam a me afetar
Conto os passos pra ser racional
Zero tudo quanto chego em nenhum lugar

NOUS SOMMES LES PARAIBES
Os não brancos, os escravos
A classe mais sem classe
Somos o que sobra
Não somos ninguém
Despreparados desprezados
Muito pouco educados
Sabedoria inconsciente
Do agora aqui

Nous sommes les paraibes
Post apres proto
Nous sommes les paraibes
Nous sommes! Nous sommes!
Air revolution

Sem futuro
Os que servem
O chão do mundo
Os que não esperam
A vida usurpada é nossa
Simplesmente por que sim
A festa dos excluídos
Driblando a repressão
Em cada clichê racistas
Somos máxima reação

Nous sommes les paraibes
Post après proto
Nós somos o futuro não escrito
Nós somos os paraíbas
Nós somos o que não se previu

Será televisionado
O rebote das massas
As balas verdadeiras
A reação, a baderna
Verá! Uma montanha de corpos
Dos que sempre morreram
Em nome da ordem
Virá! Um futuro sem classes
Onde tudo será arte
De viver como iguais

Nós somos! Nós somos! Nós somos!
Nós somos! Nós somos! Nós somos!

SEM SINAL
O despertador me rasga o sonho
Rompendo a conexão
Há muito não se sente descansado
Contando os passos desgastado
Sozinho desconectado

Virtualmente real, o que posso dizer? Verdade vazia
Novas conversas, novas janelas
Não acham mais espaço aqui
Ninguém para chamar
Ninguém para escutar, com pouca energia

Sem sinal, não há conexão
Tente outra, tente outra vez
Sem sinal, para atualizações
Tente outra, tente outras vez

Alerta a esperar por mais informação
Guardando energia
Sem sinal, não há conexão
Tente outra, tente outra vez
Sem sinal, para atualizações
Tente outra, tente outras vez
Silencioso, vou vibrar
Vou vibrar com o que há por vir!

LUPITA
O acaso se apresenta
Tempo se relativiza
Vida ressurge regras, tempo e desejo

O que aconteceu
O que acontecerá?
Agonia frustrante, futuro do pretérito
Mais oito, quanto mais?
Sei bem que o que sinto
Preferia mentir, mas este não é o acordo

Seus olhos são, seus olhos vão
Me arrastar pra sempre
Um minuto eterno o perene o incerto
Quero me afogar!
Neste momento

Tantas perguntas tantas certezas
Belas escolhas entre o eterno e o feliz
Erro teu nome, preferia acertar
Solarei pelo tempo necessário

Um nome pro perfeito, o que importa?
Que a vida nos leve a imperfeição de encontros tortos

Seus olhos são, seus olhos vão
Me completar como ninguém
O lapso o erro, atemporal
O não verbal

Seus olhos vão me levar
A outra coincidência
Mais um eclipse lunar
Mal posso esperar

Seus olhos são, seus olhos vão
Me arrastar pra sempre
Um minuto eterno
O perene o incerto
Quero me afogar!

CARA VIOLÊNCIA
Então é assim
Não há remédio
Ficar aqui
Morrer de tédio
Sentar no sofá
Sem conversar
Sentindo o ódio suprimindo em mim
Este é o fim
Não há mistério
Olhe pra mim?
Me dá um crédito?
Sei que nada vai adiantar
Mas por favor, para de sorrir!

Escrevo em um esforço para relembrar
Esclarecer e superar
Refazer meus passos até aqui
Tenta me reconstruir
É tão rídiculo quão fácil
Foi me entregar, a valente e sedutora
Que deu voz ao mundo de um inseguro
Prestes a explodir

Sempre, sempre, sempre eu!
Mostrando os dentes com amor
Sempre, sempre, sempre, sempre eu
Eô eô
Só os mais fortes tem o poder
Você pode o que quiser
Nessa luxúria que é reagir
Estará pronto pro que vier

Foi impossível resistir a me deixar levar
E confiar em sua força
Só me dei conta do que perdi quando vi tudo ruir
Queimando as pontes, me abandona aqui nesse lugar
O covarde e suas escolhas
Sei que irá seu rumo, dando seus pulos
Sempre a seduzir

Sempre, sempre, sempre eu!
Mostrando os dentes com amor
Sempre, sempre, sempre, sempre eu
Eô eô
Ce viverá em mim
E onde mais quiser
Sua força não tem fim
Esteja onde estiver

OBSOLETO
Muitos caminhos pra seguir
Como um cordeiro seguiu a multidão
Tanta cultura pra te fazer melhor
Entregou seu cérebro a televisão
Obsoleto! Enganado! Inútil! Descartado!

Tarde demais pra reclamar de suas escolhas
Podia ir pra qualquer lugar
Com medo arrumou uma função
Gastou o tempo de tanto trabalhar
Bater as metas bônus, promoção

Obsoleto! Inviável! Consumidor! Imbecil!
Tarde demais pra reclamar de suas escolhas
Tarde demais!
Foi você mesmo que escolheu este caminho
Tarde demais! Deus te quer mal!
Você se odeia, mas se orgulha do que não é.

KRYPTONITA
O super-homem cai do céu feito uma pedra, Kryptonita!
Do buraco Belfagor volta pro inferno destruído
Apavorado mas não explica
Minha vida meus termos
Outro Estado que não funcionou
República rocha destruída por um sopro só

Rickson Francis poderoso, violentamente se expondo
A direita tinha razão
Bozo Reagan mostra os dentes da vingança
Bate a porta e se sente mal
Minha vida, meu erros
Todas as regras pisadas ao chão
Contrato rasgado, instinto saciado
Frustração!
Matemática social
Coerência primitiva
O rei está nu
Punir, vigiar

Dia 02 eu morro e cerro os dentes
Dia 03 a ficha cai, tudo que poderia
Dia 05 imploro, suplico:
Tente me perdoar!
Kryptonita
Kryptonita

Haverá quem nunca vai entender
Haverá quem não vá perdoar
Que se cumpra a pena
A falta capital
Pena de morte pro resto da vida
Pena de vida numa cultura falida

VITÓRIA
Sufocar, atrás de paredes que se fecham
Numa cidade sem espaço pra crescer
Optar entre a guilhotina e a gravata
Se moldando ao meio, imaginando ter poder

Tudo ao redor
Parece encolher
Do pó ao pó
Nada vai florescer
O rolo compressor te atropela,
Vem te esmagar!

Permanecer de pé!
(De pé até o fim)
Permanecer de pé!
(De pé até o fim)
Focar, competir, vencer!

Prosseguir,
Por novos caminhos não tão estreitos,
No labirinto de desejo artificial
Ser mais um
Pode fazer toda a diferença
Não questione,
Ninguém vai te responder

Inquietação
Sem poder, sem viver
Pronto pra ação,
Enfrentar, combater
Quem for tentar te derrubar
Tentar te derrubar!

Permanecer de pé!
(De pé até o fim)
Permanecer de pé!
(De pé até o fim)
Saber o que quer,
E onde quer chegar
Permanecer de pé!
(De pé até o fim)
Permanecer de pé!
(De pé até o fim)
Não podem mais te derrubar
(Não podem mais te derrubar)

O antigo, inimigo cedeu o espaço
Pra um desafio ainda maior
Se manter de pé,
Contra o que vier,
Vencer os medos,
Mostrar ao que veio,
Ter o foco ali,
E sempre seguir
Rumo a vitória!

SAUSALITO
We born alone, we die alone
Nem precisava sem assim
Can't feel the air inside my lung
And the bay area cold breeze

Não acredito, estou sufocando
Eu vou morrer neste lugar
Levei uma vida pra chegar até aqui
Tudo parece se apagar

Where's the air?
Mom, please help me!
I'm gonna die in San Francisco
Shit! What an irony!

Can't feel my arms, can't feel hands
At least I saw that big trees

Este lugar é o mais legal para se morrer
Sim, eu já me convenci
Precisa mesmo ser agora?
Logo na primeira vez?

Call the rescue!
Call the police!
Nós vamos ser deportados
Pra Guantánamo ou mofar em Alcatraz

Where's the air?
Mom, please help me!
I'm gonna die in San Francisco
Shit! What an irony!

Não acredito estou sufocando
Eu vou morrer neste lugar
Levei uma vida pra chegar até aqui
Tudo aparece se apagar

What I think now?
I don't know
Feel the death!
Gonna die alone
I think I'm happy now
In this parking lot
De tirar o fôlego
Este visual
Sausalito
The last station
Sausalito
My last breath

GIGANTE E INSEGURO
O que despertou tão gigante insegurança?
Tão preguiçosa busca por informação
O que transformou o que era sede por mudança?
Nesse discurso sobre Deus e tradição?
Perdão por me prender nesse assunto
Mas é um choque você não recordar
O quão de ponta-cabeça era o mundo
O grito mudo de quem quis discordar
Com sua permissão me censuro
Ou se quiser posso sumir e não voltar
Siga em frente com seu conservadorismo
E ponha a ordem necessária a este lugar

Manter a tradição da exploração
Sua família é a eleita!
Foi de oposição a imposição
Como um direto de direita!
Deixe os gritos nas ruas e não no porão!

Incorporou o ativista do estado
E agora chama o golpe de revolução
Copiou, colou essa imagem do passado
Deletando todo o sangue pelo chão
Repetindo com a mesma arrogância
Mandamentos feitos pra te dominar
Entregando seu voto de confiança
Para aquele que vai te crucificar

Progressistas retrógrados e seus fieis eleitores
Dando direitos a humanos, não a pecadores

Livrai-nos desse mal
Dessa falsa moral
Livrai nos desse mal!

Manter a tradição da exploração
Sua família é a eleita!
Foi de oposição a imposição
Como um direto de direita!
Deixe os gritos nas ruas e não no porão!

Poder para o poder
Crescer, enriquecer
Escolher não escolher
Livre para obedecer!

Livrai nos desse mal
Dessa falsa moral!
Livrai nos desse mal!

PONTILHÃO
Nos extremos vivemos
Dizem ser moderação
Dos dois lados da ponte
Uma ou outra opção

Só usamos seus limites pra pular
O que nos aniquila poderia nos salvar
Aprender!
Perder ou vencer!
Perder ou vencer!

Nunca nos encontramos
Sempre estamos sós
Nenhuma sutileza, pura padronização
Culpados recorrentes
Medrosos culturais
Isolados funcionais

Conformados seguimos
Em prol da civilização
É matar ou morrer
A higiene da competição

Nos falta tempo para reagir
Num vazio tratável, confundir
Aprender!
Perder ou vencer!
Perder ou vencer!

Nunca nos encontramos
Sempre estamos sós
Nenhuma sutileza, pura padronização
A propaganda! Somos todos livres!
Poder de reagir, transformado em esperança
E nada mais
E nada mais!



¡¡¡bis bald!!!

segunda-feira, 16 de julho de 2018

JUSTICEIRO – FASES CLOONAN E ROSENBERG

O Justiceiro, né?
Sou suspeitão pra falar qualquer coisa do Justiceiro – batizado Francis Castligione, mais conhecido como Frank Castle –, todo mundo que me conhece a fundo (UI!) sabe disso.
Fizeram de tudo com o personagem criado pelo escritor Gerry Conway e pelos artistas Ross Andru e John Romita, Sr., enfim batizado pelo Stanley “Stan Lee” Lieber, cuja primeira aparição foi na edição 129 de The Amazing Spider-Man, de 1974, até poderes angelicais pra ele caçar demônios e outras porras from hell. Sorte que não durou muito. A nível midiático, só não botaram o cara pra cantar e dançar e ser mestre cuca... De resto... É, muita coisa, eu que ‘tô falando merda, já...
Apesar de altos e muitos baixos, é de consenso geral que a melhor fase dele, aclamada por crítica e público, foi a roteirizada pelo Garth Ennis (já falei muito disso por aqui, mas ‘tô com preguiça de procurar os posts) até meados da década passada. Um dia, eu upo tudo desse interim pra geral baixar, mas um belo dia encontrei TUDO dele no GetComics, num Überpacote de TREZE FUCKING GIGAS. Se tiveres espaço no HD e tempo e disposição suficientes pra ler EM INGLÊS (ah, pensou que seria tudo em português/português brasileiro? “Pensou errado, otário!”) nesse link aqui.

Mas, sim, simbora pro que interessa.
Becky Cloonan e Matthew Rosenberg no Justiceiro.

A Cloonan não é uma roteirista ruim, de verdade. Ela dá muitas forras.
Ai ela, em 2012, deu o azar de trampar com o Brian Wood (cuja magnus opus, na minha opnião, é DMZ, da Vertigo [que também comentei aqui]) em Conan, quando ainda era da Dark Horse, quando só todo mundo caiu matando em cima da dupla por ter zoado o Cimério na clássica saga A Rainha da Costa Negra (“diretamente” adaptada do conto homônimo do também supramencionado pra caralho Robert Ervin Howard). Mas convenhamos que eles pegaram as cadeiras que foram SÓ do Kurt Busiek e pelo Cary Nord e pelo Dave Stewart. SÓ. DO. KURT. BUSIEK. E. DO. CARY. NORD. E. DO. DAVE. STEWART. Se eles não tivessem chego antes, ninguém ia frescar com a nova abordagem deles.







































































































































































Papo furado. Ia sim. Eu mesmo detonei os dois. Falei pra caralho. Quis que fossem empalados e eviscerados e queimados em praça pública. Ninguém que curte Conan curtiu. Se fosse outro personagem, criado por ela e pelo Wood – ainda que inspirado, descaradamente inspirado no Conan –, porra, beleza. Não com o Conan.
Ai quando ela foi escalada pro Justiceiro, como roteirista, TODO O UNIVERSO ficou “égua, não”.
“égua, não”
“égua, não”
“égua, não”
“égua, não”
Ela fez TODO O UNIVERSO
COLOCAR 
A
LÍNGUA
NO
CU

Nosso problema – de nós, fãs do Justiceiro – queríamos que todo roteirista fosse um Garth Ennis. Beleza, né?
A gente se fudeu.
O Kid Bengala bateu de pau mole nas nossas caras quando vimos Franken Castle pra colocar o Frank “de volta” no universo 616. Isso na década passada. Então que a gente passou a ler meio que no automático. Ai a Marvel rebotou de novo (eu nem vou comentar essa porra de reboot aqui, que foi só pra passar raiva, pra compensar toda a raiva dos últimos reboots e grandes sagas da DC). SÓ QUE o Nathan Edmondson (Viúva Negra, X-Men, a leitura porrada obrigatória, da Image, Who Is Jake Ellis?, que todo mundo deveria ler!!!!) e Kevin Maurer (Homem de Ferro, Hulk, NinjaK), no roteiro, com arte de Mitch Gerads (Doctor Who, Sr. Milagre, Batman) e Carmen Carnero (Novos 52, Mulher Maravilha, SuperGirl) salvaram a pátria. E salvaram a pátria pra caralho. Histórias do Justiceiro tendo Forças Armadas como coadjuvantes sempre são do caralho, vide o clássico Retorno ao Grande Nada.
E então que escalaram a Cloonan pra próxima roteirista do personagem. Todo mundo – público e crítica – ficou “porra, ela não, ela zoou o Conan” (esquecendo tudo de bom que ela fez na DC e na Marvel e na Dark Horse [infelizmente não conheço nada de autoral dela – ainda não]). Preciso repetir o que ela fez, tendo como escudeiros Steve Dillon (lê Justiceiro, né? então não preciso apresentar), Matt Horak (Dr. Crowe, Out of the Blue, The Covenant), Laura Braga (Witchblade, Mulher Maravilha, DC Comics: Bombshells) e Iolanda Zanfardino (Doctor Who)? Preciso, sim.
ELA FEZ A GENTE COLOCAR A LÍNGUA NO CU.
De quebra, ainda, e ainda que de modo particular, fez uma homenagem à fase Garth Ennis/John McCrea, que começou na clássica e também obrigatória Hitman, da Vertigo (que também cansei de falar bem por essas bandas). Ela, com muitas doses (precisas) de tensão, pegou tudo o que faz do Justiceiro Justiceiro – sangue, ultraviolência, palavrões, mortes absurdas, situações absurdas, muitas armas e muitas balas, gente inocente morrendo no fogo cruzado, vilões megalomaníacos críveis que adoramos odiar, eu já falei do sangue e da ultraviolência? –, como a gente gosta e ama, e, em doze edições publicadas entre 2016 e 2017, nos deu o Justiceiro, como a gente gosta e ama. E o melhor: tudo “fora” do universo Marvel. Fodam-se capas e armaduras e superpoderes. Só caos, violência, destruição e morte.
Alguém faz uma estátua dessa mulher do tamanho da porra da estátua da liberdade? Por favor? Por favorzinho? Por obséquio? Façam logo, porra.
CASA COMIGO, SUA MARAVILINDA! TE DOU CASA, COMIDA E ROUPA LAVADA!

E então ela teve que passar o bastão.
Situemos aqui, é muito necessário fazê-lo, que o pessoal da Marvel não aprende e quer coloc... acaba colocando o Justiceiro de qualquer jeito nas supesagas doentes mentais anuais ou bienais. A última cagada foi Império Secreto, quando inventaram do Capitão América ser um agente infiltrado da Hidra desde sempre. “Ah, e o Castle? Vão deixar o Castle fora dessas? Por favor, deixem ele [sic] fora dessa.”
Porra nenhuma.
A GRANDE IDEIA DE JERICO DO CARALHO foi colocar o cara como aliado da Hidra (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) porque eles iam dar a senhora força em seu combate contra o crime organizado. DE ONDE TIRARAM A PORRA DA IDEIA DE UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA DAR O SUPORTE TÉCNICO A UM VIGILANTE COMBATER O CRIME ORGANIZADO?!?
Castle – como sempre – se saiu quando viu que o tempo fechou pro lado dele e ia dar ruim. “Viva para lutar outro dia”, o negócio é mais ou menos assim.
E então que o Fury teve a grande ideia de dar a ele a armadura do Máquina de Guerra – James “Rhodey” eu SEMPRE achei esse apelido tanto ridículo quanto desnecessário Rhodes –, morto pelo Thanos nos primórdios da saga anual doente mental Guerra Civil II. Apontemos que esta é posterior a Império Secreto, sendo uma consequência deste evento. É aí, nessa edição, que o Rosenberg entra na jogada.
Em idos de 2010, 2011, fiquei totalmente na onda com a presepada de colocar o Justiceiro pra ser caçado pelos Vingadores, sob teleguiação do Cuzeiro-Aranha. As trolladas que o Castle deu no Stark foram impagáveis. Ele brincando de gato e rato com a vodka Romanoff foi impagável. Ele sacaneando o Aranha e o Capitão América foi impagável. Mas também só isso. Eu só queria saber como o cara FUGIU da prisão de segurança máxima do Stark, deve ter sido algo meio A Fortaleza, com o Deus do Trovão, Raiden, MORTAL KOMBAAAAAAAAAAAT! Christopher Lambert (clássico dos anos 90 que todo mundo que curte ação e ficção cientifica distópica tem a obrigação de ver).
(não achei nenhum trailer legendado decente então vai esse mesmo)
O papo é: o Fury deu a armadura do Rhodes pro Castle tirar um déspota europeu do poder. Mas só isso. O Castle viu que não seria fácil assim (aham, ‘tá bom que seria) e tocou um foda-se do tamanho do mundo pro Fury e matou o cara. Bem, era o que se esperasse do Justiceiro. O Fury não esperava isso. Na verdade, eu não sei quais foram as drogas que ele tomou pra alimentar tal fé, mas eu sei que eu quero isso se eu já não tomar e não sei que eu tomo. Ai a grande surpresa: nosso amiguinho Frank liga-se um foda maior ainda e volta pros EUA com a armadura pra combater o crime organizado com ela. Preciso mesmo falar o quanto a (Carol) Danvers (i.e., a Capitã Marvel), namorandinha do Rhodes, ficou putaça pra caralho quando soube? Preciso falar do toco que o Castle deu nela e no Cage e no Grimm (!!!) quando foram atrás dele?
Quem leu Justiceiro Massacra o Universo Marvel, de 2001, sabe o quanto o lindo o Frank descendo o caralho na superheróizada.

Agora é o cara, junto com a vodka Romanoff e o casal gay do Capitão América Soldado Invernal, indo atrás do Zemo e da Hidra (depois de apagar a Tremor e o Gavião Arqueiro eu já não curtia o cara, ainda mais depois que ele saiu dos Vingadores e virou piadista road movie), resolver o que o Fury, a S.H.I.E.L.D. e o Rogers enrolaram mais de cinquenta anos pra fazer. ‘Tô apostando que, na hora do vamos ver, o Rogers não vai deixar o Castle matar o Zemo, dizendo pra levar o cara pra justiça internacional na qual nenhum criminoso de guerra de origem estadunidense foi sequer julgado, jamais devemos esquecer e o filho da puta vai se safar e rir da cara de todo mundo.  Mas é a Marvel subsidiária da Disney. Fazer o quê? Só ficar puto mesmo.

Balanço geral: a Cloonan marcou seu nome a ferro e fogo na lista de argumentistas do personagem, revisitando tudo que os fãs curtem. Rosenberg manda até que bem, mas eu admito ainda estar na onda com ele inserido no meio das presepadas dos super-heróis. Bora esperar pra ver como isso se desenrola.

Segue o barco!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

COUNTERPART - primeira temporada comentada (por alto pra não estragar toda a surpresa)


Acabei de ver a primeira temporada da série Counterpart. Vi a chamada na TNT na casa da tia Elzenir (a pra quem ainda dou alguma moral e alguma relevância, diga-se logo) no dia do aniversário dela. E “olha, tem o J.K. Simmons, não tem como ser ruim”. Dito e feito.
J.K. Simmons – batizado Jonathan Kimble Simmons –, vencedor do Oscar, do SAG e do Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante por Whiplash, de 2014 (também indicado para Melhor filme, Melhor roteiro adaptado, Melhor montagem e Melhor mixagem de som, vencendo os dois últimos). Eu o conheci quando vi Oz, nas madrugadas do SBT, e virei fã quando interpretou o assistente-chefe Will Pope, em The Closer (no Brasil, quando passava nas madrugadas do SBT, Divisão Criminal) que sempre dava um jeito de limpar o rabo das presepadas feitas pela Brenda Leigh Johnson, interpretada pela maravilhosa Kyra Sedgwick (Possessão, Gamer, O Lenhador, Fenômeno). Ai tratei logo de baixar. Tive um trabalho do caralho mas consegui. E toma-lhe-te maratona.
Só posso resumir Counterpart da seguinte maneira: é Fringe que deu certo. Muito certo. Não há excessos. Não há brechas. E também não há em quem confiar de verdade e motivações verdadeiras. Sempre tem algo mais por baixo do pano e ninguém sabe de tudo. Quem sabe (o pessoal do Quarto Andar se é que eles sabem de tudo mesmo, o que eu veementemente duvido) não se mostra.

Afinal: qual o enredo?

Na Alemanha (TINHA QUE SER NA ALEMANHA!) do fim da Guerra Fria, durante experimentos científicos, descobriram a passagem para uma Terra paralela. Uma igual à nossa, mas com variações politicas, sociais, tecnológicas e econômicas – e históricas, obviamente. As duas entraram em um acordo diplomático e assim se mantém até 2018. SÓ QUE em 1996, há uma epidemia de gripe na Terra paralela que eles culpam a nossa por ter acontecido.
Quanto a incidente que descobriu a Terra paralela: é algo a ser explicado na próxima – e, segundo o próprio Simmons, também produtor executivo – ultima temporada.
Mas até ai, ok. Já posso dizer que também rola um jogo de espiões fudido? E que todos eles não sabem o que está realmente acontecendo de fato – como sempre acontece? E sempre pode acontecer o pior, como o Howard Silk (interpretado pelo Simmons, obviamente) descobrir que tem uma parte dele na outra parte (que interpreta magistralmente, diga-se logo) e que os dois tem menos semelhanças do que parece. Afinal, “outra Terra...”
 E A PARTE QUE ELES SE ENCONTRAM É UMA DAS MELHORES DA SÉRIE! No fim, acaba sendo um jogo de gato e rato, onde todos são gatos e ratos (o Silk da Terra original acaba sendo o eterno rato que, quando acredita ter chego a algum lugar, ou chega a um lugar nenhum ou a um pior do que estava).
E como tudo pode piorar, lembram o que falei da gripe de 1996 na Terra paralela? O pessoal de lá ficou BEM PUTO a ponto de fazer um grande ataque terrorista, recrutando crianças de lá que tem seus iguais aqui pra vir pra cá, tomar o lugar delas e fazer um grande ataque aqui “pra dar a forra”. E, segundo a Clare (interpretada pela Nazanin Boniadi [Homeland]) diz pro marido dela, o Kaius..... Peter (interpretado pelo Kaius. Opa! Pelo Harry Lloyd [Doctor Who]), vice-diretor da seção secreta da ONU responsável pela diplomacia com a outra Terra – então dirigida pelo Roland Fancher (interpretado pelo Richard Schiff [Seven, Dr. Dolittle, Impacto Profundo]) –, o negócio ainda vai ficar mais tenso e doido e a puta que pariu toda. 
Esperemos a segunda temporada.
Infelizmente só ano que vem.
♪♫I’ll be coming home next year♫♪

“FELIZ ANIVERSÁRIO!” e “MUITOS ANOS DE VIDA!” pra Raissa Baldez e pro Marcelo “Uchiha” Lima, que fizeram aniversário essa semana, e pro Matheus Benassuly, que fez aniversário semana passada!

HAIL!!!!!

terça-feira, 10 de julho de 2018

OS INTRUSIVOS - PSICOSE E DEPRESSÃO - 2016

Demorou, mas lembrei do blog, né? Como o mestrado anda parado, eu acabei tocando outros projetos, bebendo umas aqui e ali, indo ao Pavulagem, comendo, dormindo, revisando, lendo HQ/poesia/prosa, sonhando acordado. In Westen Nicht Neues, já disse Remarque.
O Leonardo Barbosa, brother meu da UFPA que conheci pelo Aulus e pelo Cadáver, volta e sempre ‘tá me apresentando uma banda brasileira nova. Ontem foi a vez d’OS INTRUSIVOS, banda cearense (¡LIEBE DICH, CEARÁ!), descaradamente influenciada pelos Ramones, só que com letras muito melhor elaboradas e músicas muito mais trabalhadas (mas afinal qual banda depois dos Ramones não tem letras muito melhor elaboradas e músicas muito mais trabalhadas que eles?!? NÃO RESPONDAM!)
Então, sem mais delongas, bora lá

OS INTRUSIVOS
PSICOSE E DEPRESSÃO
2016

PSICOSE E DEPRESSÃO
Atritos tão diretos atormentam o meu ser
São frutos do meu ódio que eu não posso ver
Naquela noite eu andava procurando algo mais
Mas no caminho eu encontro um pobre rapaz

Na sua cara estava escrito
Psicose e depressão
Na sua cara estava escrito
Psicose e depressão

VOCÊ QUEBROU MINHAS PERNAS
Você quebrou minhas pernas
Você levou aquele rádio
Você roubou o meu dinheiro
Você tomou minha paciência

Você surrupiou meus bens
Você levou minha saúde
Você arranhou os meus discos
Você perdeu todas as chances

E ainda assim, o culpado sou eu (tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo eu)
E ainda assim, o culpado sou eu (tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo eu)
E ainda assim, o culpado sou eu (tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo eu)
E ainda assim, o culpado sou eu

ESTÁ TUDO OK
Minha doença de chagas está normalmente ok
Minhas esquistossomose, está tudo ok
Minha varíola sempre esteve ok
Sem contar minha azia, ela está ok

Sinto-me saudável faltando algo mais
Mas confesso que gosto muito disso
Sinto-me saudável faltando algo mais
Mas confesso que sou hipocondríaco

Minhas hemorróidas, estão todas ok
Minha cirrose está perfeitamente ok
A antiga leptospirose está ok
Sem contar, minhas neuroses, elas estão ok

Sinto-me saudável faltando algo mais
Mas confesso que gosto muito disso
Sinto-me saudável faltando algo mais
Mas confesso que sou hipocondríaco

EU ENXERGO ALÉM
Esse brilho todo de onde vem?
Me deixa aqui, eu estou bem
A boca seca e uma metralhadora de pensamentos
E um moinho de sentimentos

Os risos afrouxam até o cachorro latir
E todos caem de tanto rir
O mundo anda tão careta
E todos aqui estão em outro planeta

Eu enxergo além do que eu queria ver
E penso no que eu poderia ser
Acende o lampião não deixa faltar luz, cidadão
Quietude e plenitude se confundem com virtude

TUDO O QUE EU QUERIA ERA VOCÊ
Me entreguei a você, oh menina
Mas resultou numa maldita confusão
Senti então a minha vida dividida
Sem explicação

Por que raios isso foi acontecer?
Por que diabos isso foi acontecer?
Por que caralho isso foi acontecer?
Vou te dizer: porque tudo o que eu queria era você

(por você) por você fiz tudo o que eu não podia
(e chorei) estourei todas as veias da minha vida
(mas por que?) mas o que eu não consigo entender

Por que raios isso foi acontecer?
Por que raios isso foi acontecer?
Por que raios isso foi acontecer?
Por que raios isso foi acontecer???

Por que raios isso foi acontecer?
Por que diabos isso foi acontecer?
Por que caralho isso foi acontecer?
Vou te dizer: porque tudo o que eu queria era você

POR QUE VOCÊ É TÃO RUIM COMIGO?
Eu pensei muito antes de te perguntar
Eu não quero ser grosso mas vou ser se precisar
Mas parece que as coisas vão mudar

O que era bom agora parece castigo
Quero saber por que você é tão ruim comigo

Você sempre foi uma boa companhia
Das coisas boas, de passar todo o meu dia
Mas parece que as coisas vão mudar

O que era bom agora parece castigo
Quero saber por que você é tão ruim comigo

VONTADE DE SAIR
Como uma flor que seca
Como um sol que se põe
Como um trem que parte
Como um pássaro que vai, você se foi

Depois de tudo ainda penso em você
Nos momentos vivos em minha mente
Que um dia me destes
Mas partiu, se foi

E doeu, aqui  
dentro de mim
Sinto um entalado na garganta
Vontade de chorar

E doeu, aqui dentro  
de mim
Sinto um entalado na garganta
Vontade de sair, por aí

VAI ENCHER O SACO DE OUTRO
De manhã mal acordo
Mal me visto, mal me calço
E quando raciocino
Já estão enchendo o saco

Já pedi, mas ninguém entendeu
Vai encher o saco de outro e não o meu

De tarde mal trabalho
E mal ganho o meu salário
E de hora em hora
Já estão enchendo o saco

Já pedi, mas ninguém entendeu
Vai encher o saco de outro e não o meu

INSENSÍVEL
Estou farto, não estou em paz
Você me tirou tudo e ainda quer mais
Estou farto, não estou em paz
Você me tirou tudo e ainda quer mais

Vou te tratar  
do jeito que você faz
Eu vou mostrar pra você do que sou capaz

Todo dia me iludia
Quero me vez livre de você
Todo dia me iludia
Quero me vez livre de você

Não aguento  
mais seu jeito
E a angústia que me traz

Você é insensível, não te quero mais
Você é  
insensível, não te quero e

Vou te tratar do jeito que você faz
Eu vou mostrar pra  
você do que sou capaz
Vou te tratar do jeito que você faz
Eu vou mostrar pra você  
do que sou capaz

CACHAÇA
Pega um litro de cana e bota uma dose pra nós
Dizem que a cachaça é boa pra voz
Corta o limão e tira o sal do pacote
É assim que os Intrusivos fazem o shot

E vira um, e vira dois, e vira três, e vira quatro
E vira cinco, e vira seis, e vira sete, e vira oito
E vira nove, e vira dez

Quando eu ficar "bêbo", eu aviso, eu prometo
Aviso caindo no chão

E vira um, e vira dois, e vira três, e vira quatro
E vira cinco, e vira seis, e vira sete, e vira oito
E vira nove, e vira dez

Pega um litro de cana e bota uma dose pra nós
Dizem que a cachaça é boa pra voz
Corta o limão e tira o sal do pacote
É assim que os Intrusivos fazem o shot

E vira um, e vira dois, e vira três, e vira quatro
E vira cinco, e vira seis, e vira sete, e vira oito
E vira nove, e vira dez

Quando eu ficar “bêbo”, eu aviso, eu prometo
Aviso caindo no chão

Aviso caindo no chão
Aviso caindo no chão
Aviso caindo no chão

Pega um litro de cana e bota uma dose pra nós

DALTÔNICO
Eu sou daltônico e não vejo o vermelho do seu amor
Eu sou daltônico e quero ir com você aonde você for

Sei que às vezes posso parecer ignorante
Mas eu posso te provar em apenas um instante

Eu sou daltônico mas pra mim o amor não é só uma cor

UM BODEGUEIRO NA FIEC
Você não faria a menor falta
Num dia de domingo no Beach Park
Eu não te levaria nem morta
A passear comigo no Iguatemi
Eu não me atreveria a passar vexame
Perante os meus amigos lá da Aldeota
Pois agora eu tenho o maior respaldo
Nas altas paneladas da alta sociedade

Eu sei que a burguesia fede
Mas tem dinheiro pra comprar perfume
E além do mais o high society
Leva chifre e não tem ciúme
Eu sou “in”, não sou “out” – eu sou VIP

Agora com você eu não quero nem ovo
Eu sei que o meu passado agora me condena
A sua presença só me prejudica
Suja a minha glória, borra a minha fama
Pois hoje eu sou pessoa muito benquista
Com muita influência no meio das rodas
Até já fui chamado pra dar palpite
Na vida sexual da Primeira Dama

INTRUSA
Não vou estudar assim
As possibilidades que você deixou
Pra absorver todo o seu querer
E sua arrogância que por um instante
Me enganou

Nunca enganará
Nunca me enganou
Mas nunca enganará
Nunca me enganou

PARANJANA
Eu já juntei minhas trouxas e não me importa mais
Não sei se vou voltar
Peguei o Paranjana, dele não vou sair
Com ele eu vou rodar

Sentei num banco de deficiente que
Nunca mais vai sentar
Todos olham pra mim como se eu fosse assim
Cara débil mental

Mas eu confesso que se eu descer daqui
E o Paranjana há de passar
Mas eu confesso que se eu descer daqui
E o Paranjana há de passar
E eu vou pegar

Paranjana, Paranjana
Quantas saudades de ti
Paranjana, Paranjana
Sempre recordo de ti

Não te esqueço mais

ouça o álbum completo da banda no link abaixo

Espero que tenham curtido!

Até a próxima, porraaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
HAIL!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

HAIL AND KILL - POEMAS E CONTO PUBLICADOS

notícia já ‘tá velha, mas ainda ‘tá valendo:
BOM DIA SÓ PRA QUEM TEVE TRÊS FUCKING POEMAS (pgs. 43 a 48) E UM FUCKING CONTO (pgs. 146 a 149) NA MESMA PUBLICAÇÃO!!!







HAIL!!!

(nota: sim, estes são os poemas que eu disse NESSE POST que seriam publicados)

terça-feira, 3 de julho de 2018

eu tinha quase esquecido de dizer que hoje de tarde conheci uma nova modalidade de filho da puta: o que fica em duas filas na lotérica (na preferencial e a esposa na normal, esperando a vez de ser atendida) do Lider e Magazan da Cidade Nova, atravancando as duas, e ainda quer falar pra todo mundo dos problemas na sua vida, como se tivéssemos algo a ver com isso.
sorte a dele e do universo que tenho cara de mendigo alcoólatra morto de fome drogado. porque, se ele tivesse puxado papo comigo, eu ia falar tanta merda pra esse caralho que nunca mais ele ia pisar numa lotérica com medo de encontrar lá.
cada uma..................