Ouvindo: Dr. Martins & Atalayas, Churrasco.Cerveja.Futebol, de 2012.
Fazia um bom tempo que não comentava nada sobre HQ aqui e eis-me aqui novamente. Cri eu que este arco do Justiceiro valia um post. E mais alguns outros títulos também.
JUSTICEIRO: ZONA DE GUERRA
O título do arco em cinco partes, escrito por Greg Rucka, arte de Carmine di Giacomenico e cores de Matt Hollingsworth (sim, o capista clássico da fase Garth Ennis) não é nada original, diga-se logo, além de ser basicamente a mesma equipe que fez os dezesseis números de outubro de 2011 a dezembro de 2012, com exceção de Carmine di Giacomenico, que substituiu Marco Checchetto.
Cronologicamente, a trama continua logo após da prisão da sargento Tachel Cole-Alves, que, com a ajuda do Justiceiro, executou a vingança contra os assassinos de seu marido. Situacionalmente, o Homem-Aranha vai atrás do vigilante e quase é morto no processo em uma virada de jogo. Após isso, o cabeça de teia vai até os Vingadores e expõe o problema do Castle, mostrando o tabloide que noticia que este matou três policiais (os corruptos que tentaram mata-lo na saga anterior) e, partir da decisão do Capitão América, decidem ir atrás do veterano do Vietnã. Apesar de Stark e Thor se mostrarem relutantes aceitam. Se alguém se recusa a participar? Wolverine, justamente por concordar com o modus operandi de Castle, inclusive o avisando de que será perseguido.
Sim, cada um deles tem seu modo de agir com a situação, mas logo se veem tapeados e ultrapassados por Castle em seu projeto de resgatar a sargento Alves. Talvez o que chegue mais perto de entender Castle – fora Wolverine – seja Thor. Talvez. Uma vez que o filho de Odin não saiba o que verdadeiramente mova o Justiceiro, eles não pode compreendê-lo totalmente. E as três trolladas que o vigilantes aplica no Homem de Ferro são desde já impagáveis.
A meu ver, apesar da primeira parte do final ser bem canalha – mesmo que Castle consiga cumprir seu objetivo e Rogers e o próprio Parker admitam que os Vingadores não foram exitosos nesta empreitada – serviu pra mostrar de quem estão realmente do lado. Sim, não é do homem comum. Enquanto a super-equipe cuida de problemas cósmicos, super-vilões e outras coisas realmente grandes, o Justiceiro vai atrás dos males internos da sociedade, como estupradores, traficantes, agiotas, e todo o “etc” de os “supers” não se preocupam (sim, o Demolidor é uma exceção apesar da diferença de metodologias). Ou seja, se eles não se “preocupam”, quem fá-lo-á? Quem fará algo se o cara era aparentemente o único que cortava todos os galhos das árvores? Talvez estas sejam as perguntas que possam ser abordadas em tramas futuras dos Vingadores. Mas afinal, eles se importam? Na primeira edição da mini Wolverine & Capitão América (que será discutida mais pra frente), é dito logo no começo: “Hoje, o Capitão América ainda é um soldado, liderando os Vingadores na luta para tornar nosso planeta mais seguro”. Sério mesmo? “Mais seguro” PRA QUEM?
...
Porém, na segunda parte do final, Alves retoma o manto. Ela tem a determinação e o treinamento. A lenda permanece.
WAR OF THE UNDEAD
Se tu, por algum acaso do acaso, acreditares que ver o símbolo de uma editora é sempre sinônimo de qualidade, tire essa ideia da cabeça agora mesmo. Sabe aquela HQ que tu PRECISAS ler pra saber o que é HQ canalha e aprender a ter discernimento sobre HQs valendo e HQs escrotas pra caralho? Poizé, War of the Undead, mini-série da IDW (sim, a mesma de Zombies vs. Robots e as duas Metal Gear Solid) escrita por Bryan Johnson, desenhada por Walt Flanagan e colorida por Phil Sloan (que também é responsável pelas capas) é uma delas. É as capas enganam mesmo – e muito. Só como muitas histórias muito escrotas, esta também se passa durante a II Guerra Mundial, quando uma divisão especial de pesquisa de armamentos biológicos do Exército Nazista aprisiona ninguém menos do que o Lobisomem, o Frankenstein (sim, o mesmo da obra da Shelley, mas sem citar John Milton) e o Conde Drácula e pretende usar suas propriedades para construir um exército invencível e dominar o mundo. A ideia não é ruim, agora como ela é desenvolvida é que é o caralho, isso sem contar os desenhos de merda.....
WOLVERINE & CAPITÃO AMÉRICA
DREADSTAR
Lembram das edições especiais da Marvel e da DC ou mesmo de outras editoras lançadas por aqui em formato especial, com todo um excelente cuidado e que ganharam a nomenclatura Graphic Novel? Esta é a primeira da Globo, convenientemente chamada de Graphic Globo, publicada em outubro de 1988. Vamos aos fatos, muita coisa FODA foi produzida na década de 1980 (sim, muito lixo também, claro) e este especial escrito E desenhado pelo mestre Jim Starlin para a Marvel não foi diferente, que pegou o velho clichê do destruidor intergaláctico meta-fodônico destruidor de cus que cai em planeta desconhecido e, querendo esquecer de seu passado sombrio, se refugia no planeta, sendo perseguido pelo passado e voltando à guerra e o trabalhando para horizontes ainda mais atraentes e aceitáveis. Bom roteiro que não ofende a inteligência e a arte não é algo que ofenda seus olhos. Vale à pena pra caralho!
BATTLEFIELDS - A QUEDA E ASCENSÃO DE ANNA KHARKOVA
Grande e agradável surpresa da estadunidense Dynamite. Mini-série em seis partes escrita pelo irlandês maluco que todo mundo adora Garth Ennis, desenhada por Russ Braun (também responsável pelas capas) e colorida por Tony Aviña fala da história da piloto russa Anna Kharkova a partir da II Guerra Mundial (sempre ela!), passando inclusive pela Coreia, tribunais de guerra que a consideraram como traidora, sua prisão na Sibéria, etc. etc. etc. O final é apoteótico e digno das poesias conhecidas como Histórias em Quadrinhos.
E por ora, é isso ai.
Por ora.
Bis zu dem breaking fucking neuen Post!
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