[¡sem título!]
um dia, uma tarde, navegaremos à proa de um popopô
adentro do braço de rio Guamá que divide os
campi da UFPA entre campus básico e campus profissional.
um dia ver-Vos-á neste rio que é a cor de Vossa pele...
uma tarde verás Vossos olhos neste rio que é a cor deles...
nesta tarde Vosso rosto será uma nau
que não quebrará vento
mas também fará caminho adentro
caminho adentro... caminho pra dentro...
de meu coração que já é Vosso.
caminho pra dentro... caminho adentro...
de meu mundo que não será mais só meu
e sim nosso.
nossas serão as tardes às beiras do rio nos campi
que, atualmente, parecem mais lugares atingidos por bombardeios que trechos de obras
onde só restaram as árvores de pé
onde só sobraram as árvores de pé
o Pacífico desemboca em Vitória...
Vitória desemboca no Pacífico...
Vosso coração é nascente de qual rio?
de qual rio nasce Vosso coração?
um dia, uma tarde, seremos vento e rio
neste dia seremos popopô e rio
nesta tarde seremos rio e rio
se encontrando.
navegaremos juntos...
correntezaremos juntos...
ventaremos juntos...
“e agora, pra onde?”
o José não sabe a resposta
mas certamente quem deve saber
é a Meirelles ou mesmo
o Drummond.
:: Casa de Estudos Germânicos da Universidade Federal do Pará, 08 de maio de 2019 ::
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