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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

VOLTANDO DO BURACO – sim, eu sei, já usei esse título por aqui, mas foda-se......!

ouvindo: discografias do Angelic Upstarts e do B Movie Monsters

último post por aqui, fora o de ontem, foi de 4 de dezembro d’ano passado. aconteceu coisa pra caralho mas nada muito de interessante além da minha titulação, ter escrito mais um monte, lido outro monte e dormido outro monte porque eu ‘tava precisando um monte.
e tem umas HQs fodas que tenho lido esses tempos e umas que deixei passar batido e não comentei aqui. 
então sem mais delongas e vamos a estas, citando Steven Victor Tallarico Tyler, “good new shits”

 
 
Marvel Universe vs. The Punisher
roteiro: Jonathan Maberry (Marvel Zombies: Wolverine, Capitão América: Salve a Hidra!, Predador)
arte: Goran Parlov 
cores: Lee Loughride
ano de publicação: 2010 
se tem um site que eu amo pra baixar HQ atualmente, esse é o Get Comics, tem lá praticamente TUDO lançado nos EUA que NÃO chega aqui e lá que eu pegay essa belezura quando ‘tava procurando essa nova fase do Justiceiro detonando tudo em Bagalia, escrita pelo Matthew Rosenberg, que comentei aqui.
“mas Marvel Universe vs. The Punisher?”
é um combo black meio-termo de Zumbis Marvel, sem a parte que o Justiceiro usa uma bomba atômica pra se matar levando boa parte dos heróis e vilões que o queriam transformar em zumbi, com o C R Á S S I C O Justiceiro Massacra o Universo Marvel.
Zumbis Marvel, de Robert FUCKING GOD OF UNIVERSE Kirkman, Sean Phillips (Hellblazer, 2000 AD, Invisíveis) e June Chung (Guerra Civil, Transformers e G.I. JOE UMA BOSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, Batman)
Justiceiro Massacra o Universo Marvel, já comentada de montão nesse blog
um patógeno específico pra supers os transformou em zumbis, começando pelo cuzeiro-aranha, logo depois o mundo caiu no caos e restou aos vigilantes não-supers cuidar do que sobrou da humanidade não-canibalizada – entre eles, nosso abiguinhu Frank Castligione, o protagonista dessa mini que tem muita cena épica que faz teu cu cair da bunda lindamente é leitura de uma tarde e vale muitão à pena, e – não falando como fã do Justiceiro – é muito melhor que Zumbis Marvel e Justiceiro Massacra o Universo Marvel (e olha que sou fã de carteirinha do Garth Ennis e adoro essa história dele).

 
 
 
Monster World
roteiro: Steves Niles (Aberrações no Coração da América [sua magnus opus], 30 Dias de Noite, Zombies vs Robots) e Philip Kim (Gunsuits: Alix) 
arte: Piotr Kowalski (RoboCop, Marvel Knights: Hulk, Star Trek) e Jenn Pham (Broken Moon [fudida pra caralho, vale muito a leitura])
cores: Dennis Calero (O Sombra, Assassin’s Creed, série Marvel Noir [altamente recomendada, não perca)
capas: Piotr Kowalski e Nigel Sade
editora: American Gothic Press
ano de publicação: dezembro de 2015 a março de 2016 
a editora estadunidense American Gothic Press é a “nova cara” do subgênero de quadrinhos de terror Famous Monsters of Filmland, criados pelo editor James Warren Taubman (1930-) e pelo escritor de ficção cientifica [e também editor] Forrest James Ackerman (1916-2008) e publicados de 1951, inicialmente de forma independente e depois pela Warren Publishing – criada pela dupla em 1957 – até o fechamento da editora em 1983 (justamente no ano do meu aniversário, pontua-se). papo da editora era fazer quadrinho baseado nos filmes de terror que todo mundo curtia na época e deu certo pra caralho e, mesmo depois do fim da revista, ainda apareceram muitas na mesma leva e sempre a homenageando. até minha adorada MAD fez isso quando ainda em vida.
então... Monster World... “qual é o papo de Monster World?” 
o detetive Henry Barrymore é contratado por Shirley Temple Forrester já rolando aquela homenagem de leve, uma ruiva maravilindeza do universo, pra investigar o desaparecimento do ex-marido, William Shatner Forrester, proprietário do World Studios, famoso por filmes de terror e no submundo por estar acobertando diversos assassinatos ocorridos durante as gravações dos filmes. Monster World tem tanto, mas TANTO clichê de filme de terror que chega a dar raiva mas tu não consegues parar de ler até chegar ao final, porque é muita situação absurda fudida e, o melhor!, não tem NADA lovecraftiano! e isso não é um demérito, é uma qualidade.tem, no máximo, uma situação Nada de Novo no Front, mas a história pede e atende muito bem.
Monster World não é pra leitor “novato”, mas é pra fã mesmo de filme e HQ de terror aprovo e recomendo. tem a continuação, Monster World: The Golden Age, da mesma equipe, só o que muda é ter a Holly Interlandi no roteiro. não vou comentar agora porque ainda não tive oportunidade de ler.
Aberrações no Coração da América, de Steve Niles e Greg Ruth

Strange Skies Over East Berlin
roteiro: Jeff Loveness (Vingadores, Mulher-Maravilha, Vingadores vs X-Men)
arte: Lisandro Estherren (Redneck)
cores: Patricio Delpeche (Heavy Metal, TMNT)
capas: Evan Cagle (Buffy, Power Rangers)
editora: BOOM!
ano de publicação: 2019 
o título do scan – cortesia dos meus parças do Gibiscuits – tinha a grande e excelentissima tradução de Estranhos Céus Sobre Berlim Oriental. a era de ouro da espionagem moderna foi inquestionavelmente na Guerra Fria todos os espiões se conheciam e ninguém se conhecia e sempre se perguntavam o que sabiam de fato, principalmente sobre si. quando Herring, um espião estadunidense já velho, cansado e frustrado com o trabalho que nada lhe apresenta de novo, é enviado à Alemanha Oriental para descobrir a veracidade das informações sobre uma arma que poderia desequilibrar o conflito, é confrontado não somente pelos soviéticos e por si mesmo, mas por algo além de uma arma e do controle de reles humanos. enquanto o roteiro de Jeff Loveness é brilhantemente coeso, o conjunto a quatro mãos de Lisandro Estherren e Patricio Delpeche é um orgasmo semiótico para os olhos. é notável o quão Estherren e Delpeche tomaram da fonte SEM DUPLOS SENTIDOS, CARALHO de Bill Sieckenwicz para fazer a arte dessa mini que se fecha em si e se completa si. definitiva e obrigatória.


Snapshot
roteiro: Andy Diggle (The Losers, Juiz Dredd, Demolidor)
arte e capas: Dock (2000 AD, Hellblazer, Wolverine)
editora: Image
ano de publicação: 2013 
Snapshot achei no Guardiões do Globo fiquei “‘bora ver, né?”. foi uma lida numa tapa. e quem já leu The Losers, a magnus opus da dupla Diggle/Dock, sabe que os caras não brincam em serviço pra fazer HQ de ação ininterrupta. e achei do caralho o texto ser todo em preto e branco porque lembrou as historinhas que vinham na primeira edição dos livros de tribo de Lobisomem.
“e a história?” 
a história é que o adolescente Jake Dobson, que trabalha na loja de quadrinhos Near-Mint Rhino, encontra um telefone celular. ao ver na galeria de fotos um homem assassinado, passa a ser perseguido por um assassino, até se ver em uma intriga conspiração internacional, onde nada parece ser o que é e o que é, é pior ainda do que se supõe à primeira vista. apesar do muleque sortudo que vai lutar contra o mundo todo para se salvar – com ajuda de Callie Twain, também puxada pra esse furacão, e a verdadeira cabeça pensante da dupla – e as perseguições de carro dignas de filme produzida pela dupla dinâmica dos filmes de ação Donald Clarence “Don” Simpson (1943-1996) porra, esse bicho tinha que morrer logo no dia do meu aniversário? e Jerome Leon “Jerry” Bruckheimer, nada é óbvio e simples.
pensando muito bem, Snapshot é o Inimigo do Estado dessa década, mas dois guris brancos fazendo merda; ao invés de uma fita VHS, telefones celulares; uma rede de controle mundial à la Philosophers, de Metal Gear Solid; e sem as camadas de carga dramática. é leitura rápida, mas faça com cuidado.
Inimigo do Estado, de Tony Scott, de 1998 SE NÃO ASSISTIU, RAPA DAQUI AGORA E SÓ VOLTA DEPOIS DE VER ESSE FILME
Philosophers, de Metal Gear Solid

Holy Diver
roteiro, arte e capa: Christine Larsen
editora: independente
publicação: dezembro de 2017 
♪♫ Holy Diver
You've been down too long in the midnight sea
Oh what's becoming of me?
Ride the tiger
You can see his stripes but you know he's clean
Oh don't you see what I mean?

Gotta get away
Holy Diver♫♪
mas tem que ler cantando, porra
Holy Diver achei no Ndrangheta & La Realeza, gostei do resuminho e “foda-se, warum nicht?” e lá tive um grande deleite para os olhos e a alma – porque, se não leres HQ com a alma, rapá, nem comece a ler. a graphic novel é, no mínimo, de uma sensibilidade absurda e considero seu teor fantástico comparável somente ao de Congress of Animals, de Jim Woodring, também sem balões de fala mas que diz tudo com imagens. sim, eu gosto tanto delas assim que citei as duas na minha dissertação.
Congress of Animals, de Jim Woodring, de 2011
Holy Diver faz parte do universo chamado Microcosmics – criado pela ilustradora e cartunista estadunidense Christine Larsen –, no qual nenhuma narrativa possui diálogos e se passam em um mundo fantástico que pode ser ou não a Terra, a autora não clarifica ainda bem nesta história há claramente uma história de amor entre um macho e uma fêmea de uma espécie que pode ser considerada hominídea, pais e mães que prezam por seus filhos e uma sociedade litorânea pastoral que vive de tudo oferecido pela Mãe Natureza, sem prejudicar o meio ambiente (bem que poderíamos [re]aprender com eles com fazer isso, não?). quem gosta de antropologia direcionada a sociedades nativas vai achar o máximo, ainda mais se tiver o As formas elementares de vida religiosa, do sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês David Émile Durkheim (1858-1917), e o Imagens e Símbolos, ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso, do professor, cientista das religiões (um dos dois mais fodas de todos os tempos, o outro foi o Joseph John Campbell [1904-1987]), mitólogo, filósofo e romancista romeno, naturalizado norte-americano Mircea Eliade (1907-1986), como livros de cabeceira, vai ter como a coisa mais linda do universo.
e então que o casal, em um passeio adentro-mar, com suas montarias, é surpreendido por um redemoinho marinho. em determinado momento, a montaria dele o traz de volta – infelizmente apresuntado se é que vocês me entendem. e eis que a mãe do moçoilo vai ao pai da moçoila perguntar pelo rebento e o vetuso diz que ela também não deu, mas lá estão os juvenis no meio mar, prestes a começar aquela tempestade ou o livro dos dias.
e imaginem a música do Psicose quando o Norman Bates tinha uma banda em Belém com esse nome, o som era do caralho ia matar a Norman Crane no banheiro quando tem um FUCKING monstro marinho mezzo Cthulhuesco mezzo quimeresco sim, inventei esse verbete agora, foda-se se aproximando da comunidade litorânea da mesma maneira que o Godzilla chega em Tóquio a fim tocar aquele foda-se que a gente sempre adora ver. como os soldados japoneses, os guerreiros da ilha não chegam nem perto de causar danos ao titã.
música do Psicose
após a moça perder o corpo do amado durante o ataque de um caranguejo gigante (“OPA, COMIDA, VENHA CÁ” inquestionavelmente ele pensou ao ver o casal e as montarias), ela se esconde com sua montaria, seriamente atacada pelo artrópode tamanho Juggernaut, em um buraco onde não podem ser alcançados, até caírem em algo tipo um santuário. o sangue da montaria no centro do local acende algo como velas, muitas muitas muitas delas, dispendem sua energia como se fossem os seres vivos doando sua energia para o Goku para um imenso enso enso pilar de pedra com  um olho no seu alto a energia liberada traz de volta os corpos do moço e de sua montaria ele o chama até ela, se beijam NÃO DÁ, EU JÁ TAVA CHORANDO VENDO ISSO, VÁ SE FUDER, EMOCIONANTE DEMAIS e ele mostra o caminho a ela para sair, ela sendo expelida pela energia.
o Juggernautguejo Juggernaut + caranguejo, com mais outros dois, já tão querendo abrir o monte de pedras pra pegar a moça e sobe uma rajada monstra de energia do mar, dando a entender que ela se fundiu aos Juggernautguejos. NA ILHA: o Godzil...... monstro tocando o foda-se, chega o herói mític....
NÃO
NÃO
NÃO
PERAI
A HEROÍNA MÍTICA METOFODÔNICA CARALHESCA (descrição dela na capa da HQ), dá cabo do ser mezzo Cthulhuesco mezzo quimeresco, salvando a comunidade. os pais do casal, ao verem o cordão do rapaz na heroína, perguntam-lhe do paradeiro deles, ela – após encará-los longamente – não responde e vai embora com sua montaria. os pais ficam, obviamente, inconsoláveis e o que parece ser o líder da aldeia oferece palavras amigas ao ancião.
e, ao nascer de um novo dia, os aldeões recomeçam a vida, a reconstruir o que foi destruído e reconstituir suas plantações criações de “ovelhas”. é construído um altar de agradecimento onde são entregues oferendas a um totem de madeira da heroína e são feitas orações e pedidos (eu, como cientista das religiões, achei essa parte muito fudida pra caralho).
e nada parecer confortar o coração da velha senhora que passa dias fitando o oceano, como se o filho voltasse, como se pudesse voltar. o velho senhor vai até ela. senta a seu lado. se fitam. ele coloca uma mão sobre a dela contemplam o mar.
o mar.
Holy Diver tem todos os elementos de uma narrativa mítica passada de geração pra geração, mas sem as partes chatas e sem parecer história infantil (mesmo que pareça muitíssimo uma, mas deixa estar) ou aquelas “porra, não compensou ter lido”, porque compensa pra caralho. Holy Diver é leitura pra todas as idades e gostos e não ofende ninguém (não tem a intenção pra isso mesmo), e tem que ser muito filh@ da puta cretin@ pra não gostar dessa comic.
pra mais informações sobre o trabalho de Frau Meisterin Larsen, fuçar o perfil dela no Instagram, no Twitter e o site oficial dela.

e é isso ai. esse foi o post de hoje, espero que tenham curtido e que tomem vergonha nessas caras imundas de vocês e vão ler essas porras e os textos transversais citados nesse texto.
e é isso ai.



BIS ZU DEM BREAKING FUCKING NEUEN POST!!!!

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