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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

VELHAS VIRGENS – SENHOR SUCESSO – 1999

:: SENHOR SUCESSO ::
:: VELHAS VIRGENS ::
:: 1999 ::

SENHOR SUCESSO
(Paulo de Carvalho)
Eu vou te ensinar uma dança babaca
Pegar umas gostosas e por pra rebolar
E vou sair dizendo pra todo pais
Que isso é a música do meu lugar
Eu vou dizer que sou da Bahia
E vou virar superstar
Mesmo sabendo que tem bem mais que isso por lá
Eu vou fazer dinheiro até enjoar

Eu vou pegar dois caras de pau
Vesti-los em couro e arrumar os cabelos
Dizer que seu som é terra e é chão
Mesmo que sejam rasteiros boleros
Romantismo vazio de quinta categoria
Ainda que não sejam o verdadeiro som do sertão
Meu sertanejo vai render um dinheirão

Porque o meu nome é senhor sucesso
Faça o que eu peço que eu te faço ser rico
Seja o que eu quiser
Quando for pra parar eu te digo

Eu vou pegar três ou quatro crioulos
E vou pintar seus cabelos de loiro
E vou vestir dois brancos de beca
Dizer que são melhores que o Bezerra e o Zeca
Frases feitas, pandeiro, cavaco, surdão.
Dizer que essa armação é puro samba
Mesmo sabendo que no morro tem bem mais gente bamba

E pra terminar eu vou juntar cabeludos
Tatuagens, brincos, calças de veludo
Dizer que comeram poeira na estrada
Mesmo que tenham se conhecido noite passada
Guitarras, gritos e no vocal uma bicha bem louca
Dizer que isso é Rock'n'Roll quando é pura enganação
Com estes clones mal feitos eu vou ganhar um milhão

Porque o meu nome é senhor sucesso
Faça o que eu peço que eu te faço ser rico
Seja o que deu$ (eu) quiser
Quando for pra parar eu te digo.

A MINHOCA QUE ACENDIA O RABO
(Paulo de Carvalho)
Aconteceu num sítio perto de Sorocaba
(todo mundo travado e bem louco)
Era carnaval, ninguém pensava em nada
(todo mundo travado e bem louco)

Amanhecia o dia era piscina e som

E de repente alguém acendia um do bom

E todo mundo fumou e bebeu pra se divertir

Até quem não era da fumaça, fumou

Deu um pega, ou dois

Mas a larica bateu forte

Nove da manhã tinha picanha na brasa
(todo mundo travado e bem louco)
Leite condensado era bebido na lata
(todo mundo travado e bem louco)

Fazendo caipirinha e tocando rock’n’roll

De cabeça feita jogando futebol

E todo mundo fumou e bebeu pra se divertir

Sem culpa nem medo, só rolava alegria
(todo mundo travado e bem louco)
A gente só fazia aquilo que queria
(todo mundo travado e bem louco)

Ninguém era bandido, traficante, o que for

Só tinha estudante e trabalhador

E todo mundo fumou e bebeu pra se divertir

(todo mundo travado e bem louco)
(todo mundo travado e bem louco)

RAFAELA: EU AMO A SUA MÃE
(Paulo de Carvalho)
Quando eu te conheci achei que eu tava apaixonado
Mas quando eu vi sua mãe, percebi que estava enganado
Ela é maravilhosa
Seu pai é que passa bem
Vamos terminar nosso caso, baby
Gostar da sogra eu sei que não convém

Eu amo a sua mãe. Essa “veia” é meu “xodó”
Eu amo a sua mãe. Você até que é gostosa
Mas a “veia” é muito melhor

Não gosto nem de te ligar
Tenho medo de dar bandeira
É ela falar “alô” já me bate uma tremedeira
Se ela não fosse casada eu lhe passava uma cantada
Sua mãe é tudo o que eu quero:
– Eta “véinha” ajeitada

Eu amo a sua mãe. Essa “veia” é meu “xodó”
Eu amo a sua mãe. Você até que é gostosa
Mas a “véia” é muito melhor

Não fica zangada comigo
Logo você me esquece
Você sabe, o tesão tem razões que o próprio tesão desconhece

Eu sei que eu tô errado, mas não quero te enganar
Eu amo a sua mãe e isso eu não posso negar

Eu amo a sua mãe. Essa “veia” é meu “xodó”
Eu amo a sua mãe. Você até que é gostosa
Mas a "véia" é muito melhor

Eu amo a sua mãe
Eu amo a sua mãe

Você até que é gostosa
Mas a Vera é muito melhor..

A MULHER QUE NÃO VAI MAIS VOLTAR
(Alexandre “Cavalo” Dias)
Andando por uma rua vazia
Espero uma mulher que não é mais minha
Passo o tempo inventando histórias
Contando estrelas que ninguém mais conta
Estrelas que ninguém mais vai contar

Correndo por uma estrada perdida
Espero uma mulher que nunca foi minha
Passo o tempo inventando canções
E lembrando canções que ninguém mais canta
Canções que ninguém mais vai cantar

A garrafa vazia, jaz ao meu lado
E o álcool já não pode me consolar

Mas acabaram as canções
Nem estrelas há pra contar
E eu continuo esperando
A mulher que não vai mais voltar

MUITO BEM COMIDA
(Paulo de Carvalho)
Agora você vem pedindo mais
E eu sabia que ia ser assim
Uma noitada daquelas não se esquece jamais
E eu te dei o melhor de mim
Você é dessas meninas deslumbrantes
Que só namora com homens perfeitos
Corpo de atleta, cara de modelo
E na hora da febre nada feito

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro
Olhar matreiro e barriguinha pró
E eu te fiz gozar e ver a vida
Te fiz gemer até não ter mais dó
Põe tudo! Põe tudo!
Você gemia e pedia bis
Põe tudo! Põe tudo!
Na horizontal é que te fiz feliz

Aqui em casa você se encontrou
Já não quer mais cantar ou ser atriz
De avental fazendo o jantar
Já não quer mais desfilar nem ser miss
Eu de chinelo, a barba por fazer
Tomando “uma” e vendo futebol
Você tarada e sempre atrevida
Sabendo que tá muito bem comida.

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro
Olhar matreiro e barriguinha pró
E eu te fiz gozar e ver a vida
Te fiz gemer até não ter mais dó
Põe tudo! Põe tudo!
Você gemia e pedia bis
Põe tudo! Põe tudo!

DOMINGO NA PRAIA
(Paulo de Carvalho)
Não é o preço da gasolina
Nem o ronco da buzina
Nem o carro quebrado
Nem a estrada engarrafada
Nem mais um pneu furado
Nem a grana do pedágio
Nem o preço da cerveja
Nem você que não me beija
Nem biquíni escandaloso
Nem chinelo esquecido
E nem o cocô de cachorro que eu pisei tão destraído

Duro é quando a água gelada bate no saco

Não é essa água poluída
Tanto lixo na areia
Nem o guardador de carro
Nem bola de futvoley
Nem surfista alucinado
Asa delta aterrissando
Falta de filtro solar
Venta areia na minha boca
A cerveja cai no chão
Levaram minha carteira
Cantaram minha mina e tá começando a chover

BLUES DO VELCRO
(Paulo de Carvalho)
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Eu já fiz de tudo pra tentar entender
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Onde foi meu bem que eu errei com você
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Transamos durante tanto tempo e eu nunca notei
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Só sei que eu sempre gozei, mas você eu não sei
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela

Você sempre foi um grande egoísta
Cara de machão e essa banca de artista
Me deixou sozinha tanto tempo
Fiquei ali parada na janela
Até que chegou esta amiga
E hoje te amo, mas gosto mais dela

Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Como é que alguém pode mudar deste jeito
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Trocar um homem como eu por um outro sujeito
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Principalmente se o sujeito desta frase apela
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela
Principalmente se o sujeito desta frase é ela
Meu bem, eu te amo, mas gosto mais dela

Não tenho culpa se você vacilou
Me deixou na mão e sumiu pela vida
Contei meus problemas pra ela e só ela me deu ouvidos
Terminou a minha longa espera
E hoje eu te amo, mas gosto mais dela

Meu bem, você me ama, mas gosta mais dela
Meu bem, você me ama, mas gosta mais dela
Às vezes me pego pensando e também acho estranho
Meu bem, você me ama, mas gosta mais dela
Eu que sempre dei valor para força e tamanho
Meu bem, você me ama, mas gosta mais dela
De repente me vejo descobrindo um novo sabor
Meu bem, você me ama, mas gosta mais dela
Um não sei quê cor de rosa no caminho do amor
Meu bem, você me ama, mas gosta mais dela

Era só o que faltava eu ouvir
Poesia apaixonada neste blues de velcro
Já não sei mais o que fazer
Só me resta entrar na dela
Vê se me apresenta esta amiga
E eu como você, depois como ela

BALADA PRA MULHER NENHUMA
(Caio Alexandre / Alexandre “Cavalo” Dias)
Quando você me abandonou,
falou muito em liberdade,
mas pouco em amor.
Agora você volta querendo relembrar o que acabou.

Como eu posso confiar numa mulher
que quer fazer promessas que um dia já jurou?
Agora você volta querendo refazer o que quebrou.

Hoje eu não quero mais,
não, eu não quero mais.
Hoje eu não quero mais te ver.
Hoje eu não quero mais,
nunca, nunca, nunca mais te ver.

Hoje eu não quero mais,
não, eu não quero mais.
Hoje eu não quero mais te ver.
Hoje eu não quero mais,
nunca, nunca, nunca mais te ver.

ESSA TAL DE TEQUILA
(Paulo de Carvalho)
Essa tal de tequila chapa a gente, meu nego
Limão e sal no dedo e “vamo ficá loco”
Mas essa tal de tequila chapa a gente, meu nego
Abre a garrafa porque eu quero mais um pouco

É pior que gasolina e que nitroglicerina
Dinamite, pólvora, seja o que for
Sal e limão, limão e sal
Sou Pernalonga ou Pica-Pau
Voando pelo céu “to” vendo estrelas

Essa tal de tequila chapa a gente, meu nego
Limão e sal no dedo e “vamo ficá loco”
Mas essa tal de tequila chapa a gente, meu nego
Abre a garrafa porque eu quero mais um pouco

Se puser no tanque do carro, ele funciona envenenado
Motor de avião ou então Fórmula 1
Derrete mesa, fura porta
As “perna treme”, a vista entorta
Essa bebidinha é do além

Essa tal de tequila chapa a gente, meu nego
Limão e sal no dedo e “vamo ficá loco”
Mas essa tal de tequila chapa a gente, meu nego

SE VOCÊ TEM DINHEIRO
(Paulo de Carvalho)
Você diz que me ama, mas não me engana
Você quer é o meu dinheiro
Eu nem ligo pra isso, pois não quero compromisso
Só quero lamber o seu traseiro
Você pensa que eu tô nessa e se perde pela pressa
De me enrolar
E nem nota a diferença, muito menos a conveniência
De eu me deixar usar

Use, use e abuse, faça o que quiser
Use, use e abuse, enquanto puder
Se você não tem grana, ninguém te quer
Mas se você tem dinheiro, você sempre tem mulher
A que você quiser

Você diz que eu sou requintado, o seu príncipe encantado
E eu finjo que acredito
Mas se eu trocar de carro e vender o meu importado
Eu sei que eu tô perdido
Você diz que é de família, boa irmã e boa filha
Mas tem seu preço
Um passeio de iate, uma noite na boite
E eu recebo o que mereço

Use, use e abuse, faça o que quiser
Use, use e abuse, enquanto puder
Se você não tem grana, ninguém te quer
Mas se você tem dinheiro, você sempre tem mulher

DIGNIDADE
(Paulo de Carvalho)
Dignidade – você não sabe o que é isso
Dignidade – você não sabe o que é
Dignidade – você não sabe o que é isso
Dignidade – você não sabe...

Ladrão que rouba ladrão dizem que é perdoado
Mas quem engana um irmão paga o preço dobrado, depois
Você bebeu meu whisky. Pediu dinheiro emprestado
Me deu tapinha nas costas e deixou um punhal cravado
O que é que eu posso fazer se lhe falta...

Dignidade – você não sabe o que é isso
Dignidade – você não sabe o que é
Dignidade – você não sabe o que é isso
Dignidade – você não sabe...

Foi tanto tempo perdido e falsidade jogada
Em troca de amizade, eu nunca te pedi nada
A gente vive aprendendo a linguagem adequada
Pra gente como você que só entende porrada
E é o que eu vou fazer, pois lhe falta...

Dignidade – você não sabe o que é isso
Dignidade – você não sabe o que é
Dignidade – você não sabe o que é isso
Dignidade – você não sabe...

O que é que eu posso fazer a não ser te dar porrada?

ESTAR SÓ
(Alexandre “Cavalo” Dias)
Amanhece – amanhece a passos lentos, o dia cresce
O vermelho – o vermelho vira ouro. É veneno para a escuridão
Me vejo ao lado de alguém que não conheço
Reconheço a sua solidão

Estar só, tão só, sozinha na escuridão

Toda noite – toda noite ela se pinta, exagerando as tintas
O seu rosto – o seu rosto é um quadro novo a cada dia
Roupas justas exibindo as carnes nuas, escondendo as marcas de uma vida dura

Viver só, tão só, sozinha na escuridão

Ela sonha – ela sonha em desfilar como Barbies magricelas em famosas passarelas
Mas a vida: a vida é uma esquina tão real sem glamour ou purpurina
Um cigarro, a Tequila... não ajudam a esquecer
A consciência que não pode adormecer

Ficar só, tão só, sozinha na escuridão

No inverno ela faz 16
E eu não sei se vou vê-la outra vez
A cada noite é pior

A cada noite a mesma entrega sem sentido
A cada noite correndo perigo
A cada noite é pior

O VERDADEIRO AMOR
(Paulo de Carvalho)
Não há sangue suficiente no corpo
Pra que funcionem junto as duas cabeças
É preciso que a de cima desligue
Pra que a de baixo cresça
E ninguém faz questão de beleza, sensualidade
Seja o que for
Corinthiana, palmeirense, gorda ou magra
O que interessa mesmo é o verdadeiro amor
O importante é o verdadeiro amor

Quando acontece da de baixo comandar
É que começa o perigo
A gente dá bandeira, bate e apanha
Canta até mulher de amigo
Toda fulana tá se abrindo, não tem jeito
A gente não se dá o valor
Todas as mulheres são belas, todas elas merecem
O nosso verdadeiro amor
O importante é o verdadeiro amor

Quando se junta na noite solidão e bebida
A gente sai pela madrugada
Matando cachorro a grito e encarando qualquer roubada
No dia seguinte o terror continua bem ao seu lado na cama
Você se vira e finje que é pesadelo
Mas não demora e pesadelo te chama
Mas o importante é o verdadeiro amor
O importante é o verdadeiro amor

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