ouvindo: R.E.M., Murmur, de 1983.
eu ‘tava vendo as novas do Instagram quando vi no perfil da Ray Serrano esse mangá aqui, o Hikari no Machi, do Inio Asano, que, muitíssimo convenientemente, a Panini titulou como A Cidade da Luz (é bem bom quando os títulos traduzidos fazem muito sentido e principalmente não precisa de subtítulo).
enrolei um tempão pra comentar porque ‘tava produzindo contos e poemas e lendo contos e poemas – a fluminense Ana Cristina Cesar Cruz (1951-1983[1]) anda muitíssimo me aprazendo a nível de poesia e Meisterin Colasanti[2] e Meisterin Maranhão[3] continuam sendo dos melhores entre os melhores. conhecem um livro chamado Histórias de um Novo Tempo (O novíssimo conto brasileiro), antologia organizada e editada pelo cartunista brasileiro de origem fluminense Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, muitíssimo mais conhecido como Jaguar, e publicado pela Codecri[4]? aprovo e recomendo pra caralho, leiam sem medo porque vale pra caralho alho alho!
Histórias de um Novo Tempo (O novíssimo conto brasileiro), de 1977, antologia organizada e editada pelo cartunista Jaguar, publicado pela Codecri, abrangendo contos de Julio Cesar Monteiro Martins, Luiz Fernando Emediato, Domingos Pellegrini Jr, Caio Fernando Abreu, Jeferson Ribeiro de Andrade e Antonio Barreto [5].
eu uso o título original porque li um scan, e pontua-se que tradução da Panini[6] é um compilado dos oito volumes publicados originalmente no Japão na revista Sunday GX, da editora Shogakuka,entre abril de 2004 e janeiro de 2005. e, no meu entender, ter lido O Edifício, do mestre William “Will” Erwin Eisner (1917-2005), ajudou a dar uma clareada fudida quanto ao que Asano quis explanar em como a vida... VIDAS acontecem ao redor de uma edificação (no caso de Asano, de um condomínio composto por vários prédios), no final sendo este ou não a personagem principal da obra.
enquanto n’O Edifício os personagens secundários (sim, Monroe Mensch, Gilda Green e P. J. Hammond – AH, CARALHO! VAI LÁ LER ESSA PORRA, VAI, QUE NÃO VOU CONTAR A HISTÓRIA NÃO!) só se encontram no final do texto, em Hikari no Machi eles basicamente se esbarram aqui e ali, ainda que nem todos morem no condomínio popularmente conhecido como Cidade da Luz, localizado na antiga cidade rural de Asahimura, localizado a 223,6 km de Tóquio, e assim nomeado por assentada ser em uma planície que pode ser plenamente iluminada pela luz do sol ao amanhecer.
tal qual no paralelo (na verdade, antecessor) estadunidense, é um compilado de histórias, simultaneamente, paralelas e transversais que, todavia, se encontram em pontos MUITÃO específicos, que tu terás que prestar MUITA atenção que sacar onde estão estes pontos. e isso é legal pra caralho porque são afinadas como crônicas urbanas com uma pegada de absurdo que – seria possível dizer? – só são criveis nos gêneros de ficção, estando lá, nas entrelinhas, dando na sua cara ou pegando na sua bunda (a escolha é sua!). as temáticas abordadas – suicídio, falta de perspectiva, abandono, desesperança e o fim, eminente e inescapável fim –também me recordaram muitão a coletânea de contos Histórias de Grandeza e de Miséria, por serem narrativas do tipo “todo mundo conta quando ninguém ‘tá ouvindo” e alguma vez a gente se depara e fica “caralho, doido, e agora, doido?”.
o final é loco, cara. amarra tudinho com um teor fantástico maravilhoso que só a ficção é capaz de proporcionar. eu entendi como pra levar o leitor de volta a sua realidade, do mesmo jeito que ele é trazido à história. [o final] não é somente loco, como igualmente sublime, nem parece que tu leste 187 páginas acompanhando a professora de ensino infantil Kaorinão, não é Saori, vá tomar no seu cu, o menino Taiki[8], o meliante Houchi e seu amigo Satoshi – que criam o bebê Momoko[9] –, a menina complexada por sua altura e peso Nishiyama, a avuada Higashi, o piá protopsicopata Tasuku e seu amor não-correspondido Haruko, o mangaká Notsu e sua esposa Sayo. são personagens de mangá, mas vai saber se/quepoderiam ser as pessoas com quem viajaste no ônibus qualquer dia desses[10]?
Hikari no Machi não é fácil, creio, nem para quem está acostumado a ler mangá – HQ ad genericum, pontuo. isto posto, digo que é uma leitura obrigatória pra consumidores do gênero. não é, tampouco, indicada pra quem ‘tá começando na área (a não ser que de idade avançada e que tenha a cabeça MUITO aberta), e MUITO MENOS pra criança, servindo esse aviso pr@s aleijad@s mentais que creem toda e qualquer HQ ser pra criança. porque não é não, ainda mais Hikari no Machi.
leia Hikari no Machi – mas segure sua onda no processo.
e eu ‘tô bem felizão porque essa minha primeira crítica/análise que sai esse ano ANTES das dez da noite!!!!!!
[1] ano do meu nascimento, F O D A - S E ! ainda bem que não foi no mesmo dia e mês!
O Edifício, de Will Eisner, publicada no Brasil em fevereiro de 1989 no volume 8, da série Graphic Novel, da Abril Jovem
enquanto n’O Edifício os personagens secundários (sim, Monroe Mensch, Gilda Green e P. J. Hammond – AH, CARALHO! VAI LÁ LER ESSA PORRA, VAI, QUE NÃO VOU CONTAR A HISTÓRIA NÃO!) só se encontram no final do texto, em Hikari no Machi eles basicamente se esbarram aqui e ali, ainda que nem todos morem no condomínio popularmente conhecido como Cidade da Luz, localizado na antiga cidade rural de Asahimura, localizado a 223,6 km de Tóquio, e assim nomeado por assentada ser em uma planície que pode ser plenamente iluminada pela luz do sol ao amanhecer.
tal qual no paralelo (na verdade, antecessor) estadunidense, é um compilado de histórias, simultaneamente, paralelas e transversais que, todavia, se encontram em pontos MUITÃO específicos, que tu terás que prestar MUITA atenção que sacar onde estão estes pontos. e isso é legal pra caralho porque são afinadas como crônicas urbanas com uma pegada de absurdo que – seria possível dizer? – só são criveis nos gêneros de ficção, estando lá, nas entrelinhas, dando na sua cara ou pegando na sua bunda (a escolha é sua!). as temáticas abordadas – suicídio, falta de perspectiva, abandono, desesperança e o fim, eminente e inescapável fim –também me recordaram muitão a coletânea de contos Histórias de Grandeza e de Miséria, por serem narrativas do tipo “todo mundo conta quando ninguém ‘tá ouvindo” e alguma vez a gente se depara e fica “caralho, doido, e agora, doido?”.
Histórias de Grandeza e de Miséria, paradidático da L&PM, de 2003, com contos e crônicas de Caio Fernando Abreu, Dalton Trevisan, João Antônio, Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar, Murilo Rubião, Nélida Piñon e Sérgio Faraco[7][7.1]
o final é loco, cara. amarra tudinho com um teor fantástico maravilhoso que só a ficção é capaz de proporcionar. eu entendi como pra levar o leitor de volta a sua realidade, do mesmo jeito que ele é trazido à história. [o final] não é somente loco, como igualmente sublime, nem parece que tu leste 187 páginas acompanhando a professora de ensino infantil Kaori
Hikari no Machi não é fácil, creio, nem para quem está acostumado a ler mangá – HQ ad genericum, pontuo. isto posto, digo que é uma leitura obrigatória pra consumidores do gênero. não é, tampouco, indicada pra quem ‘tá começando na área (a não ser que de idade avançada e que tenha a cabeça MUITO aberta), e MUITO MENOS pra criança, servindo esse aviso pr@s aleijad@s mentais que creem toda e qualquer HQ ser pra criança. porque não é não, ainda mais Hikari no Machi.
leia Hikari no Machi – mas segure sua onda no processo.
e eu ‘tô bem felizão porque essa minha primeira crítica/análise que sai esse ano ANTES das dez da noite!!!!!!
[1] ano do meu nascimento, F O D A - S E ! ainda bem que não foi no mesmo dia e mês!
[2] Marina Colasanti, escritora e tradutora e artista plástica ítalo-brasileira QUE DISPENSA APRESENTAÇÕES.
[3] Haroldo Lima Maranhão (1927-2004), escritor, jornalista e advogado brasileiro. MEU CONTERRÂNEO, DIGA-SE LOGO.
[4] que, a saber, também publicava o famosaço semanário brasileiro O Pasquim – veiculado entre 1969 e 1991, objetivando crítica ao então regime militar vigente no Brasil – fundado pelo próprio Jaguar, pelo não menos mestre ZIRALDO e também pelo jornalista, escritor, compositor e pesquisador brasileiro Sérgio de Oliveira Cabral Santos e pelo jornalista Tarso de Castro (1941-1991).
[5] estes escritores colaboravam com O Pasquim.
[6] de 2017, realizada por Lídia Isava.
[7] na minha opinião, foi uma das melhores escolhas do o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para ser utilizado como livro paradidático
[7.1] o FNDE é uma autarquia criada pela Lei nº 5.537, de 21 de novembro de 1968, e alterada pelo Decreto–Lei nº 872, de 15 de setembro de 1969, sendo vinculada ao Ministério da Educação, que visa desenvolver políticas educacionais desse ministério.
[8] o papel dele é interessantemente intrigante, fique ligado!
[9] ‘tá, sim, claro, lembrei da Musa do Instagram Mariah Mallad ao ver o nome.
[10] sim, claro, Japão, Japão NÃO é Brasil, mas tu me entendeste.
[7] na minha opinião, foi uma das melhores escolhas do o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para ser utilizado como livro paradidático
[7.1] o FNDE é uma autarquia criada pela Lei nº 5.537, de 21 de novembro de 1968, e alterada pelo Decreto–Lei nº 872, de 15 de setembro de 1969, sendo vinculada ao Ministério da Educação, que visa desenvolver políticas educacionais desse ministério.
[8] o papel dele é interessantemente intrigante, fique ligado!
[9] ‘tá, sim, claro, lembrei da Musa do Instagram Mariah Mallad ao ver o nome.
[10] sim, claro, Japão, Japão NÃO é Brasil, mas tu me entendeste.
BIS
ZU
DEM
BREAKING
FUCKING
NEUEN
POST
!!!!
Um comentário:
Porta eu tenho que ler
Tenho essas scans aqui
Porem não sabia que o tema era parecido com o edifício
Vou ler quero ver essa miscelânea dos orientais com cu na cabeça
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