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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

MEMÓRIAS DA REVOLUÇÃO

-->“Um dia você vai descobrir
que todos te odeiam
e te querem morto,
pois você
representa perigo
ao poder!!!”
– Garotos Podres, “Anarquia, Oi!”

“Three thousand miles of wilderness
Overcome by the flow.
A lonely restitution of pavement,
Pomp and show,
I seek a thousand answers,
I find but one or two,
I maintain no discomfiture,
My path again renewed.

Against the grain,
That’s where I’ll stay.
Swimming upstream,
I maintain against the grain.

Here labeled as a lunatic,
Sequestered and content,
There ignored and defeated
By the government.
There’s an oriented public
Whose magnetic force does pull,
But away from the potential of the individual.

Against the grain,
That’s where I’ll stay.
Swimming upstream,
I maintain against the grain.

The flow is getting stronger
With smaller increments of time.
And Eddies of new ideas are
Increasingly hard to find,
You need all that the other has,
Your right to seize the day,
But in all your acquisitions
You will soon be swept away.

Against the grain,
That’s where I'll stay.
Swimming upstream,
I maintain against the grain.

There’s a common consensus
And an uncomfortable cheer,
A reverberating chorus that anyone can hear,
It sings “leave your cares behind you,
Just grab tenaciously”,
This lulling sense or purpose
Will destroy us rapidly.

Against the grain,
That’s where I’ll stay.
Swimming upstream,
I maintain against the grain.”

– Bad Religion, “Against the Grain”

Graças ao Anderson José Costa Coelho (com tive a imensa satisfação de vir junto no UFPA – Cidade Nova 6 de lá da UFPA pra cá), eu tive uma das mais agradáveis surpresas literárias deste ano, chamada Memórias de um Anarquista Japonês, do japonês (dããã!!!) Ōsugi Sakae, que nasceu em janeiro de 1885 e morreu em setembro de 1923.
Este livro foi publicado no Brasil em setembro de 2002 pela Conrad Editora do Brasil (que, pra quem não sabe, não publica somente mangas, mas livros também!), sendo traduzido por Ludmila Hashimoto Barros diretamente da língua japonesa para a nossa (língua) mater, porém o livro ainda tem uma introdução do tradutor do japonês para o inglês estadunidense culto (e o nome desse indivíduo não consta na obra – mancada, Conrad!). Pra compensar, uma das grandes sacadas (da editora) foi incluir as famosas notas de rodapé (que, para nossa sorte, estão nas páginas em que estão citadas) que são mais do que essenciais para o que o(a) leitor(a) não fique com aquela famosa cara-de-bunda (“de que porra esse cara está falando afinal?!?”)durante a leitura e se perdendo na história! Como alguns personagens vivem indo e voltando, essas notas são de valia impar, ainda mais devido às informações históricas, que contextualizam muito bem a obra dentro de todo um contexto.
Sinceramente, o cara foi um dos caras mais loucos e combativos da historia do Japão contemporâneo. Na obra, ele descreve com sua visão um tanto quanto cínica e pessimista o mundo as coisas que viveu – da escola à prisão – e a transformação do meio no qual vivia, presenciando a transição do inexorável fim do sistema feudal até o início da industrialização do país, e o que isso e como isso afetou as vidas as pessoas ao seu redor. Não somente isso, a formação de sua formação anarco-socialista e o porquê das escolhas que tomou durante a vida decorrentes de sua formação. Isso sem contar que não se poupa de auto-criticas e de desabafos durante todo o livro, principalmente durante o tempo que passou na prisão e a desilusão com muito do que vivera.
Eu devo admitir que, pra mim, não foi uma leitura simples – tive que ler cerca de umas duas vezes pra poder pegar todo o livro em si. Talvez vocês sintam a mesma dificuldade, talvez não. É leitura recomendada pra quem quer ou se aprofundar no assunto ou simplesmente conhecer um pouquinho mais da história política de outros países – neste caso o Japão, que tem uma das historias mais interessantes.

Na próxima postagem, O Reino do Amanhã, escrita por Mark Waid e desenhada por Alex Ross, e que já foi citada em Melancolia Absoluta.




Só pra terminar: PARABÉNS e MUITAS FELICIDADES para minha amiga Tânia Helena Nunes Colares e para minha prima Keyla Pinto Malafaia, que fazem aniversário hoje!

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