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quinta-feira, 19 de março de 2020

THE KITCHEN - análise e crítica da HQ

ouvindo: Adele, 25, de 2015

e hoje de novo pro que muita gente – eu incluso – considera o melhor da DC Comics: o selo Vertigo, atualmente Black Label Society.
e o texto deste post é The Kitchen, de 2015 e tem só oito edições, com roteiro de Ollie Ken Masters (X-Men, Mulher-Maraviha, Sons of Anarchy), arte de Ming Na-Wen Doyle von Frankenstein (Superman, Quarteto Fantástico), cores de Jordie Bellaire (Os Projetos Manhattan, Joker: Killer Smile, Injection [assim que possível, resenharei as três por aqui porque valem a empreitada]) e capas da deusa foderaça das galáxias Becky Cloonan (que dispensa apresentações e, cedo ou tarde, vou fazer um post só dela)
admito que minha memória afetiva quadrinística remeteu aos arcos O Fazedor de Viúvas e Inferno Irlandês, do nosso querido e sempre citado por aqui Justiceiro – ambos escritos por Garth Ennis, o primeiro desenhado por Lan Medina, arte-finalizado por Bill Reinhold e colorido por Raul Treviño; o segundo com arte Leandro de “Leo” Fernandez, cores de Dean White e capas de Tim Bradstreet. e qual a diferença das narrativas?
The Kitchen se passa na tão famosa quanto famigerada Cozinha do Inferno (yeah, sim, a do Demolidor) lá pela era Nixon e ascensão do Jackson Five, quando Kath Brennan, esposa do Saint Jimmy comin’ down across the alleyway, up on the boulevard like a zip gun on parade, light of a silhouette, he’s insubordinate coming at you on the count of one, two (one, two, three, four); Raven não a da série da Disney que passava na SBT, esposa do Johnny Cage; Angie, esposa do Rob Zombie Dillon; decidem coletar as taxas de proteção à vizinhança (i.e., extorsão, feat agiotagem) que seus maridos faziam antes de ser encarcerados pela justiça.após conseguirem provar que estavam nessa pra valer, foram chantageadas por Tommy Castellano, de uma família italiana do Queens (se citam The Godfather no texto? pode crer que sim), e matá-lo. e, com ajuda de Tommy (um subordinado da máfia irlandesa conhecido [e temido] por sua sanguinolência e recém-saído de um sanatório), sumir com o corpo.
claro que tudo passa a piorar quando Jimmy, Johnny e Rob saem da prisão e creem que as coisas serão como antes – claro que não e elas deixam isso bastante específico. mesmo eles movendo seus pauzinhos para ferrar o negócio delas com o chefe dos italianos na área, Alfonso Gargano. e é no grande apagão de julho de 1977 (Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança já estava nos cinemas do mundo todo; o Let There Be Rock, do AC/DC, e Animals, do Pink Floyd, já estavam nas lojas; Anaïs Nin tinha morrido em janeiro; Renato Russo já estava na ativa com o Aborto Elétrico) que tudo passa a fuder valendo.
atenção para o diálogo entre Raven e Tommy na edição #7, que denota que elas – Raven, Kath e Angie, por serem filhas e esposas de gângsters – nunca teriam uma chance de vida normal a não ser aquela. talvez esta passagem seja a que defina toda a obra.
o final não é trágico, tú não sabes o que vai rolar até o momento que acontece. não tem nada épico, marcante, inesquecível. Masters e Ming só querem garantir que contaram uma boa história pra – creio eu – agradecer o leitor por ter chego até ali. não é pra esperar um O Gângster ou um Era uma Vez na América ou um Os Bons Companheiros em formato de HQ, mas The Kitchen salva seu dia. 
de 
O Gângster, de 2007; direção de Ridley Scott e roteiro de Steven Zaillian e Mark Jacobson
Era uma Vez na América, de 1984; direção de Sergio Leone (1929-1989); roteiro de Leonardo Benvenuti (1923-2000), Piero De Bernardi (1926-2010), Enrico Medioli (1925-2017), Franco Arcalli (1929-1978), Franco Ferrini e Sergio Leone sobre o romance The Hoods, de 1952, do escritor russo-estadunidense Harry Grey (nascido Herschel Goldberg [1901-1980])
e trilha sonora de ENNIO MORRICONE, claro que tem que dizer
Os Bons Companheiros, de 1990; direção de Martin Scorsese e roteiro de Nicholas Pileggi e Martin Scorsese, sobre o romance Wiseguy, de 1985, do próprio Pileggi

falando em filme, The Kitchen ganhou uma versão cinematográfica, de 2019, escrito e dirigido pela roteirista e atriz estadunidense Andrea Berloff, sendo seu primeiro filme. ainda não vi mas soube que a crítica e principalmente a crítica especializada detonaram a película. pelo que deduzi ao ver a ficha técnica do Imdb, as mudanças já começaram pelos personagens e, por outras sites, que deram uma cagadinha (“inha”?) no roteiro mas eu vou primeiro ver e ai discorro por aqui depois, talvez no post de amanhã.
The Kitchen, de 2019, roteiro e direção de Andrea Berloff  










BIS
ZU 
DEM 
BREAKIN
FUCKIN
NEUEN
POST
!!!

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