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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

VERDUN - crítica e análise da HQ

ouvindo: Bear McCreary, Godzilla: King of the Monsters (Original Motion Picture Soundtrack), de 2019 

a pergunta jfkana a que não quer calar, caso não saibas é “quem afinal vence em uma guerra?”.


Verdun – de 2016, do historiador e roteirista francês Jean-Yves Le Naour, dos desenhistas e arte-finalistas Marc Armspach, a.k.a Marko, e Iñaki Holgado, e do colorista Sebástien Bouet, para a editora francesa Grand Angle – responde veemente com um pé na sua cara 
NINGUÉM
Verdun é uma cidade ao nordeste da França, fundada lá pela Idade das Trevas e reconhecida como cidade em 1648, marcada por duas grandes batalhas: a primeira, de 29 de agosto de 1792, durante a Guerra Franco-Prussiana; e a travada entre 21 de fevereiro e 18 de dezembro de 1916, sendo a maior fouderosa da Primeira Guerra Mundial, na qual germânicos e francos tocaram o caralho violentamente. historiadores estimam entre 694 e 973 MIL baixas de guerra somente nesta empreitada.
com’o roteirista da obra em três partes, Jean-Yves Le Naour, é historiador, ele vai desde o planejamento da peleja, em dezembro de 1915, quando os bur(r)ocratas ainda estavam decidindo o que fazer com seus então parcos recursos, até idos de 1924, quando os parentes dos veteranos lutaram judicialmente por seus direitos até então recusados pelo Ministério da Guerra francês da época (claro, sempre tem que ter um filho da puta e, pra piorar, nunca é só um). Le Naour também merece muitão crédito por apresentar duas perspectivas, a dos soldados e dos bur(r)ocratas – inclusive dos milicos bu(r)rocrateiros – e então a dos parentes dos soldados que foram politicamente ignorados pelos bur(r)ocratas.
sobre a arte, sem comentários sobre a arte. segundo um documentário que vi sobre esta bande dessinée (nome da HQ na França ou produzida neste país), Marko, Holgado e Bouet fizeram TUDO à lápis, e tudo transmite a tensão das três visões do negócio. eles conseguem que tu leias as emoções nas caras dos personagens e o quanto, tal qual apresentado em Nada de Novo no Front, quem se fode é o lado mais fraco – i.e., os soldados no front.
seria FUDIDO PRA CARALHO rolar uma animação dessa história com a equipe de produção à frente e foda-se.e é legal pra caralho também estar rolando muitas HQs sobre fatos históricos – não que isso seja uma novidade, como as séries europeias contando fatos, algumas brasileiras FUDIDAMENTE TENDENCIOSAS PRA PORRA QUE DÁ ATÉ RAIVA LER produzidas durante a ditadura militar no país.
tem até um’outra francesa também, 14-18, de 2014, de Éric Corbeyran (roteiro), De Éttienne Le Roux (arte) e cores de Jerome Brizard para a Delcourt, também sobre a I GM. mas eu preferi Verdun por ser só três números mesmo e não ser TUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUDO de bande dessinée que me agrade e menos ainda de Primeira Guerra Mundial, e eu não ‘tava a fim de ler nada americano nem mangá, já que eu ainda ‘tava escrevendo minha dissertação à época.
ai já viram.admito que fiquei malzão um tempão após ler Verdun, mas satisfeito porque soube logo a história toda e não fui enrolado desde quando vi I GM lá pelo final do ensino fundamental (mais de 20, 21 anos atrás, por ai) e ninguém sabia contar a porra da história da fucking Batalha de Verdun.
achei Verdun pra baixar no Invisíveis e vale pra caralho a leitura, tu não haverás de se arrepender do investimento de tempo.
e é isso ai. 



BIS ZU DEM BREAKING FUCKING NEUEN POST!!!!

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