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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

terça-feira, 28 de maio de 2019

MATANZA INC. - CRÔNICAS DO POST MORTEM: UM GUIA PARA DEMÔNIOS E ESPÍRITOS OBSESSORES - 2019

MATANZA INC.
CRÔNICAS DO POST MORTEM: UM GUIA PARA DEMÔNIOS E ESPÍRITOS OBSESSORES
2019
GUIA PARA DEMÔNIOS E ESPÍRITOS OBSESSORES
Aos que acordaram no lago de fogo
E que agora fazem parte do obscuro
A todos que chegaram agora ao post mortem
Aqueles que desejam que seus mortos acordem

Recomendaria aos senhores
O guia para demônios e espíritos obsessores
Tudo o que acontece depois das velas e das flores

Leitura indispensável aos recém-desencarnados
E para diabos que já foram exorcizados
A vagantes e atormentadores
O guia para demônios e espíritos obsessores
Tudo o que acontece depois das velas e das flores

SEJA O QUE SATAN QUISER
Eu não faço planos porque sei que não dá certo
De serem bem sucedidos, não passam perto
Eu só quero achar um bar que esteja aberto
Eu não sei do futuro, mas me lembro do passado
A derrota muito me serviu de aprendizado
Não se mistura certo com errado

Eu deveria mas não penso muito nisso, por mim
Seja o que Satan quiser
Não tenho mais obrigação nem compromisso
Seja o que Satan quiser
Talvez eu saia com um puta de um prejuízo, mas
Seja o que Satan quiser
Talvez me barrem na porta do paraíso
Seja o que Satan quiser

Se eu levasse em conta toda probabilidade
Se eu não fizesse só porque tenho vontade
Não teria vivido nem a metade
Porque eu paro de pensar antes que a paranoia bata
E bebo um uísque daqueles que quase mata
Se deixar a vida fica muito chata

Eu deveria mas não penso muito nisso, por mim
Seja o que Satan quiser
Não tenho mais obrigação nem compromisso
Seja o que Satan quiser
Talvez eu saia com um puta de um prejuízo, mas
Seja o que Satan quiser
Talvez me barrem na porta do paraíso
Seja o que Satan quiser

LODO NO FUNDO DO COPO
Acordei no chão do banheiro
Com a torneira aberta na pia
Eu já deveria saber
Que isso aconteceria

Nada que eu já não tenha feito
Muitas outras vezes na vida
Só não me lembro de ter deixado
A casa assim destruída

Faço coisas das quais não me recordo
Faço coisas que até mesmo Deus duvida
A verdade é que no fundo eu não me importo
Eu já estou de saída
Não sei você, mas eu vou beber

O lodo no fundo do copo
O mundo fora de foco
A vida no fundo do poço
Não sei se vale o esforço

Não sinto a passagem do tempo
Acordo tarde, não vejo o dia
Se visse também não sei
Que diferença faria

Quem dera fosse uma fase
Daquela que duram dez anos
Mas parece tudo pior
No sentido em que vamos

Já deu problema quando eu fui no casamento
Deu problema quando eu fiz aniversário
Deu problema agora nesse meio-tempo
E tudo desnecessário
Eu desconfio que tem a ver

O lodo no fundo do copo
O mundo fora de foco
A vida no fundo do poço
Talvez não vale o o esforço

O ELO MAIS FRACO DA CORRENTE
Chance de sucesso na real é inexistente
Probabilidade de morrer considerável
Nada racional
Nada muito inteligente

Seria uma prova incontestável de coragem
Algo a merecer uma medalha por bravura
A voz da razão não se ouve a essa altura

Infelizmente, morri mas não entende
Que era forte contra o elo mais fraco da corrente

Se você se safo tem toda liberdade
De fazer o que você quiser com sua vida
Sem desconfiar que está num beco sem saída

Pela evidente falta de bom senso
Resultado de muita bebida e cocaína
Pra trair e não dizer o que vê quando alucina

Infelizmente, morri mas não entende
Que era forte contra o elo mais fraco da corrente

Silêncio no lugar do discurso confiante
Um instante e até que disse tudo diferente
Como a vida pode acabar tão de repente

Infelizmente, morri mas não entende
Que era forte contra o elo mais fraco da corrente

AS MUITAS MANEIRAS DE ARRUINAR SUA VIDA
Das muitas maneiras de arruinar a sua vida
A minha preferida é com certeza embriaguez
A tantos prazeres a taverna nós convida
Doses maiores de bebida a cada vez

Se deixar eu fico aqui
Fumando charuto
Na cachaça eu disputo
Quem fica na merda primeiro

Jogando cartas, perco dinheiro
No bolso furado, perco isqueiro
Posso esquecer o rumo de casa
Mas sempre me acho a caminho do bar

Não sei dizer onde quero chegar
Talvez não esteja vivo até lá
Só posso dizer assim de saída
São muitas maneiras de arruinar a sua vida
Não precisa escolher uma só

Eu reconheço que bate o cansaço
Mas tudo que faço é tentar ser feliz
A vida é uma peça fadada ao fracasso
A esperança uma péssima atriz

Tantas mulheres eu tive
E não tive o amor de nenhuma
De quantas garrafas de Whisky
Não guardo lembrança qualquer

São tantos vícios de atitudes
São tantos riscos a minha saúde
Fico na rua de madrugada
Mesmo que esteja um frio de rachar

Não sei dizer onde quero chegar
Talvez não esteja vivo até lá
Só posso dizer assim de saída
São muitas maneiras de arruinar a sua vida
Não precisa escolher uma só

Jogando cartas, perco dinheiro
No bolso furado, perco isqueiro
Posso esquecer o rumo de casa
Mas sempre me acho a caminho do bar

Não sei dizer onde quero chegar
Talvez não esteja vivo até lá
Só posso dizer assim de saída
São muitas maneiras de arruinar a sua vida
Não precisa escolher uma só

PÉSSIMO DIA
Com que tristeza assisto o amanhecer
Será um péssimo dia pra mim
Talvez o último que eu tenha a viver
Talvez aquela que eu não veja o fim

Demasiado tempo desperdicei
Me questionando sobre o mundo real
A conclusão que infelizmente cheguei
Não foi nada legal

Não faço a menor ideia do que vem depois
Nunca foi até o momento uma preocupação
Por isso, vá embora, padre
Não me fale em absolvição

Muita revolta vem com o entardecer
Está sendo um péssimo dia pra mim
Imaginando o que eu queria fazer
Se as coisas não tivessem sido assim

A gente pensa que sabe o que faz
A gente acha que sabe o que diz
Percebe o erro sempre tarde demais
Acaba sempre infeliz

Não faço a menor ideia do que vem depois
Nunca foi até o momento uma preocupação
Por isso, vá embora, padre
Não me fale em absolvição

Não tenho a quem dar adeus
Não tenho a quem me queixar
Se eu fosse um filho de Deus
Seria fácil enganar

Que nostalgia bate ao anoitecer
Foi mesmo um péssimo dia pra mim
Queriam ver se eu ia me arrepender
Um desperdício de tempo, isso sim

Até prefiro não falar nada mais
Com tanta raiva é impossível descansar em paz

Não faço a menor ideia do que vem depois
Nunca foi até o momento uma preocupação
Por isso, vá embora, padre
Não me fale em absolvição

TUDO DE RUIM QUE ACONTECE COMIGO
Eu abri um maço de cigarros
Que acabou antes do meio dia
As garrafas já estão vazias
Não me sobra mais nenhum dinheiro

Eu passei dormindo o dia inteiro
E a semana segue repetida
No armário não há mais comida
Os meus amigo não sei dizer onde estão

Maldição, crime, castigo
Tudo de ruim que acontece comigo
Não aceito, sempre sigo
Tudo de ruim que acontece comigo

Se fiz errado, eu fiz consciente
Sempre soube onde tudo termina
Estou num trem com destino a ruína
Onde não há mais recomeço

A miséria tinha meu endereço
Me encontrou em casa por acaso
Reconheço o argumento é raso
Mas pra alguma coisa eu tenho que dar solução

Maldição, crime, castigo
Tudo de ruim que acontece comigo
Não aceito, sempre sigo
Tudo de ruim que acontece comigo

PARA O INFERNO
Disseram pra eu me preocupar com minha alma
Pois haveria no meu dia um julgamento
E numa lista consta quem está devendo

Eu só posso responder com muita calma
Que não vejo nisso mero cabimento
Não acredito em nada do que estão dizendo

Mas se for como você me diz

Para o inferno irei feliz
Porque tudo que fiz valeu muito a pena
Para o inferno irei sem problemas
Não enfrento dilemas

Para o inferno irei tranquilo
Eu digo, comigo não tem vacilo
Para o inferno irei numa boa
Eu e tantas outras pessoas

A sensação que tenho é de dever cumprido
De ter deixado tudo aqui bem resolvido
Nunca procurei na vida algum sentido

Tive sim dificuldade com as regras
E passei algum tempo quebrando pedras
Admito foi um belo voo a cegas
Mas se for como você me diz

Para o inferno irei feliz
Porque tudo que fiz valeu muito a pena
Para o inferno irei sem problemas
Não enfrento dilemas

Para o inferno irei tranquilo
Eu digo, comigo não tem vacilo
Para o inferno irei numa boa
Eu e tantas outras pessoas

Não deixe nada pra depois
Termine tudo que poder
Use o tempo que tiver
Faça a diferença

Para o inferno irei feliz
Porque tudo que fiz valeu muito a pena
Para o inferno irei sem problemas
Não enfrento dilemas

Para o inferno irei tranquilo
Eu digo, comigo não tem vacilo
Para o inferno irei numa boa
Eu e tantas outras pessoas

CHUMBO DERRETIDO
Não se resolve nada no desespero
Não há problema que não possa piorar
Você esfria sua cabeça primeiro
Pois o rancor é um sentimento traiçoeiro
Muito difícil dominar
A raiva tende a baixar
Daí verá claramente o que fez e terá que explicar
Tamanha estupidez

Acesso de fúria
Momento maldito
Achou que poderia vencer no grito?
Contrariado saiu ofendido
Cuspindo chumbo derretido

Sangue fervendo
Rumo perdido
Todo é qualquer limite excedido
Saiu daqui completamente ensandecido
Cuspindo chumbo derretido

Não diferencia o falso do verdadeiro
O delírio impede de raciocinar
Pensa em violência o tempo inteiro
Porque a morte exala um certo cheiro
E não é raro alguém se viciar
Não consegue evitar
Fica à espera da próxima vez
Em que possa matar mais alguns de vocês

Acesso de fúria
Momento Maldito
Achou que poderia vencer no grito?
Contrariado saiu ofendido
Cuspindo chumbo derretido

Sangue fervendo
Rumo perdido
Todo é qualquer limite excedido
Saiu daqui completamente ensandecido
Cuspindo chumbo derretido

A CENA DO SEU ENFORCAMENTO
A corda bem passa a sua cabeça
E o tempo congela até seu corpo desabar
Um segundo até que tudo escureça
Com certeza passa bem devagar

Não estava nos seus planos
Condenado, sem direito a recorrer
Disseram que mesmo que seja um engano
Você precisa morrer

A cena do seu enforcamento
Irá se repetir eternamente pra você
Medo, revolta e sofrimento
Vão te corroer por dentro

Não deixa nada em testamento
Não faz ideia em que cemitério está
Caindo assim no esquecimento
Porque no firmamento parece, não há mais lugar

Hey, você de novo a cada aplauso
Ouve o mecanismo acionar mais uma vez
Mão atada, pé descalço
Os detalhes, beiram a morbidez

Sempre acordar no mesmo dia
Fazei repetidamente a mesma refeição
Não imagino quem mereceria
Não há pior maldição

A cena do seu enforcamento
Irá se repetir eternamente pra você
Medo, revolta e sofrimento
Vão te corroer por dentro

Não deixa nada em testamento
Não faz ideia em que cemitério está
Caindo assim no esquecimento
Porque no firmamento parece, não há mais lugar

PODE SER QUE EU ME ATRASE
Tem vezes que você entra muito mal na tumba e capota
Tem dias que você calcula errado e acaba dentro do rio
Não fazia ideia de que estivesse tão fora da rota

A sorte mal lhe sorriu
Do precipício caiu

Bem, disse aquele que entende
Pode acelerar que a montanha sai da frente

Um carro foi perda total
Com os outros não foi diferente
Espere a conta do hospital
E da reconstrução dos bens

Resta você reconhecer que se saiu muito mal
Sinceridade ao admitir que sabia de menos
Vamos deixar pra nos encontrar no juízo final
Mas pode ser que eu me atrase
Eu vivo chegando atrasado

Nem sempre tem óleo na pista quando você derrapa
Nem sempre é um caco de vidro que rasga o pneu
Basta um pequeno deslize e um detalhe que escapa

Tava cansado e esqueceu
Tá vendo a merda que deu

Trailer que solta do engate
Eixo dianteiro que se parte
Racha o bloco do motor
O chassi partiu ao meio
Pra sair só de trator
Porque o negócio aqui foi feio

Resta você reconhecer que se saiu muito mal
Sinceridade ao admitir que sabia de menos
Vamos deixar pra nos encontrar no juízo final
Mas pode ser que eu me atrase
Eu vivo chegando atrasado

Resta você reconhecer que se saiu muito mal
Sinceridade ao admitir que sabia de menos
Vamos deixar pra nos encontrar no juízo final
Mas pode ser que eu me atrase
Eu vivo chegando atrasado

MEMENTO MORI BLUES
[tema instrumental]

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