ouvindo: Prodigy, Experience, de 1992, Music For The Jilted Generation, de 1994
se tem um personagem filho da puta cretino retardado que eu consigo odiar mais que o Cuzeiro Aranha e o Deadpool na Marvel esse bicho se chama LEONARD SKIVORSKI JUNIOR, muitíssimo mais conhecido como DOC SAMSON, coadjuvante e pentelho do cacete irritante pra caralho quase constante das histórias de meu personagem favorito da editora, O INCRÍVEL HULK.
o personagem foi criado por Roy DISPENSA APRESENTAÇÕES PRA LEITORES DE HQ HÁ MAIS DE VINTE ANOS Thomas e Herbert “Herb” Waldo Trimpe (1939-2015), que trabalhou com Quarteto Fantástico, Capitão América, Thor, Planeta dos Macacos, G.I. Joe, Homem de Ferro, Godzilla na época da Marvel PASSEM MUITO LONGE DISSO, O Que Aconteceria Se...?, Homem-Máquina, Heróis de Aluguel, o cara se fez na Marvel – e sua primeira aparição foi na edição 141 de The Incredible Hulk de julho de 1971. e o nome da história é até His Name Is...Samson!, te mete?
edição141 de The Incredible Hulk, de julho de 1971
eu já tinha certeza que odiava o Samson, mas reler Banner, que achei de toca na minha estante quando ‘tava procurando outro negócio, me fez ter total e insofismável e pétrea certeza disso. esse arco – escrito por Brian 100 Balas Azzarello e tendo Richard Corben responsável pela arte – foi publicado no Brasil no terceiro número da finada Marvel Apresenta – com tradução de Dorival Vitor Lopes e Helcio de Carvalho –, que saiu pela Panini bem no comecinho da década passada e inicialmente como primeira história da série Startling Stories, entre julho e outubro de 2001.
Marvel Apresenta n° 3, de dezembro de 2002
cria eu que Banner seria mais uma história de crise existencial fundada no perene conflito Banner/Hulk, do quanto o primeiro deseja a morte mais do que tudo para alcançar a paz enquanto o segundo não queira nada além de viver. mas enquanto o humano cai, o Monstro ressurge cada vez mais forte e cada vez mais faminto. todavia, entrecruzado e paralelo a isso, após o Hulk ter destruído uma cidade em mais um rompante de raiva, surge o pau no cu do Samson, com uma solução “racional” para prender o Golias Esmerlda e o manter sob uma fucking consulta psiquiátrica fucking infindável (sim, o Samson é uma porra de um psiquiatra) para usar o oficial Marvel daikaijū para o bem da humanidade (UHUM, ‘TÁ BOM. SENTA ALI, CLÁUDIA).
‘tá. sim. certo. mesmo que eu considere a única coisa útil que o Samson fez na vida foi ter juntado o Hulk verde, o Sr. tira Teima e o Banner em um só fuckin powered ser e ter o roteiro do Azzarello e a arte do Corben, o maldito Samson não me desce e um dos meus prazeres na vida de leitor de HQ é o ver tomando bem exatamente no centro do brioco loco.
e até que o Samson acertou indo contra o Thaddeus Thunderbolt Ross em capturar o Banner – se valendo de uma arma bioquímica – e o enclausaurando de forma que ele não se irrite para que o Hulk tome conta. mas o Ross planeja submetê-lo (Banner) a uma fucking LOBOTOMIA e Banner considera a ideia maravilinda, já que não consegue se matar. e o cretino do Samson? claro que o viado fica loco das ideia e não aceita, não consegue aceitar isso.e o que ele faz? liberta o Hulk.
Lobotomia, uma das bandas de hardcore mais fudidas do Brasil na década de 1980
melhor parte da história: ver o Samson se fuder.
pior parte da história: tem o Samson nela.
assim que possível tem post novo aqui na parada eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
ouvindo: Ronnie James Dio, Evil or Divine - Live in New York City, de 2005
no post 10 Jogos que Marcaram minha Vida, eu falei de determinados jogos do estiloshoot ‘em up (subgênero dos jogos de tiro, mas com aeronaves ou naves espaciais) pelos quais sou apaixonado – a saber, de After Burner, 1942, 1943: The Battle of Midway e Truxton – mas eu também deveria ter colocado Aero “Sonic Wings” Fighters, de 1992, pela VideoSystem (Sonic Wings é o título do jogo quando lançado para o Super Nintendo, em 1994, e ganhou fama onde os fliperamas não chegaram com o título). o jogo ainda teve sequências – todas pela VideoSystem –, sendo elas Aero Fighters 2, de 1994 (também pela Video System); Aero Fighters 3, de 1995; Sonic Wings Special (que tem características combinadas dos três primeiros Sonic Wings), de 1996; e Aero Fighters Assault, de 1998.
After Burner, da Sega
1942, da Capcom
1943: The Battle of Midway, também da Capcom
Truxton, da Toaplan
Aero Fighters, de 1992, pela VideoSystem
Aero Fighters 2, de 1994
Aero Fighters 3, de 1995
Sonic Wings Special, de 1996
Aero Fighters Assault, de 1998
ai claro que tem filmes de combate aéreo (Pearl Harbor, de 2001, só se salva por isso) como Esquadrão Heróico, de 1954; os CRÁSSICOS Top Gun - Ases Indomáveis, de 1986, e Memphis Belle, de 1990; Prova de Fogo, de 1995; Flyboys, de 2006; Tora! Tora! Tora!, de 1970; A Batalha da Grã-Bretanha, de 1969, entre tantos outros.e simplesmente NÃO EXISTE muleque de 1930 que não quis ser piloto de caça ao os ver em ação, direta ou indiretamente.e como sou de 1983, já sabem...
Pearl Harbor, de 2001, de Michael Bay; produzido pela dupla Bay-Bruckheimer e escrito por Randall Wallace (Coração Valente, O Homem da Máscara de Ferro).
Esquadrão Heróico, de 1954, de Andrew Marton, produzido por Henry Berman (1914-1979) e escrito por Harry A. Burns.
Top Gun - Ases Indomáveis, de 1986, de Tony DISPENSA TODAS AS APRESENTAÇÕES Scott; produzido pela dupla de ouro do cinema de ação Don Simpson e Jerry Bruckheimer e escrito por Jim Cash (1941-2000) e Jack Epps Jr. (1949-) baseado num artigo do jornalista israelense Ehud Yonay chamado “Top Guns”, publicado em uma edição do ano de 1983 do periódico California Magazine.
Memphis Belle - A Fortaleza Voadora, de 1990, de Michael Caton-Jones (Dr. Hollywood - Uma Receita de Amor, Rob Roy - A Saga de uma Paixão, O Chacal [o com o Willis, o Gere, o Jack Black e o Poitier]), produzido por David Puttnam e Catherine Wyler e escrito por Monte Merrick (1949-2015).
Prova de Fogo, de 1995, de Robert Markowitz e escrito por Paris Qualles (M.A.N.T.I.S., Law & Order, Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman), Trey Ellis, Ron Hutchinson (A Ilha do Dr. Moreau, Traffic), Robert Wayland Williams (O Agente da U.N.C.L.E.) e Thomas Steven “T. S.” Cook (1947-2013) (Águia de Fogo, Projeto U.F.O., O Último Suspeito).
Flyboys, de 2006, de Tony Bill (Coração Rebelde, Conspiração Silenciosa), produzido por Dean “Independence Day” Devlin (Soldado Universal, Stargate, O Patriota) e Marc Frydman (Criei um Monstro, A Conspiração); escrito por Phil Sears (Ripper Man), Blake T. Evans (Ripper Man, Inferno no Céu, Vilões por Acaso) e David Schad Ward (Um Time Muito Louco, Sintonia de Amor, A Máscara do Zorro).
Tora! Tora! Tora!, de 1970, de Richard Fleischer, Kinji Fukasaku e Toshio Masuda; produzido por Elmo Williams e Richard Fleischer; e escrito por Ladislas Farago, Gordon W. Prange, Larry Forrester, Ryuzo Kikushima, Hideo Oguni e Akira Kurosawa sobre os livros Tora! Tora! Tora!, de 1969, de Gordon W. Prange, e The Broken Seal, de Ladislas Farago.
A Batalha da Grã-Bretanha, de 1969, de Guy Hamilton (1922-2016) (Remo - Desarmado e Perigoso, 007 Contra Goldfinger, 007 - Os Diamantes São Eternos, Com 007 Viva e Deixe Morrer, 007 Contra O Homem da Pistola de Ouro ÊTA TÍTULO AMBÍGULO DA PORRA!!!!); produzido por Harry Saltzman e Benjamin Fisz; e escrito por James Kennaway (1928-168) e Wilfred Greatorex (1921-2002).
e a HQ de hoje é total dentro dessa temática na verdade é um mangá e se chama Zero Eterno, com roteiro do romancista japonês Naoki Hyakuta (1956-), baseado em seu livro homônimo publicado originalmente em 2006 e que se tornou o livro mais vendido do Japão produzido no Japão (sim, conseguiu a proeza de desbancar Musashi, de Eiji Yoshikawa [1892-1962], de 1935), e arte de Souichi Sumoto. em 2013, com direção de Takashi Yamazaki (a versão live action de Space Battleship Yamato) e escrito por ele e por Tamio Hayashi, Eien no Zero (título original da obra) foi pra tela grande. vou até procurar pra baixar e comentar aqui, inclusive. foda é não ter a porra (UI!) do livro.
Naoki Hyakuta
Zero Eterno, de Naoki Hyakuta
Musashi, de Eiji Yoshikawa
capa do filmeEien no Zero, de 2013, dirigido por Takashi Yamazaki e escrito por ele e por Tamio Hayashi
a narrativa é traçada em segundo plano pelos irmãos Saeki, quando Keiko propõe a Kentaro a pesquisarem sobre a vida de seu avô materno Kyuzo Miyabe, que fora um Tokko, piloto suicida japonês integrante do grupo Tokkokai, atuantes durante a Segunda Guerra Mundial pilotando os famosos caças Mitsubishi A6M Zero. hell yeah, menino. hell yeah, menina. Kyuzo Miyabe era um KAMIKAZE.
segundo o artigo Quadrinhos como narrativas de cultura histórica: o Zero Eterno, da professora Janaina de Paula do Espírito Santo, de 2016, “Kamikaze é uma palavra japonesa que significa ‘vento divino’ e faz referência a um fenômeno natural que faz parte de sua história: um tufão, que em 1281 impediu as tropas mongóis de invadirem seu território” e Tokkotai o
“[...] grupo de pilotos treinados para realizar ataques suicidas, em aviões armados com 250kg de bombas, com o intuito de atacar porta aviões inimigos. Essa prática de ataques suicidas passou a ser utilizada em um momento de crise para os militares do Império Japonês, iniciada logo após ao ataque a Pearl Harbor, em 1944 (SANTO, 2016, p.2).
(sim, isso também é apresentado na revista mas lá na segunda parte do penúltimo volume)
primeira vez que eu vi esse mangá foi na Feira do Livro do ano passado, mas não consegui achar toda a série pra vender. procurei na internet e nada de preços legais, as revistas mais o frete pra cá não compensavam, e nada dos meus amigos que trabalham com compra e venda de comics e afins achar também. ai um dia varei na casa dum chegado meu do Anchieta por ser aniversário desse bitch e dei de cara com a serie completa
“viado, tu já leste esse mangá aqui?”
“leva essa porra pra ti, uma merda essa história.”
já era pra eu ter lido faz uma cara mas ‘tava me limpando de mangá devid’à dissertação (falei isso no post de ontem), mas enfim li então bora lá.
Eien no Zero tem cinco volumes, com cerca de centro e oitenta, cento e noventa cada um, só o último que tem quase duzentas e quarenta páginas. como rege a lei, sempre tem legendas em brasileiro quando aparecem termos grafados em ideogramas e tem sempre aquele glossário E S T A I L E ao final de cada edição.no começo de cada volume tem um item relativo aos pilotos de avião japoneses da época. no Japão foi publicado em 2010 pela Futabasha e no Brasil de abril a agosto de 2015 pela JBC que DESSA VEZ DEU AQUELA FORRA DO CARALHO SEMPRE BEM-VINDA e publicou em material super-especial pra colecionador em 2015, com tradução de Naguisa Kushihara e revisão de Henrique Minatogawa. tem uma falha aqui e ali mas nada comprometedor.
ademais, em cada edição se traz o Leitmotiv da dupla, não o feijão com arroz e sempre cada vez mais aprofundado, especificado. e cada entrevistado por Kentaro e Keiko não somente apresenta sua perspectiva sobre Kyuzo, mas, dentro desta, como os soldados japoneses e o povo japonês e todos eles juntos viam o principal confronto observado na obra. o segundo é de Keitaro, um perdido na vida igual o dono desse blog, se encontrar na vida e saber o que quer de fato na vida parece muitão com alguém, não?a única exceção dos militares que falam sobre Miyabe é o jornalista pentelho cretino olha o puta pleonasmo atuando ai novamente. apesar dele pontuar historicamente sobre o pré-II Guerra, o durante-Guerra e o Nachkriegs, ele tem a grande conclusão de jerico que tirou do fundo do cu que os kamikazes estão no MESMO NÍVEL QUE OS HOMENS-BOMBA RADICAIS ISLÂMICOS. é uma pachorra muitíssimo da sua monstruosa que não dá pra acreditar nem mesmo lendo a porra da revista. queria eu muitíssimo saber OU NÃO de onde CARALHO o fudido do Hyakuta tirou essa ideia, ou então solidifica-la pra mó de dar na cara dele até ele deixar de ser leso. mas como o rabo dele é comido no final da história compensa sua aparição, acreditem.
CONTINUANDO... em seu mesmo artigo (p.1), Janaina de Paula fala sobre a honra do samurai – presente em seu código de ética, o Bushidō (do japonês, “O caminho do guerreiro que cavalga”) – e esta, na obra, é questionada quando Kyuzo atira no paraquedas de um piloto cujo avião derrubara. é um ponto que é abordado duas vezes. não deixe passar.
a melhor história a ser contada sobre é do Genjiro Izaki, a mais emocionante também
a professora e pesquisadora Sonia Maria Bibe Luyten, em seu Mangá, o poder dos quadrinhos japoneses, diz que os personagens principais deste estilo de quadrinhos são geralmente humanistas, com grandes valores éticos e morais, tendo sempre sua coragem e ações questionadas por seus pares. e Kuyzo não foge deste estereótipo. ainda neste inserido, há o protagonista saber de tudo um muito – e Miyabe também atende essa prerrogativa, muito bem nota-se.
ah
sim
é preciso falar
falam, no mangá, do Deutsches Reich, a.k.a. Alemanha? sim, falam.
falam dos crimes de guerra do Japão na Coreia? sim, falam.
falam dos crimes de guerra do Japão na China? sim, falam.
falam que sempre quem se fodem são os soldados e os picas-grossas só dão as ordem e quase (praticamente) nunca dão as caras no front, só mandando os (soldados) rasos para morer em seus planos cebolinísticos (mirabolantes que quase nunca dão em nada)? sim, falam.
falam das bombas atômicas em Hiroshima e em Nagasaki?
sim, falam.
e o final de Eien no Zero é nada mais nada menos que ARREBATADOR. impossível ficar impassível a este final. a segunda metade do quinto volume é pra acabar contigo impiedosamente que tu não consegues largar até terminar a maldita leitura do último número, porque o negócio fica nada mais nada menos que MELANCOLICAMENTE APOTEÓTICO. e ARREBATADOR. e tu se perguntas por que porra não lestes há mais tempo esse mangá. e, apesar de toda a poesia presente nesta obra, nesta [obra], em todas as suas páginas, ainda vale o adágio máximo soldado estadunidense William Tecumseh Sherman (1820-1891):
“WAR IS HELL”
se faça este favor: leia Zero Eterno.
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
HYAKUTA, Naoki; SUMOTO, SOUICHI. O Zero Eterno. Trad. Naguisa Kushihara com revisão de Henrique Minatogawa. São Paulo: JBC, abril a agosto de 2015.
LUYTEN, Sonia M. Bibe. Mangá, o poder dos quadrinhos japoneses. São Paulo: Hedra, 2012.
SANTO, J. P. E.. Quadrinhos como narrativas de cultura histórica: o Zero Eterno. In: XXIII Encontro Regional da Anpuh-São Paulo, 2016, Assis. XXIII Encontro Regional da Anpuh-São Paulo, 2016.
ouvindo: Bear McCreary, Godzilla: King of the Monsters (Original Motion Picture Soundtrack), de 2019
a pergunta jfkana a que não quer calar, caso não saibas é “quem afinal vence em uma guerra?”.
Verdun – de 2016, do historiador e roteirista francês Jean-Yves Le Naour, dos desenhistas e arte-finalistas Marc Armspach, a.k.a Marko, e Iñaki Holgado, e do colorista Sebástien Bouet, para a editora francesa Grand Angle – responde veemente com um pé na sua cara
NINGUÉM
Verdun é uma cidade ao nordeste da França, fundada lá pela Idade das Trevas e reconhecida como cidade em 1648, marcada por duas grandes batalhas: a primeira, de 29 de agosto de 1792, durante a Guerra Franco-Prussiana; e a travada entre 21 de fevereiro e 18 de dezembro de 1916, sendo a maior fouderosa da Primeira Guerra Mundial, na qual germânicos e francos tocaram o caralho violentamente. historiadores estimam entre 694 e 973 MIL baixas de guerra somente nesta empreitada.
com’o roteirista da obra em três partes, Jean-Yves Le Naour, é historiador, ele vai desde o planejamento da peleja, em dezembro de 1915, quando os bur(r)ocratas ainda estavam decidindo o que fazer com seus então parcos recursos, até idos de 1924, quando os parentes dos veteranos lutaram judicialmente por seus direitos até então recusados pelo Ministério da Guerra francês da época (claro, sempre tem que ter um filho da puta e, pra piorar, nunca é só um). Le Naour também merece muitão crédito por apresentar duas perspectivas, a dos soldados e dos bur(r)ocratas – inclusive dos milicos bu(r)rocrateiros – e então a dos parentes dos soldados que foram politicamente ignorados pelos bur(r)ocratas.
sobre a arte, sem comentários sobre a arte. segundo um documentário que vi sobre esta bande dessinée (nome da HQ na França ou produzida neste país), Marko, Holgado e Bouet fizeram TUDO à lápis, e tudo transmite a tensão das três visões do negócio. eles conseguem que tu leias as emoções nas caras dos personagens e o quanto, tal qual apresentado em Nada de Novo no Front, quem se fode é o lado mais fraco – i.e., os soldados no front.
seria FUDIDO PRA CARALHO rolar uma animação dessa história com a equipe de produção à frente e foda-se.e é legal pra caralho também estar rolando muitas HQs sobre fatos históricos – não que isso seja uma novidade, como as séries europeias contando fatos, algumas brasileiras FUDIDAMENTE TENDENCIOSAS PRA PORRA QUE DÁ ATÉ RAIVA LER produzidas durante a ditadura militar no país.
tem até um’outra francesa também, 14-18, de 2014, de Éric Corbeyran (roteiro), De Éttienne Le Roux (arte) e cores de Jerome Brizard para a Delcourt, também sobre a I GM. mas eu preferi Verdun por ser só três números mesmo e não ser TUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUDO de bande dessinée que me agrade e menos ainda de Primeira Guerra Mundial, e eu não ‘tava a fim de ler nada americano nem mangá, já que eu ainda ‘tava escrevendo minha dissertação à época.
ai já viram.admito que fiquei malzão um tempão após ler Verdun, mas satisfeito porque soube logo a história toda e não fui enrolado desde quando vi I GM lá pelo final do ensino fundamental (mais de 20, 21 anos atrás, por ai) e ninguém sabia contar a porra da história da fucking Batalha de Verdun.
achei Verdun pra baixar no Invisíveis e vale pra caralho a leitura, tu não haverás de se arrepender do investimento de tempo.
o que pode ser basicamente dito sobre o roteirista e cartunista estadunidense multivencedor do Prêmio Eisner Ed Brubaker(Punho de Ferro, Capitão CuzAmérica e, em minha opinião a sua, sua segunda magnus opus [a primeira é Criminal – COMENTADA AQUI], KILL OR BE KILLED) é que
1) nada é óbvio/simples em suas histórias, e/ou
2) tu gostas e ler e de pensar ou tu não conseguirás ler um arco escrito por ele até o fim
Kill or be Killed, escrita por Brubaker e desenhada por Phillips pela Image entre 2016 e 2018.
eu já tinha certeza que o cara é um senhor filho da puta ao ler Kill or be Killed (claro que já li. danke fuckin schön Herr Le-X), Incógnito e Soldado Invernal.
aqui agora vou falar de SLEEPER, escrita por Brubaker, desenhada por pelo britânico Sean Phillips (Judge Dredd, Hellblazer, Incognito [também do Brubaker]) – também responsável pelas capas –, com vários arte-finalistas.
Slepper conta, dentro do universo WildStorm (que foi fundada em 1991 pelo Jim DISPENSA APRESENTAÇÕES Lee como Aegis Entertainment, que depois se tornou WildStorm e então foi comprada pela DC Comics em 1999) os aperreios do super-espião das Operações Internacionais (segundo entendi, essa organização trabalha na terra enquanto a StormWatch trabalha no espaço sideral) Holder Carver, que, mediante ordens de John “Topkick” Lynch, então diretor das Operações Internacionais e ex-Team 7, melhor equipe de infiltração da agência (a S.H.I.E.L.D. da DC, caso preferires), se infiltra na organização terrorista chefiada por Tao (acrônimo de Tactical Augmented Organism [tradução de Organismo Taticamente Amplificado]), criado por Optigen, uma subsidiária da Halo Corporation, agindo mediante contrato das Operações Internacionais.
SÓ QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE o Lynch entra em coma e o Holder fica por conta própria SEMPRE LEVANDO NA CARA, NUNCA DANDO UMA DENTRO e SEMPRE SENDO FUDIDO A CADA EDIÇÃO. o Tao SEMPRE está a frente dele, pronto pra comer o cu do Condutor (codinome do Holder, que consegue seus poderes por ter encostado em um artefato encontrado em uma operação das Operações Internacionais e adquire a capacidade de absorver dor e a externar pelo toque em qualquer ser vivo), que consegue se fuder mais ainda se apaixonando pela sua colega de trabalho, Gretchen CONGA LA CONGA McDonald, vulgo Miss Misery, que tem a capacidade de ficar mais forte a partir das injúrias efetuadas a outros seres vivos. se o raparigo SÓ e SOMENTE só se apaixonasse por Miss Misery, ‘tava era ótimo, mas ele passa a transar com ela, ai já era.
e o Brubaker SEMPRE coloca o braço dentro do teu cu quando acreditas que o Condutor não pode se fuder mais do que já está, vide quando é capturado pelas Operações Internacionais – junto com a Miss Misery –, torturado pelo viado do Marc “Backlash” Slayton, que era da mesma equipe que o Lynch (que todos adquiriram poderes à exposição do Gen-Factor em um missão durante a década de 1970 no Oriente Médio PFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF propaganda política da Guerra do Golfo). nessa cagada ensaiada matam o melhor amigo de Holder, o Genocide Jones, que quebra totalmente o protagonista.
a série tem 24 edições – uma porra tipo Metal Gear Solid, já que tem Metal Gear Solid e Metal Gear Solid: Sons of Liberty – e em todos eles Brubaker SEMPRE encontra uma maneira de fuder o cara. não, cara, não vai criando nenhuma expectativa quanto ao Condutor se dar bem em algum momento porque o Holder só se fode lindamente do começo ao fim. se vais pensando que ter um final feliz pra compensar tudo isso.
AHAM, PRA CARALHO QUE VAI
logo, não pensem que Sleeper terá um final feliz. NÃO VAI TER final também eu já falei de Criminal (COMENTADO AQUI) eKill or to be Killed, PORQUE NÃO VAI. Slepper é uma sequência de tapas na cara, nas 24 edições, a ponto de quase teres empatia por ele
QUASE
no fim e por mais que eu odeie admitir, Sleeper é igual Game of Thrones: NÃO É PRA TER APEGO POR PERSONAGEM ALGUM, porque alguém sempre se fode muito dicumforça no final e aqui são só todos e todas. cada edição de Sleeper será um socão na sua cara em algum momento da história e foda-se o leitor, a leitora, o caralho.