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sábado, 31 de maio de 2008

BOMBARDEIO À CIDADE DE DRESDEN

O bombardeamento de Dresden foi há 63 anos – 13 e 14 de Fevereiro de 1945.
Nesta altura da guerra todo e qualquer responsável civil ou militar das potências Aliadas sabia perfeitamente que a Alemanha estava derrotada, que o III Reich nunca poderia sobreviver e muito menos ressurgir de forma a constituir uma ameaça militar para os países Aliados. Na frente Ocidental os ingleses e americanos tinham desembarcado com êxito na Itália e avançavam mais a Norte pelas Ardenas estando já nas margens do Reno. Na frente Leste o avanço do Exército Vermelho era imparável e tinha já transposto o Oder e dirigia-se perigosamente para a transposição do Elba. O governo alemão propunha negociações para uma rendição militar a Oeste de forma a impedir o avanço comunista para o coração da Europa Civilizada e cristã. Tal foi recusado pelos dirigentes ingleses e americanos.
Dresden era uma cidade sem qualquer objetivo estratégico, tanto do ponto de vista militar como industrial. Além de não possuir bases militares ou indústrias importantes, Dresden não tinha qualquer defesa aérea. Toda a sua artilharia antiaérea há muito que tinha sido desmontada e transferida, com as respectivas guarnições – jovens inexperientes de 16 e 17 anos – para a frente Leste e para a defesa do Ruhr.
Dresden era uma das mais belas cidades da Alemanha, a capital da Saxónia era conhecida pela “Florença do Elba” devido à sua mundialmente famosa arquitetura Barroca. A economia de Dresden era sustentada, em tempo de paz, pelos seus teatros, museus, instituições culturais e indústrias artesanais, nomeadamente a cerâmica.
A sua população residente e permanente era de 630.000 pessoas, mas naquela altura a cidade estava a abarrotar de refugiados provenientes de todo o Leste mas principalmente da Prússia e da Silésia de onde fugiam aterrorizadas pelas crueldades cometidas pelos bárbaros soldados soviéticos que a isso eram incitados pelo demônio da propaganda estaliniana, o judeu Ilja Ehrenburg. Este dirigente soviético em campanhas maciças na rádio e através de milhões de panfletos repetia constantemente perante os soldados vermelhos: “Matem, matem, matem. Ninguém é inocente. Nem os que estão vivos nem os que ainda não nasceram” ou então “se vocês, um dia, não tiverem matado pelo menos um alemão, então vocês não cumpriram o vosso dever moral para com a mãe pátria Soviética”. Churchill nas suas memórias citava o judeu Ehrenburg, numa sua proclamação ao Exército bolchevista: "Os Soldados Vermelhos ardem como se fossem de palha para fazer dos alemães e da sua capital uma teia acesa da sua vingança; para vós, soldados do Exército Vermelho, soou a hora da vingança. Destroçai briosamente o orgulho racial das mulheres alemãs; tomai-as como despojo legítimo. Matai! Destruí, bravos e aguerridos soldados do Exército Vermelho".
Todos aqueles que não tinham morrido de frio e fome pelo caminho e chegavam a pé, de comboio, camioneta ou carroça descreviam assustadoras atrocidades soviéticas – assassinatos, torturas e brutais violações em massa – sobre os civis alemães que não tinham sido evacuados a tempo.
Por exemplo em Gumbinnen, na Prússia Oriental, a 20 de Outubro de 1944, uma coluna enorme de refugiados civis foi avistada por uma unidade de blindados soviéticos, que obedecendo às ordens do seu comandante avançou sobre os refugiados e esmagou-os a todos sob as lagartas dos pesados veículos.
No início de Fevereiro, em Neustettin, numa orgia de sangue e morte os soldados soviéticos reuniram 500 moças alemãs, numa siderúrgica abandonada, e duma forma monstruosa foram massacrando-as uma a uma perante os olhares aterrorizados de todas as outras que esperavam a sua vez. Mães e filhas, estas muitas vezes com apenas 12 e 13 anos assistiam à morte mútua no maior sofrimento. Depois de as despirem e amarrarem a uma mesa de pedra, com uma faca afiada e com um serrote cortavam-lhes os seios que lançavam ao chão com satisfação, dilaceravam-lhes em seguida os órgãos genitais perante os gritos horríveis de quem assim morria e via morrer. Estas só pediam uma morte rápida, mas como resposta esses cruéis assassinos cortavam-lhes o ventre em forma de suástica e expunham-lhes as vísceras após o que as lançavam ao chão ainda agonizantes e recomeçavam tudo de novo com uma nova moça. O sangue inundava o compartimento e os corpos amontoavam-se. Os corpos de algumas das inocentes moças foram cortadas às fatias. Em alguns casos abriam-nas ao comprido e entornavam dentro petróleo fervente. Das poucas sobreviventes a maioria enlouqueceu. Tanto este como muitos outros acontecimentos semelhantes estão plenamente confirmados por relatórios dos exércitos alemão e Aliado e por inúmeros testemunhos pessoais.
Fatos como estes originaram uma fuga desesperada, de Leste para Oeste, dos civis alemães que tudo abandonando partiam apenas com a roupa do corpo e com os filhos ao colo. Mal sabiam eles o que ainda os esperava. Nos últimos meses da guerra Dresden era conhecida por “Cidade Hospital” (Die Lazarettstadt) e também por “Cidade dos Refugiados” (Fluechtlingsstadt).
Abrigava nesta altura mais de um milhão de pessoas.
Norman Stone escreveu no Daily Mail: “-bombardeamos cidades alemãs já depois de ser bem claro que tínhamos a guerra ganha, e que Stalin era potencialmente um inimigo terrível. Alguns dos bombardeios foram completamente despropositados. Nos últimos dias da guerra atacamos velhas cidades – onde não havia qualquer alvo militar – somente refugiados, mulheres e crianças. Desses atos de sadismo gratuito, o pior foi o bombardeio da cidade de Dresden.” A quase totalidade dos refugiados era na verdade constituído por mulheres e crianças pois os Gauleiters não permitiam a evacuação dos homens, especialmente os empregados da indústria, que deveriam manter-se no seu posto até ao último momento.
Centenas de milhares de refugiados ocuparam todos os quartos livres da cidade, mas mesmo assim a grande maioria, no Inverno mais frio do século, viviam ao relento nos parques da cidade, onde as crianças choravam, deitadas e amontoadas no chão encharcado e úmido.
“Todos esses refugiados julgavam-se finalmente em segurança, pensando que os Aliados não ousariam bombardear uma cidade não defendida, desprovida de objetivos militares, agora que a guerra estava próxima do fim.” [retirado de David Irving, em “The Destruction of Dresden”] Churchill, Roosevelt e Morgenthau foram os primeiros responsáveis pelo premeditado ato institucional de terror e planejamento deliberado de assassinato em massa desta desgraçada gente apanhada sem defesa na ratoeira de Dresden. Morgenthau, judeu, Secretário de Estado do Tesouro do Governo Roosevelt, propôs na Conferência de Casablanca o seu projeto que consistia no extermínio de 50% do povo alemão e na destruição da Alemanha como Nação.
Era um plano em 6 pontos que foi adotado em Teerã. Era um plano do conhecimento dos dirigentes e do povo alemão. Por isso tanto Dresden como Chemnitz, Hamburgo e muitos outros morticínios foram encarados como as provas factuais do que há muito tempo afirmavam. Cordel Hull, Secretário dos Negócios Estrangeiros e prêmio Nobel da Paz de 1945, opôs-se à aplicação do plano de extermínio em massa de Morgenthau tentando, sem sucesso, demover Roosevelt dizendo-lhe: “O plano Morgenthau tem como finalidade assassinar por inanição de 40 a 50% do povo alemão e converter o resto numa massa nômade embrutecida e miserável. O dito plano contradiz o senso comum e nunca poderia ser adotado por um Governo americano.” O Senador William Langer do Dakota do Norte disse no Senado que: “O senhor Morgenthau aparece agora convicto ante o tribunal da consciência humana, como o instigador sistemático da aniquilação dos povos de língua alemã.” [retirado de um documento do Senado Americano, de 18/04/1946].
Sob o nome de código de operação “Clarion” começou na noite de 13 de Fevereiro, um triplo bombardeio aéreo, que durou quatorze horas e quinze minutos por parte de 1200 bombardeiros ingleses e americanos. Terrível ironia, o bombardeio efetuou-se de terça para quarta-feira de cinzas.
O “Carnaval” a sério só agora ia começar. O 1º raide começou às 22 horas com o «despejo» de bombas altamente explosivas na parte velha da cidade, por parte de 800 bombardeiros da RAF.
Este tipo de bombas ia abrir caminho aos bombardeios que se efetuaram a seguir, pois tinham o poder e a característica de destruir as coberturas e os telhados dos edifícios por onde penetrariam o napalm e o fósforo, as condutas e os depósitos de água, e pelo seu poder destrutivo espalhavam a morte e acima de tudo a desorganização dos serviços de salvamento e combate a incêndios. Um dos objetivos deste primeiro e gigantesco bombardeamento foram os quartéis dos bombeiros.
O 2º raide trouxe o “inferno”, i.e., o dilúvio de fogo. A cidade transformou-se num pavoroso oceano de fogo. As temperaturas do ar elevavam-se a centenas de graus. Ventos superiores a 160 Km/hora “sugavam” todo o oxigênio para o centro da tormenta. Centenas de milhares de pessoas eram queimadas vivas, vítimas deste 2º bombardeio rapidamente seguido dum terceiro, executado por 1200 tetramotores, para que ninguém sobrevivesse. Muitos milhares morreram sufocadas nas caves por falta de oxigênio, pois o mesmo era totalmente retirado daquelas de forma a alimentar as chamas que grassavam. Muitos outros milhares eram projetados violentamente pelo ar, como se fossem trapos, e atiradas para o inferno das chamas pelos ventos ferozes.
A sucção do ar provocada pelas elevadíssimas temperaturas era tão forte que arrancava árvores pela raiz e levava pedaços das casas a quilômetros de distância.
O pânico total e absoluto apoderou-se da população. Os cavalos empinavam-se e corriam, em grupo, sem destino. Os animais selvagens, tais como tigres ou leões, que tinham fugido do Zôo em ruínas, corriam pela cidade, aterrorizados. Cobras enormes deslizavam entre os pés dos fugitivos, juntos na tentativa de escaparem àquele terrível pesadelo de dor e morte.
Vagões-hospitais, ainda cheios de soldados feridos provenientes da frente, ardiam, sem que os seus ocupantes conseguissem sair devido ao seu estado debilitado.
Aqueles poucos que conseguiram sobreviver a este Holocausto foram mais tarde perseguidos e mortos por aviões Mustang que, em vôo rasante, metralhavam tudo aquilo que ainda mexesse. Os autores deste genocídio pareciam não querer deixar testemunhas.
“as pessoas, ardendo como tochas, atravessavam a cidade a correr e lançavam-se ao Elba, onde continuavam a arder; -- o rio de fogo que escorria do centro da cidade para o Elba entrava no rio e continuava a arder,...;
– as casas ardiam e consumiam-se a partir do interior; – os cadáveres repescados do Elba apresentavam os olhos brilhantes.
Tudo efeitos típicos do fósforo e do napalm.”
Ainda segundo o mesmo historiador, muitos dos “... 68.650 cadáveres que foram incinerados em Altmarkt estavam decapitados, vítimas das bombas anti-pessoal de fragmentação, explodindo a 1m 50 do solo.” [retirado de Jacques de Launay, em “La Grande Débâcle 1944-1945” ]. No total, foram lançadas sobre a cidade 3.749 toneladas de bombas: 10.000 bombas explosivas, centenas de bombas de fragmentação, 650.000 bombas incendiárias e 15.000 bidons de fósforo e petróleo de 100 litros cada um.
Quando tudo acabou, a coluna de fumo poderia ser vista 80 Km em redor, com 15000 pés de altitude. Mais de 3/5 da cidade ficou reduzida a cinzas. O raide Aliado destruiu 24.866 edifícios, arrasou 20 Km2 da velha cidade onde para sempre desapareceram insubstituíveis tesouros artísticos e culturais, matou 35.000 pessoas identificadas e centenas de milhares de outras irreconhecíveis.
Quantas pessoas morreram? Segundo os vários historiadores, o número varia entre os 300.000 e os 500.000, grande parte das quais ficou transformada numa massa amarelada liquefeita que se fundia no asfalto das ruas ou no pavimento das caves e abrigos. Muitos outros ficaram reduzidos a pedaços carbonizados, do tamanho de uma boneca, espalhados aos milhares pelas ruas da cidade em ruínas. Segundo investigações alemãs, publicadas no jornal Eidgenosse, em 3/01/86, houve 480.000 mortos assim divididos:
- 37.000 bebês e crianças pequenas
- 46.000 crianças em idade escolar
- 55.000 feridos e doentes internados em hospitais, incluindo médicos, enfermeiras e outro pessoal
- 12.000 pessoal de salvamento
- 330.000 descritas simplesmente como “homens e mulheres”.

Só o bombardeio a Dresden causou mais que o dobro das vítimas dos bombardeios atômicos as cidades de Hiroshima e Nagasaki juntos. Não faltam imagens de carroças com pilhas de crianças, de longas tranças louras pendentes de cabecinhas inocentes, imoladas a interesses obscuros e abjetos. Não faltam imagens de piras (grelhas) feitas com barras arrancadas às linhas férreas onde eram empilhados corpos de mulheres novas e velhas, rapazes em calções, garotinhas de lindas tranças, enfermeiras da Cruz Vermelha, bebês, etc. Estas piras ao ar livre consumiam dia e noite, dias após dias após o fim do dilúvio de fogo, milhares e milhares de corpos. Enquanto estas piras ardiam, milhões em toda a Alemanha tiritavam de frio. Triste anacronismo. O bombardeamento de Coventry, cidade que abrigava uma forte indústria de armamento inglesa no campo da produção de munições e de aviões de combate, por 449 bombardeiros em 14 e 15 de novembro de 1940, foi declarado e consecutivamente relembrado pela vigilante imprensa como “crime de guerra alemão”, apesar de ter tido um custo de 380 mortos em vidas humanas. Neste bombardeamento o mais difícil foi ter conseguido evitar atingir os alvos não militares. Teria sido fácil a Luftwaffe, através dum bombardeamento indiscriminado e com intuitos de destruição total da cidade, ter completamente inutilizado e paralisado até ao fim da guerra os meios industriais de produção de armamentos. A diferença não foi muita: “apenas” 11.000 vezes mais mortos em Dresden do que em Coventry apesar de esta ser um objetivo militar e aquela não. Coventry foi um crime de guerra, mas Dresden, se atendermos às repercussões, não existiu!
Foi pura invenção.
Por qualquer ângulo em que se aborde o problema da culpabilidade dos autores morais e materiais deste genocídio, não restam dúvidas de que são criminosos de guerra. No entanto, todos eles são alvo de elogiosas referências, não passa um dia, na comprometida imprensa mundial.
Aqueles inocentes que perderam as suas vidas em Dresden foram mortos, não por algo que tivessem feito, mas simplesmente por um acidente de nascimento.
Aqueles que morreram no Holocausto de Dresden, eram alemães.
No entanto para a “Justiça” portuguesa e alguma imprensa que funciona como caixa de ressonância de forças poderosas, genocídio não é isto. Genocídio é muito pior! Genocídio é o que acontece quando meia dúzia de jovens, em dia de final da Taça de Portugal em futebol, talvez inebriados pelos festejos do espetáculo a que acabavam de assistir e eventualmente algum radicalismo ideológico próprio da idade (não era este radicalismo juvenil desculpável, segundo o Dr. Durão Barroso e o próprio Willy Brandt? Ou estas desculpas só se aplicam à esquerda e estrema-esquerda?) envolveram-se numa rixa, banal naquela zona da cidade, que infelizmente acabaram na morte de um indivíduo, que para lhes complicar a situação, era preto. Coitados, já estão de antemão condenados, e ainda não foram julgados pelo Tribunal.
No entanto, pelo estado da nossa “Justiça” será de prever uma condenação exemplar, de acordo com o julgamento prévio dos media. Normalmente estes dois «tribunais» andam de mãos dadas.
Bom, para terminar com Dresden, que foi isso “que aqui me trouxe”, não queria deixar passar em claro o fato historicamente comprovado, mas pouco divulgado, de que tal bombardeamento foi realizado a pedido expresso de Stalin, em Yalta, de forma a facilitar, através da desorganização das comunicações, o avanço das hordas comunistas para Ocidente. Isto foi duplamente criminoso, pois para além da monstruosidade já descrita, representava por outro lado a completa colaboração das democracias na entrega da Europa de Leste e Central ao comunismo mais cruel, o comunismo Stalinista. 50 anos da mais profunda perseguição e repressão comunista de que foram alvo os povos da Alemanha Oriental, Polónia, Chequeslováquia, Hungria, Eslovénia, Croácia e até talvez a Roménia ficaram a dever-se a uma entrega deliberada – aos soviéticos – por parte dos dirigentes Aliados, que não podem alijar responsabilidades.





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