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terça-feira, 18 de agosto de 2009

PRIMEIRO [POEMA] COMPLETO PARA LUCIANA

Já é quase uma da tarde e acabei de chegar da UFPA, onde fui fazer (mais do que obviamente) a rematrícula pro segundo semestre da graduação em Letras: Licenciatura Plena em Língua Alemã. Já as inscrições do curso livre (lá na Casa de Estudos Germânicos começarão só segunda-feira mesmo).
Disciplinas deste semestre: Compreensão e Produção em Alemão II (que, mais uma vez, será ministrada por Frau Steffen), Filosofia da Linguagem (a reprovadora sem perdão de negos que chegam a este semestre), Língua Estrangeira Instrumental, Morfologia (ramo da Lingüística) (ver comentário sobre Filosofia da Linguagem), Panorama da Literatura em Língua Portuguesa (disciplina que devíamos ter tido semestre passado caso tivesse professor para ministrá-la) e Teoria do Texto Poético. Mas como creditei CPA2 e LEI (que, no meu caso, seria Língua Inglesa) no final do semestre passado, só haverei de encarar as outras mesmo.


Vamos ao poema (completo)!

Espero que a Luciana goste!


INDUZIDO AO COMA
Algumas coisas andam acontecendo comigo,
Ultimamente eu ando remoendo algumas mágoas:
Isso não me consome mais tanto quanto antes,
Mas ainda tenho com isso:
minhas mãos completamente destrocadas
e os meus pés completamente esmigalhados;
E é como meus joelhos não parassem de doer
me afundando em uma completa
Espiral de agoniante desespero.
E meu gerador de energia passa a funcionar da metade a trinta por cento
quando (lembro)/recordo que não poderemos nos ver
o Tanto que eu esperava
com a Freqüência que gostaríamos.
(Isso) descalcifica os meus ossos
(Isso) despigmenta minha pele
(Isso) apodrece minhas unhas
(Isso) se solidifica como pedras em meus rins.
Ter Saudade é mastigar vidro...
Ter Raiva de algo é deitar em brasa...
Ter Tristeza é ter o corpo calcinado...
(Poderemos) nos ver de novo?
(O que será) de nós até então?
(O que será) de nós depois de então?
Não me culpe por sofrer
por pensar
que, toda vez que nos vemos,
no começo, é como se fosse a primeira vez
e que, quando você se vai, é como se sempre fosse a última vez.
(Isso) cangerigena minhas células
(Isso) coagula meu sangue
(Isso) obstrui meus vasos linfáticos
(Isso) interrompe totalmente minhas funções químico-biológico-orgânicas.
É isto que acontece comigo
quando gosto de verdade de alguém
– e não posso ver.

:: 17 de agosto de 2009 ::
:: do 1º ao 25º versos: escritos dentro do ônibus Cidade Nova 5: Ver-O-Peso ::
:: versos restantes: escritos durante aula de Língua Portuguesa II, da professora Ângela Maria Pereira ::
:: inclui citações adaptadas da letra “Honest Goodbye”, da banda estadunidense Bad Religion. esta canção está presente no álbum New Maps of Hell, de 2007. esta letra foi escrita por Brett Gurewitz, guitarrista e um dos fundadores da banda ::

Um comentário:

Roney Gomes disse...

Na minha opinião um dos teu melhores poemas até aqui. Senão o melhor.

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