“Though my life may soon be gone
I hope you’ll carry on
Remember me
As one who would not kneel
Fight with blood
Fight with steel
Die with honor
Never yield
Fearless hearts
Filled with pride
Into glory we shall ride
Into glory we shall ride”
I hope you’ll carry on
Remember me
As one who would not kneel
Fight with blood
Fight with steel
Die with honor
Never yield
Fearless hearts
Filled with pride
Into glory we shall ride
Into glory we shall ride”
– Manowar, “Die With Honor”, do EP Thunder in the Sky, de 2008
É como se eu tivesse muito a dizer, mas, na verdade, não tanto assim.
Na última terça-feira (03.11.2009), faleceu Augusto Gomes Rodrigues, muitíssimo mais conhecido como MESTRE VEREQUETE (sentado, de camisa branca e óculos, na foto acima, entre Mestre Pinduca, a governadora do Pará, Ana júlia Carepa, e a bichona do Gilberto Gil [que, pelo visto, está totalmente desinteressado no que está acontecendo] + uns Roberts de brinde). E, como tantos outros que contribuíram inegável e inestimavelmente para a verdadeira Cultura Regional e Nacional, morreram na miséria e, se não fosse pelo esforço de alguns tantos, também estariam regados ao esquecimento.
Há dez anos atrás, durante uma festa junina do Anchieta (eu estava no Segundo Ano do Ensino Médio, lembro como se fosse ontem), ele foi o grande homenageado. Eu fui cumprimentá-lo em agradecimento à sua contribuição à cultura paraense, mas sem ao menos imaginar o quanto este senhor era/é imensuravelmente importante para a mesma. Eu sei que eu apareci numa foto em que os professores estavam com ele (nada Robert, não?), que só vi uma vez. Não me perguntem que fim levou esta foto, talvez Gaia e Mitra saibam a resposta, porque eu......
Em verdade vos digo que sou mais do extremamente suspeito para falar do Mestre, uma vez que praticamente não acompanhei (praticamente) nada do mesmo (ao contrário do Arraial do Pavulagem).
Esta postagem é (muito) mais como um sinal de respeito pela sua obra riquíssima do que uma babação de ovo hipócrita e vazia.
Eu poderia muito bem discorrer sobre sua importância, isso e aquilo, mas não faria sentido, não seria respeitoso de minha parte, uma vez que...
Só posso escrever aqui:
“Muito obrigado pelo legado, o senhor não será esquecido!”
Pra fechar bem o post, vai um certo discurso do Mestre:
“Aprendi as diversas manifestações da cultura amazônica ainda na minha infância, pois meu pai me deu a responsabilidade de cuidar de um boi-bumbá quando eu ainda tinha 9 anos de idade. Meu pai, na época, era esmoleiro de são Benedito, dono de cordão de pássaro e boi bumbá, em Ourém, interior de Bragança. Nos anos 40 mudei-me para a Vila de Pinheiro (atual Icoaraci), onde fundei o pássaro Guará e depois o boi Pai da Malhada, pelos quais me dediquei por cerca de quinze anos. Em 1970, eu organizava festejos de São João e convidava grupos de carimbó do interior do estado para fazer apresentações em Icoaraci. No entanto, por decepção com certo grupo de carimbó de Curuçá, que falhou em um compromisso firmado, resolvi formar meu próprio grupo. Aí fundei o Grupo Uirapuru do Verequete, que mais tarde se tornaria o Uirapuru da Amazônia, que me acompanha até os dias de hoje. Em 1971, em parceria com o grupo Uirapuru, gravei o primeiro LP de carimbó do Esatdo do Pará, intitulado “Irapuru da Amazônia – o legítimo carimbó”. Tal gravação abriu caminho para que outros músicos gravassem trabalhos de mesmo teor. Contudo, como na época o carimbó teve uma grande repercussão no Brasil, logo surgiu uma tendência denominada de “carimbó eletrônico” que padronizava o carimbó com o uso de guitarras. No entanto, decidi me manter fiel as minhas raízes culturais para que o carimbó pudesse ser apreciado e conhecido por outras gerações em seu caráter de legitimidade. O carimbó deveria ser tocado como nas origens negras, ou seja, “pau e corda”, tal como dizemos por aqui. Depois do primeiro LP, gravei mais 9 LP’s e 4 cd’s com a mesma característica de carimbó de raiz. Além disso, apresentei o carimbó em diversos espetáculos públicos, promovidos pelo Estado ou outras instituições. As apresentações não se limitaram ao Estado do Pará. Em diversas ocasiões também estive apresentando o carimbó em outros estados. Em 2001 meu trabalho foi tema documentário “Chama Verequete”, cuja trilha sonora foi de minha autoria e levou o filme a ser premiado no festival de Gramado, em 2002, como a melhor música, ganhado o prêmio Kikito de Ouro. Entre os diversos prêmios que recebi, destaco o do ano passado, quando estive em Brasília e recebi das mãos do presidente Lula o título a ORDEM DO MÉRITO CULTURAL NA CLASSE DE COMENDADOR”. VEREQUETE, 92 ANOS.
fonte: http://verequete.blogspot.com/2008/08/mestre-verequete-92-anos-parabns.html
p.s.: Pra vocês verem como Política é algo verdadeiramente triste. Em reconhecimento ao trabalho de Mestre Verequete, a antiga administração da Prefeitura de Belém o beneficiava com uma Pensão Especial, aprovada pela Assembléia Legislativa, de r$ 1.040,00, que foi incluída na Lei Orçamentária [somado a isto, também recebia uma ajuda d’uma rede de farmácias que disponibilizada cerca de r$ 1.000,00 em medicamentos, além de uma pensão do INSS de r$ 460.00]. Junto com a mudança da administração, fizeram o favor de CORTAR o auxílio ao Mestre.
São lindas as coisas que a Política pode fazer pela população que devia salvaguardar e proteger, não? Se eles nos protegem, quem nos protegerá deles?
Um comentário:
dá uma fuçada aí, Rafa:
http://opiniaoeline.blogspot.com/
http://ttoscani.blogspot.com/
http://blogdaki.blogspot.com/
como cê msm diz:
f*ckin enjoy
=*
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