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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

[VIVER] COM A CERTEZA DA INCERTEZA DO AMANHÃ!

Ouvindo: Flotsam and Jetsam, No Place for Disgrace, de 1988.

Na postagem de ontem, eu falei sobre a situação tensa que aconteceu na USP e a posição tanto da reitoria da UFPA quanto de certa parte do Centro Acadêmico de Letras (porque obviamente não é a de todos os integrantes do CAL todavia realmente duvido imensamente que o que eu disse ontem lamentavelmente seja de opinião geral dentro do CA). Todavia é meio redundante dizer que TODO MUNDO ficou com o cú na mão por causa do fato lá ocorrido. Foi muito tenso demais ver na TV hoje de manhã que os índices de assaltos têm aumentado em muitas universidades públicas Brasil afora. Enquanto a USP está de luto, reitorias e reitorias têm procurado soluções para que fato semelhante não aconteça em seus campi. Antes tarde do que nunca, mas ainda assim muito tarde devido ser depois de tal fato lamentável ter ocorrido. E, quando não achamos que a coisa pode piorar, eis que..........



“When I woke up one morning
I knew the sun wouldn’t rise that day
She just stayed away
No more need for sunlights
A dismall blackness is all around
And you could not be found”
– Bambix, “Song for Karin”


Já aconteceu na UFPA alguns anos atrás. É escroto-para-caralho quando você sabe que isso acontece debaixo de seu nariz. E é tão escroto quanto quando acontece na casa de alguém, e de forma ainda mais acentuada.
Se ontem, eu já tinha sido atingido por um ônibus ao saber do rapaz em SP, hoje fui o alvo do Knock Nevis (i.e.: o maior petroleiro do mundo) ao ter conhecimento da guria que foi violentada E espancada ao sair “SÓ” da UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE ontem à noite. Não vou dar uma de mais hipócrita que eu sou e dizer o quanto eu fiquei e como me senti ao saber disso porque não tenho nem palavras para descrever minha raiva e impotência frente à tal situação. Infelizmente as palavras do Luciano, guitarrista do CPM22, em “Inevitável”, se tornam aqui precisas: “Me restou conviver sem saber a que horas vou voltar, se vou voltar / Espero contar com a minha sorte / Vou pedir pra Deus, com a certeza e a incerteza do amanhã!” (afinal foi ele que escreveu a letra desta música para o MTV ao Vivo, de 2006).
Não me agrada dizer essas coisas, mas.................... É muito foda ter que viver com isso – com MAIS isso. Uma vez que já era uma cagada ter que ficar na onda pra não ser assaltado ao voltar à noite da uni, ainda tem mais essa pra deixar todo mundo neurado. E.... Não somente consigo próprios, mas também e principalmente com as mulheresirmãs, mães, filhas, esposas, amigas, Irmãs-de-Matilha.
Porque agora, mais do que antes, será uma vitória e felicidade sem tamanho quando elas chegarem seguras, sãs e salvas em suas casas de mais um dia acadêmico completo. E quando não voltarem? E, deixando agora de ser sexista, isso não vale somente para elas. Não esqueçamos do rapaz de quarta-feira (citar seu nome muitas vezes se torna falta de respeito)!!!
E este se torna um daqueles momentos que eu não sei de mais nada – só consigo sentir. Raiva. Medo. Desespero. Tristeza. Como eu disse em “Sem Mais Desculpas Fodidas”: “às vezes mais raiva do que medo ou mesmo mais medo do que raiva”. Tudo contido e em níveis máximos. E em palavras consigo dividir enquanto praticamente o mundo ao meu redor dá a impressão de simplesmente não se importar. Ah, claro. Não são suas crianças que sofrem. As que padecem estão do outro lado da notícia, a que está sendo feita e divulgada. E quando forem as nossas que forem as atingidas? E quando este mal chegar até nossas peles e carnes e sangues e espíritos, expugnando a tudo sem possibilidade de reversão e/ou cura?
E porque eu me sinto como se estivesse sussurrando e/ou gesticulando em meios a gritos que não serão escutados e/ou atendidos? E porque eu não me sinto sozinho, mas não melhor com este fato?

mais perguntas do que respostas

mais perguntas sem respostas



“gritos de dor que ecoam sem ser escutados”
“Luz dos teus Olhos”, letra de minha autoria, 20 de dezembro de 2007

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