Postagem em destaque

YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

JOLIES TÈNÉBRES - crítica e análise da HQ

ouvindo: Almir Sater, Instrumental, de 1985

eu queria ler alguma HQ nova e o Le-X SEMPRE dá umas forras do caralho quanto a isso. a pedrada da vez foi Linda Escuridão, feita a seis mãos francesas – do roteirista Fabien Vehlmann, sobre ideia de Marie Pommepuy, e arte da dupla Kerascoët (Marie Pommepuy e Sébastien Cosset), que também trabalha com ilustrações e animações. e vai te fuder parceiro, essa graphic M E R E C E M U I T Í S S I M O E P A R A C A R A L H O uma animação.
o título original é Jolies Ténèbres, publicada na França em 2009 pela Dupuis. nos EUA recebeu o título Beautiful Darkness, sendo publicada pela Drawn and Quarterly em 2009. no Brasil foi publicada ano último pela Darkside sob o título pífio de AURORA NAS SOMBRAS. Darkside só dá forra, mas quando marca..............
Jolies Ténèbres
Beautiful Darkness
“Aurora nas SombrasPFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF
“QUAL É O PAPO DE JOLIES TÉNÈBRES?” 
é a primeira vez que vou dizer: eu ‘tava rindo de DESESPERO até começar a escrever essa resenha devido ao final da HQ rindo de lagrimar foda-se, rindo de lagrimar DE DESESPERO. NUNCA. NENHUMA. HQ. tinha feito isso comigo a história é assim: uma moça está em um encontro romântico com seu pretendente Hector, sendo “assessorada” pelo nanico Plim. até que são “atacados” por um líquido vermelho que surge súbita e profusamente e são engolidos por este
no quadrinho seguinte, a moça ressurge de uma cavidade durante chuva torrencial, outras pessoas surgem e pá uma FUCKING cabeça humana (a capa do original dá meio que a porra de um spoiler pra quem ficar ligado). reparem o quadro pra terem uma verdadeira NOÇÃO da situação.
R E C E B A 
e uma sociedade de humanos, todos advindos e todas advindas DA CASA DO CARALHO – porque nunca se diz de onde eles ou cada um(a) vêm, nem el-s e nem a porra da guria estendida na porra dessa imagem – é formada/apresentada. a primeira a ser apresentada à protagonista é uma ruiva alta (Jane, saber-se-á o nome depois) que segue o “foda-se way of life”, sempre virada e com uma solução pra tudo (parece uma CERTA RUIVA que conheço e já puxei por uma ferroviária inteira por ela) logo a loira puxa para si a responsabilidade de liderar tal grupo, a ponto de cuidar de todos equitativamente. em determinado momento, sabe-se o nome da protagonista: Aurora (foda-se, doido, não é o nome dela e sim o da menina desbundada lá onde apareceram os humanos atingidos pelo raio pequenizador do Wayne Szalinski).
uma citação MUITAÇO descarada a ... E O Vento Levou, filme de 1939 dirigido por Victor Fleming (1889-1949) e escrito por Sidney Coe Howard (1891-1939), baseado no livro homônimo de Margaret Munnerlyn Mitchell (1900-1949), de 1936
apesar da arte incrivelmente absurda de linda, feita à aquarela, acontecem umas situações bem caralhescas que tu SEMPRE ficarás “mano, what the fuck porra é essa, doido?”. tem uma menina, cujo nome também nunca é revelado, que é mezzo Magali mezzo Galactus, e seu bordão é “TENHO FOME”.
das situações bem caralhescas que te deixam “mano, what the fuck porra é essa, doido?”

é familiar a algum clipe?

ser humano é a imagem e semelhança de deus? então esse deus é, no mínimo, MUITO DO SEU CRETINO
digo isso porque, volta e sempre, aparece um/a cretin@ na história que tu ficas “olha ess- filh- da puta” sabe o Plim, que falei do começo da história esse se prova um SENHOR filho da puta, que tal meme o define

um marcador temporal narrativo é o corpo em decomposição da menina, ‘macoisa bem “caralho, hein, velho?”. e notar isso, segundo concluí segundo todas as críticas que li sobre a graphic, é uma referência ao romance O Senhor das Moscas, do escritor, novelista, dramaturgo e poeta Sir William Gerald Golding (1911-1993), vencedor do Nobel de Literatura em 1983 ano do meu nascimento, olhe só. tem até duas adaptações pro cinema – a de 1963, dirigida e escrita por Peter Brook e a de 1990, dirigida por Harry Hook e escrita por Sarah Schiff, pseudônimo da roteirista, dramaturga, produtora de televisão e romancista estadunidense Jay Presson Allen (1922-2006)
O Senhor das Moscas, do escritor, novelista, dramaturgo e poeta Sir William Gerald Golding
primeira versão cinematográfica de O Senhor das Moscas, de 1963, dirigida e escrita por Peter Brook
segunda versão cinematográfica de O Senhor das Moscas, de 1990, dirigida por Harry Hook e escrita por Sarah Schiff, pseudônimo da roteirista, dramaturga, produtora de televisão e romancista estadunidense Jay Presson Allen
notar esse “marcador temporal narrativo” te dá uma trollada que, certo momento, tu não sabes mais que porra ‘tá rolando na porra do texto. mas, ao voltar, não ‘tá a mesma coisa, e sim PIOR, que tu ficas “caralho, hein, doido? colabora”. mas a Célia, que aparece na “fase final” da história, é certamente a pessoa mais filha duma égua de todo o texto, que não vai faltar motivos pra tu ficares não somente PUTAÇO com ela, mas ENCARALHADO também, sendo que o final da história se desenrola ao redor dela. que, pensando muito bem, até que é muitíssimo merecido após ela ter feito o que fez. sim, o fudido do Plim vai junto. 
nessa parte da graphic é legal que, na descida ao inferno realizada pela Aurora, rola uma homenagem nada sutil e muitão descarada do trio francês a nada mais, nada menos que à animação Princesa Mononoke, de 1997, do FUCKINGOD MEISTER Hayao Miyazaki e produzido pelo Studio Ghibli.
de onde eu venho, o nome disso é kibada violenta
e sabem a Aurora, a boazinha do começo? ela que vai dar AQUELA FORRA pra, após tudo o o que sofreu na mão dessa caralha. ESQUECE a Aurora boazinha. e, no fim, ela ainda termina morando em um relógio de cuco, na casa do humano (o gigante que fica zanzando pela floresta no meio da história?) que a Jane tinha tomado como lar (antes de ser morta pela Célia e sua trupe).
SIM, FOI DISSO QUE EU LEMBREI AO VER O RELÓGIO DE CUCO 

considerações/questionamentos:
- quando a menina que passa a se alimentar do corpo em decomposição da Aurora sonha com Aurora estando viva e saindo do parque, é ela que está sonhando ou a Aurora que está sonhando?
- foi o cara que aparece na última parte que matou a Aurora?
- os críticos que falei que falaram que tem uma pegada O Senhor das Moscas também disseram qu’esta  obra também é permeada de influências de Alice no País das Maravilhas, de 1865. como eu nunca tive culhão pra NADA do romancista, contista, fabulista, poeta, desenhista, fotógrafo, matemático e reverendo anglicano britânico Lewis Carroll (1832-1898), vai ficar tanto faz pelo tanto fez e foda-se;
 - Aurora é uma criança do século XX. segunda metade, as roupas e material escolar entregam todos os indicativos estão lá pra quem olhar com atenção.

é a segunda e última vez que direi: eu ri de DESESPERO até começar a escrever essa análise, rindo de lagrimar. foda-se, de lagrimar DE DESESPERO. NUNCA NENHUMA HQ tinha feito isso comigo.
Jolies Ténèbres entra no que o André Forastieiri sobre HQ/gibi/banda desenhada/mangá/fodasse NÃO SER PRA CRIANÇA. ‘maginem o rebuliço que seria essa graphic num espaço escolar, pra crianças e jovens. ia dar certo, não.se tem adulto que não ia se dar bem com esse texto, que dirá jovem em formação...

pois é, é isso ai. leiam Jolies Ténèbres. é uma pedrada na cara, daquelas seguras powered que não dá pra esquecer tão cedo ou mesmo NUNCA.


e cuidado com o que sonham, vai que....

domingo, 26 de janeiro de 2020

VELOCIPASTOR – crítica do filme

ouvindo: ouvindo: Cátia de França, 20 Palavras ao redor do Sol, de 1979, e Estilhaços, de 1980

primeiro aquele trailer ok pra te situar na contextualização da crítica
grande amigão (por altura e por consideração) meu, Maurício – lá da FIBRA, já falei pra caralho dele aqui nesse puteiro –, me “recomendou” esse “filme”, e eu, “foda-se, por que não?”. 
procurei pra baixar, não achei de cara, e hoje achei um torrent dele e torei pra ver qual ver qual o esquema dessa porra. vendo nuns sites de crítica aqui e ali e todo mundo zuou pesadamente mas NÃO deixou de recomendar – “é ruim mas é tão ruim que é bom”, conclusão geral.
o filme é de 2017, escrito, dirigido e editado por Brendan Steere (que também é produtor); produzido por Brandon Taylor, Jesse Gouldsbury (que também é o diretor de fotografia) e Jessica Yue para o conjunto de estúdios Hollow Tree e Laika Come Home atráves de crowdfunding, já tinha um curta realizado pelo próprio Steere e divulgado em 2011 no YouTube – QUAAAAAAAAAAAAAASE a mesma coisa que aconteceu com o 9, do Shane Acker [comentado AQUI], mas o Steere não deu a sorte de encontrar um Tim Burton pra o bancar AINDA BEM, IA CAGAR O FILME.
curta original de The VelociPastor, de 2011, escrito e dirigido por Brendan Steere
ai que, PRA MIM, o filme acaba, indiretamente, descambando pro famoso “terrir”, subgênero do cinema brasileiro que “mistura elementos cômicos da chanchada, com os filmes B norte-americanos, em especial os de terror” (CARDOSO FILHO, Ivan do Espírito Santo, 2016), do qual o supramencionado diretor brasileiro (i.e., Ivan do Espírito Santo Cardoso Filho) é mestre inconteste.
papo do filme é o seguinte: o pastor Doug Jones Funny (interpretado por Gregory James Cohan) vê os pais sendo assassinado defronte ao templo onde ministra cultos mediante conselhos do seu superior, pastor James Stewart (Daniel Steere provavelmente pai do diretor), e uma garrafa de vinho, Doug vai dar um passeio pra tirar isso da cabeça e vai parar na China (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!).
não, não é ESSE Doug
lá ele, passeando pela floresta, quando vê uma nativa (Claire Hsu) com uma flecha trepassada, e ainda tem a cara de pau de perguntar SE ELA ‘TÁ FERIDA, mesmo a porra nos braços dele, empapada em sangue. é ai que ela entrega pra ela a presa que... ele, Doug, após ela morrer e ele ver o que ela havia lhe entregue, ouve alguém vindo, é um ninja (NINJA NA CHINA, RECEBAM!). Jones se machuca quando vai dar passos para trás, sua mão sangra e o sangue entra em contato com a presa ele desmaia e acorda já na presença do pastor Steere.
angustiado, sai do templo e – com a mão ainda sangrando (!!!!!!!!!!!!!!) –, ao dizer para um mendigo que não tem um puto nessa vida, dá de encontro com a prostituta Carol (Alyssa Kempinski), que vai prestar contas para o cafetão Frankie Mermaid (Fernando Pacheco De Castro) e dizer que vai “rodar” pelo parque à noite lá é abordada por um pé-de-chinelo (Alec Lambert) que solta a clássica “o dinheiro ou a vida”.ai que acontece o primeiro ataque do “personagem principal”, que deixa Carol pasma, principalmente com como o pilantra é morto pelo “monstro”... 
pula a cena para o apê dela e Jones acordando pelado, assustado, se perguntando que porra aconteceu os dois têm um pequeno desentimento (ela pergunta se foi a primeira vez que se tornara dinossauro e ele havia entendido que haviam transado e ela diz que é sobre ele ter se tornado a porra do velociraptor o tal “monstro” e ele duvidar que isso aconteceu. CERTEZA que uma das partes MAIS ABSURDAS do filme é quando Carol leva o Jones até onde está o corpo do morto pelo “modo raptor” – o Jones trajando um VESTIDO da Carol – e os dois têm uma discussão sobre ela ser uma prostituta e toda uma presepada ético-moral (e ela lhe dizer que está em vias de se formar em direito e não gosta de nada de se prostituir para pagar o curso)
[observação enquanto cientista da religião: não quero pagar de moralista chato e o caralho mas é foda tu veres um filme altamente nonsense e não querer pagar de crítico e o caralho, mas admitamos que é foda um PASTOR se munir de um TERÇO e fazer a porra da confissão. eu não queria ser chato MAS CARALHO, DOIDO!!!, nome do filme do VelociPastor e me rola uma porra dessas
difícil, né?
mas ai ver nos créditos finais, ao ver que uma das locações foi uma igreja metodista e perguntei pro meu primeiro orientador do mestrado porque porra um pastor dessa vertente protestante munir-se-ia de terço, faria o ritual da confissão e trajaria uma batina preta. ele respondeu que os metodistas, por descenderem dos luteranos e estes ainda conservarem muitos hábitos católicos, prosseguem utilizando terço e batina.
voltemos ao texto principal] 
o cara que vai se confessar é ninguém mais ninguém menos que a porra do Frank Mermaid, que ainda confessa ter matado os pais do pastor lá no começo da película e o que acontece sim isso mesmo EXATAMENTE ISSO MESMO
O CARA FICA COM SANGUE NUZOIU, VIRA RAPTOR E MATA O FRANK
após ter contado isso a Carol e ela lhe agradecer por tê-la libertado do cafetão, Doug Funny decide aceitar a proposta dela de ir atrás somente de criminosos, mas se preparando fisicamente para tanto (e rola até da Carol se batizar, te manca?) 
ai que entramos no segundo ato do filme, quando aparecem 
é, isso ai mesmo, exatamente isso ai mesmo
uma sociedade de ninjas liderados por um china careca aleijado mental pro qual tu não dás NENHUM crédito (e foi ele que atingiu a mina com a flecha que entrega a presa de dinossauro pro Doug lá no primeiro ato) e que tem uns “capangas” que......
então o pastor Stewart vê o Funn... Jones com a Carol e fica putaço, a ponto de ir tirar satisfações sobre a moça e o voto de castidade de Doug ai que as coisas ficam interessantes porque este revela a Steele sobre sua nova “condição”, resultando em uma discussão teológico-metodológica acerca desta. eu achei do caralho terem feito isso porque tem uma crítica bem ferrada ao cristianismo ai nesse detalhismo.
[observação enquanto cientista da religião: ‘taquipariu, doido, porra do nome do filme é VELOCIPASTOR é haja os caras utilizarem termos da igreja católica.
voltemos ao texto principal]
sim, é engraçado a Carol fazendo ponto na frente da igreja 10th Street Church of Christ, em NY, porque mostra que o local existe mesmo e tem gente lá no momento da gravação (deve ter dado um rabo do caralho quando viram esse “detalhe” no filme. ai que Stewart leva Doug a Altair (Aurelio Voltaire), seu amigo de pelotão da época que foram à Guerra do Vietnã). o “sonho” que Stewart tem dos dois no conflito e de sua amada vindo em sua direção aparecendo somente para ele é o suprassumo total da nonsensice monstra duma serie de (d)efeitos especais.
sim, voltei um monte de vezes pra ter certeza que isso era isso mesmo


ABDCD

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

VOLTANDO DO BURACO – sim, eu sei, já usei esse título por aqui, mas foda-se......!

ouvindo: discografias do Angelic Upstarts e do B Movie Monsters

último post por aqui, fora o de ontem, foi de 4 de dezembro d’ano passado. aconteceu coisa pra caralho mas nada muito de interessante além da minha titulação, ter escrito mais um monte, lido outro monte e dormido outro monte porque eu ‘tava precisando um monte.
e tem umas HQs fodas que tenho lido esses tempos e umas que deixei passar batido e não comentei aqui. 
então sem mais delongas e vamos a estas, citando Steven Victor Tallarico Tyler, “good new shits”

 
 
Marvel Universe vs. The Punisher
roteiro: Jonathan Maberry (Marvel Zombies: Wolverine, Capitão América: Salve a Hidra!, Predador)
arte: Goran Parlov 
cores: Lee Loughride
ano de publicação: 2010 
se tem um site que eu amo pra baixar HQ atualmente, esse é o Get Comics, tem lá praticamente TUDO lançado nos EUA que NÃO chega aqui e lá que eu pegay essa belezura quando ‘tava procurando essa nova fase do Justiceiro detonando tudo em Bagalia, escrita pelo Matthew Rosenberg, que comentei aqui.
“mas Marvel Universe vs. The Punisher?”
é um combo black meio-termo de Zumbis Marvel, sem a parte que o Justiceiro usa uma bomba atômica pra se matar levando boa parte dos heróis e vilões que o queriam transformar em zumbi, com o C R Á S S I C O Justiceiro Massacra o Universo Marvel.
Zumbis Marvel, de Robert FUCKING GOD OF UNIVERSE Kirkman, Sean Phillips (Hellblazer, 2000 AD, Invisíveis) e June Chung (Guerra Civil, Transformers e G.I. JOE UMA BOSTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, Batman)
Justiceiro Massacra o Universo Marvel, já comentada de montão nesse blog
um patógeno específico pra supers os transformou em zumbis, começando pelo cuzeiro-aranha, logo depois o mundo caiu no caos e restou aos vigilantes não-supers cuidar do que sobrou da humanidade não-canibalizada – entre eles, nosso abiguinhu Frank Castligione, o protagonista dessa mini que tem muita cena épica que faz teu cu cair da bunda lindamente é leitura de uma tarde e vale muitão à pena, e – não falando como fã do Justiceiro – é muito melhor que Zumbis Marvel e Justiceiro Massacra o Universo Marvel (e olha que sou fã de carteirinha do Garth Ennis e adoro essa história dele).

 
 
 
Monster World
roteiro: Steves Niles (Aberrações no Coração da América [sua magnus opus], 30 Dias de Noite, Zombies vs Robots) e Philip Kim (Gunsuits: Alix) 
arte: Piotr Kowalski (RoboCop, Marvel Knights: Hulk, Star Trek) e Jenn Pham (Broken Moon [fudida pra caralho, vale muito a leitura])
cores: Dennis Calero (O Sombra, Assassin’s Creed, série Marvel Noir [altamente recomendada, não perca)
capas: Piotr Kowalski e Nigel Sade
editora: American Gothic Press
ano de publicação: dezembro de 2015 a março de 2016 
a editora estadunidense American Gothic Press é a “nova cara” do subgênero de quadrinhos de terror Famous Monsters of Filmland, criados pelo editor James Warren Taubman (1930-) e pelo escritor de ficção cientifica [e também editor] Forrest James Ackerman (1916-2008) e publicados de 1951, inicialmente de forma independente e depois pela Warren Publishing – criada pela dupla em 1957 – até o fechamento da editora em 1983 (justamente no ano do meu aniversário, pontua-se). papo da editora era fazer quadrinho baseado nos filmes de terror que todo mundo curtia na época e deu certo pra caralho e, mesmo depois do fim da revista, ainda apareceram muitas na mesma leva e sempre a homenageando. até minha adorada MAD fez isso quando ainda em vida.
então... Monster World... “qual é o papo de Monster World?” 
o detetive Henry Barrymore é contratado por Shirley Temple Forrester já rolando aquela homenagem de leve, uma ruiva maravilindeza do universo, pra investigar o desaparecimento do ex-marido, William Shatner Forrester, proprietário do World Studios, famoso por filmes de terror e no submundo por estar acobertando diversos assassinatos ocorridos durante as gravações dos filmes. Monster World tem tanto, mas TANTO clichê de filme de terror que chega a dar raiva mas tu não consegues parar de ler até chegar ao final, porque é muita situação absurda fudida e, o melhor!, não tem NADA lovecraftiano! e isso não é um demérito, é uma qualidade.tem, no máximo, uma situação Nada de Novo no Front, mas a história pede e atende muito bem.
Monster World não é pra leitor “novato”, mas é pra fã mesmo de filme e HQ de terror aprovo e recomendo. tem a continuação, Monster World: The Golden Age, da mesma equipe, só o que muda é ter a Holly Interlandi no roteiro. não vou comentar agora porque ainda não tive oportunidade de ler.
Aberrações no Coração da América, de Steve Niles e Greg Ruth

Strange Skies Over East Berlin
roteiro: Jeff Loveness (Vingadores, Mulher-Maravilha, Vingadores vs X-Men)
arte: Lisandro Estherren (Redneck)
cores: Patricio Delpeche (Heavy Metal, TMNT)
capas: Evan Cagle (Buffy, Power Rangers)
editora: BOOM!
ano de publicação: 2019 
o título do scan – cortesia dos meus parças do Gibiscuits – tinha a grande e excelentissima tradução de Estranhos Céus Sobre Berlim Oriental. a era de ouro da espionagem moderna foi inquestionavelmente na Guerra Fria todos os espiões se conheciam e ninguém se conhecia e sempre se perguntavam o que sabiam de fato, principalmente sobre si. quando Herring, um espião estadunidense já velho, cansado e frustrado com o trabalho que nada lhe apresenta de novo, é enviado à Alemanha Oriental para descobrir a veracidade das informações sobre uma arma que poderia desequilibrar o conflito, é confrontado não somente pelos soviéticos e por si mesmo, mas por algo além de uma arma e do controle de reles humanos. enquanto o roteiro de Jeff Loveness é brilhantemente coeso, o conjunto a quatro mãos de Lisandro Estherren e Patricio Delpeche é um orgasmo semiótico para os olhos. é notável o quão Estherren e Delpeche tomaram da fonte SEM DUPLOS SENTIDOS, CARALHO de Bill Sieckenwicz para fazer a arte dessa mini que se fecha em si e se completa si. definitiva e obrigatória.


Snapshot
roteiro: Andy Diggle (The Losers, Juiz Dredd, Demolidor)
arte e capas: Dock (2000 AD, Hellblazer, Wolverine)
editora: Image
ano de publicação: 2013 
Snapshot achei no Guardiões do Globo fiquei “‘bora ver, né?”. foi uma lida numa tapa. e quem já leu The Losers, a magnus opus da dupla Diggle/Dock, sabe que os caras não brincam em serviço pra fazer HQ de ação ininterrupta. e achei do caralho o texto ser todo em preto e branco porque lembrou as historinhas que vinham na primeira edição dos livros de tribo de Lobisomem.
“e a história?” 
a história é que o adolescente Jake Dobson, que trabalha na loja de quadrinhos Near-Mint Rhino, encontra um telefone celular. ao ver na galeria de fotos um homem assassinado, passa a ser perseguido por um assassino, até se ver em uma intriga conspiração internacional, onde nada parece ser o que é e o que é, é pior ainda do que se supõe à primeira vista. apesar do muleque sortudo que vai lutar contra o mundo todo para se salvar – com ajuda de Callie Twain, também puxada pra esse furacão, e a verdadeira cabeça pensante da dupla – e as perseguições de carro dignas de filme produzida pela dupla dinâmica dos filmes de ação Donald Clarence “Don” Simpson (1943-1996) porra, esse bicho tinha que morrer logo no dia do meu aniversário? e Jerome Leon “Jerry” Bruckheimer, nada é óbvio e simples.
pensando muito bem, Snapshot é o Inimigo do Estado dessa década, mas dois guris brancos fazendo merda; ao invés de uma fita VHS, telefones celulares; uma rede de controle mundial à la Philosophers, de Metal Gear Solid; e sem as camadas de carga dramática. é leitura rápida, mas faça com cuidado.
Inimigo do Estado, de Tony Scott, de 1998 SE NÃO ASSISTIU, RAPA DAQUI AGORA E SÓ VOLTA DEPOIS DE VER ESSE FILME
Philosophers, de Metal Gear Solid

Holy Diver
roteiro, arte e capa: Christine Larsen
editora: independente
publicação: dezembro de 2017 
♪♫ Holy Diver
You've been down too long in the midnight sea
Oh what's becoming of me?
Ride the tiger
You can see his stripes but you know he's clean
Oh don't you see what I mean?

Gotta get away
Holy Diver♫♪
mas tem que ler cantando, porra
Holy Diver achei no Ndrangheta & La Realeza, gostei do resuminho e “foda-se, warum nicht?” e lá tive um grande deleite para os olhos e a alma – porque, se não leres HQ com a alma, rapá, nem comece a ler. a graphic novel é, no mínimo, de uma sensibilidade absurda e considero seu teor fantástico comparável somente ao de Congress of Animals, de Jim Woodring, também sem balões de fala mas que diz tudo com imagens. sim, eu gosto tanto delas assim que citei as duas na minha dissertação.
Congress of Animals, de Jim Woodring, de 2011
Holy Diver faz parte do universo chamado Microcosmics – criado pela ilustradora e cartunista estadunidense Christine Larsen –, no qual nenhuma narrativa possui diálogos e se passam em um mundo fantástico que pode ser ou não a Terra, a autora não clarifica ainda bem nesta história há claramente uma história de amor entre um macho e uma fêmea de uma espécie que pode ser considerada hominídea, pais e mães que prezam por seus filhos e uma sociedade litorânea pastoral que vive de tudo oferecido pela Mãe Natureza, sem prejudicar o meio ambiente (bem que poderíamos [re]aprender com eles com fazer isso, não?). quem gosta de antropologia direcionada a sociedades nativas vai achar o máximo, ainda mais se tiver o As formas elementares de vida religiosa, do sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês David Émile Durkheim (1858-1917), e o Imagens e Símbolos, ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso, do professor, cientista das religiões (um dos dois mais fodas de todos os tempos, o outro foi o Joseph John Campbell [1904-1987]), mitólogo, filósofo e romancista romeno, naturalizado norte-americano Mircea Eliade (1907-1986), como livros de cabeceira, vai ter como a coisa mais linda do universo.
e então que o casal, em um passeio adentro-mar, com suas montarias, é surpreendido por um redemoinho marinho. em determinado momento, a montaria dele o traz de volta – infelizmente apresuntado se é que vocês me entendem. e eis que a mãe do moçoilo vai ao pai da moçoila perguntar pelo rebento e o vetuso diz que ela também não deu, mas lá estão os juvenis no meio mar, prestes a começar aquela tempestade ou o livro dos dias.
e imaginem a música do Psicose quando o Norman Bates tinha uma banda em Belém com esse nome, o som era do caralho ia matar a Norman Crane no banheiro quando tem um FUCKING monstro marinho mezzo Cthulhuesco mezzo quimeresco sim, inventei esse verbete agora, foda-se se aproximando da comunidade litorânea da mesma maneira que o Godzilla chega em Tóquio a fim tocar aquele foda-se que a gente sempre adora ver. como os soldados japoneses, os guerreiros da ilha não chegam nem perto de causar danos ao titã.
música do Psicose
após a moça perder o corpo do amado durante o ataque de um caranguejo gigante (“OPA, COMIDA, VENHA CÁ” inquestionavelmente ele pensou ao ver o casal e as montarias), ela se esconde com sua montaria, seriamente atacada pelo artrópode tamanho Juggernaut, em um buraco onde não podem ser alcançados, até caírem em algo tipo um santuário. o sangue da montaria no centro do local acende algo como velas, muitas muitas muitas delas, dispendem sua energia como se fossem os seres vivos doando sua energia para o Goku para um imenso enso enso pilar de pedra com  um olho no seu alto a energia liberada traz de volta os corpos do moço e de sua montaria ele o chama até ela, se beijam NÃO DÁ, EU JÁ TAVA CHORANDO VENDO ISSO, VÁ SE FUDER, EMOCIONANTE DEMAIS e ele mostra o caminho a ela para sair, ela sendo expelida pela energia.
o Juggernautguejo Juggernaut + caranguejo, com mais outros dois, já tão querendo abrir o monte de pedras pra pegar a moça e sobe uma rajada monstra de energia do mar, dando a entender que ela se fundiu aos Juggernautguejos. NA ILHA: o Godzil...... monstro tocando o foda-se, chega o herói mític....
NÃO
NÃO
NÃO
PERAI
A HEROÍNA MÍTICA METOFODÔNICA CARALHESCA (descrição dela na capa da HQ), dá cabo do ser mezzo Cthulhuesco mezzo quimeresco, salvando a comunidade. os pais do casal, ao verem o cordão do rapaz na heroína, perguntam-lhe do paradeiro deles, ela – após encará-los longamente – não responde e vai embora com sua montaria. os pais ficam, obviamente, inconsoláveis e o que parece ser o líder da aldeia oferece palavras amigas ao ancião.
e, ao nascer de um novo dia, os aldeões recomeçam a vida, a reconstruir o que foi destruído e reconstituir suas plantações criações de “ovelhas”. é construído um altar de agradecimento onde são entregues oferendas a um totem de madeira da heroína e são feitas orações e pedidos (eu, como cientista das religiões, achei essa parte muito fudida pra caralho).
e nada parecer confortar o coração da velha senhora que passa dias fitando o oceano, como se o filho voltasse, como se pudesse voltar. o velho senhor vai até ela. senta a seu lado. se fitam. ele coloca uma mão sobre a dela contemplam o mar.
o mar.
Holy Diver tem todos os elementos de uma narrativa mítica passada de geração pra geração, mas sem as partes chatas e sem parecer história infantil (mesmo que pareça muitíssimo uma, mas deixa estar) ou aquelas “porra, não compensou ter lido”, porque compensa pra caralho. Holy Diver é leitura pra todas as idades e gostos e não ofende ninguém (não tem a intenção pra isso mesmo), e tem que ser muito filh@ da puta cretin@ pra não gostar dessa comic.
pra mais informações sobre o trabalho de Frau Meisterin Larsen, fuçar o perfil dela no Instagram, no Twitter e o site oficial dela.

e é isso ai. esse foi o post de hoje, espero que tenham curtido e que tomem vergonha nessas caras imundas de vocês e vão ler essas porras e os textos transversais citados nesse texto.
e é isso ai.



BIS ZU DEM BREAKING FUCKING NEUEN POST!!!!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

THE CRAZIES - análise sintética da HQ a partir do filme homônimo

Crazies, do ano de 2010, da Top Cow - sim, o selo da Image. mini-série em quatro edições lançada em 2010, baseada no filme A Epidemia não, não com o Dustin Hoffman  e com o Morgan Freeman, de 2010, dirigido por Breck Eisner (Sahara, uns episódios de Taken aquela série canalha de E.T. produzida pelo Steven Spielberg que passava na Band e uns de Fear Itself: Antologia do Medo OUTRA BOSTA, PASSE BEM LONGE); escrito por Scott Kosar (O Maquinista, o remake d’O Massacre da Serra Elétrica, de 2003), Ray Wright (Obsessão, A Origem) e George Romero (sim, AQUELE George Romero) e produzido por Michael Aguilar (Constantine, Os Infiltrados, a fodástica série Penny Dreadful), Rob Cowan (Cocktail sim, o com o Tom Cruise, os dois Invocação do Mal Anal, Chernobyl não a série da HBO mas vou procurar ver também pra ver qual o papo), Dean Georgaris (Tristão & Isolda não é tão legal quanto os dois primeiros [de 1909 e PRINCIPALMENTE o de 1946], mas tá valendo porque é produzido pelo Ridley Scott, o CRÁSSICU Megatubarão, Sob o Domínio do Mal, Lara Croft: Tomb Raider - A Origem, e o MARAVILINDO As Aventuras de Pi) e pelo próprio Romero, idealizador central do projeto, já que o filme é um remake do seu filme homônimo de 1973, que, no Brasil, recebeu o título de O Exército do Extermínio.
A Epidemia, de 2010.
O Exército do Extermínio, de 1973.
o A Epidemia, de 1995, do Wolfgang A História sem Fim do Inimigo Meu Petersen, com o Dustin Hoffman, o Morgan Freeman e a Rene ALGUÉM ME FAZ CASAR COM ESSA MULHER, POR FAVORZINHO, VAI? Russo 
a série é ambientada na unidade federativa estadunidense de Iowa e começa quando um avião da Força Aérea Americana cai em uma região rural do estado - a fictícia cidade de Ogden Marsh, Pierce County -, liberando um patógeno desconhecido que causará muita...... destruição desenfreada, sangue e cadáveres no local. 
roteiro de Joshua Hale Fialkov (Os Supremos, Quarteto Fantástico Ultimate, Godzilla), arte de Rahsan Ekedal (Think Tank [foda pra caralho, merece a leitura], The Title, Solomon Kane) e capas de Ben FUCKING Templesmith (Welcome to Hoxford [pra mim, a magnus opus dele], 30 Dias de Noite, Silent Hill, G.I. Joe).
achei no Caverna Nerd pra baixar, ‘tava procurando alguma coisa nova pra ler e dei de cara com isso. achei bem foda, aprovada e recomendada!
não, ainda não vi o filme, talvez só sábado ou domingo mesmo. até onde entendi tem que ver o filme pra entender a HQ toda, então bora lá assim que possível.

é, sim, tenho sido bem relapso quanto ao blog. ‘bora ver se o negócio melhora daqui pro fim do bimestre ou não.