ouvindo: Raul Seixas, Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock e Krig-ha, Bandolo!, ambos de 1973
como:
1. eu enfim vi [o documentário] O Início, o Fim e o Meio, da história do Raulzito, e tô comendo a discografia dele com farinha;
O Início, o Fim e o Meio
2. apesar de ser fã do CPM22 (ainda bem que não xiita, pontua-se), a banda em sua formação clássica fazendo cover pra “Carimbador Maluco” e “Al Capone” são das coisas das mais vergonhosas que já ouvi na vida;
3. Ivete Sangalo deveria pegar muita bicuda e muita perna-mancada por sua versão de “Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás” – e junto com o CPM22 na mesma leva.
por conseguinte e indo pro assunto principal que intitula e norteia o post: eu falei pro Jeanzão e pra Soldati-sama da minha ideia de esta ser a Semana do Quadrinho Nacional no meu blog.eu tive a ideia a partir da Tag “HQ Nacional” que tem no Scanmanics e então “foda-se, por que não?”. baixei umas coisas de lá que considerei por deveras interessantes pelas sinopses então na dann los (i.e., bora lá) tenho umas outras coisas pra comentar aqui mas deixa lá pra frente, pra posts depois de 15.03.ano-corrente, como a por demais foderaça série de animação japonesa em três capítulos de uma hora cada Godzilla: Planeta dos Monstros, dirigida por Hiroyuki Seshita e Kobun Shizuno, produzida por Takashi Yoshizawa e escrita por Gen Urobuchi para o estúdio Toho Animation e distribuída mundialmente pela Netflix.
Godzilla: Planeta dos Monstros
aquele trailer gostoso que todo mundo gosta
em decorrência da proximidade da publicação de uma HQ nacional chamada Destro, com roteiro de Ed Campos e arte de Michel Gomes, retratando, segundo eles, um futuro distópico onde o socialismo venceu e fudeu o mundo, o primeiro texto a ser comentado aqui (“mimimi é uma HQ, não um texto mimimi” FODA-SE, MEU IRMÃO. PRA HERMENÊUTICA, TUDO É TEXTO QUE PODE SER INTERPRETADO, FILHO DA PUTA!) é MAJOR BRAZUCA, de Fábio Gracia (argumento e arte) e Bruno T. Barney (roteiro e argumento [?!?!?!?!?!?]), de três volumes, publicados pela editora brasileira HQ Quadrinhos (sim, caralho, tudo vai ser piada pronta mesmo?!?).antes de começar a crítica de Major Brazuca, eu gostaria de pontuar três questões importantes sobre Destro
e suas respectivas conclusões.
artes prévias/promocionais de Destro, de Ed Campos e Michel Gomes
QUESTÃO: os autores entenderam o que é socialismo?
CONCLUSÃO: não. definitivamente. totalmente. Arnaldo Spinel (1980, p.8), se valendo do Novo Dicionário Aurélio de 1975, define este sistema ideológico-político como “o conjunto de doutrinas que se propõe a promover o bem comum pela transformação da sociedade e da relação entre as classes, mediante a alteração do regime de propriedade”, que se fundamenta basicamente na socialização dos meios de produção, estes passando a pertencer à sociedade, sob controle do Estado e a riqueza deixando de ser concentrada nas mãos de uma minoria privilegiada, gerando divisão igualitária da renda produzida (ou seja, socialista pode ter iPhone sim, já que o produto manufaturado será fruto de seu trabalho, independente de suas críticas ao sistema sob o qual vive).
QUESTÃO: os autores partiram do princípio do socialismo adotado pela URSS?
CONCLUSÃO: definitivamente.
QUESTÃO: mas os autores entenderam qual o princípio de socialismo adotado pela URSS?
CONCLUSÃO: MAIS DO QUE DEFINITIVAMENTE NÃO!!!!
(tenham estas inquirições em mente, as retomarei no final do post)
quanto a Major Brazuca, o primeiro volume é de 2014 e os dois últimos são de 2018. e uma palavra que pode muitíssimo bem definir a obra é... uma terminologia, melhor dizendo, é UMA GALHOFA DO CARALHO, contando a história de um espírito de porco (zoófilo) de marca maior chamado Theófilo Guerra, soldado que foi com o povo da FAB para lutar na Itália contra o nazi-fascismo, e o presidente do país era o Antúlio Verga, zuada destroyer com o Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954).
os autores não negam que é uma “distopia zueira” (ver imagem acima), que não deve ser levada a sério. mas convenhamos que, como tudo produzido pelo ser humano é político, consequentemente, é passível a crítica, dá pra fazer pensar muita coisa no país a partir da putaria ad extremum em Major Brazuca. ainda que Barney e Gracia sejam dois tremendos críticos às políticas de esquerda da era PT (2014 ainda era PT, só pra constar, não se faça de égua, saiu só em 17 de abril de 2016 e 31 de agosto de 2016, tu sabes [d]a História) E TAMBÉM de como a direita queria que o país fosse mas não fala em voz alta mas, todavia, os pobresbestas desta ideologia dizem/juram de pé junto que não vai acontecer.
sem mais delongas, o puto é uma zuada do caralho ao Capitão América, não dá pra negar.tem uma música do Raul Seixas chamada “Movido a Álcool”, composta por Raul Seixas, Oscar Rasmussen e Tânia Menna Barreto para o álbum Por Quem os Sinos Dobram, de 1979 (que alguém disse que [essa música] é do Matanza, vê se pode?), que até aplicar-se-ia a esse personagem, visto que adquiriu seus poderes misturando o Soro do Supersoldado com cachaça from hell trazida (certamente ilegalmente FODA-SE) do Brasil. seus feitos no front lhe garantem a alçada de Major (que lhe valem a alcunha de “Major Brazuca”) e até uma promoção do próprio Antúlio Verga (o diálogo deles é impagável demais), que o tira de circulação para não ofuscar seu brilhantismo na História.
paródia ao Nicholas Joseph “Nick” Fury Nicolau Brabeza, líder as S.O.F.R.A., acrônimo de Superintendência Oligárquica de Fiscalização da República Autoritária (nem preciso dizer com o quê é a zueira).
primeira missão do Major, já com uniforme repaginado (ver capa do volume 3): lutar contra nazi-comunistas (ou o grau de discernimento e conhecimento de Ciência Política dos autores são mínimos ou o grau de zueira com tudo é máximo, fica a sua escolha) cheios de frases prontas que querem invadir o Palácio do Planalto e tem mil frases de impacto se valendo de autores da esquerda. vocês já viram em protestos dos caras blá, blá, blá. toda essa merda.
e, apesar do grau de discernimento e conhecimento de Ciência Política dos autores ser mínimos, o grau de zueira com tudo é máximo (no final, um não excluiu o outro), já que ninguém foi poupado no decorrer do texto se os pentecostais e neopentecostais foram liberados de ser jogados na merda e com ela lavados? não mesmo, champinha. foi total Massacration detonação em cina dos caras que, chega a um momento que tu se perguntas: “PORRA É ESSA QUE ‘TÁ ACONTECENDO?”.
“PORRA É ESSA QUE ‘TÁ ACONTECENDO?” é a pergunta que praticamente guia essa HQ, porque ela começa em um ponto e tu não sabes onde ela termina, mesmo com o protagonista tendo se tornado herói nacional, a ponto de se perguntar no final “PORRA É ESSA QUE EU ACABEI DE LER, VELHO?”. Barney e Gracia criticaram esquerda e direita no Brasil? sim, e não foi pouco. isso prova um descontentamento deles com as duas ideologias, o que não falta no país é gente encaralhada com essas duas vagabundas é um fato tão inconteste quanto 1 Faraday equivaler a 96485,33289(59) Coulomb. mas e aí? Major Brazuca é um saladão semiótico, um verdadeiro pirão que fode violentamente qualquer análise hermenêutica minimamente séria, quiçá, posso dizer... coerente?
aí voltamos pra Destro, que os autores se declaram de direita – não sabendo o que é socialismo e interpretando o que não sabem igual às caras deles, tal qual o brasileiro médio que não tem o hábito de ler o faz lindamente – e não se sabe pra qual lado atiram os do texto aqui hoje criticado. creio eu que se consideram “isentões”, os “sem lado”, inconscientes de que “não ter um lado já é ter um lado” e se sentir confortáveis em cima desse muro, atirando pra todos os lados e metendo o dedo na cara de todo mundo. nada contra meter o dedo na cara de todo mundo, sou totalmente a favor disso, aliás. mas tu vês Major Brazuca e se perguntas “e daí vai pra onde agora?”.
eu defendo MUITÃO HQ nacional. de mim dependesse, eu leria muitíssimo mais HQ nacional. todavia, à leitura de Major Brazuca, meio que dá pra começar a entender porque os nerds tetudos que não transam e que só leem Marvel e DC e só veem série de herói da Netflix criticam ferozmente a produção nacional da nona arte. mas ai eu lembro que nerd tetudo que não transa e que só lê Marvel e DC e só vê série de herói da Netflix nem gente é, as críticas deles sobre qualquer coisa não vale de porra nenhuma e até que Major Brazuca tenha sua serventia pro que tanto gostamos, essa maravilindeza chamada ARTE.
a serventia de mostrar tudo o que o brasileiro tem de ruim em decorrência de sua História, de sua formação, de tudo que esteja a seu redor, de si mesmo e, em decorrência, não saiba o que esteja fazendo e para onde está indo, mesmo que não haja lugar pra ir. tal qual os autores de Major Brazuca na obra sob análise.
dá pra ler Major Brazuca no site oficial da HQ clicando AQUI!
***texto muitão dedicado à minha amiguinha e conselheira [e Musa Inspiradora] Luna, que disse que sei usar popularmente o vocábulo “hermenêutica”
danke fuckin schön, champs***
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
SPINDEL, Arnaldo. O que é Socialismo. São Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros Passos, v.1)
BIS
ZU
DEM
BREAKING
FUCKING
NEUEN
POST
!!!!
os autores não negam que é uma “distopia zueira” (ver imagem acima), que não deve ser levada a sério. mas convenhamos que, como tudo produzido pelo ser humano é político, consequentemente, é passível a crítica, dá pra fazer pensar muita coisa no país a partir da putaria ad extremum em Major Brazuca. ainda que Barney e Gracia sejam dois tremendos críticos às políticas de esquerda da era PT (2014 ainda era PT, só pra constar, não se faça de égua, saiu só em 17 de abril de 2016 e 31 de agosto de 2016, tu sabes [d]a História) E TAMBÉM de como a direita queria que o país fosse mas não fala em voz alta mas, todavia, os pobres
sem mais delongas, o puto é uma zuada do caralho ao Capitão América, não dá pra negar.tem uma música do Raul Seixas chamada “Movido a Álcool”, composta por Raul Seixas, Oscar Rasmussen e Tânia Menna Barreto para o álbum Por Quem os Sinos Dobram, de 1979 (que alguém disse que [essa música] é do Matanza, vê se pode?), que até aplicar-se-ia a esse personagem, visto que adquiriu seus poderes misturando o Soro do Supersoldado com cachaça from hell trazida (certamente ilegalmente FODA-SE) do Brasil. seus feitos no front lhe garantem a alçada de Major (que lhe valem a alcunha de “Major Brazuca”) e até uma promoção do próprio Antúlio Verga (o diálogo deles é impagável demais), que o tira de circulação para não ofuscar seu brilhantismo na História.
Raul Seixas, “Movido a Álcool”
e, numa crítica ao servidorismo público brasileiro, o Major Brazuca é entocado em uma caixa em uma repartição pública até ser encontrado totalmente por acaso e, após dar um senhor foguete na presidenta do Brazil (ver imagem anterior pr’entender o nome do país) (esse soco nem é um sinal de insatisfação dos autores com a Dilma, não, imagina............ E AINDA VÃO DIZER QUE UMA COISA NÃO TEM NADA A VER COM A OUTRA), e ser recrutado pelo coronel primeira missão do Major, já com uniforme repaginado (ver capa do volume 3): lutar contra nazi-comunistas (ou o grau de discernimento e conhecimento de Ciência Política dos autores são mínimos ou o grau de zueira com tudo é máximo, fica a sua escolha) cheios de frases prontas que querem invadir o Palácio do Planalto e tem mil frases de impacto se valendo de autores da esquerda. vocês já viram em protestos dos caras blá, blá, blá. toda essa merda.
e, apesar do grau de discernimento e conhecimento de Ciência Política dos autores ser mínimos, o grau de zueira com tudo é máximo (no final, um não excluiu o outro), já que ninguém foi poupado no decorrer do texto se os pentecostais e neopentecostais foram liberados de ser jogados na merda e com ela lavados? não mesmo, champinha. foi total Massacration detonação em cina dos caras que, chega a um momento que tu se perguntas: “PORRA É ESSA QUE ‘TÁ ACONTECENDO?”.
“PORRA É ESSA QUE ‘TÁ ACONTECENDO?” é a pergunta que praticamente guia essa HQ, porque ela começa em um ponto e tu não sabes onde ela termina, mesmo com o protagonista tendo se tornado herói nacional, a ponto de se perguntar no final “PORRA É ESSA QUE EU ACABEI DE LER, VELHO?”. Barney e Gracia criticaram esquerda e direita no Brasil? sim, e não foi pouco. isso prova um descontentamento deles com as duas ideologias, o que não falta no país é gente encaralhada com essas duas vagabundas é um fato tão inconteste quanto 1 Faraday equivaler a 96485,33289(59) Coulomb. mas e aí? Major Brazuca é um saladão semiótico, um verdadeiro pirão que fode violentamente qualquer análise hermenêutica minimamente séria, quiçá, posso dizer... coerente?
aí voltamos pra Destro, que os autores se declaram de direita – não sabendo o que é socialismo e interpretando o que não sabem igual às caras deles, tal qual o brasileiro médio que não tem o hábito de ler o faz lindamente – e não se sabe pra qual lado atiram os do texto aqui hoje criticado. creio eu que se consideram “isentões”, os “sem lado”, inconscientes de que “não ter um lado já é ter um lado” e se sentir confortáveis em cima desse muro, atirando pra todos os lados e metendo o dedo na cara de todo mundo. nada contra meter o dedo na cara de todo mundo, sou totalmente a favor disso, aliás. mas tu vês Major Brazuca e se perguntas “e daí vai pra onde agora?”.
eu defendo MUITÃO HQ nacional. de mim dependesse, eu leria muitíssimo mais HQ nacional. todavia, à leitura de Major Brazuca, meio que dá pra começar a entender porque os nerds tetudos que não transam e que só leem Marvel e DC e só veem série de herói da Netflix criticam ferozmente a produção nacional da nona arte. mas ai eu lembro que nerd tetudo que não transa e que só lê Marvel e DC e só vê série de herói da Netflix nem gente é, as críticas deles sobre qualquer coisa não vale de porra nenhuma e até que Major Brazuca tenha sua serventia pro que tanto gostamos, essa maravilindeza chamada ARTE.
a serventia de mostrar tudo o que o brasileiro tem de ruim em decorrência de sua História, de sua formação, de tudo que esteja a seu redor, de si mesmo e, em decorrência, não saiba o que esteja fazendo e para onde está indo, mesmo que não haja lugar pra ir. tal qual os autores de Major Brazuca na obra sob análise.
dá pra ler Major Brazuca no site oficial da HQ clicando AQUI!
***texto muitão dedicado à minha amiguinha e conselheira [e Musa Inspiradora] Luna, que disse que sei usar popularmente o vocábulo “hermenêutica”
danke fuckin schön, champs***
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
SPINDEL, Arnaldo. O que é Socialismo. São Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros Passos, v.1)
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