Postagem em destaque

YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

finalizando transmissão de 2013

Aos amigos de ontem. Aos amigos de hoje. Aos que conheci ontem (em sentido metafórico). Aos que estiveram e ainda estão até hoje:
Nós somos A Resistência!
Nós somos A Revolução!


“When the kids are united they can never be divided”
– Bad Religion, “Robin Hood in Reverse”, True North, 2013.

NOS VEMOS EM 2014!!!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

(pré-)FIM.......

Ouvindo: X, Los Angeles, 1980.

“Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama 
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.”

– Thiago de Mello, “Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)”.


Eu devia escrever um texto imenso sobre este ano, mas me resumo e muito em dizer que, apesar de terem roubado meu note semana passada, ainda estou imensurável e verdadeiramente aliviado de enfim ter terminado a graduação. Foram muitos perrengues enlouquecedores e doentes mentais, muita coisa que me deixou verdadeiramente encaralhado. Mas... Devo admitir que asAS VITORIAS COMPENSARAM: os trabs apresentados no FALE e no ENEH (Frank, Complexe du Chimpanze, “One”, Outubro Vermelho) (além das pessoas maravilhosamente incríveis que conheci nestes eventos), o terceiro lugar nos JUBs (SUCK IT, BITCHES!), o conceito Excelente com Louvor e Graça no TCC (apesar de já esperado) e a Monografia do Ano em Humanas (eu nunca esperava, maaaaaaaaaaas SUCK IT, BITCHES!²).
A vocês todos e a vocês todas: vos sou imensurável e verdadeiramente grato de todo meu coração por terem acreditado em mim. Além de esforço pessoal, acredito piamento que essa fê me ajudou a conseguir tudo isso.
Uma vez me disseram que as coisas só terminam quando não pudermos mais lembrar delas (acho que foi o Gabriel García Márquez, não lembro). Então, ó,
EPEL PRA SEMPRE!
ENEL PRA SEMPRE!
FALE PRA SEMPRE!
ENEH PRA SEMPRE!

Ah!
e ENFIM a APROVAÇÃO EM PSICOLINGÜÍSTICA! (vide fotos) TARDIA mas MUITO BEM-VINDA! 
Com Frau Professorin Doktorin Gessiane De Fátima Lobato Picanço.
EIS O TROFÉU! como dito no Facebook, Somando os Pontinhos, dá um Regular bonitinho!
Não consegui chorar no momento, ainda não entendi isso, mas... /suspiro/


FIM DA GRADUAÇÃO!
UFPA ACCOMPLISHED!



Este foi 2013!




Bis zu dem breaking fucking neuen Post!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

POR FAVOR, VÁ SE MATAR!

Ouvindo: Black Sabbath, Master of Reality, 1971.

Se você REALMENTE ACREDITA que um aplicativo de Facebook vai te IMPEDIR DE TRANSAR COM ALGUÉM só porque as pessoas falam sobre suas cagadas do passado as avaliam, você já pode NESSE EXATO MOMENTO IR SE MATAR.


O MUNDO NÃO PRECISA DE PESSOAS QUE NEM VOCÊ!


“You’ve got to quit your little charade and join the freak parade
Now that your road has been paved from conception to your grave.
Enormous things to do, others’ practices to eschew,
To be better than you is impossible to do,
But the world won’t stop without you.
No, the world won’t stop without you.”
– Bad Religion, The World Won't Stop Without You”No Control, 1989.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

poema achado no fundo da mochila

[por ora, sem título!]

EU ainda lembro do quão fiquei encantado da primeira vez que te vi
Não lembro o dia da semana, lembro que era à noite
Era uma disciplina que eu já devia ter passado mas acabei abandonando porque me emputeci com o professor e a metodologia por ele utilizada
Eis então que acabei assinando meu doutorado de estupidez e certificado de permanência
Ainda não acredito que entendo lógica de Cálculo e de muitas disciplinas relacionadas à Construção Civil e às próprias Ciências Exatas
Mas maldito seja eu por não conseguir sequer abstrair essa porra!!!
Foda-se, eu ainda lembro do professor e da professora falando e eu não entendendo porra nenhuma
E consequentemente reprovando e reprovando.
Foda-se, tudo poderia ter sido evitado se eu fosse menos doente mental retardado e ter sido mais paciente e não irascível inconsequente
Mas não, doentes mentais retardados não fazem merda nessas proporções
Então aconteceu tudo o que aconteceu... E deu no que deu...
Eu gostaria de poder evitar termos nos magoado e nos destruído como...
O que nos resta agora? O que somos agora?
Escombros e destroços de submarinos nucleares e ônibus espaciais
Ainda permanecemos e seguiremos adiante independentemente do quão estejamos fudidamente destruídos.
Ainda tentamos e aconteceu o que aconteceu e ainda não sabemos o que fazer
Ainda estamos tão ligados e não sabemos como desconectar
Ainda me pergunto porque não demos certo de fato, mesmo já tendo uma lista de repostas coerentes e aceitáveis
Poderíamos ser um eternamente, mas (infelizmente!) não é assim que a banda toca...
Erros e acertos, encontros e desencontros, apostas, (in)certezas, (des)esperanças
Minas Tirith de areia derrubadas por tsunamis ou atingidas por cruzadores imperiais
A um ano atrás, eras minha Ama e Senhora; a um ano atrás, o mundo era nosso
A um ano atrás, as pontas dos tridentes dos demônios do passado eram bem mais afiados
Apesar do Rio de Janeiro, de Boa Vista, de Cuiabá e Uberlândia, Castanhal e Goiânia, Marabá e Florianópolis ainda me fazem passar madrugadas acordado
 A um ano atrás, nem tantas canções me faziam você me vir à mente
Versos e estrofes e sons se formando até formar o seu rosto
(Eu adoro o seu sorriso, só pra constar)
Lembro de quando mandava a aula as favas e ficava te admirando a aula inteira
E então o preço que paguei
E então também madrugo pensando em como tudo seria (poderia ser) diferente caso eu tivesse passado da primeira vez...


:: Psicolinguística, Profa. Dra. Gessiane Lobato Picanço ::
:: 25 de novembro de 2013 ::

sábado, 30 de novembro de 2013

LEITURA DA SEMANA...!

Ouvindo: Neil Young & Crazy Horse, Re-ac-tor, de 1981.

Leitura da semana: Teenage Mutant Ninja Turtles
Roteiro de Kevin Eastman (Howard the Duck,  Lost Girls) & Tom Waltz (Silent Hill)
Arte de Tom Duncan
Cores de Rhonda Peters
IDW Comics (sim, a mesma de Metal Gear Solid e Zombies vs. Robots)

APROVADO E RECOMENDADO!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

NOVA FAVORITA DO SILVERCHAIR

MINHA NOVA FAVORITA DO SILVERCHAIR: “FINDAWAY”, do álbum Frogstomp, de 1995.

FINDAWAY
(Daniel Johns)
You’ve been locked up, and you need to escape.
You broke the law, it was your first offence.
Drug addiction, subtracting all your privileges,
But giving up just makes no sense.

We’ll find away,
We’ll find away.

Don’t give in, don’t give in,
Don’t give in, don’t give in,
Ohhh.

All you can think about is breaking free.
You can’t make it on your own.
You’re thinking negative, nothing can go right.
It’s eating you down to the bone.


(ouça no volume máximo, porra!)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

MEHR ALS WÖRTER (mais do que palavras)

Eu ‘tava pensando em um super-post falando de tudo que anda acontecendo comigo estes tempo, mas esta imagem com a minha canção favorita dos Paralamas do Sucesso ganhou o meu coração e eis o post com ela: “Tendo A Lua”, do álbum Os Grãos, de 1991.



De quebra, como não achei o videoclipe da música, vai essa versão com a Pitty pra gravação de um DVD!



Bis zu dem breaking fucking neuen Post!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

POEMA LEGAL QUE ACHEI EM UM LIVRO

“Coroado por alegrias imortais eu guerreiro
O mais poderoso imperador,
Pois estou armado com amor
Pela bela filha de um conde.
Uma renda nas mãos de Na Rayambauda
Tem mais valor que toda a terra
De Ricardo, com seu Poïctou,
A rica Touraine e a famosa Anjou,
Quando de loup-garoux a plebe me chama
Quando os pastores nômades viajam,
Perseguem-me e gracejam de mim
Por nenhum momento me atingem.
Não busco palácios ou salões,
Ou abrigo na chegada do inverno,
Exposto às intempéries da noite
Minha alma se mantém feliz.
Chamo por minha Loba divina
Apenas ela recebendo o brado
Pois juro que dela é minha vida
Mais que outra, mais que eu mesmo.”
– Pierre Vidal, “A tal Donna”.

domingo, 10 de novembro de 2013

“DE VOLTA, POR ORA!”: COMENTANDO QUADRINHOS

Ouvindo: Dr. Martins & Atalayas, Churrasco.Cerveja.Futebol, de 2012.

Fazia um bom tempo que não comentava nada sobre HQ aqui e eis-me aqui novamente. Cri eu que este arco do Justiceiro valia um post. E mais alguns outros títulos também.

JUSTICEIRO: ZONA DE GUERRA
O título do arco em cinco partes, escrito por Greg Rucka, arte de Carmine di Giacomenico e cores de Matt Hollingsworth  (sim, o capista clássico da fase Garth Ennis) não é nada original, diga-se logo, além de ser basicamente a mesma equipe que fez os dezesseis números de outubro de 2011 a dezembro de 2012, com exceção de Carmine di Giacomenico, que substituiu Marco Checchetto.
Cronologicamente, a trama continua logo após da prisão da sargento Tachel Cole-Alves, que, com a ajuda do Justiceiro, executou a vingança contra os assassinos de seu marido. Situacionalmente, o Homem-Aranha vai atrás do vigilante e quase é morto no processo em uma virada de jogo. Após isso, o cabeça de teia vai até os Vingadores e expõe o problema do Castle, mostrando o tabloide que noticia que este matou três policiais (os corruptos que tentaram mata-lo na saga anterior) e, partir da decisão do Capitão América, decidem ir atrás do veterano do Vietnã. Apesar de Stark e Thor se mostrarem relutantes aceitam. Se alguém se recusa a participar? Wolverine, justamente por concordar com o modus operandi de Castle, inclusive o avisando de que será perseguido.
Sim, cada um deles tem seu modo de agir com a situação, mas logo se veem tapeados e ultrapassados por Castle em seu projeto de resgatar a sargento Alves. Talvez o que chegue mais perto de entender Castle – fora Wolverine – seja Thor. Talvez. Uma vez que o filho de Odin não saiba o que verdadeiramente mova o Justiceiro, eles não pode compreendê-lo totalmente. E as três trolladas que o vigilantes aplica no Homem de Ferro são desde já impagáveis.
A meu ver, apesar da primeira parte do final ser bem canalha – mesmo que Castle consiga cumprir seu objetivo e Rogers e o próprio Parker admitam que os Vingadores não foram exitosos nesta empreitada – serviu pra mostrar de quem estão realmente do lado. Sim, não é do homem comum. Enquanto a super-equipe cuida de problemas cósmicos, super-vilões e outras coisas realmente grandes, o Justiceiro vai atrás dos males internos da sociedade, como estupradores, traficantes, agiotas, e todo o “etc” de os “supers” não se preocupam (sim, o Demolidor é uma exceção apesar da diferença de metodologias). Ou seja, se eles não se “preocupam”, quem fá-lo-á? Quem fará algo se o cara era aparentemente o único que cortava todos os galhos das árvores? Talvez estas sejam as perguntas que possam ser abordadas em tramas futuras dos Vingadores. Mas afinal, eles se importam? Na primeira edição da mini Wolverine & Capitão América (que será discutida mais pra frente), é dito logo no começo: “Hoje, o Capitão América ainda é um soldado, liderando os Vingadores na luta para tornar nosso planeta mais seguro”. Sério mesmo? “Mais seguro” PRA QUEM?
...
Porém, na segunda parte do final, Alves retoma o manto. Ela tem a determinação e o treinamento. A lenda permanece.


WAR OF THE UNDEAD
Se tu, por algum acaso do acaso, acreditares que ver o símbolo de uma editora é sempre sinônimo de qualidade, tire essa ideia da cabeça agora mesmo. Sabe aquela HQ que tu PRECISAS ler pra saber o que é HQ canalha e aprender a ter discernimento sobre HQs valendo e HQs escrotas pra caralho? Poizé, War of the Undead, mini-série da IDW (sim, a mesma de Zombies vs. Robots e as duas Metal Gear Solid) escrita por Bryan Johnson, desenhada por Walt Flanagan e colorida por Phil Sloan (que também é responsável pelas capas) é uma delas. É as capas enganam mesmo – e muito. Só como muitas histórias muito escrotas, esta também se passa durante a II Guerra Mundial, quando uma divisão especial de pesquisa de armamentos biológicos do Exército Nazista aprisiona ninguém menos do que o Lobisomem, o Frankenstein (sim, o mesmo da obra da Shelley, mas sem citar John Milton) e o Conde Drácula e pretende usar suas propriedades para construir um exército invencível e dominar o mundo. A ideia não é ruim, agora como ela é desenvolvida é que é o caralho, isso sem contar os desenhos de merda.....

WOLVERINE & CAPITÃO AMÉRICA
Esse arco escrito por R.A. Jones e Tom Derenick (este também responsável pela arte) é uma daquelas porras tapa-buracos que a Abril usava para encher página de formatinho até o começo da década passada. Tão ruim que dá raiva e você só consegue chegar ao final só pra ter certeza do quanto a merda é ruim. E pensar que já fizeram tanta história legal com essa dupla.... Sem mais.

DREADSTAR
Lembram das edições especiais da Marvel e da DC ou mesmo de outras editoras lançadas por aqui em formato especial, com todo um excelente cuidado e que ganharam a nomenclatura Graphic Novel? Esta é a primeira da Globo, convenientemente chamada de Graphic Globo, publicada em outubro de 1988. Vamos aos fatos, muita coisa FODA foi produzida na década de 1980 (sim, muito lixo também, claro) e este especial escrito E desenhado pelo mestre Jim Starlin para a Marvel não foi diferente, que pegou o velho clichê do destruidor intergaláctico meta-fodônico destruidor de cus que cai em planeta desconhecido e, querendo esquecer de seu passado sombrio, se refugia no planeta, sendo perseguido pelo passado e voltando à guerra e o trabalhando para horizontes ainda mais atraentes e aceitáveis. Bom roteiro que não ofende a inteligência e a arte não é algo que ofenda seus olhos. Vale à pena pra caralho!

BATTLEFIELDS - A QUEDA E ASCENSÃO DE ANNA KHARKOVA
Grande e agradável surpresa da estadunidense Dynamite. Mini-série em seis partes escrita pelo irlandês maluco que todo mundo adora Garth Ennis, desenhada por Russ Braun (também responsável pelas capas) e colorida por Tony Aviña fala da história da piloto russa Anna Kharkova a partir da II Guerra Mundial (sempre ela!), passando inclusive pela Coreia, tribunais de guerra que a consideraram como traidora, sua prisão na Sibéria, etc. etc. etc. O final é apoteótico e digno das poesias conhecidas como Histórias em Quadrinhos.


E por ora, é isso ai.
Por ora.



Bis zu dem breaking fucking neuen Post!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

TAMBORES DE GUERRA.... - mais um conto terminado!

PROFESSORANDO GUERRA!


PARA O COMPLETO DESGOSTO DA MÃE E INTEIRO JÚBILO DO PAI, TORNOU-SE APAIXONADA POR TAMBORES. Não somente, xodó e ama dos irmãos, sendo a mais nova e também a única. Segundo muitos, tivera o azar de nascer em uma família de militares. Por sorte e compensação, a família era composta por músicos, cantores e compositores devotos e apaixonados por melodias pesadas, retumbantes e tempestuosas. Apesar de não ter o porte necessário para concretizar seu almejado ideal de piloto, tornou-se a mais nova e capacitada regente dos últimos três séculos.
E lá estava ela à frente de uma orquestra quando as primeiras Carolinas, Iêdas e Tinaras decolaram para o front confrontar os invasores e fazer o possível para expulsá-los ou contê-los até que algo fosse diplomaticamente feito antes da tomada do planeta. Com os pais e uma amiga, viu uma esquadra de Isadoras, Érikas, Virgínias e Danieles ser espetacular e assombrosamente interceptada e abatida por forças inimigas. Não podia conceber que algo daquele porte a ponto de, mesmo tão longe, ainda sentir o calor das máquinas e dos projéteis alcançar sua pele de tez marfim e ter a impressão de seus longos cabelos cacheados serem levemente esvoaçados.
Sob o mesmo tambor que a acompanhou em sua formatura em Bacharelado e Licenciatura em História, escreveu em pouco tempo um longo e verdadeiro tratado sobre a invasão e subjugar do planeta por forças tecnológica e, conseqüentemente, belicamente superiores – algo como a História haver se repetido de forma venenosamente irônica, por assim dizer –, sendo corrigida e complementada por duas amigas e escudeiras mútuas da academia, com quem acabara dividindo a autoria. Só não contavam que a obra fosse seminal para a aceleração dos tratados de paz e da posterior situação do planeta como posto avançado para os conquistadores. 
E quantas manhãs se passaram desd’aquela manhã? O céu de Recife está nublado enquanto n’outro lado da sala, as amigas discutem sobre as implicações sociais e culturais da assimilação da ciência e tecnologia dos invasores pelos terráqueos, e d’outro, lá está ela, frente a uma estante de partituras, ajeitando óculos de lentes grossas, corrigindo passagens inteiras de mais uma sinfonia.


:: para Jacqueline Valença, Elisiane Cordeiro e Júlia Helane ::
:: Biblioteca Central Clodoaldo Beckman, campus Guamá da Universidade Federal do Pará ::


:: 30 de outubro de 2013 ::

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LENDO NA UFPA ENQUANTO A AULA NÃO COMEÇA

Lendo na UFPA: O MÁSKARA, roteiro de John Arcudi e arte de Doug Mahnke.


E “FELIZ ANIVERSÁRIO!!!” e “MUITAS FARRAS NA VIDA!!!” às minhas excelentes THAÍSE NEGRÃO RICARDO e JULIANA LIMA e ao grande puto considerado LUÍS PASTANA!!!
Y0U 4R3 TH3 FUCK1N' 0N3S!!!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

[mais uma] VITÓRIA DOS LOBOS!!!

Ouvindo: Neil Young & Crazy Horse, Are You Passionate?, 2002


Meu amigo,

Anna e eu, entre tantos outros que eu talvez nunca conheço, dissemos que assim bem seria. E assim muito bem o foi. Neste momento, palavras não pode(ria)m exprimir o Orgulho e Satisfação que tenho em fazer parte de tal vitória de alguém que tenho em imensurável respeito e estima.

Nós sempre acreditamos em seu potencial. Nunca deixaremos de acreditar.

Então, sem mais delongas...

Kaius Fillipe Silva de Almeida, amigo e Irmão-Lobo, sê muito bem-vindo à minha Casa e à minha Família. 
Bem-vindo à Universidade Federal do Pará! 

domingo, 20 de outubro de 2013

POEMINHA DE DOMINGO

Ouvindo: Misfits, Acid Rain, 2011.


[sem título]

O último brilho que vi em teus olhos azuis, Daniela,
Foi o verde-mar dos olhos dela

:: obrigado Daniela Pellegrini Basqueira ::
:: 20 de outubro de 2013 ::

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

poema escrito no estágio

[¡sem título!]

Amor, ai meu amor
tu que tens cheiro de rosa
És de toda perfumosa
me banha com teu olhar.”
– Arraial do Pavulagem, “Recado”Gente da Nossa Terra, 1995.

Tenho um asco e um não-querer indiscutíveis por bossa nova
mas tenho um que de Vinicius e Chico
ao afirmar que Todas as Mulheres me interessam
algumas muito mais do que outras.
Os dois cantam tão mal ou até mesmo pior do que eu
mas falam por mim ao afirmar
que as Mulheres são a poesia condutora e a criação suprema.
Se usar óculos e tiver contornos Danielle-Brito-anos ou Anna-Medrado-anos
meus olhos brilharão como estrelas morrendo
e meu coração será conquistado como a Britânia pelos Jutos e Noruegueses
Digo o mesmo e assino embaixo caso tenha traços Barbara-Quadros-anos ou Daniela-Pellegrini-Basqueira-anos ou Talita-Ricieiri-Souza-anos
O que Elas têm?
Elas simplesmente SÃO!
São o Todo, o Tudo, o Começo e o Fim...
o Encontrar e a Perdição
a Arte: a Literatura e a Poesia e o Poema.
Ritas-Vieira e Vanessas-Paumgartten e Tinaras-Becker me encantam perdidamente...
Helianes-Abreu e Carolinas-Castro e Jessicas-Banho me apaixonam incondicionalmente...
Denizes-Del-Teto e Rafaelas-Gurjão e Izabellys-Loureiro são as dádivas dos deuses para os homens...
Se escrever Poesia e Conto, se o mundo for o grande questionamento
meu coração estará preso como um elétron em uma cadeia!
Iêdas-Guedes e Fátimas-Pessoa e Nisreenes-Matar são as constelações-guia
Karens-Danielas-Cunha-Moraes e Lívias-Franco-Mendes e Lorenas-Abrahão e Yagmas-Suelys-Vieira são verdadeiramente desejáveis
mesmo que Roses-Melo e Inês-Cristinas-Silva e Patricias-Kellys-Coimbra também abram meu real interesse...!
Elas são a personificação almejada pela Engenharia
a forma perfeita em seu todo almejada pela Escultura e pela Arquitetura:
Os Olhos, as Mãos, as Pernas, o Colo...
A Voz, o (Sor)Riso, a Ironia, a Segurança
A Vontade de conquistar o mundo, destruí-lo e reconstruí-lo à Sua Vontade...
Projetos executados de Rainhas de forma primorosa...
Canções e Óperas e Sinfonias perfeitas e sublimes e tenras...
Incomparavelmente belas como um Amanhecer visto da janela do avião
ou até mesmo como A Batalha dos Campos do Pelennor...
O que seria de mim sem Vós?
Adorno afirmou que é barbárie escrever Poesia após Auschwitz
Eu digo/pergunto:
“COMO escrever Poesia SEM a Mulher e a Figura Feminina?”
Elas citadas tão lindas como a explosão da primeira bomba em Alamogordo
como o lançamento de um foguete levando um satélite artificial
e até mesmo como um submarino recém-lançado a mar aberto...!
Se eu As tive? Ah,
Ah, quem dera ao menos UMA!
Para ser minha Isolda e eu ser Seu Tristão 
ser minha Luthen e eu ser Seu Beren
ser minha Eni e eu ser Seu Gereint
ser minha June e eu ser Seu Johnny
ser minha Guinevere e eu ser Seu Arthur
ser minha Zenóbia e eu ser Seu Conan
e Então: uno e ditoso e completo!
E agora? E agora
Zeldas, Samus, Xenas, Sifs, Painkiller Janes, Arendts, Bachmänner, Ripleys, Helens, Meryls, Beatrixes, Valquírias
o que será de mim
com Todas Vós em pensamento e memória e desejo reprimido
mas a uma distância não-possivelmente-mensurável
dos abraços e beijos e execução de todo um bem-querer?
O que será após lerem?
Nada muda? Tudo muda? O que muda?
O Fim-do-Entardecer é iminente e não há Chuva.


:: 18 de outubro de 2013 ::
:: Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará ::

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

POEMA PARA TALITA

[sem título]

NÃO se ofenda mas
sim, a ver, tens cara de criança
Até onde sei, só a cara
Eu gosto do formato de seu rosto
do arredondar de seus olhos
Sinto falta de seu abraço curto
porém sincero
De rires para dentro
de ficares sem graça quando eu te admiro mortalmente
Se você tem choro fácil
como afirmas
Não consigo sequer
começar
a imaginar
como deves ser ao menos lagrimando
por quaisquer motivo(s)
Imagine então
rios que arrasam cidades tendo você como nascente
Então venha cá
me abrace
deixe que meus beijos e dedos
enxuguem seu rosto
deixe-me esconder-te do mundo
em meu abraço
Lágrimas e Beijos
perguntas

:: 16 de outubro de 2013 ::
:: para Talita Ricieri Souza ::

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A MULHER DO PILOTO

A MULHER DO PILOTO
[inacabado]

“You and I together, hand and hand
We run away”
- Green Day, “Going To Pasalacqua”, 39/Smooth, 1990.

ELA PÔDE SENTIR A ARMADURA QUE A CARREGAVA CAIDO, O SOLDADO NÃO PÔDE OUVIR SEU GRITO DE DESESPERO. Subitamee, mesmo coberta pelo edredom, a moça pôde sentir primeiro o frio metálico dos braços que facilmente derrubariam um prédio a firmando dentro deles e depois o calor escaldante atravessando o traje um brevíssimo momento ates dos jatos propulsores nas botas e costas da armadura serem acionados em potêcia máxima.
Em muito e em verdade, o fato de levar sua sehora do lado de fora do módulo de combate o desagradara. Sorte pelo edredom que ela levava no porta-malas do carro: tanto a velocidade da viagem quanto as variações de temperatura devido a trajetória em parábola certamente matá-la-iam. Por um momento, lembrou-se da preocupação de sua mãe quado ele, desempregado e ocupado com nada mais do que festas e mulheres e bandas onde pudesse tocar bateria da forma mais rápida do mundo, decidiu após ver o comercial na TV:
“Yeah, man! Pilotar robôs!”
A guerra não é para todos, a admissão nas Forças Armadas, menos ainda. E essa foi uma dura liçao para os gamers sem-vida-e-antissociais que acreditaram estar com as vagad garantidas para pilotar tais máquinas de combate. Enquanto uns pagaram com a vida, outros voltaram para casa com a maior frustração de suas vidas e mais seqüelas e traumas emocionais e psicológicos no pacote. Os que não se mataram ou não se tornaram inválidos no retorno, foram absorvidos por empresas privadas de material bélico ou pelo ministério da defesa como consultores técnicos do que podia ser melhorado e/ou adicionado nos projetos de tais maquinários.
“Eu não agüento mais”, pensava antes de dormir e sohar com as mulheres antes do ingresso à marinha. Toda manhã, ele e tantos outros eram encantados com a visão de módulos antigos levantando vôo, carinhosamente chamados de "Dumbos"* devido ao peso e as formas nada aerodinâmicas, mas de uma graça ímpar que até mesmo os modelos mais recentes não podiam igualar. As lágrimas ao adormecer eram substituídas por encanto infantil ao ver os Sêniores e suas barbas míticas, devido terem pilotos os primeiros modelos usados ainda na Guerra dos Megalodônicos, muitíssimos anos antes e que havia arrasado com quase todo o planeta. Sua esperança era renovada ao ver A Redenção de Pandora** (ainda que em câmara eterna de quarentena) ou mesmo o protótipo do primeiro Nitro Hübschmann*** I, utilizado intensamente nos últimos dezoito meses do conflito, principalmente na Lua e na órbita da mesma. Mesmo que não tivesse mais os longos cabelos cacheados, ainda teria a barba vistosa como as dos heróis mitológicos sobre os quais tanto lia.
Lembrou-se de sua mãe na rodoviária, do seu pai lhe dizendo para “agüentar firme o tranco”. “Ei, sua puta”, o irmão lhe disse, “não faça feio”, e o abraçou. Muitos de seus amigos iriam junto, muitos tinham medo e alguns desistiram antes da viagem, porém não sendo condenados por isso - o medo era compreensível. Mesmo assim era bom ter quem os trouxesse de volta ao mundo real. Lamentou nenhuma delas (dos seus casos) ter ido, mas (de certa maneira) agradeceu pela situação, uma vez que seus pais e irmão já eram o bastante para deixa-lo suficientemente péssimo. Não o que elas sentissem não importasse - ao contrário. Mas estava tentando não pensar nisso, em não saber o que dizer a elas, em não ficar pior do que já estava ao vê-las mal. Suspirou. Abraçou a família antes de entrar no ônibus e sentar-se.
A conheceu na Lua, treino de campo. Amiga-de-amigo-de-não-sei-quem do pelotão, não lembrava/importava agora. Ela desdenhou e não queria comprar, mas como um amigo dissera “o 'não' já está garantido, agora é correr atrás do 'sim'”. E foi-se um ano nisso, e então mais uma âncora que o impedira de entrar nas estatísticas de evasão e suicidas, ela o ajudando sempre que podia. Mal se viam, toda vez como a última vez. Enfrentou a resistência da família dela que foi a favor de uma solução pacífica para a Guerra dos Megalodônicos, sem sucesso e, com isso, se tornando opositora ferrenha a classe militar. 

[ainda pra terminar]

* ler o conto Engasgada
** ler o conto Eu Ainda Lembro que Você me Disse...
*** idem Nota *

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ADEUS A UM MESTRE...........................

Eis que aqui declaro todos os meus agradecimentos a um dos meus autores favoritos que faleceu esta madrugada: Thomas Leo Clancy Jr. Ou simplesmente TOM CLANCY, nascido – em 1947 – e falecido ontem na cidade estadunidense de Baltimore, no estado de Maryland.

O cara foi foda mesmo eu sendo puto com ele sendo de direita conservador e mostrando isso descaradamente em suas obras a ponto de me deixar puto, sem mais. Eu até o citei no meu TCC.

(sim, é uma foto do MEU exemplar do A Caçada ao Outubro Vermelho, comprado este ano)

Ainda bem que eu li sua magnum opus, A Caçada ao Outubro Vermelho ([foto morta da sua pilantra acima] do qual até fiz uma produção acadêmica: Registros Literários e Fílmicos da Guerra Sussurrada: a Guerra Fria em “A Caçada ao Outubro Vermelho”, de Tom Clancy e John McTiernan [ver Vamos ao Encontro do Mais Forte: XXXII Encontro Nacional de Estudantes de História, de julho deste ano]), de 1984, antes da morte dele. Sim, isso é um alívio, porque o que vai aparecer de “leitor” dele........

Séries de livros (os que tem a tradução em português já foram publicados no Brasil):
Jack Ryan
The Hunt for Red October (1984) – A Caçada ao Outubro Vermelho
Patriot Games (1987) – Jogos Patrióticos
Cardinal of the Kremlin (1988) – Cardeal do Kremlin
Clear and Present Danger (1989) – Perigo Real e Imediato
The Sum of All Fears (1991) – A Soma de Todos os Medos
Without Remorse (1993) – Sem Remorso
Debt of Honor (1994) – Divida de Honra
Executive Orders (1996) – Ordens do Executivo
Rainbow Six (1997) – Rainbow Six
The Bear and the Dragon (2000) – O Urso e o Dragão
Red Rabbit (2002) – Coelho Vermelho
The Teeth of the Tiger (2003) – Os Dentes do Tigre
Dead or Alive (2010) - Dead or Alive

Op-Center
Op-Center (1995) - Op-Center
Mirror Image (1995) - Reflexo no espelho
Games of State (1996) - Jogos de Estado
Acts of War (1996) - Atos de guerra
Balance of Power (1998) - Equilíbrio de forças
State of Siege (1999) -
Divide and Conquer (2000) -
Line of Control (2001) -
Mission of Honor (2002) -
Sea of Fire (2003) -
Call to Treason (2004) -
War of Eagles (2005) -

Power Plays
Politika (1997) (com Martin H Greenberg) – Politika
Ruthless.Com (1998) (com Martin H Greenberg) – Ruthless.com
Shadow Watch (1999) (com Martin H Greenberg) – Vigília Noturna
Bio-Strike (2000) (com Martin H Greenberg) – Ataque Biológico
Cold War (2001) (com Jerome Preisler) – Guerra Fria
Cutting Edge (2002) (com Jerome Preisler) - Vanguarda
Zero Hour (2003) (com Martin H Greenberg e Jerome Preisler) – A Hora Zero
Wild Card (2004) (com Jerome Preisler) - Coringa'

Tom Clancy's Splinter Cell (com David Michaels)
Tom Clancy's Splinter Cell (2004)
Splinter Cell Pandora Tomorrow (2005)
Splinter Cell Chaos Theory (2006)
Splinter Cell Essentials (2006)
Splinter Cell Double Agent (2007)
Splinter Cell Conviction (2009)
Splinter Cell Blacklist (2013)








Ruhen Sie in Frieden, Herr Clancy!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

POEMA ESCRITO NO BUZÃO VINDO À UNIVERSIDADE

“Imaturidade é achar que todas as cores se resumem uma única cor”
– Claufe Rodrigues, “Acróstico”

[sem título]
PARTE do meu Coração está em Belo Horizonte
25% em Londrina
Um Quarto de Olhos Castanhos Amorenados
A Última Parte de Vermelho Voluptuoso.
E agora, meu Boi,
Boi da Lua,
O que fazer?
Coração partido (mas não quebrado), o que fazer?
Alguns demônios exorcizados e uma Highway to Hell de último semestre da graduação pra percorrer.
Um dia, as mãos Delas nas minhas e quando de novo?
Quando de novo, Vardé?
Só com as Lembranças
Sozinho com que Elas me deixaram de Tesouro.

:: 30 de setembro de 2013 ::

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CONTO ESCRITO NO BUZÃO

GAUMEN TAKT KONTUR








“Que significa o símbolo? Boca na água,
mas sou boca valva e meus feitos são violados e sem nexo.
O símbolo é oculto
e teu umbigo oculta o mundo como o redemoinho a água.
O símbolo é a força, e teu calor é preguiça armada,
eu, micróbio mimado entre os teus seios. 
Batizaram-se as mulheres com nomes estranhos.
Eu esquecerei o teu se te chamarem por algum.”
– Unsi Al-Haj, poeta árabe. 






Rothaarige Frau, pintura da alemã Petra Rohling-Unsinn



AINDA LEMBRO DE SEU GOSTO. De sua carne. De sua pele. Característicos. Particulares. Concomitantes. Complementares. Lembro de cada curva de seu corpo. Abençoadamente, corpo de mulher; não como dos produtos que somos (quase que) obrigados e condicionados a aceitar como idealizados e ideais através de celulose e ondas eletromagnéticas transmitidas de diferentes freqüências e por diferentes origens – modificados e possivelmente com sabor metálico. Não, não você. Você a meia-luz ou à luz cortada por lençóis escuros cobrindo a janela. Sob lençóis e sob colchão, sobre colchão e sob tecido algum, somente você sobre a cama, eu sentado n’uma cadeira a te ver dormindo silenciosa como a noite sem som algum que serve de moradia às estrelas. Ah, seu gosto... Seus gostos em seu gosto, todos em um todo, todos a um todo, todos um todo, todos todo. Gostos em contorno, gosto em formato, formatos, desenhos rabiscados e já arte-finalizados, naturais como a natureza e com gosto de quero-mais quero-até-enjoar impossível-não-querer impossível-enjoar. Formato de pernas-macias-suculentas. Colo-aqui-será-seu-lar. Braços-abraçam-apertam. Mãos-descobrem-caminhos. Pés-marotos-em-você-me-apoio. Quadris-aqui-à-sua-vontade. Cintura-aqui-suas-mãos. Costas-caminhos-sem-volta. Barriga-em-mordidas-lambidas. Busto-seu-mundo-imponente. Pescoço-me-beije-me-chupe. Olhos-que-queimam-desejam-sem-falar. Lábios-que-aos-suspiros-e-arfares-imploram-por-gozar. Primeira vez como se fosse ontem. A cada vez a primeira e não importar onde e momento. Encaixe perfeito, o começo e o fim de um mundo a cada amanhecer ou anoitecer ou entardecer. Panelas prestes a explodir, mísseis se aproximando de seus alvos. Orgasmo liberando energia para possibilitar fissão de um átomo. Átomos. Cadeias. Seqüências pré-ordenadamente determinadas. Corpos de mulheres. Seu corpo. Segredos inconcebíveis e inenarráveis a cada descobertas. Desabrochar das flores, a flor declamar-poesia e flor-pela-qual-se-declamam poesias e odes e sonetos. Lábios idealizados, os montes-de-carne indescritivelmente desejados para diversos fins desejados de acordo com quem idealiza e deseja. Ah,o enfim conseguir. As pernas enfim como os braços da donzela que esperou seu guerreiro retornado e ela suspira para encher o ar de um castelo inteiro. “Vem!” E ir. Vitória. Plena. O Todo. Toda. Você. Quem vos vê, não vos vê, só vê passar. E seus Montes desejados. Seu Todo desejado. Seu Todo uma vez meu. Me chamastes “meu rei” e em verdade sou vosso servo. Incapaz de obedecer sempre mas sempre ao alcance de vossas mãos. Suas unhas me rasgando a carne enquanto vos fazia minha. Minha? Outrora. Outrora quanto tempo? Tanto tempo que ainda lembro? Creio que não deves mais lembrar? Lembrar? Lembro de seus gostos e sabores e contornos – por um momento pensando em como lembras de mim. Ah! Ah!, um momento Tu minha completamente uma vez e novamente enquanto o universo se termina e se reinicia em jubilo e gozo.

:: 27 de setembro de 2013 ::
:: escrito de uma só porrada em um UFPA - Cidade Nova 6, a caminho do campus Guamá da Universidade Federal do Pará ::
:: „Gaumen, Takt, Kontur“: do alemão, “Paladar, Tato, Contorno” ::

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TEXTO DO DIA: POR UMA ABORDAGEM SENSÍVEL DO POEMA - ALEILTON FONSECA

Por uma abordagem sensível do poema
Aleilton Fonseca

“A emoção não é burra, ela abre horizontes.”
Benedito Nunes

Os poetas escrevem poemas; os leitores os lêem. Diferentemente dos leitores comuns, os estudiosos de literatura abordam um poema ou um conjunto de poemas, em busca de produzir novos conhecimentos acerca de um texto, de um autor ou da poesia em geral. Para isso, ao longo de sua formação, adquirem instrumentos teóricos e metodológicos que lhes permitem fazer uma abordagem supostamente objetiva, coerente e eficaz. Trata-se de modelos de análise, geralmente construídos e propostos por teóricos acadêmicos, utilizados como ferramentas que permitem desmontar e dissecar os textos — analisá-los, classificá-los, enfim, estabelecer a sua análise. O analista geralmente aplica sobre o texto poético uma nomenclatura — as categorias analíticas — enfim, formula uma metalinguagem que se desdobra sobre o objeto (o poema torna-se um objeto de estudo), muitas vezes subsumindo-o, incorporando-o, tornando-o tributário da análise. De tal forma que, não raras vezes, o resultado causa estranhamento até aos próprios autores. Não foi à toa que Carlos Drummond de Andrade escreveu um longo poema com o objetivo de exorcizar as nomenclaturas analíticas que os vários teóricos de diversas vertentes lançam sobre o texto literário*. Nesse poema, intitulado Exorcismo, o poeta enumera os conceitos, concluindo cada sequência com o apelo crítico e irônico: “Libera nos, Domine”**. 

  
EXORCISMO
Carlos Drummond de Andrade

Das relações entre topos e macrotopos
Do elemento suprassegmental
Libera nos, Domine

Da semia
Do sema, do semema, do semantema
Do lexema
Do classema, do mesma, do sentema
Libera nos, Domine

Da estruturação semêmica
Do idioleto e da pancronia científica
Da reliabilidade dos testes psicolingüísticos
Da análise computacional da estruturação silábica dos falares regionais
Libera nos, Domine

Do vocóide
Do vocóide nasal puro ou sem fechamento consonantal
Do vocóide baixo e do semivocálico homorgâmico
Libera nos, Domine

Da leitura sintagmática
Da leitura paradigmática do enunciado
Da linguagem fática
Da fatividade e da não fatividade na oração principal
Libera nos, Domine

Da organização categorial da língua
Da principalidade da língua no conjunto dos sistemas semiológicas
Da concretez das unidades no estatuto que dialetaliza a língua
Da ortolinguagem
Libera nos, Domine

Do programa epistemológico da obra
Do corte epistemológica e do corte dialógico
Do substrato acústico do culminador
Dos sistemas genitivamente afins
Libera nos, Domine

Da camada imagética
Do espaço heterotópico
Do glide vocálico
Libera nos, Domine

Da lingüística frástica e transfrástica
Do signo cinésico, do signo icônico e do signo gestual
Da clitização pronominal obrigatória
Da glossemática
Libera nos, Domine

Da estrutura exo-semântica da linguagem musical
Da totalidade sincrética do emissor
Da lingüística gerativo-transformacional
Do movimento transformacionalista
Libera nos, Domine

Das aparições de Chomsky, de Mehler, de Perchonock
De Saussure, Cassirer, Troubtzkoy, Althusser
De Zolkiewsky, Jakobson, Barthes, Derrida, Todorov
De Greimas, Fodor, Chao, Lacan et caterva
Libera nos, Domine



O poeta mineiro deixa transparecer que, submetido a essa “provação” conceitual, o poema, em si, como invenção de linguagem e experiência, sucumbe à análise, perde sua aura de mistério, sua magia, com suas metáforas e opacidades reveladas à exaustão, classificadas, dobradas ao entendimento objetivo, racional. Como diria Drummond, “um claro enigma que uma vez decifrado não resta mais nada”. Um grande estudioso como Antonio Candido não se furta a registrar o mal-estar do crítico sensível, diante dessa situação:

Não posso aproximar-me da poesia, como crítico, sem sentir um certo constrangimento. Por que, para fugir de uma certa crítica detestável de impressões vagas e de tiradas sem sentido, o crítico vai se esforçando por se exprimir em conceitos, que são o resultado de análises em que o seu esforço foi — por mais que não o quisesse — o de intelectualizar as emoções.

Submeter a poesia ao processo de expressão crítica é, de certo modo, sacrílego e perigoso. Sacrílego, na mesma medida em que o é a crítica musical intelectualizada; perigoso, na medida em que o crítico sacrifica boa parte da sua experiência poética — passada em regiões e em termos inefáveis — e se intromete pela do leitor adentro**.

Eis aí o paradoxo inevitável. O poema é um objeto da cultura e, como tal, deve ser estudado, analisado, esclarecido como procedimento, como linguagem e experiência transmutadas em versos, como forma artística. A experiência do texto poético constitui um conhecimento e, a rigor, não se deve ter medo da análise e da teoria***. Todavia parece que a relação objetiva — e até fria, estritamente metodológica — do analista com este objeto extremamente sensível merece uma reflexão.

Ao impor ao texto poético um método, uma teoria, de fora para dentro, o crítico não o estaria deformando em sua natureza poética strictu sensu? Não o estaria limitando, enquadrando-o numa forma — restringindo-o aos aspectos qualificáveis dentro de um esquema de entendimento dado de antemão?  Outra questão: o analista, nessas condições, seria um leitor exemplar de poesia? Talvez não, se entendermos o poema não apenas como uma fórmula linguística desmontável, mas como texto insubmisso, desestruturador das convenções, único em sua invenção imagética. E mais: um poema é único em cada leitura, em cada recepção particular do leitor. O texto de poesia é muito mais do que uma equação de sentidos, muito mais do que sua camada intelectiva logicamente explicável. Ele é também experiência e afetividade humana condensadas em palavras, complexo imensurável, enigma cujo sentido pertence ao momento mesmo de sua concepção. As abordagens que primam pelo racional, explicam — não resta dúvida! — mas também limitam o universo do poema ao escopo teórico, restringem os seus sentidos aos parâmetros permitidos ou delimitados pelo modelo explicativo utilizado. De tal forma que, mudando-se o método, mudam-se os sentidos verificáveis e a cadeia demonstrativa aplicável ao texto. Ou seja, para cada tipo de análise, o poema é uma coisa diferente. Ele torna-se algo e faz sentido a partir dos pressupostos que lhe são aplicados. Mas, e o poema em si, em sua natureza íntima, o que é? É experiência, afetividade, sentimento pessoal e coletivo condensado em palavras. Trata-se de um discurso de exceção, para além do uso corrente da linguagem, carregado de afetividade, corrente energética que quer falar diretamente à dimensão afetiva do interlocutor, reflexivo, transitivo, figurativo do mundo e das experiências emotivas — seja no plano concreto, seja no plano do desejo ou das intenções.

Mas é possível enfrentar esse impasse. Para tanto, é preciso que o estudioso seja, antes de mais nada — e sobretudo! — um leitor sensível do poema. Que seja capaz de interagir com o texto segundo a sua natureza de discurso que busca sintonia e reciprocidade para com o domínio afetivo. Essa abertura proporcionará ao analista ampliar, sem abrir mão dos recursos de abordagem, o alcance de sua percepção, admitindo no estudo a substância de sua subjetividade, de sua experiência emotiva e de seu grau de sintonia afetiva para com o poema em consideração. O estudo do poema, portanto, escapa às rédeas do mero conceitualismo descritivo, sua abordagem deixa de ser pretensamente científica e passa a ser uma abordagem sensível, performance textual que se inscreve no campo da própria literatura.

A abordagem sensível do poema é aquela que atribui ao texto literário — e não à teoria e seu método — o lugar privilegiado. Nesse caminho, o conhecimento anterior é uma base, pois os sentidos se originam no poema e para ele convergem, soberano em sua conformação lingüística, semântica e contextual. Com isso, o discurso-guia da teoria, o discurso-praxis do pesquisador e o discurso-arte do poeta ficam livres para um diálogo sensível, sem subordinações, nem preconceitos. Trata-se de uma experiência em que a análise configura os sentidos presentificados pelo poema, considerando também os seus efeitos nos sentimentos do pesquisador.

A abordagem sensível configura seu método e sua teoria no processo em si, pois eles são intuídos e percebidos a partir do próprio campo de sentidos acionado pelo texto estudado. O pesquisador torna-se, dessa forma, um intérprete integral do poema. Sua percepção e sua consciência não são subordinadas a pressupostos e preconceitos — que, muitas vezes, levam à visão distorcida ou equívoca de um texto, considerando-o bom ou ruim, expressivo ou inexpressivo, à luz de postulados que lhes são externos. O analista sensível convoca ideias, informações, sentimentos e conceitos para formarem uma cadeia dialógica com o poema, amalgamando o domínio cognitivo e o domínio afetivo na sua percepção. Nessa abordagem, emoção e razão se reconciliam de fato, pois não há o recalque da primeira em proveito da segunda. E isto está consoante com a natureza íntima do poema, que é, em essência, o resultado da sintonia, do equilíbrio — não obrigatoriamente perfeito — entre as faculdades da razão e da emoção. De fato, a emoção somente não é capaz de transformar a experiência em texto poético, assim como a razão sozinha também não o integraliza. Enquanto, no processo, a razão é o anteparo do excesso, exercendo o domínio conformador da energia criadora, a emoção é o vetor por onde flui essa mesma energia.

Essa abordagem do poema considera na análise aquilo que o método e a teoria em regra menosprezam e evitam — o saber da subjetividade/emotividade do pesquisador. Mas, paradoxalmente, sem essas prerrogativas, o analista corre o risco de ser um mero aplicador de fórmulas interpretativas e explicativas — um mero operador e conservador de conceitos preestabelecidos — pronto para jogar no lixo o imprevisto, o acidental, o inusitado. E tudo isso constitui a energia vital do poético e da renovação das formas.

A abordagem sensível põe em cena o pesquisador em sua condição humana integral, com seu aparato cultural e sua sensibilidade peculiar. Para ele, o poema é uma caixa de surpresas. Umas se encaixam na dimensão explicativa, outras ele pode apenas sentir e, nesse caso, registrar os achados do seu sentimento. Esta é uma forma mais justa, legítima e coerente de saber o poema, pois a emoção pode ser também uma dimensão privilegiada de pensar e refletir sobre o mundo, a arte e o ser humano.



NOTAS
* Antonie Compagnon levanta vários questionamentos acerca dos excessos da teoria. Cf. COMPAGNON, Antonie. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1999.
** ANDRADE, Carlos Drummond de. Exorcismo. In: ___.  Discurso de primavera e algumas sombras. 3.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979,  p. 113.
*** CANDIDO, Antonio. “Mário de Andrade – Poesias - Livraria Martins Editora – São Paulo, 1941”. In: Clima, n. 8, São Paulo, jan. 1942. Apud: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 36, São Paulo, 1994, p. 135. (publicado aí, com a ortografia atualizada).
**** LIMA, Luis Costa. “Quem tem medo de teoria?”. In: __. Dispersa Demanda. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981, p. 193-198.


FONTE
Poesia Sempre, N. 14, ano 13, p.173-177. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2006.