ouvindo randomicamente todos os álbuns da Cátia de França [ver capas abaixo na ordem de lançamento]
20 Palavras ao redor do Sol (1979)
Estilhaços (1980)
Feliz Demais (1986)
Avatar (1996)
Hóspede da Natureza (2016)
pois sim. tem uma HQ altamente doente mental que eu ‘tava querendo ler uns tempos ai mas os links sempre ‘tavam quebrados e eu ‘tava cuma preguiça da porra de ler no original em inglês. ai que achei o scan esses dias, baixei logo e li na mesma noite quando deveria estar escrevendo a porra da dissertação pra ver qual era o papo dessa porra.
são seis edições mas vou logo dar o papo nessa porra que era pra ser mais mas ficou na última mesmo. tem que ter uma paciência da porra pra chegar ao último volume porque é tudo muito jogado e muita coisa não parece fazer muito sentido se tu não tiveres uma grande experiência com leitura de gente como Garth Ennis, Grant Morrison, esse bando de filha da puta que junta tudo na mesma panela, tu te perdes e acaba deixando a leitura.
QUAL
É
O
PAPO
DA
HISTÓRIA?!?
o que tu tens que esperar de uma história em seis partes, escrita pelos até então Irmãos Wachowski (atualmente Lilly [nascida Andrew Paul “Andy”] e Lana [nascida Laurence “Larry”]), a partir de um conceito criado por Geof Darrow, Steve Skroce (e desenhada por este último), com arte-final de Jason Keith publicada por uma tal de Burlyman entre 2004 e 2007?!?
Irmãos Wachowski ANTES
AGORA Irmãs Wachowski
isso mesmo, isso mesmo mesmo, uma história altamente aleijada mental que deixaria o Antônio Francisco Lisboa, a.k.a. Aleijadinho (1730/1738 os historiadores não entram em consenso-1814), muitíssimo orgulhoso de tão aleijada mental que é.
Mary Wollstonecraft Shelley, sua linda! EU TE VENERO!
segue o final da obra canônica de Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), Frankenstein ou o Prometeus Moderno:
“[...] interrompeu a criatura. —
Todavia essa deve ser a impressão que lhe causaram as minhas ações. Não pense que eu busco um sentimento amigo. Nem pense que eu espere encontrar simpatia. No início, o que eu queria era participar dos sentimentos de amor, de virtude, de felicidade e de afeição, de modo que todo o meu ser estava inundado
mulam qualquer boa impressão a meu respeito. Mas não procuro quem compartilhe de meu infortúnio. Sei que jamais poderei encontrar piedade. Quando pela primeira vez a busquei, era dos meus sentimentos de solidariedade, dos meus anseios de afeto e compreensão, da minha inclinação para o bem que eu esperava que alguém compartilhasse. Mas agora que a virtude se tornou para mim uma sombra, e a felicidade e o afeto se converteram no mais penoso e abominável desespero, onde buscar e de quem esperar simpatia? Contento-me em sofrer sozinho. Sei que, quando morrer, a abominação e o opróbrio pesarão sobre minha memória. Outrora alimentei esperanças de encontrar seres que, perdoando minha forma exterior, me amariam pelas qualidades morais que eu pudesse contrapor a ela. Acalentei-me de elevados pensamentos de honra e devoção. Mas agora o crime me degradou à condição do animal mais vil. Quando relembro a cadeia das minhas iniqüidades, não posso crer que sou a mesma criatura cujos pensamentos eram antes repletos de sublimidade e de visões do bem. Mas é justamente assim. O anjo decaído torna-se demônio. Entretanto, mesmo aquele inimigo de Deus e do homem tinha amigos e seguidores. Eu sou sozinho.
‘Você, que chama a Frankenstein seu amigo’, prosseguiu o monstro, ‘parece ter conhecimento de meus crimes e infortúnios. Mas às particularidades que lhe forneceu sobre eles não lhe seria possível somar as horas de desalento que padeci. Da mesma forma, jamais encontrei da parte de quem quer que fosse um mínimo de complacência. É justo isso? Devo ser tido como o único criminoso quando todo o gênero humano também errou contra mim? Por que você não odeia Félix, que expulsou seu amigo de sua porta? Por que não condena o camponês que tentou destruir o salvador de sua filha?
‘Diante de tanta incompreensão e injustiça, tangido pela revolta, assassinei criaturas inocentes, que nem mesmo sabiam da minha existência. Lancei meu criador, digno, em todos os sentidos, do amor e admiração dos homens, aos meandros da mais completa desgraça. Aqui está ele, na brancura e frieza da morte. Por mais execrado que eu seja, nada iguala o desprezo que sinto por mim mesmo.
‘Mas não receie que eu ainda venha a ser instrumento de futuros males. Minha obra está quase terminada, mas estará definitivamente consumada com o meu próprio extermínio. Não demorarei a executar esse sacrifício ou, antes, esse resgate. Deixarei seu navio na jangada que me trouxe até aqui e buscarei o ponto mais extremo do globo. Erguerei uma pira e consumirei até as cinzas este arcabouço miserável, de modo a que não possa restar de seus despojos o mínimo indício da minha imagem que possa orientar algum outro desavisado na tentativa de percorrer a senda maldita do meu criador, procurando refazer a sua obra,
‘Adeus! Deixo-o, e com você o último ser da espécie humana a quem estes olhos jamais contemplarão. Adeus, Frankenstein! Tu buscaste minha extinção para que eu não pudesse repetir minhas atrocidades. Morto tu, cumprirei agora o teu desígnio. Acenderei minha pira funerária em triunfo e exultarei na agonia das chamas. Minhas cinzas serão varridas pelos ventos e lançadas no mar. Meu espírito partirá para a paz ou o degredo da eternidade. Adeus!’
Assim falando ele pulou pela janela do camarote para o bloco de gelo que estava perto do navio. Pouco depois era impelido pelas ondas e se perdia nas trevas e na distância.”
[tradução de Miécio Araújo Jorge Honkis, versão do Círculo do Livro]
o começo de Doc Frankenstein é onde a obra de Frau Wollstonecraft termina
AH SIM!
quando terminar de upar as letras dos álbuns do Belchior (QUANDO!), vou upar as da cantora e compositora e musicista e arranjadora e professora pessoense (i.e., natural de João Pessoa, capital da Paraíba) Catarina Maria de França Carneiro, a.k.a. CÁTIA DE FRANÇA, que manda muitíssimo bem em letras e músicas, e versões musicadas de textos de graúdos como José Lins do Rego, Manoel de Barros, João Cabral de Melo Neto e o container sem guindaste supremo da literatura brasileira imediatamente depois do Machado de Assis Guimarães Rosa
cantoras da MPB que fizeram seus nomes sem escrever uma linha do que cantavam? não me façam rir, seus desgraças procurem ouvir os álbuns da Cátia de França, porque A MULHER É FODA!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você está em solo sagrado!
Agora entalhe com vossas garras na Árvore dos Registros e mostre a todos que virão que você esteve aqui!!!