“Foi difícil entender, impossível de acreditar, uma vida devotada embasada em sobreviver. (...) não há ruas, partidos e regras para te deter. (...) Tu és a vida real, e sempre esteve de pé, nunca reclamou da batalha que é criar. Sociedade e discriminação, cabeça erguida a enfrentar, nenhum patriarcado ou família te fizeram calar. Não há nada a provar, eu já posso entender o que pode ser mais rebelde depois de você?
Forte, viva e a sorrir sua vitória deve insultar a todos que preferem te ver a chorar. Acredite aprendi demais, seu silêncio constrangedor. Liberdade é muito mais que palavras a dizer. (...) por favor, seja feliz!”
– Dead Fish, “Tango”, do álbum Afasia, de 2001
“Promessas eternas por cumprir e mortos demais a esperar, sobre uma terra fértil à espera de mãos pra plantar.
(...)
Liberdade.
Paz, força e coração... vida, amor, libertação... (...) tudo isso será se pudermos perceber... que amar, viver, cantar, não será em vão.”
– Dead Fish, “Proprietários do Terceiro Mundo”, do álbum Afasia, de 2001
Forte, viva e a sorrir sua vitória deve insultar a todos que preferem te ver a chorar. Acredite aprendi demais, seu silêncio constrangedor. Liberdade é muito mais que palavras a dizer. (...) por favor, seja feliz!”
– Dead Fish, “Tango”, do álbum Afasia, de 2001
“Promessas eternas por cumprir e mortos demais a esperar, sobre uma terra fértil à espera de mãos pra plantar.
(...)
Liberdade.
Paz, força e coração... vida, amor, libertação... (...) tudo isso será se pudermos perceber... que amar, viver, cantar, não será em vão.”
– Dead Fish, “Proprietários do Terceiro Mundo”, do álbum Afasia, de 2001
“I had a dream of unity
Where we could work side by side”
– Bad Religion, “Dream of Unity”, do álbum No Substance, de 1998
Where we could work side by side”
– Bad Religion, “Dream of Unity”, do álbum No Substance, de 1998
fonte: http://www.sao-paulo.diplo.de/Vertretung/saopaulo/pt/06/aktuell/206009.html
A Alemanha comemora dois grandes jubileus em 2009: há 60 anos, foi promulgada a Lei Fundamental – com a qual nascia a República Federal da Alemanha; em novembro, festeja-se em Berlim o 20º aniversário da Queda do Muro. O período de tempo que engloba a reviravolta histórica vai do milagre econômico na Alemanha do pós-guerra até o fim da Guerra Fria no ano de 1989. Décadas, nas quais a jovem República Federal da Alemanha aliou-se às democracias ocidentais e o movimento estudantil transformou de forma duradoura a cultura política e a sociedade. Décadas, nas quais Willy Brandt tornou possível a abertura para o Leste europeu, sob o slogan “Transformação pela Aproximação”, e nas quais o fim da Cortina de Ferro tornou-se finalmente realidade, através do desejo de liberdade dos cidadãos da RDA e dos movimentos de reforma na União Soviética e no Leste europeu.
Criativa e cheia de vida, Berlim é a capital da Alemanha unificada, vinte anos após a Queda do Muro. Quase não se pode notar mais, por onde passava o muro que dividia a cidade. Contudo, quem quiser ainda pode buscar, com sucesso, os vestígios do passado: no bairro Berlin-Mitte, a história está onipresente. Por exemplo, no Checkpoint Charlie, o mais conhecido posto de fronteira, onde o Museu do Muro informa sobre a divisão de Berlim. Ou na Rota do Muro de Berlim, que faz o percurso da antiga linha fronteiriça. Também para os autores alemães, a chamada “virada” é um tema com muitas facetas. A revolução pacífica e a unidade alemã são temas, em torno dos quais surgem recordações vivas, romances trágicos e grandes visões panorâmicas.O fundamento sobre o qual repousa a Alemanha unificada foi criado pelo Conselho Parlamentar, em 23 de maio de 1949, com a promulgação da Lei Fundamental. A Constituição engloba 146 artigos. Ela prescreve tanto os 19 direitos básicos inalienáveis, como também a estrutura federativa da República Federal da Alemanha. O seu preâmbulo ressalta o desejo de “servir à paz do mundo, dentro de uma Europa unificada”.
Berlim celebra os 20 anos da queda do Murofonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5g-FDMuA7Xyhj2NJvJBS4-R4JqW2A
De Audrey Kauffmann (AFP) – Há 5 horas
BERLIM, Alemanha — Cerca de 100.000 pessoas se aglomeravam nesta segunda-feira nas ruas de Berlim para comemorar os 20 anos da queda do Muro, que selou o final da Guerra Fria e permitiu a reunificação da Alemanha e da Europa.
De guarda-chuvas, a chanceler alemã Angela Merkel e os chefes de Estado e de governo de 30 países cruzaram à noite o Portão de Brandemburgo, símbolo da divisão de Berlim. Ao seu lado, entre outros, destacavam-se os presidentes francês e russo, Nicolas Sarkozy e Dimitri Medvedev; a secretária de Estado americana, Hillary Clinton; e o premier britânico, Gordon Brown.
Sarkozy fez um apelo à “derrubada dos muros que ainda dividem cidades, territórios, povos”; Brown pediu “o fim da proliferação nuclear, da pobreza extrema e da catástrofe climática”.
Medvedev solicitou aos povos que “superem, juntos, a crise que nos afeta”.
Em Moscou, o primeiro-ministro Vladimir Putin disse que foi “uma data especial” que permitiu à Alemanha “riscar um passado doloroso”, mas significou para a Rússia “começar de novo quase do zero, em condições muito difíceis”.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, conclamou a Europa e os Estados Unidos a empreenderem esforços para “derrubar os muros” da intolerância religiosa.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou de surpresa aos berlinenses na noite desta segunda-feira, através de mensagem em vídeo.
“Poucos entre nós teriam previsto que um dia a Alemanha unida seria dirigida por uma mulher vinda de Brandemburgo (ex-RDA, antiga República Democrática Alemã) ou que seu aliado americano seria dirigido por um homem de origem africana, mas o destino é aquele que os homens constroem”, declarou Obama.
A chanceler, criada na RDA, a antiga República Democrática Alemã, e que começou a carreira política depois da derrubada do Muro, recordou nos últimos dias que essa queda a pegou de surpresa: “Nos anos 80, jamais acreditaria que o Muro caísse enquanto ainda vivesse”.
Na mesma linha, o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev afirmou nesta segunda-feira que as pessoas acreditavam na queda do Muro de Berlim, mas tanto ele como o ex-chanceler alemão Helmut Kohl foram surpreendidos pela rapidez dos fatos.
“O chanceler Kohl achava que não cairia antes do século XXI. Não éramos clarividentes”, afirmou Gorbachev em Berlim, onde participava das cerimônias.
Gorbachev era o líder da União Soviética quando uma rebelião popular pacífica conduziu as autoridades da comunista República Democrática Alemã (RDA) a autorizar as pessoas a cruzar o Muro de Berlim.
Onze meses depois a República Federal Alemã e a RDA se reunificaram.
A festa noturna começou com um concerto da orquestra Staatsoper de Berlim sob a batuta do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim, ao som de Wagner, Schönberg, e de uma canção tradicional berlinense interpretada pelo tenor español Plácido Domingo, que o público acompanhou com palmas.
Os participantes se aglomeraram, em seguida, ao longo das mil peças de um dominó gigante de poliestireno que foram derrubadas para simbolizar esse capítulo da história.
O ex-líder sindical polonês Lech Walesa e o ex-dirigente húngaro Miklos Nemeth derrubaram a primeira peça desse dominó de 2,5 metros de altura.
Nemeth havia autorizado, na época, os alemães do Leste a cruzar a fronteira austro-húngara, provocando um êxodo.
Sob o clamor da multidão e das luzes dos holofotes, a queda das peças criou o efeito de uma longa serpentina de cores.
Seguiram-se um show com fogos de artifício e uma apresentação do cantor Bon Jovi (nota do blogueiro: com tanto artista bom e que tem mais a ver com a liberdade que a queda deste muro represtan, tinham que chamar logo a bichona do Bon Jovi?!? TRISTE!!!).
Em 9 de novembro de 1989, o regime comunista da RDA, pressionado por centenas de milhares de manifestantes que pediam liberdade, optou por deixar passar livremente seus cidadãos.
No início do dia, Merkel cruzou um dos locais simbólicos do Muro, a ponte de Bornholmer Strasse, em companhia de Walesa e do último dirigente soviético, Milhail Gorbachev.
Merkel deu início na manhã desta segunda-feira às cerimônias de comemoração do 20º aniversário da queda do Muro de Berlim comparecendo a um ato ecumênico na igreja de Gethsemani, na antiga Berlim Oriental, um dos redutos da dissidência e das manifestações que, em 9 de novembro de 1989, obrigaram a Alemanha comunista – a desaparecida República Democrática da Alemanha (RDA) – a abrir suas fronteiras.
“Não é um dia de festa só para a Alemanha, mas para toda a Europa e para as pessoas que conquistaram mais liberdade, desde a Rússia a até muitas outras partes do mundo”, disse a chanceler, vestida com um casaco de veludo azul marinho.
Dirigindo-se a Gorbachev, Merkel declarou: “Deixou que as coisas acontecessem, com valentia, e isso foi muito mais do que esperávamos. Obrigada de todo o coração”.
A queda do Muro foi o “resultado de uma longa história de falta de liberdade e de luta contra esta falta de liberdade. Na Alemanha, não fomos os primeiros mas estávamos lá quando a Guerra Fria terminou”, acrescentou a chanceler, referindo-se aos esforços da Polônia e da Hungria por libertar-se do jugo comunista.
O Sindicato Solidaridade foi “um incrível aliciador”, disse, com um gesto em direção ao ex-presidente polonês Lech Walesa, então líder desse grupo.
Copyright © 2009 AFP. Todos os direitos reservados.
fonte: http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/07/26/ult4466u642.jhtm
26/07/2009 - 07h35
Vinte anos depois, Muro de Berlim vira símbolo da tolerância na Alemanha unificadaIRIS JÖNCK
Colaboração para o UOL Viagem
É impossível não desembarcar em Berlim procurando pelo que restou de um dos momentos históricos mais impactantes do século 20. Em novembro de 1989, uma multidão eufórica pôs abaixo os 155 quilômetros do muro que, desde 1961, separou simbolicamente o Ocidente do bloco comunista durante os duros tempos da Guerra Fria.
Para a decepção de muitos, encontrar vestígios do antigo marco divisório das duas Alemanhas não é uma tarefa fácil: em seu lugar ergueu-se uma metrópole vibrante, restabelecida política e economicamente, que não olha para trás. Berlim fascina os visitantes que tentam decifrar o significado de sua nova paisagem, repleta de edifícios modernos, grafites provocadores e muita agitação cultural.
Vinte anos depois da unificação, no coração da cidade, os sinais da nova Berlim vão muito além das poucas ruínas que restaram de pé. Potsdamer Platz exibe escombros do muro só para turista ver. Antes quase abandonado por conta da divisão da cidade, o centro agora exibe reluzentes prédios, como o complexo da Crysler e o Sony Center, que dão a dimensão do ritmo de mudança que a cidade se impôs.
Um dos raros resquícios do muro transformou-se em galeria a céu aberto: a East Side Gallery, entre as estações de metrô Ostbahnhof e Warschauerstrasse. Com 1,3km de extensão, apresenta grafites feitos em 1990 por 118 artistas de 21 diferentes nacionalidades. Da era comunista, muito pouco sobreviveu. A construção mais marcante é a charmosa e futurista torre de TV, na Alexanderplatz, com seus 368 metros, impossível de não ser avistada de qualquer parte. Orgulho da extinta República Democrática Alemã (RDA), oferece uma bela vista da cidade e um restaurante giratório no topo.
Em busca de uma sociedade cada vez mais tolerante e aberta às diferenças, Berlim tem, contudo, consciência de seu passado. Os monumentos avistados pelo percurso das principais ruas tratam de contar a história para que ela não seja esquecida. Perto da Potsdamer Platz surge o Monumento ao Holocausto criado pelo arquiteto norte-americano Peter Eisenman e inaugurado em 2005, que chama à reflexão. O Museu Judaico, no bairro de Kreuzberg, atrai quatro milhões de visitantes todos os anos.
A Porta de Brandenburgo, outro antigo símbolo da divisão no centro da cidade, hoje reforça os tempos de liberdade. Dali sai a Unter den Linden, avenida famosa por suas embaixadas. Caminhando um pouco mais pela Friedrichstrasse chega-se ao Checkpoint Charlie, antigo ponto de controle utilizado para a passagem entre os lados, que guarda as histórias de quem tentava cruzar a fronteira em um museu de mesmo nome.
A Igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, no bairro de Charlottenburg, no lado oeste, foi parcialmente destruída pelos bombardeios e hoje está preservada para mostrar as conseqüências da guerra. Ao seu redor, em contraste, foram erguidos modernos shoppings centers, com produtos de luxo, design e tecnologia de última geração.
O Reichstag (Parlamento Alemão), na Platz der Republik, voltou a ser ocupado no aniversário de dez anos da reunificação, consolidando o status de capital do país. Na reinauguração do edifício foi apresentada sua nova cúpula, um dos pontos altos da visita à cidade. Destruída na 2ª Guerra e ‘reconcebida’ pelo arquiteto Norman Foster, o projeto destaca a transparência, permitindo que os visitantes vejam o interior a partir do topo. Um símbolo do poder da democracia.
O apreço pela cultura que era compartilhado por ambas Alemanhas ganhou uma nova dimensão com a capital unificada. A cidade possui intensa agenda cultural, com peças, exposições e concertos, aproveitando o grande número de teatros espalhados pelos dois lados da cidade. Os números falam por si: são 170 museus, oito orquestras sinfônicas e três companhias de ópera permanentes.
Diversão de leste a oeste
Na nova Berlim, os termos “leste” e “oeste” caíram por terra, sem tempo para criar inimizades. A necessidade de mudança era tão grande que os dois lados passaram por cima das diferenças. Berlim, vinte anos depois, está de fato unificada.
A capital alemã se reinventou fortalecida pelas suas contradições, com um lado ocidental de estilo mais tradicional, enquanto a porção oriental assumiu o papel de palco principal dos movimentos criativos e underground. Esse espírito inquieto do leste de Berlim atrai não só milhares de visitantes como novos moradores e estudantes de todo o mundo, que aproveitam de um dos mais baixos custos de vida entre as grandes capitais européias.
É nos bairros sob o antigo regime comunista que se percebe mais forte o instinto pulsante e rebelde de Berlim: com uma veia cultural de rua, junto às diferentes tribos, ateliers de artistas, manifestações de contracultura e uma agitada cena noturna.
Clubes escondidos e festas com endereço secreto em prédios abandonados já foram febre nos anos 90 e alguns ainda resistem, mas em menor número. E apesar da tradição em música eletrônica, há muitas opções de diversão na noite, com destaque para a variedade do público. Berlim é uma das cidades mais abertas aos homossexuais e tradicional reduto de artistas e alternativos. As atrações podem ir desde leitura de poesias e shows de folk em bares como Kaffe Burguer e Möbel Olfe, performances no mítico Bar 25, ou até aulas de dança no SO36 e Café Fatal.
Com a tolerância levada a sério, existe uma postura divertida frente aos espetáculos mais inusitados e bizarros. Às vezes tudo é oferecido por um mesmo clube dependendo do dia da semana. Um das casas mais baladas é o Panoramabar, às margens do rio Spree. Os amantes do jazz também desfrutam de um circuito próprio de casas de shows, como o Yorckschlösschen, que atrai os melhores músicos da cena européia e norte-americana.
Tascheles, o famoso edifício “okupa” invadido por artistas e agitadores sociais em 1990 para impedir sua demolição, continua de pé e ainda sedia artistas, que ali trabalham e expõem suas obras. Na ocupação, esses coletivos criaram uma comunidade com regras e estilo de vida alternativos. O Mitte, bairro onde se situam ateliês, reflete a renovação urbana sofrida na região e que aos poucos vai perdendo seu jeito alternativo com crescimento do comércio atraído pelos artistas.
Em toda a antiga região oriental também se encontram as principais instituições e galerias que oferecem residências artísticas, fazendo de Berlim um dos destinos mais desejados pelos novos criadores na Europa. Com presença ainda de punks, imigrantes de distintas nacionalidades e a comunidade gay, a área tem uma atmosfera única. Dá para perder horas passeando por ali.
Prenzlauer Berg está cheio de brechós onde se podem encontrar muitas peças de roupas originais que vão desde abrigos de ginástica da época das Olimpíadas de Munique de 72 até antigos uniformes e quepes do exército da RDA. As ruas Oderbergerstrasse e Kastanienallee são um bom exemplo da onda nostálgica cultuada em Berlim, com suas lojas de móveis e artigos vintage, além do comércio de vinil.
Novos estabelecimentos alternativos, designers e gente do mundo da moda proliferam por ali, assim como em Friedrichshain (ruas Kopernikustrasse e Wühlischsatrsse) e Kreuzberg (rua Oranienstrasse), considerados como os bairros mais badalados da cidade, que ainda conservam melhor suas características originais.
Rebeldia e militância ecológica
Em toda Berlim, slogans de revolução e símbolos anarquistas fazem parte da paisagem, onde o fator estético e político se misturam. Por trás das mensagens de contestação, a cidade mostra que tem, sobretudo, um enorme senso coletivo, especialmente com relação ao meio-ambiente.
A reciclagem do lixo é uma prática universal em toda a zona urbana e aumenta cada vez mais o número de lojas e restaurantes dedicados ao consumo de produtos naturais e orgânicos, sob etiquetas BIO. Há sites e guias de estabelecimentos que possuem essa certificação já bastante difundida no comércio. Ecologia e vida saudável chegam a ser quase uma obsessão para os berlinenses.
Embora disponha de uma farta oferta de transporte por metrô, trem de superfície ou ônibus, as bicicletas são um dos meios de locomoção mais populares, usadas pelos moradores de todas as idades, no inverno e no verão, aproveitando a ótima sinalização e a estrutura de ciclovias.
Com tudo isso, fica fácil imaginar porque Berlim está no topo das preferências de turistas, imigrantes e nômades urbanos em busca de novas experiências. Os restos da Alemanha dividida não são mais a atração principal. Duas décadas depois, o Muro de Berlim cedeu espaço a uma cidade renovada, que respira originalidade e efervescência cultural.
Alemanha | 09.11.2009
Alemães celebram queda do Muro com festa no Portão de Brandemburgo fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4873944,00.html?maca=bra-uol-all-1387-xml-uol
Berlim comemora 20 anos da queda do Muro com convidados ilustres do mundo inteiro e festa popular no Portão de Brandemburgo. Chanceler federal Angela Merkel lembra a data, pedindo mais esforços para reunificar o país.
O ponto alto das celebrações pelos 20 anos da queda do Muro, nesta segunda-feira (9/11), será à noite, com a chamada Festa da Liberdade no Portão de Brandemburgo, em Berlim. Serão derrubadas cerca de mil pedras gigantes de dominó, medindo quase 2,5 metros, entre o Portão de Brandemburgo e a praça Potsdamer Platz. As peças serão derrubadas no início da festa, simbolizando o efeito dominó que a queda do Muro provocou no mundo.
Centenas de milhares de turistas participam das festividades, que tem na apresentação da banda norte-americana de rock Bon Jovi (ach! que meeeerda!) um de seus destaques. Cerca de três mil jornalistas do mundo inteiro estão na cidade para cobrir os eventos. As redes de televisão alemãs transmitem flashs ao vivo do centro de Berlim, onde muitos turistas se preparam para viver mais um momento histórico na capital alemã.
Kohl cancelou
Para a noite, são aguardados no Portão de Brandemburgo chefes de Estado e de governo dos países da União Europeia, além da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e do presidente russo, Dimitri Medvedev. O ex-chanceler alemão Helmut Kohl, considerado o “chanceler da reunificação” será uma das ausências ilustres. Ele cancelou sua presença na festa devido a problemas de saúde.
Merkel classificou o 9 de novembro de 1989 como o "dia mais feliz da história alemã", em cerimônia religiosa que abriu as celebrações. Ela e o presidente alemão, Horst Köhler, compareceram pela manhã a um culto ecumênico na Gethsemanekirche, igreja que desempenhou um papel importante na revolução pacífica de 1989 na Alemanha Oriental.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, cobrou mais esforços no sentido de conclusão da reunificação do país. Ela disse em entrevista à TV alemã que na região da antiga Alemanha Oriental houve melhorias, mas que a taxa de desemprego continua sendo o dobro da registrada nos estados ocidentais.
Dia de alegria
Já o presidente alemão, Horst Köhler, afirmou que o dia 9 de novembro deve ser lembrado como um “dia de alegria”, mas também como a data em que aconteceu a Noite dos Cristais em 1938, quando sinagogas e estabelecimentos judaicos foram atacados por nazistas na Alemanha, iniciando a perseguição sistemática de judeus no Terceiro Reich. “O 9 de novembro de 1938 e o 9 de novembro de 1989 estão ligados entre si", ressaltou Köhler. “A divisão só pôde ser superada porque nós, alemães, aprendemos as lições da nossa história entre 1933 e 1945”, observou.
À tarde, a chanceler federal faz um passeio através de uma das antigas passagens de fronteira berlinenses, acompanhada de Lech Walesa, ex-líder do sindicato polonês Solidariedade, e do ex-dirigente soviético Mikhail Gorbachov.
A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, afirmou em uma cerimônia na noite anterior que a queda do Muro foi um dos eventos mais importantes do século 20. “Ele modificou a paisagem de um continente”, disse, durante sua primeira viagem à Alemanha como integrante do governo Obama.
MD/dpa/ap
Revisão: Roselaine Wandscheer
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