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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

JOLIES TÈNÉBRES - crítica e análise da HQ

ouvindo: Almir Sater, Instrumental, de 1985

eu queria ler alguma HQ nova e o Le-X SEMPRE dá umas forras do caralho quanto a isso. a pedrada da vez foi Linda Escuridão, feita a seis mãos francesas – do roteirista Fabien Vehlmann, sobre ideia de Marie Pommepuy, e arte da dupla Kerascoët (Marie Pommepuy e Sébastien Cosset), que também trabalha com ilustrações e animações. e vai te fuder parceiro, essa graphic M E R E C E M U I T Í S S I M O E P A R A C A R A L H O uma animação.
o título original é Jolies Ténèbres, publicada na França em 2009 pela Dupuis. nos EUA recebeu o título Beautiful Darkness, sendo publicada pela Drawn and Quarterly em 2009. no Brasil foi publicada ano último pela Darkside sob o título pífio de AURORA NAS SOMBRAS. Darkside só dá forra, mas quando marca..............
Jolies Ténèbres
Beautiful Darkness
“Aurora nas SombrasPFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF
“QUAL É O PAPO DE JOLIES TÉNÈBRES?” 
é a primeira vez que vou dizer: eu ‘tava rindo de DESESPERO até começar a escrever essa resenha devido ao final da HQ rindo de lagrimar foda-se, rindo de lagrimar DE DESESPERO. NUNCA. NENHUMA. HQ. tinha feito isso comigo a história é assim: uma moça está em um encontro romântico com seu pretendente Hector, sendo “assessorada” pelo nanico Plim. até que são “atacados” por um líquido vermelho que surge súbita e profusamente e são engolidos por este
no quadrinho seguinte, a moça ressurge de uma cavidade durante chuva torrencial, outras pessoas surgem e pá uma FUCKING cabeça humana (a capa do original dá meio que a porra de um spoiler pra quem ficar ligado). reparem o quadro pra terem uma verdadeira NOÇÃO da situação.
R E C E B A 
e uma sociedade de humanos, todos advindos e todas advindas DA CASA DO CARALHO – porque nunca se diz de onde eles ou cada um(a) vêm, nem el-s e nem a porra da guria estendida na porra dessa imagem – é formada/apresentada. a primeira a ser apresentada à protagonista é uma ruiva alta (Jane, saber-se-á o nome depois) que segue o “foda-se way of life”, sempre virada e com uma solução pra tudo (parece uma CERTA RUIVA que conheço e já puxei por uma ferroviária inteira por ela) logo a loira puxa para si a responsabilidade de liderar tal grupo, a ponto de cuidar de todos equitativamente. em determinado momento, sabe-se o nome da protagonista: Aurora (foda-se, doido, não é o nome dela e sim o da menina desbundada lá onde apareceram os humanos atingidos pelo raio pequenizador do Wayne Szalinski).
uma citação MUITAÇO descarada a ... E O Vento Levou, filme de 1939 dirigido por Victor Fleming (1889-1949) e escrito por Sidney Coe Howard (1891-1939), baseado no livro homônimo de Margaret Munnerlyn Mitchell (1900-1949), de 1936
apesar da arte incrivelmente absurda de linda, feita à aquarela, acontecem umas situações bem caralhescas que tu SEMPRE ficarás “mano, what the fuck porra é essa, doido?”. tem uma menina, cujo nome também nunca é revelado, que é mezzo Magali mezzo Galactus, e seu bordão é “TENHO FOME”.
das situações bem caralhescas que te deixam “mano, what the fuck porra é essa, doido?”

é familiar a algum clipe?

ser humano é a imagem e semelhança de deus? então esse deus é, no mínimo, MUITO DO SEU CRETINO
digo isso porque, volta e sempre, aparece um/a cretin@ na história que tu ficas “olha ess- filh- da puta” sabe o Plim, que falei do começo da história esse se prova um SENHOR filho da puta, que tal meme o define

um marcador temporal narrativo é o corpo em decomposição da menina, ‘macoisa bem “caralho, hein, velho?”. e notar isso, segundo concluí segundo todas as críticas que li sobre a graphic, é uma referência ao romance O Senhor das Moscas, do escritor, novelista, dramaturgo e poeta Sir William Gerald Golding (1911-1993), vencedor do Nobel de Literatura em 1983 ano do meu nascimento, olhe só. tem até duas adaptações pro cinema – a de 1963, dirigida e escrita por Peter Brook e a de 1990, dirigida por Harry Hook e escrita por Sarah Schiff, pseudônimo da roteirista, dramaturga, produtora de televisão e romancista estadunidense Jay Presson Allen (1922-2006)
O Senhor das Moscas, do escritor, novelista, dramaturgo e poeta Sir William Gerald Golding
primeira versão cinematográfica de O Senhor das Moscas, de 1963, dirigida e escrita por Peter Brook
segunda versão cinematográfica de O Senhor das Moscas, de 1990, dirigida por Harry Hook e escrita por Sarah Schiff, pseudônimo da roteirista, dramaturga, produtora de televisão e romancista estadunidense Jay Presson Allen
notar esse “marcador temporal narrativo” te dá uma trollada que, certo momento, tu não sabes mais que porra ‘tá rolando na porra do texto. mas, ao voltar, não ‘tá a mesma coisa, e sim PIOR, que tu ficas “caralho, hein, doido? colabora”. mas a Célia, que aparece na “fase final” da história, é certamente a pessoa mais filha duma égua de todo o texto, que não vai faltar motivos pra tu ficares não somente PUTAÇO com ela, mas ENCARALHADO também, sendo que o final da história se desenrola ao redor dela. que, pensando muito bem, até que é muitíssimo merecido após ela ter feito o que fez. sim, o fudido do Plim vai junto. 
nessa parte da graphic é legal que, na descida ao inferno realizada pela Aurora, rola uma homenagem nada sutil e muitão descarada do trio francês a nada mais, nada menos que à animação Princesa Mononoke, de 1997, do FUCKINGOD MEISTER Hayao Miyazaki e produzido pelo Studio Ghibli.
de onde eu venho, o nome disso é kibada violenta
e sabem a Aurora, a boazinha do começo? ela que vai dar AQUELA FORRA pra, após tudo o o que sofreu na mão dessa caralha. ESQUECE a Aurora boazinha. e, no fim, ela ainda termina morando em um relógio de cuco, na casa do humano (o gigante que fica zanzando pela floresta no meio da história?) que a Jane tinha tomado como lar (antes de ser morta pela Célia e sua trupe).
SIM, FOI DISSO QUE EU LEMBREI AO VER O RELÓGIO DE CUCO 

considerações/questionamentos:
- quando a menina que passa a se alimentar do corpo em decomposição da Aurora sonha com Aurora estando viva e saindo do parque, é ela que está sonhando ou a Aurora que está sonhando?
- foi o cara que aparece na última parte que matou a Aurora?
- os críticos que falei que falaram que tem uma pegada O Senhor das Moscas também disseram qu’esta  obra também é permeada de influências de Alice no País das Maravilhas, de 1865. como eu nunca tive culhão pra NADA do romancista, contista, fabulista, poeta, desenhista, fotógrafo, matemático e reverendo anglicano britânico Lewis Carroll (1832-1898), vai ficar tanto faz pelo tanto fez e foda-se;
 - Aurora é uma criança do século XX. segunda metade, as roupas e material escolar entregam todos os indicativos estão lá pra quem olhar com atenção.

é a segunda e última vez que direi: eu ri de DESESPERO até começar a escrever essa análise, rindo de lagrimar. foda-se, de lagrimar DE DESESPERO. NUNCA NENHUMA HQ tinha feito isso comigo.
Jolies Ténèbres entra no que o André Forastieiri sobre HQ/gibi/banda desenhada/mangá/fodasse NÃO SER PRA CRIANÇA. ‘maginem o rebuliço que seria essa graphic num espaço escolar, pra crianças e jovens. ia dar certo, não.se tem adulto que não ia se dar bem com esse texto, que dirá jovem em formação...

pois é, é isso ai. leiam Jolies Ténèbres. é uma pedrada na cara, daquelas seguras powered que não dá pra esquecer tão cedo ou mesmo NUNCA.


e cuidado com o que sonham, vai que....

2 comentários:

liscia lindinha disse...

Achei muito interessante , deve ser muito bom :) ansiosa para ler .

Unknown disse...

Fiquei interessada em ler e acompanhar essa prosopopéia.

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