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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

terça-feira, 21 de novembro de 2006

EPISÓDIO DE INVASÃO COMENTADO

Que horas são? Anoiteceu e tá frio, e eu tô escrevendo pra postar amanhã. Hoje é Segunda-feira, 20 de novembro de 2006. Hoje à tarde choveu pra porra e fez – ainda está – fazendo frio pra caralho.
Foi só eu ou alguém mais viu o episódio da série extraterrestre do SBT (Invasão)? [As outras duas séries são Taken, da Bandeirantes, e a mais do que clássica, Arquivo X, que, desta vez, está sendo transmitida pela Play TV]. Caralho, caralho, caralho. Ainda bem que eu programei o videocassete pra gravar o episódio em questão caso eu: não dormisse em casa (o que realmente aconteceu), ou chegasse bebaço ou em casa depois do horário ou incapaz de assistir o programa (por estar bebaço). Caralho, eu lamento imensamente ter perdido os últimos três episódios antes deste que gravei do Sábado, 18 (aniversário do meu amigo Álvaro Masayoshi Magalhães Ito). Este capítulo em questão se chama Origem das Espécies e, é um dos melhores dessa série, senão o melhor de todos... até agora. Nenhum outro episódio foi tão carregado de emoção, revelações e verdade. EI! ESSA É MINHA OPINIÃO! Todavia, sei lá... acho que eu sou o único cara neste grande e maravilhoso e moribundo e deplorável Estado que assiste esta série, pois ainda não encontrei ninguém que também a assista.

Bom... vamos ao que interessa e o verdadeiro motivo de eu estar escrevendo esta postagem. Para começo de conversa, exatamente aos 04 minutos e 51 segundos do 2º bloco, o Oficial Lewis vê uma luz vindo rápido dentro dá água, em sua direção [p.s.: esse Oficial Lewis é subordinado do Xerife Tom Underlay (intepretado por William Fichtner) da cidade onde se passa a série, e tem um toco no lugar de onde deveria ter um braço esquerdo... mas eu aprendi que não são as deficiências – sejam elas físicas ou mentais – que fazem uma pessoa e sim o caráter].
Aos 05’45’’, Lewis começa a entrar na água para ver a luz em questão. Aos 05’46’’, a “luz” puxa Lewis para dentro d’água e se manda com ele em uma velocidade surpreendente. Aos 05’48’’, o [filho da puta] do Xerife corre para a água para – em vão – resgatar Lewis e, com isso, ficar com a maior cara de bunda da Terra. Dos 06’11’’ aos 06’48’’, finalmente é descoberta a maneira de como o ser humano é raptado pelos extraterrenos é realmente abduzido e qual é a verdadeira forma dos alienígenas do seriado.
No começo do terceiro bloco, durante a conversa do Russell (interpretado por Eddie Cibrian) e do Hill – o cara negro que seqüestrou o Dave (interpretado por Tyler Libone) no episódio anterior – ele, o Hill, fala uma coisa interessante:
“Não sei, mas seja o que for, as pessoas afetadas parecem estar evoluindo. Uma apóia a outra, constroem uma comunidade. Aí eu me pergunto: ‘o que tem neste lugar para tudo ser tão diferente?’ Isso já aconteceu em vários lugares, mas, em Cuba e no Brasil, quase todos morreram”.
Para mim, os roteiristas deste episódio – Shaun Cassidy [que também é o diretor da série] e Juan Carlos Coto – queriam passar no trecho “o que tem neste lugar para tudo ser tão diferente?” é que nos EUA, em qualquer parte dos EUA que sejam, todas as pessoas são decentes, unidas e se apóiam uns aos outros mutuamente (há, há, há, eu simplesmente não podia perder essa). Essa é muito boa! Que o diga Michael Moore em suas obras Tiros em Columbine, Cara, Cadê O Meu País e América – Uma Nação de Idiotas, filmes como Mississipi em Chamas, A Cor Púrpura e Faça A Coisa Certa, além de obras de gente [foda] como Bob Dylan, Thomas Stearns Elliot (ou simplesmente T.S. Elliot), Creedence Clearwater Revival, Metallica (basta ler as letras dos clássicos álbuns clássicos Master Of Puppets, de 1986 [o último com o baixista Cliff Burton] e ... And Justice For All [de 1989, o primeiro com o baixista Jason Newsted, ex-Flotsam and Jetsam], Green Day (“Do you wanna be an american idiot?”), entre n outras bandas e artistas que detonam o american way of life. “País livre, tolerante, decente e unido?” Não me façam rir!

Voltando ao Invasão.
03’58’’ do terceiro bloco, alguém bate à porta da casa do Xerife. (Quem é?) É O LEWIS!... enrolado em toalhas. (eu tava almoçando pelas três da tarde quando vi isso – quase que eu tive um troço!).
O Xerife abre a porta de vidro.
XERIFE (depois de abrir a porta de vidro): Lewis.
LEWIS (virando o resto na direção do Xerife): Senhor.
XERIFE: O que está fazendo aqui? O que você... eu... Como chegou à minha casa? (pergunta antes de colocar as mãos nos ombros de Lewis).
LEWIS (calmamente): Eu vim andando.
XERIFE (espantado): Andando? Mas... de onde?
LEWIS (calmamente): Da praia.
XERIFE (espantado, procurando palavras): Entre.
Os dois entram na casa do xerife, que, depois de fechar a porta, vai até Lewis.
XERIFE: Lewis, sabe o que aconteceu ontem à noite?
LEWIS: Hã... er... hã... Eu não sei não, senhor.
XERIFE: Tem certeza?
Silêncio.
LEWIS: Tenho. Mas... eu acho que isso não importa agora. Quem sou eu para questionar um milagre?
Silêncio. O Xerife faz aquela cara de bunda de quem não sabe o que dizer.
XERIFE: Eu não sei se chamaria isso de milagre, mas...
LEWIS: Ah... mas é um milagre sim, senhor.
05 minutos e 07 segundos. Lewis abre os braços e a toalha que cobria seu abdômen cai. Onde havia somente um toco agora há um braço.
LEWIS (depois de ver seu braço): Isso é um milagre.
Agora, eu tive realmente um troço.

[depois de recuperar o fôlego e ver a cena pelo menos umas 10 vezes].

Último bloco.
Prestem bastante atenção neste diálogo, uma vez que o entendendo, será possível a total compreensão do diálogo final deste episódio. E algumas partes “do diálogo final do episódio” são complementadas por umas partes do diálogo a seguir.
01’16’’. Visão aérea.
Lewis pula... joga a bola... CESTA. A alegria de uma criança no corpo de um adulto.
PADRE O que eu posso dizer? Tem que ser milagre. E, se ele quiser contar pro mundo, deve contar.
XERIFE: Quem vai acreditar nele?
PADRE: Os fiéis.
XERIFE (inquieto): Vão pensar que ele é louco.
PADRE: Tom, todo Domingo eu fico em meu altar e proclamo o milagre da fé. Quando é apensas mistério, assombra as minhas crenças. Morte e ressurreição. Aconteceu comigo. Na noite do furacão, eu estava morto, mas Deus decidiu me salvar. Ele fez o mesmo pelo Lewis, de um jeito que jamais imaginaríamos.
XERIFE (interrompendo): Não entendeu, padre. Eu quero que diga a esse rapaz que o que aconteceu com ele é errado. Que é contra a natureza. Acredite em mim, vai ser melhor pra ele. As pessoas se assustam com o que não compreendam. Elas não vão compreende-lo.
LEWIS: Ninguém quer jogar um mano-a-mano comigo?
XERIFE: Vão querer pesquisa-lo. Vão querer pesquisar todos. E não posso permitir que aconteça.
O Padre assente afirmativamente com a cabeça, mas, visivelmente, ainda em dúvidas.
PADRE: Talvez ele possa ser convencido de que esse milagre é dele e somente dele. Uma comunhão particular com Deus?
Os dois ficam em silêncio.
XERIFE: Ou... (se vira na direção de Lewis) um teste de fé.
Close no rosto de Lewis.
XERIFE: Talvez seja necessário um sacrifício maior.
O que está guardado neste olhar do Xerife?

04’26’’
O Xerife e Lewis – trajando uniforme de oficial de polícia – saem de uma viatura. Estão em uma área verde.
LEWIS (rindo): Eu nem acredito. Eu estava acostumado com uma e... agora, tendo duas... eu me sinto... completo. E abençoado por Deus.
XERIFE: Todos somos.
LEWIS: Tem caçadores morando nessa casa? Parece abandonada.
O Xerife vai para trás da viatura, abre o porta-malas e se apóia com uma das mãos.
XERIFE: Nunca se sabe. E, mesmo assim, é bom morar perto da água.
LEWIS (se encosta no carro): É verdade.
XERIFE: A água me salvou.
LEWIS: No acidente de avião?
XERIFE (antes de olhar para dentro do porta-malas): É. Eu sobrevivi. Se bem que nem todos ficaram felizes com isso.
LEWIS: Como assim, senhor?
XERIFE: Algumas pessoas me evitavam. Achavam que eu era... não sei... algum maluco. Os primeiros anos foram os mais difíceis. E o... milagre... trouxe sofrimento para muitas pessoas.
LEWIS: Isso é muito triste, senhor.
Silêncio.
XERIFE: Mas talvez minha experiência... (ele puxa uma MOTOSERRA de dentro do porta-malas) evite que você passe pelo mesmo que eu.
Lewis se vira na direção do Xerife, vê a motoserra e, por fim, faz aquela cara de “que porra é essa?”.
Close na motoserra.

07’54’’
Close no rosto do Xerife.
LEWIS (chorando): Essa não é a vontade de Deus, senhor.
XERIFE: Como é que sabe?
LEWIS: Porque ele me deu uma bênção!
XERIFE: Como quer ficar contra Ele?
LEWIS: Ficar contra... Ele?
XERIFE: Ele tirou seu braço por uma razão, filho: para desafiar você. Isso define quem você é agora. Não era a vontade Dele?
(eu admito: lágrimas e desespero entalados na garganta!)
Lewis fica em silêncio saber o que fazer.
LEWIS: Era...
Lewis começa mesmo a chorar e, após isso, a se ajoelhar.
XERIFE: Era. (já ajoelhado) Eu não sei o que fazer, senhor. Eu não sei, senhor.
O Xerife se aproxima de Lewis, põe a mão no ombro de Lewis, depois em seu pescoço.
LEWIS: Escuta. Escuta. Vai fazer o que é certo.
(caralho, meu coração quis sair pela boca!)
O Xerife se afasta do carro de Lewis pára de chorar, olha para o alto, engole suas lágrimas, se levanta, pega a motoserra com a mão direita e a carrega para dentro da casa. Chegando lá, fecha a porta atrás de si.
Ouve-se o som da ativação da motoserra e logo em seguida os gritos lancinantes de desespero e de dor de Lewis. Aí, eu não agüentei mais: comecei a chorar mesmo!

Caralho, esses caras conseguiram se superar! Vamos ver o que vai dar no próximo episódio. Sabem, é... faz muito tempo que eu não fico assim vendo um programa de TV e... não dá pra explicar o que eu senti vendo o que eu vi sem saber o que aconteceria. Pelo amor de Deus, nenhum ser humano merece uma coisa dessas! E... o que... o que aconteceu... Foda, caras. É foda! Tomara que esse vilão se estrepe bonito no final da série.

Falando no final dela. Eu li numa [revista] Veja que Invasão só tem uma temporada, de 22 episódios, devido não ter feito sucesso suficiente nos EUA para que uma segunda temporada fosse feita. É claro que isso me deixou completamente azedo. Tem um Box a venda com todos os DVDs da (primeira e única) temporada da série, mas eu não tenho $$$ suficiente pra comprar. Eu acho... NÃO! Eu tenho certeza de que farei tal qual o meu grande amigo Caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarlos fez com a segunda temporada do Lost: baixou tudo da internet e gravou em DVD-R. É isso que eu vou fazer: pedir ou pro Raul “downloadear” na casa dele ou o Glaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauber fazer isso lá no CESUPA ou no BASA S.A. e depois gravar todos os episódios em DVD-R. Ah, vai se fuder! Eu não tenho grana pra comprar o Box então vou piratear mesmo essa porra! Semana passada, durante uma feira de videogames, o diretor de mercado da Nintendo da América Latina disse que o Brasil só poderá crescer no mercado industrial de produtos eletrônicos se os consumidores brasileiros pararem de comprar material pirata e começarem a comprar material original. “Material Real”, como ele disse.
AH, TÁ FODA! VAI SE FUDER DE NOVO! Esse cara não consegue e nem conseguirá entender que os “consumidores brasileiros de produtos eletrônicos” só poderão comprar materiais originais caso tenham renda suficiente para faze-lo. Não tem como! Só quando a renda for mais bem-distribuída entre as classes sociais! Se os ricos continuarem a ficar mais ricos e os pobres continuarem a ficar mais pobres isso não será possível! Começar a comprar materiais originais assim sem mais nem menos, como se estivéssemos nos EUA, Canadá, Japão ou em qualquer país da União Européia. Como se realmente todos que moram nos EUA, Canadá, Japão ou em qualquer país da União Européia comprasse só material original sem piratear nada – isso se todo mundo pudesse comprar mesmo. Há, há, há. Piada boa essa.

Por fim, eu estava comentando com um conhecido meu. Eu acho que ou é muita coincidência ou os extraterrestres estão monopolizando a programação do sábado à noite. Porque não é possível! No SBT tem Invasão. Na Bandeirantes tem a reprise de Taken; e, na Play TV, tem a mais do que clássica, Arquivo X. Sei lá. Eu posso estar ficando louco, não sei. (Eu? Estar ficando louco? Isso só pode ser piada). Voltando ao assunto: é a velha história da desinformação. “Vamos fazer esses terráqueos burros acreditarem que estão sozinhos no universo enquanto fritamos os cérebros deles com todas as merdas que pudermos imaginar sobre nós mesmos” ou coisa sim. Nós? Sozinhos no universo? Tá ruim! Um universo tão estupidamente e incrivelmente grande e somente nós aqui no ânus do universo? Sei, tá legal. Acho muito estranho pensar nisso, mas...


Pois bem.

Por enquanto é só.


Cuidem bem de vocês mesmos e até a próxima!

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