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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

INTERESSANTE................

Uma bela tarde, matando tempo lá no CENTUR quando eu devia estar fazendo trabalho de E2A1 estava fazendo uma pesquisa in loco pro meu trabalho pro SLI sobre Vietnã e mídias (ver Trabalhos Apresentados: Reporte Atrasado e Não Sei se Fico Feliz ou Puto da Vida) E acabei achando este texto numa revista da seção de Periódicos. E admito que fiquei bastante neurado pra porra surpreso com o que li. E, como sou um bom dum filho da puta sacana cara legal, ‘tô postando aqui pra vocês.


O que faz mal à saúde é bebida ruim
Sérgio Timerman*

Doutor, beber faz bem para o coração? Quando meus pacientes fazem essa pergunta, não fico m cima do muro. Na maioria das vezes, com as devidas considerações, recomendo o uso moderado do álcool. Costumo até brincar com eles dizendo: o que faz mal é bebida ruim. Recentemente, o assunto à tona na imprensa por causa da publicação do estudo “Alcoolismo: Pesquisa Clínica e Experimental”, feito por especialistas liderados por Charles Holahan, do Departamento de Psicologia da Universidade do Textas. O trabalho investigou por 20 os efeitos do consumo de álcool na vida de 2000 americanos. O resultado mostrou: a taxa de mortalidade de abstêmios foi duas vezes maior que a dos que utilizam moderadamente a bebida (um a três drinques por dia).
Fato: a ingestão moderada de vinho tinto diminui a possibilidade de acúmulo de placas de gordura no sangue e tem um efeito vasodilatador. Com isso, reduz as chances de um ataque cardíaco ou infarto. O consumo de uma ou duas doses diárias promove elevação de aproximadamente 12% dos níveis do chamado “bom colesterol” (HDL), efeito positivo semelhante ao obtido pela prática de exercícios. Em 1991, pesquisa da Universidade de Bordeaux reforçou as bases do “paradoxo francês”: mesmo com uma dieta repleta de gorduras, o povo francês sofre menos problemas cardíacos e tem taxas de obesidade menores que as registradas em outros paises. O hábito do vinho às refeições, universal na França, foi adotado como explicação para o paradoxo. Ou seja: embora tenha uma dieta rica em ovos, manteiga e queijo gordos, tudo isso aliado à pouca prática de exercícios, os franceses apresentavam incidência de cardiopatia 40% menor que a dos americanos.
Quando escutam essas informações, alguns pacientes mais animados já pensam em correr ao bar da esquina para entornar o maior número de chopes. Para frear o entusiasmo, é meu dever dizer que esses benefícios dizem respeito apenas ao consumo moderado. Tampouco vale “acumular créditos”, achando que cinco dias sem álcool na boca dá o direito de encher a cara no fim de semana, compensando os dias de abstinência. De acordo com um estudo recente realizado por médicos australianos, quem consome nove drinques num único dia da semana apresenta duas vezes mais incidência de ataques cardíacos do que os abstêmios. Ainda é preciso registrar que existem pessoas já nascidas com tendência a abusar do álcool. Para elas, a única maneira de escapar do alcoolismo é ficar longe da bebida. Caso contrário, correm o risco de trocar uma doença por outra.

* Cardiologista, faz parte da equipe do Instituto do Coração e dirige a Escola de Ciências e Medicina na Universidade Anhembi Morumbi, ambos em São Paulo.
Fonte: revista Alfa, nº 2, outubro de 2010, editora Abril

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