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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quinta-feira, 20 de junho de 2019

BELCHIOR – BELCHIOR – 1974

como todo mundo que frequenta aqui sabe, eu posto só letras dos álbuns oficiais de estúdio de composições inéditas. e não vai ser diferente com o mestre Belchior, já que essa observação se faz necessária devido seus álbuns Divina Comedia Humana, de 1991, e Autorretrato, de 1999, onde faz releituras das próprias músicas.
então é isso ai! espero que curtam!

BELCHIOR
BELCHIOR
1974
MOTE E GLOSA
é o novo é o novo é o novo é o novo é o novo é o novo 
é o novo é o novo é o novo é o novo é o novo é o  
novo
é o novo é o novo é o novo é o novo é o novo é o novo
é o novo é o novo é o novo é o novo é o novo é o  
novo 
passarim no ninho
(tudo envelheceu)
cobra no buraco
(palavra morreu)

você que é muito vivo
me diga qual é  
o novo
me diga qual é o novo
me diga qual é o novo
novo
novo
novo
me diga qual é o novo
me diga qual é
me diga  
qual é o novo
me diga qual é 
me diga qual é o novo
me diga qual é

A PALO SECO
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos, lhe direi
Amigo, eu  
me desesperava

Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente, eu grito em português
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente, eu grito em português

Tenho vinte e cinco anos
De sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força deste destino
Um tango argentino 
Me vai bem melhor que um blues

Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês

Tenho vinte e cinco anos
De sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força deste destino
Um tango argentino 
Me vai bem melhor que um blues

Sei que assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 76
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês

SENHOR DONO DA CASA
Ah! Meu senhor, dono da casa,
acorde, pois o sol quer lhe dizer
que a morte fez metade do caminho,
Abra, que sou seu vizinho;
saia, pra me responder.

Que homens são esses,
que andam guerreando
de noite e de dia ?
Padrinosso, avemaria !

Quantas barcas sobre as águas,
marcas de mortos no chão;
quanto sangue derramado
na palma da minha mão...

Ave Maria, mãe do pessoal,
juntei as economias
pra gastar só nos maus dias
e gasto hoje, afinal.

Pelo sinal do pão nosso
de cada dia é que eu
me livro dos inimigos,
assim na terra, como no céu

BEBELO
b
be
bel
b belo
be belo belo
bel belo
bel belo belo belo belo
belo belo belo belo
É B O B A G E M
b bla bla bla
ba  
bla bla bla 
bal B L A
b bala
ba bala bala
bal bala
bal bala bala bala bala
bala bala bala bala
E M B A L A G  
E M
tra tra tra
tra tra tra
T R A

MÁQUINA I
- tema instrumental -

TODO SUJO DE BATOM
Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça
Desses dez anos passados (presentes)
Vividos entre o sonho e o som
Eu estou muito cansado
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E que eu acho tão bom

Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental

Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental

Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom

Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom

PASSEIO
Vamos andar
pelas ruas de São Paulo,
por entre os carros de São Paulo,
meu amor, vamos andar e passear.
Vamos sair pela rua da Consolação,
dormir no parque, em plena quarta-feira,
e sonhar com o domingo em nosso coração.

Meu amor, meu amor, meu amor:
a eletricidade desta cidade
me dá vontade de gritar
que apaixonado eu sou.

Nesse cimento, meu pensamento e meu sentimento
só têm o momento de fugir no disco voador.
Meu amor, meu amor, meu amor!

RODAGEM
No meu gibão medalhado,
o peito desfeito em pó,
sob o sol do sertão,
passo poeira, cidade, saudade,
janeiro e assombração.
Nosso sinhô ! que vontade...

Meu Deus, ai! Que légua...
Eh! mundão...
Me larguei nessa viagem,
por ser a rodagem pro seu coração.

Afine os ouvidos
e os olhos, Luzia,
que eu venho de longe:
Oropa, França e Bahia.
Semana que entra,
no primeiro dia (domingo)
eu te encontro na feira, Luzia

NA HORA DO ALMOÇO
No centro da sala, diante da mesa
No fundo do prato, comida e tristeza
A gente se olha, se toca e se cala
E se desentende no instante em que fala

Medo, medo, medo, medo, medo, medo

Cada um guarda mais o seu segredo
A sua mão fechada, a sua boca aberta
O seu peito deserto, sua mão parada
Lacrada e selada
E molhada de medo

Pai na cabeceira: É hora do almoço
Minha mãe me chama: É hora do almoço
Minha irmã mais nova, negra cabeleira
Minha avó me reclama: É hora do almoço!

Ei, moço!
E eu inda sou bem moço pra tanta tristeza
Deixemos de  
coisas, cuidemos da vida
Senão chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida

Ou coisa parecida, ou coisa parecida
Ou coisa parecida, aparecida
Ou coisa parecida, ou coisa parecida
Ou coisa parecida, aparecida

CEMITÉRIO
Mi mi
Se se
Ri ri
Cor cor
Di di
Osi osi
Ssi - ma - men - te ssi - ma - men - te
Misericordiosi misericordiosi
Misericordiosi misericordiosi
Osi osi
Osi osi
Ssimamente ssimamente

O cemitério é geral
A morte nos faz irmãos
Tu nessa idade e não sabes
Tudo é sertão e cidade
Tudo é cidade e sertão
Campina grande - vereda geral
Eh !  
vila eh ! cidadão
Campina grande - vereda geral
Eh ! civilização

Tudo é interior tudo é interior
Tudo é  
interior tudo é interior
Tudo é interior tudo é interior
Interior interior
Interior interior
Inté a capital  
inté a capital
Que babiloniou que babiloniou

MÁQUINA II
ê
e m
e m e a m a
q u i q u i
e n e a n a

e m a a m a
q u i q u i
e n e a n a

e m e a m a
q u i q u i
e n e a n a

e  
m e a m a
q u i q u i
n a
n a
n a
n a
n a
n a
máquina máquina 
máquina máquina
máquina máquina
máquina máquina
máquina  
máquina
máquina máquina
máquina máquina
máquina máquina
m a m a
máquina máquina
máquina máquina
máquina máquina
máquina máquina
máquina máquina
na na na na


agora, terminada a Revisão da Literatura da dissertação
BORA PRA FESTA É QUE É!



(p.s.: ‘tava procurando as últimas séries em HQ do Lanterna Verde em uns sites e, os analisando, caralho... uma aulinha de formatação de blog não ia mal, hein?)

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