No final das contas, teve uma coisa boa das aulas da UFPA terem voltado. Confirmando o que eu disse na postagem de ontem, agora ‘tô voltando a escrever poesia a torto e a direito (Frau Steffen que o diga – já devo ter escrito uns três poemas só na aulas dela, de segunda-feira pra cá!). O poema abaixo foi escrito hoje de manhã, durante a aula de Teoria do Texto Poético, de Frau Giselle, de hoje de manhã, lá na UFPA.
Enjoy!
ALEGORIA AO SILÊNCIO
Quem consegue ouvir o silêncio
Da bomba que cai do bombardeiro
Antes de alcançar o alvo
E esmigalhar o todo?
E quem consegue ouvir
Quando o projétil é disparado do cano
E perfura o alvo
Sendo pedra ou kevlar ou aço ou carne?
E quando a lâmina é desembainhada
E dilacera a carne
Em um corte perfeito?
E a flecha solta do arco
Atravessando metal e soldado?
E a lança voando como uma ave
Prestes a se tornar una
Ou com um escudo ou com um crânio?
E o morteiro sendo parido do céu
Pronto a desmembrar despreparados?
Os tambores e as flautas e as canções
Ressoando para intimidar os do outro lado?
Quando a cabeça é posta na cabeça da lança
Significando júbilo?
E os cadáveres e casas alimentando fogueiras?
E as lágrimas rolando pelos rostos
Junto com uma das servas de Thor
Querendo dizer mais do que Tristeza?
Eu não ouço o silêncio que existe
Quando o casal de ele e ela
Se torna uno
E quando pares de lábios
Se tornam um par.
Se existe realmente
A beleza do silêncio no amor
Imaginem no belicismo...!
Quem consegue ouvir o silêncio
Da bomba que cai do bombardeiro
Antes de alcançar o alvo
E esmigalhar o todo?
E quem consegue ouvir
Quando o projétil é disparado do cano
E perfura o alvo
Sendo pedra ou kevlar ou aço ou carne?
E quando a lâmina é desembainhada
E dilacera a carne
Em um corte perfeito?
E a flecha solta do arco
Atravessando metal e soldado?
E a lança voando como uma ave
Prestes a se tornar una
Ou com um escudo ou com um crânio?
E o morteiro sendo parido do céu
Pronto a desmembrar despreparados?
Os tambores e as flautas e as canções
Ressoando para intimidar os do outro lado?
Quando a cabeça é posta na cabeça da lança
Significando júbilo?
E os cadáveres e casas alimentando fogueiras?
E as lágrimas rolando pelos rostos
Junto com uma das servas de Thor
Querendo dizer mais do que Tristeza?
Eu não ouço o silêncio que existe
Quando o casal de ele e ela
Se torna uno
E quando pares de lábios
Se tornam um par.
Se existe realmente
A beleza do silêncio no amor
Imaginem no belicismo...!

Estudantes de Letras – comam este com açaí e farinha de tapioca!
‘til the fuckin new post!
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