“Quem vai poder reconhecer
Certezas que viraram pó?
Abandonar o que conquistou
Escolhas que não tem retorno...
Se arrepender por cometer os mesmos erros outra vez”
– Dead Fish, “Exílio”, do álbum Um Homem Só, de 2006.
Certezas que viraram pó?
Abandonar o que conquistou
Escolhas que não tem retorno...
Se arrepender por cometer os mesmos erros outra vez”
– Dead Fish, “Exílio”, do álbum Um Homem Só, de 2006.
E o EPEL 2012, que tinha TUDO pra ser um evento inesquecível por estar em sua 15ª edição, REALMENTE se tornou algo inesquecível, de um modo ou de outro pra todo mundo que participou.
Pra mim? Ah, foi legal re-encontrar pessoas legais do ano passado – como Raimundo e Klinsmann do campus UFPA-Castanhal – e conhecer gente nova e altamente pertinente e interessante – Charles, André, Noêmia e Adenilson, do mesmo UFPA-Castanhal; Mr. Kaius(you are a fucking dude, man! Irmão-Lobo PRA SEMPRE a partir de agora!), Karen e Raimundo Neto (a comunicação de vocês dois sobre o conto de Frau Colasanti foi incrível!) – UEPA-Belém –; Juliana e Carmélia – UFPA-Marabá.
Bom, que se foda-se, vou dar minha visão pessoal da coisa. Meu blog, né?
07.02.2012

A viagem foi do caralho. Não dá pra negar. Eu ADORO a companhia do Tailson e da Suellainy e Lucão + Robson + Raimundo + Pojo são inegavelmente grandes presenças também. Lamentavelmente, Renata e Muitas-Garras não puderam ir por motivos pessoais fodidamente tensos. E, sinceramente, não sabia eu que tinha TANTO NOOB nas Letras-UFPA-Belém porque parece que a maioria deles foi no buzão. E haja álcool no bonde e haja chaminés fora dele. E foi muito legal enfim conhecer tal Kaius que Paloma tanto falava sobre!08.02.2012
09.02.2012
10.02.2012
Nota: depois de tomar UM banho, vou estender minha toalha no “quarto” e lá eu dou de cara com meus coturnos, meu maquinário e a barraca que o Robson havia me emprestado (uma vez que eu não havia levado colchão e havia “sumido” junto com minhas coisas). Obviamente, fiquei MUITÍSSIMO FELICÍSSIMO PRA CARALHO com tal coisa, mas, ainda assim, querendo matar alguém. Foi o guri da outra sala que viu meus coturnos e mais a sacola de maquinário. Os primeiros, ele já havia lembrado que eram meus, mas ele decidiu levar tudo porque havia perguntado de quem era na sala e só recebeu respostas negativas. Mesmo não indo com a cara do guri, ser-lhe-ei eternamente e além grato por tal ato de boa vontade. E foi divertido demais ficar zanzando de coturnos, camiseta dos Ramones, boné pra trás e bermudas na festa, anarquizando geral.
Diálogo da noite:
[humano estúpido]: Quilômetros, tu não vai (sic) se vestir de mulher, não?
[Quilômetros-a-Pé]: Tu ‘tás ficando é doido, muleque. Eu já passei vergonha aqui, agora é a vez dos outros.
[humano estúpido]: Ô, não fala isso.
[Quilômetros-a-Pé]: Pra porra. Eu já fiz meu papel de ridículo aqui, agora é a vez dos outros. Como se não fosse uma celebração ao ridículo tanto o cara fazer merda enquanto bêbado quanto se vestir de mulher e ir a um desfile. Pelo menos, PRA MIM, é.
[humano estúpido]: Credo, tu é (sic) preconceituoso.
[Quilômetros-a-Pé]: Eu não tenho problemas com homossexuais. ISSO seria preconceito. Tenho com a idéia de diversão se vestir com trajes do sexo oposto. Eu não curto. Quem curtir, eu vou zoar mesmo. Fora que tenho amigos homossexuais que têm REPULSA a sequer CONSIDERAR a idéia de se vestirem de mulher. Eu já sou taxado por ser gay, ainda vou me dar o trabalho de me vestir de mulher. Muito obrigado mas foda-se.
[humano estúpido]: Credo, tu é (sic) podre.
[Quilômetros-a-Pé]: Não aceita o pensamento diferente? Faz um favor – mete uma bala na tua cabeça.
11.02.2012


Comunicações? Não deu pra ver as que me interessavam (mas, como dito antes, Marina Colassanti entre faces: o Feminino e o Maravilhoso no conto “A Moça Tecelã”, apresentada pela Karen e pelo Neto, da UEPA, foi MUITO EXCELENTE!). Eu mesmo tinha duas pra apresentar e, caso eu diga que estas foram dois verdadeiros desastres a seus ministrantes, não vai chegar nem perto do que foi de fato. E, obviamente, isso deixou Paloma e eu ULTRA-PUTOS-DA-VIDA-! E ainda bem que Renata não estava lá senão aí mesmo que não ia prestar. O resto do dia foi bem tranqüilo, com exceção da parte que eu desabei de cansaço mas não conseguia dormir, entre numa crise de tristeza extrema por tudo que havia acontecido lá, mas não conseguia chorar (isso foi foda!). Mas foi só tomar uns remédios em modo combo que acabei melhorando.Pior foi na plenária final que eu morri tossindo que nem um filho da puta devido o tanto que tinha fumado, ainda mais em uma cidade mortalmente empoeirada. Quando entrei naquela sala com ar-condicionado, foi o fim. Sai de lá tossindo, fudido! Quando vi, já estava tossindo sangue! Mãe de Gaia! SANGUE! Quase que eu me fodo de jeito. Sério.
A festa final foi muito legal, a melhor de todas, eu diria. Mas eu já ‘tava muito neurado e muito cansado pra curtir. Só queria ir pra casa. Fora que haviam umas coisas que haviam deixado o clima meio que insustentável, insuportável. Foi um alívio quando tudo terminou e entramos naquele ônibus pra voltar. A viagem foi uma merda, mas até que nos divertimos bastante.
E, mesmo me divertido como me diverti – sim!, esta é uma das viagens que eu preferia ter ficado em casa! Eu ainda previ que ser-me-ia um desastre, de um modo ou de outro (é, foi culpa minha mesmo, eu causei todo o meu mal-estar).
EPEL 2012 FROM HELL! Vamos ver o que nos aguarda em Castanhal-2013!
Hã?
O que?
O show do Matanza?
FODA-SE! Não fiquei tão perto do palco quanto no Dead Fish ou no Bambix mas tenho a obrigação de dizer que O SHOW FOI FODA DEMAIS!!!
Sem mais
Hora de voltar a dormir, fazer este post fudeu comigo mais do que a viagem de volta e o show do Matanza!
Um comentário:
Eu te compreendo, não direi que compreendo perfeitamente porque emprego um grande significado a essa tal palavra, perfeição. Mas digamos que eu tenha uma certa noção do que se passou contigo.
Dias antes de tornar a estas terras, fiz algo semelhante, bebi muito e o vexame veio. Tive uma viagem desagradável, sentindo uma vergonha odiosa e uma certa dose de raiva de mim mesmo.
Refletindo melhor sobre o que fiz, acabei por decidir levantar a cabeça. Digo, ignorar esse evento e me portar como o homem que acredito ser, encarando quaisquer possíveis consequências ainda por vir.
Todos são muito rigorosos com pequenos deslizes alheios, mas extremamente complacentes com os próprios. Muitos bebem, se embriagam terrivelmente e fazem muita estupidez. Eu não me importo com isso, eu ignoro, eu tenho a inteligência necessária pra desconsiderar coisas que alguém fez enquanto bêbado.
Não recebo o mesmo tratamento. Sendo assim, eu resolvi ser calmo, paciente. E a partir de hoje ignorar a hipocrisia alheia.
Com a vinda da sobriedade, e tendo feito a reflexão apropriada, só resta mandar - compassadamente - todos esses escandalizados e ofendidos irem à puta que lhes pariu. Pois todos são filhos da mesma vadia que é essa doutrina do politicamente correto.
Postar um comentário
Você está em solo sagrado!
Agora entalhe com vossas garras na Árvore dos Registros e mostre a todos que virão que você esteve aqui!!!