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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

poesia, o propósito da madrugada é de se escrever poesia

ouvindo: Finally Doomsday, Post Nuclear Armageddon, de 2010.

MEDOS QUE SÓ OS MOLEQUES TÊM
quando eu era moleque, eu tinha medo de não ter mais amigos 
agora vinte anos depois, já tenho os e as que preciso e não 
preciso de mais. 
há vinte anos eu tinha medo de ficar apaixonado e nunca ser correspondido 
hoje tenho medo de não retribuir suficientemente à altura 
o gostar de mim. 
eu tinha medo de ficar sempre escuro, de não amanhecer no outro dia 
eu ainda amo ver amanhecer mas muita claridade agora me incomoda. 
medo de moleque é morrer antes de completar os sonhos 
sonhos que só os moleques têm 
medo de homem adulto com alma de moleque é não sonhar mais. 
medos que só os moleques têm é falhar na hora de transar 
mesmo medo que homem barbudo tem mas não diz em voz 
igual qualquer moleque tem. 
eu só tenho medo de não poder dizer mais que tenho medo 
medo de chorar na frente dos outros não é medo 
medo é de não conseguir mais chorar 
medo de não ter mais por quem chorar, pelo quê chorar 
então pra quê chorar? 
atualmente quem quiser ficar, fica e quem quiser ir, vai 
que não vou impedir 
porque não tenho mais medo de ficar sozinho 
só de ficar com gente que não acrescente e seja peso morto: 
por acreditar não acrescentar e sendo peso morto 
eu ando simplesmente me afastando, partindo sem me despedir 
porque, se eu me despedir, eu paro e penso e acabo não indo e 
ficando pior depois. 
se eu não acreditasse que ficarão melhor sem mim, eu não iria 
e já tive medo demais de não ser um amigo bom o suficiente a ponto de 
isso destruir o meu coração e eu ficar sem chão. 
quando muleque eu queria todas minhas perguntas respondidas 
atualmente nem todas as perguntas valem à pena. 
e seria melhor não ter sabido muitas das respostas que tenho hoje pra 
como esse mundo – não acaba antes de mim, mundão – funciona. 
um medo que perdura, perenemente dura e permanece 
é o de escrever e não conseguir alguém a também o fazer 
e também por não aguentar a realidade em que vive e as 
sobrepostas umas às outras. 
há vinte anos, quando eu tinha dezesseis anos, 
eu não tinha medo do que iam dizer 
ainda hoje não tenho medo, mas tenho medo de 
ter medo de não começar e medo de começar e não terminar. 
há vinte anos 
quando eu tinha dezesseis anos 
eu falava “eu te amo” 
com a mesma facilidade de quem caga, bate punheta ou siririca. 
passados vinte anos 
não tenho mais dezesseis e sim trinta e seis anos 
e hoje tenho medo de não
poder dizer “eu te amo, tu és especial pra mim” 
pra quem eu amo e considero especial
e já fez diferença significativa positiva um dia na minha vida. 
enquanto amanhecer, me lembra que tenho que dizer
antes que não haja amanhecer seguinte.
meu medo é que não haja amanheceres suficientes para dizer 
para dizer...


:: 28 de outubro de 2019 :: 

domingo, 27 de outubro de 2019

[CITAÇÃO]

“[...] a razão pela qual transformaram o Islã em um grande inimigo é porque o petróleo se encontra em terras islâmicas, um acidente geográfico e histórico. Mas os depósitos mais ricos de petróleo estão em terras muçulmanas. Há petróleo em Brunei, um pais muçulmano no Sudeste da Ásia; o Iraque tem a segunda maior reserva de petróleo; a península arábica tem petróleo. Se não houvesse petróleo em terras islâmicas, se ele estivesse em outro lugar – vamos supor que todo o petróleo estivesse na África – esse outro lugar então seria o inimigo. O Ocidente estaria dizendo: ‘Eles não são bons cristãos. Nunca aprenderam o cristianismo’, ou qualquer coisa do tipo. Acredito que o motivo que faz do Islã o inimigo hoje está diretamente ligado ao petróleo, à necessidade que os Estados Unidos têm de controlar essa região pra sempre. É esse o plano.”
– Tariq Ali em Imperialismo e Resistência. Trad. Tatiana Carvalho de Azevedo e Maitê Carvalho Cassachi, com revisão de Geraldo Martins de Azevedo Filho. São Paulo: Expressão Popular, 2005. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

o prefácio de “Imperialismo e Resistência”, de Tariq Ali, por José Arbex Jr.

“Cultivar a memória histórica tornou-se, por si só, um ato radical de subversão, afirma Tariq Ali, referindo-se ao fato de que a mídia corporativa planetária fabrica diariamente sua própria fabulação do mundo fabulação do mundo, apresentando os fatos desligados de seu contexto, não raro segundo uma perspectiva integralmente falsa, ou mesmo ridícula. Bombardeados por esse tipo de informação, apresentada com a rapidez vertiginosa permitida pelo desenvolvimento tecnológico, os espectadores, leitores e ouvintes têm a sensação de serem bem informados, quando na realidade sofrem um processo de esmagamento da memória e embotamento do senso crítico.
Com indignada ironia, Tariq Ali observa, por exemplo: ‘Foi impressionante ver Paul Wolfowitz [vice-secretário da Defesa e homem de confiança de George Bush], em Bagdá, conduzindo uma coletiva de imprensa composta basicamente por jornalistas ocidentais, e dizendo a eles: ‘Eu acho que todos os estrangeiros deveriam parar de interferir nos assuntos internos do Iraque’. ele se referia aos demais árabes, claro (...) Lá estão hoje um terço do exército britânico e dezenas de milhares de soldados estadunidenses, que viajaram milhares de quilômetros – e esse idiota enche a boca para dizer que o problema é que há muitos estrangeiros’. O absurdo todo da situação não mereceu qualquer comentário ou registro da mídia.
Cultivar a memória histórica tornou-se, por isso mesmo, necessidade imperiosa para todo aquele que pretende dissipar a nevoa mistificadora criada pelos meios de comunicação de massa, com o objetivo de compreender a verdadeira natureza dos processos políticos, econômicos, financeiros e culturais no mundo contemporâneo. ”
– José Arbex Jr., jornalista e escritor brasileiro, no prefácio de Imperialismo e Resistência, do escritor e ativista paquistanês Tariq Ali (1943-). Trad. Tatiana Carvalho de Azevedo e Maitê Carvalho Cassachi, com revisão de Geraldo Martins de Azevedo Filho. São Paulo: Expressão Popular, 2005. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

[mais] poemas escritos sobre fotos [de amigos]

ouvindo: Vírus 138, A Morte Está Em Seu Caminho, de 2015.

poemas escritos hoje mesmo sobre foto de Wheriton Fernando Moreira da Silva – da Família CEFET-Pará – no município paraense de Juruti, pega em seu perfil do Instagram.
[sem título 01]
café e cigarro, café e leitura acadêmica, leitura acadêmica e café 
onde começa o café e termina o cigarro?
onde começa o cigarro e termina o café?
onde começa o café e termina a leitura acadêmica?
onde começa o cigarro e termina a leitura acadêmica?
onde começa a leitura acadêmica e termina o café?
onde começa a leitura acadêmica e termina o cigarro?
café e cigarro e leitura acadêmica depois das quatro e meia da tarde
café e cigarro e leitura acadêmica antes das seis da tarde
depois das seis da tarde só o cigarro e a leitura acadêmica 
antes das seis da tarde barcos lado a lado
barcos com telas azuis e corpos de várias cores e tamanhos
à beira do rio, ainda no rio, dentro e fora do rio
mato e areia e chão batido por pés, chão pisado
tudo em formato
poesia-formato
prosa-formato
mato e areia e chão-batido-pisado e rio e barcos arcos arcos
se vistos pela janela do quarto
ou pelas janelas dos olhos
com café e cigarros nas mãos de quem escreve
vira formato
de mato e areia e chão-batido-pisado e rio e barcos
tudo em formato
poesia-formato
prosa-formato

no final tudo isso vira formato de quê
na cabeça de quem lê?


:: 23 de outubro de 2019 :: 



[sem título 02]
um rio por si só já é uma narrativa
narrativa de muitas narrativas.
um barco por si só já é uma narrativa 
composta sobreposta de muitas narrativas.
rio e barco compõem tantas narrativas 
tantas quanto as estrelas que iluminam
navegadores e navegantes e navegações
e rios. 
chegadas narrativas 
partidas narrativas
narrativas e beijos de despedida.
é o Boi que puxa o barco 
ou Ele guia o barco? 
voltar e partir seguro
partir e voltar seguro
Boi, me leva seguro neste barco por este rio, ó, Boi
Boi, me traz de volta seguro neste barco por este mesmo rio, ó, Boi
barco e rio, sob o sol
barco e rio
barco e rio, sob as estrelas
barco e rio


:: 23 de outubro de 2019 ::










por fim, “FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!” e “MUITAS FARRAS NA VIDA!!!” pros meus grandes amigos EDUARDO RODRIGO “BOB ROCK” PICANÇO MARCHAND, LUIZ PASTANA, JULIANA LIMA (também do CEFET) e FABIANA SILVA!!!!



bis zu dem breakin fuckin neuen post, negada!!!!

domingo, 20 de outubro de 2019

ATOR - O INVENCÍVEL: crítica do filme

ouvindo: Thulsa Doom, The Seats are Soft But the Helmet Is Way Too Tight, de 2001
p’rá falar de um filme canalha, uma trilha sonora canalha

sabida é a criação do personagem Conan pelo escritor estadunidense Robert Ervin Howard (1906-1936) em 1932 SE NÃO GOSTA DO CONAN, VAZA DAQUI É AGORA PORQUE TEU LUGAR NÃO É AQUI.
Robert Ervin Howard
sabidos são os filmes baseados nas histórias do personagem – a saber, Conan, o Bárbaro (de 1982, dirigido por John Milius, produzido por Buzz Feitshans e Raffaela De Laurentiis, com roteiro de John Milius e Oliver JFK A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR PLATOON NASCIDO EM 4 DE JULHO NIXON ASSASSINOS POR NATUREZA Stone + trilha sonora do deus Basil Poledouris), Conan - O Destruidor (de 1984, dirigido por Richard Fleischer, produzido por Dino De Laurentiis, Raffaella De Laurentiis e Edward R. Pressman, roteiro de Stanley Mann sobre história de Roy Thomas e Gerry Conway + trilha sonora do deus Basil Poledouris) e Conan, o Bárbaro (de 2011, dirigido por John Milius,Marcus Nispel, produzido por Fredrik Malmberg e Avi Lerner e Boaz Davidson e Joe Gatta e George Furla e John Baldecchi e Les Weldon, com roteiro de Thomas Dean Donnelly e Joshua Oppenheimer sobre história de Robert Ervin Howard).tem outros filmes baseados em outros personagens do autor – a saber, Guerreiros de Fogo uma das traduções de títulos mais cretinas do todo o universo mas ok, né? (de 1985, dirigido por Richard Fleischer [Vikings, os conquistadores, No Mundo de 2020], produzido por Christian Ferry, com roteiro de George MacDonald Fraser e Clive Exton sobre o conto The Shadow of the Vulture, de 1934, de Robert Ervin Howard + histórias de Roy Thomas e Barry Windsor-Smith, trilha sonora de Ennio Morricone SE DIZ FÃ DE CINEMA E NÃO CONHECE ENNIO MORRICONE? FAÇA O FAVOR PARA A HUMANIDADE DE SE MATAR), Kull, o Conquistador (de 1997, dirigido por John Nicolella [Rock Hudson, No Calor da Meia Noite, Morto ao Chegar] produzido por Raffaella De Laurentiis, roteiro de  Charles Edward Pogue [Coração de Dragão, Psicose III, A Mosca]sobre história de  Robert E. Howard, trilha sonora de Joel Goldsmith) e Solomon Kane - O Caçador de Demônios (de 2009, dirigido por Michael J. Bassett [Silent Hill: Revelação, Os Selvagens] produzido por Paul Berrow, Samuel Hadida e Kevan Van Thompson, roteiro de  Michael J. Bassett  e trilha sonora de Klaus Badelt [K-19, A Máquina do Tempo, Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra, Constantine]).
Conan, o Bárbaro, de 1982
Conan - O Destruidor, de 1984
Conan, o Bárbaro, de 2011
Guerreiros de Fogo, de 1985
Kull, o Conquistador, de 1997
Solomon Kane - O Caçador de Demônios, de 2009 
mas ‘tá, onde é que eu quero chegar com isso? 
saíram uns filmes absurdamente descarados baseados similares ao Conan nesse mesmo período, como Krull, de Peter Yates QUEM NUNCA VIU KRULL NA SESSÃO DA TARDE OU NA SESSÃO DE SÁBADO MAIS DO QUE DEFINITIVAMENTE NÃO MERECE O MEU RESPEITO, e Deathstalker - O Guerreiro Invencível, de: James Sbardellati, de 1983;  ♪♫sou o Ator principal, principal da minha novela♫♪ desculpa, não resisti - O Invencível Veículos, de 1982, de Joe D‘Amato, e O Príncipe Guerreiro, de 1982; A Rainha Guerreira, de Hector Oliveira, de 1985; e Os Bárbaros, de 1987, de Ruggero Deodato.
Krull, de 1983
 Deathstalker - O Guerreiro Invencível, de 1983
Ator - A Águia Guerreira, de 1982
O Príncipe Guerreiro, de 1982
A Rainha Guerreira, de 1985
Os Bárbaros, de 1987
é justamente desse Ator - O Invencível Veículos ADMITO MESMO QUE NUNCA VOU ME ACOSTUMAR COM O NOME DESSE FILME que tratarei aqui. vou chamar aqui de Ator - O Invencível Veículos mesmo porque é tradução direta o título original, e não como da versão estadunidense Ator - A Águia Guerreira admitamos que é um título bem bosta – é que é um filme italiano lançado em 1982 dirigido por Aristide “Joe D’Amato” Massaccesi (1936-1999) (também é responsável pela fotografia (O Antropófago e alguns filmes velha guarda da velha guarda da nada desconhecida Emanuelle SE NÃO CONHECE, FAÇA O FAVOR DE MORRER), produzido por Alex Susmann, escrito por Jose Maria Sanchez (sob o pseudônimo Sherry Russel) para a Filmarage e a Metaxa Corporation. no elenco tem-se Miles O'Keeffe (como Ator), Sabrina “Siani” Seggiani (como Roon), Ritza Brown (como Sunya Blade), Edmund (Anthony Cutlar) Purdom (1924-2009) como Griba) e Alejandro Rally Paris-“Dakar” Barrera (1921-2004) (como o Sumo-sacerdote do Rei Aranha) e Laurette Marcia “Laura” Gemser (como Indunn); com trilha sonora de Carlo Maria Cordio e edição de David Framer.
é muito fácil dizer “não compare com o Conan quando ver” porque É PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL, ainda mais que tudo começou com os contos do cimério (começando o subgênero da fantasia Espada & Feitiçaria), depois com HQs e então com os filmes, né? ‘tá, virou desenho animado também, mas não vem ao caso ai o filme de 1982 do Conan fez um sucesso do caralho e uma cambada de vagabundo foi na corda. mesmo que os produtores do filme digam que não, mas o filme é descaradamente influenciado sim, quem discorda é clubista.
MAAAAAAAAAAAAAS o filme não foi ruim quando saiu, rendeu uma grana que fez render continuações. isso mesmo. CONTINUAÇÕES. EXATAMENTE NESSA ORDEM Ator 2 - L'invincibile Orion, de 1984, também chamado de La vendetta di Ator queria entender que caceta é essa de continuações de filme terem como título ou subtítulo “A Vingança”, dirigido, escrito, filmado e editado por Joe D’Amato (creditado na direção como David Hills [!!!!!]), produzido por John Newman, trilha sonora de Karl Michael Demer e Carlo Rustichelli, a edição foi de Joe D’Amato sim, ele também e David Framer. Iron Warrior, de 1987, dirigido por Alfonso Brescia, produzido por Maurizio Maggi e Ovidio G. Assonitis, com roteiro de Steven Luotto e Alfonso Brescia, trilha sonora de Carlo Maria Cordio (que também trabalhou no filme seguinte), fotografia de Wally Gentleman e edição de Roberto Silvi. Quest for the Mighty Sword, de 1990, novamente dirigido e escrito por Joe D’Amato (e novamente creditado na direção como David Hills), produzido por Carlo Maria Cordio, fotografia de Federico Slonisco e edição de Rossana Landi.
Ator 2 - L'invincibile Orion, de 1984
Iron Warrior, de 1987
Quest for the Mighty Sword, de 1990
antes disso, de falar do enredo do filme, temos que falar de uma presepada chamada JORNADA DO HERÓI, um conceito narrativo criado pelo mitólogo/antropólogo/historiador das religiões multiclasse do caralho e mestre do universo estadunidense Joseph John Campbell (1904-1987), em sua obra O Herói de Mil Faces, de 1949.
Joseph John Campbell
O Herói de Mil Faces, de Joseph Campbell
‘tá, o Howard meio que “foda-se, quem seria Joseph Campbell?” à época de sua morte, em 1936, mas o Conan não segue total esse conceito. o Ator sim. apresentando um resumo resumido rápidola deste conceito:
– Mundo Comum – O mundo do herói antes de sua história começar;
– O Chamado – Um problema se apresenta ao herói que ele seja obrigado a resolver.
– Recusa do Chamado – O herói, geralmente por medo, recusa ou demora a aceitar o desafio.
– Encontro com o mentor ou Ajuda Sobrenatural – O herói encontra um mentor que o convence a seguir pelo caminho que se apresenta, além de treiná-lo para sua aventura;
– Cruzamento do Primeiro Portal – O herói abandona o mundo para entrar no mundo no qual há o desafio;
– Provações, aliados e inimigos – O herói enfrenta testes, encontra aliados e enfrenta inimigos, de forma que aprende as regras do mundo;
– Aproximação – O herói tem êxitos durante as provações;
– Provação difícil ou traumática – A maior crise da aventura, de vida ou morte;
– Recompensa – O herói enfrentou a morte, se sobrepõe ao seu medo e agora ganha uma recompensa;
– O Caminho de Volta – O herói deve voltar para o seu mundo;
– Ressurreição do Herói – Teste no qual o herói enfrenta novamente a morte, e deve usar tudo que aprendeu em sua jornada;
– Regresso com o Elixir – O herói volta para casa e o usa a recompensa obtidas para ajudar todos em seu mundo de origem.

agora sim ‘bora pra história de Ator.
o Culto da Aranha, por 1000 anos, regeu o mundo com tirania e maldade blá blá blá todas essas merdas. ao fim deste milênio (do filme), surgiria uma criança com a marca de nascença da água, que indicaria que seria a escolhida para destruir o Culto da Aranha. o sumo sacerdote deste culto, Dakkar sim, o nome do personagem é o nome do ator como creditado no filme, envia todos seus doze soldados para encontrar a criança e mata-la tem uma história muitíssimo parecida no Velho Testamento, ‘cês não acham?, sendo ela (a criança escolhida) filha de Taran nome bastante sugestivo, não?, último líder da resistência contra o Culto da Aranha. Taran entrega a criança para Griba, que esconde a marca de Ator, e o leva para uma vila distante, onde é dado a um casal para criar como se fosse seu novamente qualquer coincidência é mera semelhança.
Quando, já homem feito e melhor caçador da vila, Ator pede permissão do pai para casar com a irmã, Sunya, OLHA O INCESTO AI, GENTE lhe é revelado que é adotado, e fora deixado na vila para ser cuidado até chegar a idade adulta.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

no que resulta ouvir muito Belchior *E* muito Dead Fish?!? isso mesmo, o poema escrito hoje!

ouvindo: Neil Young, Landing on Water, de 1986.

se eu te contar o que eu já vi 
nessa vida 
tu não me acreditas
se eu te contar porque não durmo de noite 
tu não dormes também 
e tua língua vai coçar 
e contarás pra alguém.
só somos iguais aos nossos pais 
pelos sobrenomes 
e por morarmos no mesmo 
país em eterno subdesenvolvimento
que, quando estava em seu 
apoteótico momento, 
foi tirado da ribalta.
crises de gerações
crises de paradigmas.
é a geração seguinte que limpa o salão de
festas da festa feita pela geração anterior.
a nossa e a seguinte e a posterior
não conseguiremos limpar as das anteriores 
porque tem dos nossos contemporâneos 
que insistem em festejar.
eu não vou dormir essa noite 
pelo visto
pelo visto eu não vou dormir mais 
essa noite
pelo visto vou ver amanhecer de novo
um dia não vai mais haver amanhecer 
pra ser admirado
e eu não quero ser o que vai ver o último
todo dia é o último
todo dia é o último
todo dia é o último


:: 17 de outubro de 2019 :: 

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

ALLIES – CRÍTICA DA HQ

ouvindo: Metal Gear Solid Original Game Soundtrack, de 1998.

dia desses ai num desses encontros casuais que eu ‘tava procurando HQ nova pra ler quando deveria estar escrevendo dissertação (só pra variar, mas foda-se, minha pesquisa é sobre HQ mesmo), encontrei no Invisíveis HQ uma produzida só por mulheres chamada ALLIES. achei a premissa do caralho e, pelos nomes das autoras – Natalia Devova, Alina Erofeeva e Victoria Vinogradova – na descrição, pensei “caralho, essa porra é russa” “ou feita por russos em outra parte da Europa” “ou feita por russos residentes nos Estados Unidos” “ou feita por descendentes de russos que habitam os Estados Unidos” eu? doente? retardado? não, imagina. procurei aqui e ali na internet pra fazer esse post e eis que a porra é mesmo made in Federação Russa.
IN VODKA WE TRUST
na verdade, Allies não é uma HQ que começa do zero, mas dá pra começar a ler do zero. (Allies) é continuação de uma chamada Red Fury, também da editora Bubbles, mas escrita pelo editor-chefe desta, Artem Gabrelyanov, com arte de Denis Popov e Oleg Okunev, este último também responsável pelas capas e arte-final; e cores de Anastasiya Katerinich.
as nove edições de Red Fury, publicadas altamente irregularmente entre novembro de 2015 e julho de 2018 
POIS BEM! Allies é uma HQ de espionagem com ficção científica que novidade, olha, ‘tô realmente admirado com a criatividade desses caras. e, quando se fala em HQ de espionagem, claro que temos que falar de
 Metal Gear Solid ‘tá, sim, sou suspeito pra falar sim, mas vou falar mesmo porque o blog é meu e foda-se
Spy vs Spy SE NÃO CONHECE, RAPA DAQUI, CARALHO
Elevator Action (não é HQ mas é obrigatório também se não concorda, vá se fuder)
Queen & Country, do mestre Greg Rucka, para a Oni Comics
Xeque-Mate, a agência de espionagem da DC, criada pelo roteirista e editor Paul Kupperberg (Vigilante, Mulher-Maravilha, Liga da Justiça) e pelo desenhista Steve Erwin (Exterminador, Grimjack, Jornada nas Estrelas) em 1988, mas que quase ninguém sabia de onde veio, parou de paraquedas na clássica e saudosa DC2000, da Abril Jovem, e pra onde foi porque raramente dava as caras por aqui pelo país (mas, bem, então quer dizer que faziam o trabalho deles muito bem porque ninguém sabia nada sobre eles, porra)
Viúva Negra, a.k.a. Natalia Alianovna Romanova, ocidentalmente chamada de Natasha Romanoff, mas é a Viúva da Era de Prata da Marvel, sendo a primeira Claire Voyant, cuja primeira aparição foi na revista Mystic Comics #4, de agosto de 1940, ainda da Timely Comics. a primeira aparição da Viúva Negra Natasha Romanoff, na Tales of Suspense #52, de abril de 1964
Mistica, a.k.a. Raven Darkhölme, criada pelo roteirista Chris Claremont DISPENSA APRESENTAÇÕES e pelo artista David Cockrum, considerada a mutante mais perigosa do mundo, cuja primeira aparição foi na revista  Ms. Marvel #16, de maio de 1978, e só começou a detonar mesmo a Marvel dois números depois, ainda no mesmo ano

as 13 edições até agora de Allies, também publicadas irregularmente pela Bubbies entre março de 2017 e setembro de 2018
‘tá, mas qual é o papo de Allies , além de ser sequência de Red Fury e ser uma espionagem com ficção científica escrita por Natalia Devova, com arte de Alina Erofeeva (somente capa na edição 12), Marina Privalova (nas edições 5 a 7) e Anna Rud (a partir da edição 12) ; e; sendo colorida por Victoria Vinogradova (até a edição 11) e Anastasia Troitskaya (a partir da edição 12); publicada pela editora russa Bubble, por fundada em 2011 pelo roteirista de quadrinhos (já mencionado) Artem Gabrelyanov?
Nika Chaikina, apresentada em Red Fury, foi a melhor ladra de seu tempo e foi convocada pela Agência de Controle Internacional – criada nos anos 1940 – para ser uma agente secreta e prevenir ou terminar conflitos ao redor do globo, como a Crise dos Misseis em Cuba. então essa Agência lhe imbui o já manjado pra caralho trabalho de recuperar o Santo Graal e impedir que caia em mãos erradas.
clichê do caralho, né?
Allies começa com Chaikina presa em uma instalação médica SEM AS PERNAS que perdeu no fim de Red Fury, sendo torturada por alucinações e memórias, que não sabe quais são reais ou não até em um momento, descobrir-se que ela e sua antiga equipe – Lotta, Arthur, Josh e Johnny – estão presos em algum lugar por August van der Holt, seu antagonista, que desejava para si o Santo Graal.
então que entra em cena John Simmons, que encontra Jessica Rodriguez, rival de Chaikina, e pede sua ajuda para salvar Chaikina e seu pessoal das maõs de Holt essa sequência lembra muito, a cutscene de conversa de Campbell e Solid em Metal Gear Solid, para que Solid vá cumprir a missão em Shadow Moses.
no começo 

terça-feira, 15 de outubro de 2019

pra hoje temos poesia, pra hoje tem-se novamente poesia

ouvindo: Bachmann-Turner Overdrive, Bachmann-Turner Overdrive, de 1973.

TALVEZ O PROBLEMA, TALVEZ O PROBLEMA
talvez o problema seja eu me importar demais.
talvez o problema seja eu não me importar mais 
que as outras pessoas.
talvez o problema seja eu nunca ter me preocupado mesmo.
talvez o problema seja eu nunca ter visto mesmo problema
talvez o problema seja eu ser um eterno inadequado.
talvez o problema seja eu nunca ter procurado de 
verdade o meu espaço.
talvez o problema seja eu ouvir demais o que dizem.
talvez o problema seja eu não ouvir suficientemente ninguém
qual o verdadeiro problema afinal?
será que existe algum problema
se é, se é qual?
talvez o problema seja eu nunca ter parado pra pensar
realmente pra onde tudo isso vai no final.
talvez o problema seja eu não prestar pra nada.
talvez o problema seja eu querer ser tanto algo
que não consigo ser porra nenhuma de fato.
talvez o problema seja muito café
talvez o problema seja não beber muito café
já que o álcool em si
que eu não deveria nem ter começado
já passou do nível permitido ou como as pessoas normais dizem
“normalmente aceitável”
“socialmente aceitável”
talvez o problema seja eu querer tanto dar certo que 
no fim ou dá certo ou não dá certo o suficiente 
ou dá tudo errado miseravelmente 
ou mesmo o problema eu não me importar devidamente 
que fique fudido quando o negócio não sai como o esperado.
talvez o problema...
qual   o problema...
            o problema...
esse negócio de “não pensar no problema faz o problema ir embora”
só faz o problema piorar.
talvez o problema fonte de todos os problemas seja eu.
qual a solução...?
será que há solução...?


:: 14 de outubro de 2019 :: 

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

voltando à programação normal: i.e., POESIA

ouvindo: Uriah Heep, Living the Dream, de 2018.

era pra eu fazer a crítica de Criminal, né?
ERRADO!!!
vou postar um que escrevi hoje logo depois de almoçar que achei o resultado final do caralho
FUCKIN ENJOY IT!

ESSA GENTE, ESSA GENTE
– parte um
comer em vasilhas e em tigelas
comer em frigideiras e em panelas
comer em copos de sorvete ou em panelas

e tem gente aí, tem que gente que não tem o que comer

e tem gente aí, tem que gente que não tem onde comer

e tem gente aí, gente que não tem o que comer e onde comer

tem gente, tem gente
e tem gente ai que reclama quando tem o que comer
não é o que quer comer
e tem gente ai que reclama quando tem onde comer
não é onde quer comer
e tem gente ai que reclama quando tem o que comer e onde comer
tem gente, tem gente
gente e gente

gente que eu não quero ficar perto dessa gente que não agradece

gente que eu não quero ficar perto dessa gente que não reconhece
que tem privilégio
enquanto tem gente que não sabe nem o que é
privilégio
e só quer ter um teto
e prato 
quer ter prato e um teto
ter o que colocar no prato
quer ter o que colocar no prato
mesmo que não tenha onde deitar depois do que comer 
o que tem no prato

eu já não quero ficar perto de mim que dirá perto dessa gente

eu já não quero mais ficar perto de mim que dirá perto dessa gente
essa gente, essa gente

essa gente, essa gente
essa gente, essa gente
essa gente, essa gente

gente, gente
gente e gente
gente, gente
gente e gente

:: 14 de outubro de 2019 :: 

domingo, 13 de outubro de 2019

CRIMINAL, MARVEL, LÍNGUA NO CU E GRITARIA

ouvindo: Uriah Heep, Demons and Wizards, de 1972.

ai que meu cu acaba de cair da bunda ao saber que Criminal, o atual título que ‘tô comendo com farinha, de um selo estadunidense chamado Icon, que completou recentemente este ano quinze anos de idade PERTENCE À PORRA DA MARVEL COMICS.

eu, besta besta besta CERTO, AGORA TU CONTAS A NOVIDADE, NÉ, CARA?!?, jurava que essa porra era da Image (já que tinha baixado de um site que é especializado em títulos desta casa) ou mesmo da Dark Horse, pelo padrão absurdo de qualidade. foda-se, doido, pensava que era de qualquer editora estadunidense ai, MENOS DA PORRA DA MARVEL, já que os títulos mais violentos/adultos que tinha ciência eu era o fucking Justiceiro e essa fase do Hulk escrita pelo Al Ewing e desenhada pelo meu conterrâneo Joe Bennett até então!
The Immortal Hulk, de Al Ewing e Joe Bennett
pode melhorar?
claro que pode sim, né?
maior surpresa ainda é que outros títulos que eu tinha lido e também ficado maravilhado – The Book of Lost Souls (de Joseph Michael Straczynski DISPENSA TODO E QUALQUER TIPO DE APRESENTAÇÃO), Empress (do Mark Millar e do Stuart Immonen [Inferno, Ultimate X-Men, Vingadores]), Incognito (também da dupla Brubaker-Phillips), Powers, Scarlet MUITO OBRIGATÓRIA DEMAIS PRA CARALHO e The United States of Murder Inc. (todas do Bendis) – são igualmente todos da mesma casa.
The Book of Lost Souls, do Straczynski com arte de Colleen Doran (He-Man and Masters of the Universe, Star Wars Galaxy, Mulher-Maravilha)
Empress, de Mark Millar e de Stuart Immonen
Incognito, também da dupla Brubaker-Phillips
 Powers, escrita pelo Bendis e arte de Michael Avon Oeming (Thor, B.P.R.D., Red Sonja, Juiz Dredd)
Scarlet, escrita pelo Bendis e arte de Alex Maleev
[ALGUÉM AI DISSE “ALIAS”?!?]
The United States of Murder Inc., da mesma equipe
‘tá, sim, eu admito que lembrei da Epic, o selo adulto da Marvel e me odiei pra caralho por não relacionar que os caras da editora poderiam fazer algo novo e melhor saindo total do universo de supercretinos uniformizados, como quase conseguiram no selo MAX, sendo os melhores títulos a já citada Alias e Justiceiro da fase Garth Ennis (que culminou naquela merda de Franken-Castle que já comentei algumas vezes por aqui).
selo Epic já poderia figurar na história das comics por ter publicado na América tanto alguns títulos do mestre Moebius quanto Akira da primeira vez (foi essa edição que a Globo usou pra publicar no Brasil), a adaptação pra HQ do romance Neuromancer. mas também, ó, tinha muita coisa fudida da casa.
primeira edição de Akira pela Epic, de agosto de 1988
Neuromancer, roteiro de Tom de Haven e arte de Bruce Jensen sobre romance de William Gibson
Groo, A Guerra da Luz e das Trevas, Void Indigo, Elektra: Assassina QUE DISPENSA TODA E QUALQUER FORMA DE APRESENTAÇÃO POR SER OBRIGATÓRIA, Xenozoic Tales (que, sob o título Cadillacs and Dinosaurs, se tornou ESSE game do arcade mesmo e essa série de animação mesma que tu estás pensando), Hellraiser de Clive Barker, Raça das Trevas de Clive Barker, Pinhead vs. Marshal Law (PUTA QUE PARIU, HEIN?!?), a FUCKING NECESSÁRIA OBRIGATÓRIA E ATEMPORAL Dreadstar, a própria Marshall Law, foi muita merda valendo demais que tem que ser lida.


Xenozoic Tales, de Mark Schulz (Predador, Aliens, Star Wars, Super-Homem)
o game Cadillacs and Dinosaurs, desenvolvido pela Capcom em 1993
a série em animação, homônima, produzida pela Nelvana no mesmo ano
Groo, de Sérgio Aragonés, Stan Sakai e Mark Evanier EU NÃO DEVIA NEM ESTAR TE EXPLICANDO ISSO
 A Guerra da Luz e das Trevas, escrita pelo poeta e novelista estadunidense Tom Veitch (Star Wars, Superman) com arte de Cam Kennedy (Lobo, Justiceiro, Nick Fury, Star Wars)
Void Indigo, roteiro de Steve Gerber (Sr. Milagre, Cyberforce, Hulk) e arte de Val Mayerik (muitos livros de RPG e cartas de Magic: The Gathering)
Elektra: Assassina
Hellraiser de Clive Barker, vários artistas e roteiristas sobre obra homônima do novelista e
estadunidense Clive Barker 
Raça das Trevas de Clive Barker, vários artistas e roteiristas sobre obra homônima do novelista estadunidense Clive Barker
Marshal Law, escrita por Pat Millis (2000 AD, Doctor Who, Juiz Dredd) e arte de Dennis O’Neill (2000 AD, A Liga Extraordinária, Juiz Dredd) 
Pinhead vs. Marshal Law, pela mesma equipe
Dreadstar, do mestre Jim Starlin QUE TAMBÉM E IGUALMENTE DISPENSA APRESENTAÇÕES

é, sim, foi uma surpresa foda essa, botei minha língua no cu mas a vida é essa merda ai mesmo.a gente vai morrer e não vai saber de tudo.vamos morrer e não vamos ver de tudo isso, muitas vezes, me deixa muitíssimo aliviado, pontua-se.
quanto a Criminal, ainda esse mês falo da série, assim que eu terminar de ler tudo o que baixei dela.






BIS ZU DEM BREAKING FUCKIN NEUEN POST!!!!