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sábado, 29 de junho de 2019

poema sem título e ainda incompleto

de tanto ouvir “My Generation”, do The Who [do álbum My Generation, de 1965], desde sempre, e estar ouvindo a versão original de “Como Nossos Pais”, do Belchior [do seu álbum Alucinação {ver todas as letras no post anterior a este}], acabei escrevendo esse texto a seguir. ainda vou mudar muita coisa e colocar mais coisa, mas gostei tanto do que escrevi até agora que decidi postar.
FUCKIN ENJOY IT!

[por ora, sem título]
eu faço parte de uma geração perdida e desencantada
nos foi prometido o mundo e, ao receber, “foi isso o que vocês deixaram pra gente?”.
fazemos parte da geração que mais toma remédios para suportar e nos curar
de males que sempre estiveram por ai, desde quando o mundo é mundo,
mas só agora deram a devida atenção
porque nascemos para não deixa-los [estes males] tomar o mundo.
somos de uma geração alquebrada desguiada e não-guiada
para não repetir os erros das gerações anteriores, criamos nossos próprios erros
ainda na nossa época, estamos pagando por eles
e dano nosso jeito, entre erros e acertos, que não se propaguem a nossos descendentes
o que deixaremos a eles
como serão os próximos choques de geração
ou deveria achar normal os filhos dos meus amigos já tendo filhos
ou mesmo morrendo antes dos pais e avôs
pais e avôs e mães e avós não estão nem sempre certos em tudo
o resultado está aí pra quem quiser ver...
no que eles falharam? no que nos nós falhamos?
minha geração, não precisa dizer, não é infalível
talvez seja a mais falível
temos informação e vontade mas estamos desorientados e alienados
muitas vezes, muitíssimas vezes opcionalmente alienados, dopados, isolados
amedrontados, desencorajados, por tudo que é, está e invariavelmente será.
é pra ter esperança é pra rir ou pra chorar
ninguém solta a mão de ninguém, como dá as mãos não conseguindo fingir que não está frustrado e em pânico?
seguimos frustrados, vai com frustração mesmo...
seguimos em pânico, vai com pânico de qualquer jeito...
aos trancos e barrancos, nas coxas, às três porradas
depressão e angústia e ansiedade e síndrome do pânico e borderline são realidades nem sempre amenizadas
com/por medicação e terapia!
olhamos para o abismo, mas nos tornamos o abismo ou nascemos e vivemos nele
ou olhamos para o abismo porque nascemos e vivemos nele e não percebemos?
o quanto refletimos sobre isso na condição de
geração perdida e desencantada e (auto)enganada e (auto)desguiada?
somos privilegiados mas nos frustra não sermos todos privilegiados por igual 
indiretamente ainda conscientemente contribuímos
para os perenes reforçar e aprofundar deste cânion e outros correlacionados
nos deixando ainda mais perdidos e desencantados.
não somos só derrotados pelos erros dos outros, mas também pelos nossos e 
por quanto tempo aceitaremos?
em que momento revidaremos?
creio que só teremos, enquanto geração, uma chance de vencer
se formos todos juntos...
(consegu)ir(e)mos todos juntos?


:: 25 a 27 de junho de 2019 ::

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