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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

OS MOTIVOS DA ROSA – por Cecília Meireles

Estes poemas se fazem presentes nas obras Mar Absoluto, de 1942, e Antologia Poética, de 2001.

1º MOTIVO DA ROSA
Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula, 
que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.

Meus olhos te ofereço:
espelho para a face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.

Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula, 
serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.


2º MOTIVO DA ROSA
- para Mário Raul Morais de Andrade (1893-1945) 

Por mais que te celebre, não me escutas,
embora em forma e nácar te assemelhes
à concha soante, à musical orelha
que grava o mar nas íntimas volutas.

Deponho-te em cristal, defronte a espelhos,
sem eco de cisternas ou de grutas…
Ausências e cegueiras absolutas
ofereces às vespas e às abelhas,

e a quem te adora, ó surda e silenciosa,
e cega e bela e interminável rosa,
que em tempo e aroma e verso te transmutas!

Sem terra nem estrelas brilhas, presa
a meu sonho, insensível à beleza
que és e não sabes, porque não me escutas…


4º MOTIVO DA ROSA

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.

E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.


5º MOTIVO DA ROSA

Antes do teu olhar, não era,
nem será depois- primavera.
Pois viemos do que perdura,

não do que fomos. Desse acaso
do que foi visto e amado: - o prazo
do Criador na criatura...

Não sou eu, mas sim o perfume
que em ti me conserva e resume
o resto, que as horas consomem.

Mas não chores, que no meu dia
há mais sonho e sabedoria
que nos vagos séculos do homem.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

[não sei quando escrevi mas ainda vou terminar, um dia]

[não sei quando escrevi mas ainda vou terminar, um dia]
Manto, manto bordado de estrelas
Manto bordado da Senhora-da-Constelação
Que dar-me-á sentido e direção
A um busto, alvo busto e um par de braços
Onde eu possa, onde eu possa enfim descansar
A que eu possa, a que eu possa enfim possa
Chamar de lar.
Pés no chão, enfim nos braços e beijos da Senhora
Senhora que almejo como minha
Rumar, rumar, rumar para os seus braços, Princesa
Ama e Rainha que espero que me aceite como dela.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

“NÃO HÁ GUARDA CHUVA” – musicação do poema de João Cabral de Melo Neto

NÃO HÁ GUARDA CHUVA

– João Cabral de Melo Neto (1920-1999) –

Não há guarda-chuva contra o poema
Não há guarda-chuva contra o amor
Não há guarda-chuva contra o tédio
Não há guarda-chuva contra o mundo
Não há guarda-chuva contra o tempo
Não há guarda-chuva contra a noite
Não há guarda-chuva contra a ameaça
Se vem vindo forte a tempestade
Perco o medo
Enfrento a fera
Eu sei quem é ela, com essa minha tira na vontade

Regiões onde tudo é surpresa
Como uma flor mesmo num canteiro
Que mastiga, que cospe como qualquer boca
Que tritura como um desastre
O tédio das quatro paredes
O tédio das quatro estações
Cada dia devorado nos jornais
No tédio dos quatro pontos cardeais

Não há guarda-chuva contra as filas
Feito serpentes pelas calçadas
Não há guarda-chuva para as crianças, pivetes, menores, abandonadas
Não há guarda-chuva contra o veneno, o despeito do ser humano
Não é à toa, pros inimigo
Sou urtiga, sorrindo é que se castiga
Sou paraibana de tutano

Não há guarda-chuva contra a simpatia
Se ela nos pega desprevenido
Deixa a gente abobalhada dizendo coisas sem sentido
Não há guarda-chuva contra a covardia, de erguer a cabeça ao menos por um dia
Se você tem alma de borracha, munheca um pouco flácida
Não ouça o que eu digo

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

KARNAK - crítica da HQ

Ouvindo: Karnak, Karnak, de 1995; Universo Umbigo, de 1997; e Estamos Adorando Tóquio, de 2000.

Pra entender Karnak não a banda homônima capitaneada pelo mestre André Abujamra, diga-se logo, há de se ter uma apresentação.

Karnak, Karnak, de 1995.

Karnak, Universo Umbigo, de 1997. 

Karnak, Estamos Adorando Tóquio, de 2000.

O personagem se chama Karnak Mander-Azur e o nome da série em questão se chama A Falha em Todas as Coisas, escrita por Warren Ellis (The Authority, Transmetropolitan, Liga da Justiça), desenhada por Gerardo Zaffino (Juiz Dredd, Velho Logan, Mad Max: Fury Road [PANINI, TOMA VERGONHA NA CARA E PUBLICA ESSA PORRA POR AQUI!]) e arte-finalizada por Dan Brown não, não é aquele retardado cretino que disseram que é escritor e ele acreditou e investiu nisso (Pantera Negra, Os Supremos), publicada pela Marvel no ano de 2015.


as seis capas da série, de Gerardo Zaffino e Dan Brown

Karnak Mander-Azur faz parte do grupo de superseres conhecidos como Inumanos, criados pelos citados no post anterior Stanley “Stan Lee” Martin Lieber (1922-2018) e Jacob “Jack ‘King’ Kirby” Kurtzberg (1917-1994) e sua primeira aparição foi na edição 45 do Quarteto Fantástico, de dezembro de 1965, todavia a maravilinda para caralho Medusalith Amaquelin -  a.k.a. Rainha Medusa, esposa do Blackagar Boltagon, a.k.a. Raio Negro – já havia dado o ar de sua graça na edição 36 da revista (março de 1965) e o Gorgon Pentagron na edição anterior a que os Inumanos todos dão as caras (ou seja, na edição 44, tarde de outubro de 1965).

capa da edição 45 de Quarteto Fantástico, de dezembro de 1965, com a primeira aparição dos Inumanos

Tal qual o resto da Família Real repetição silábica totalmente proposital a fins de neuração do/a leitor/a de Inumanos, o cara é uma máquina de destruição aloprada em massa e não brinca em serviço. Apesar de nunca ter sido exposto às nevoas terrígenas que “despertam” os poderes dos Inumanos, seus dons aloprados destruidores pra caralho “poderes” são “só” ser um exímio artista marcial fudido (porque não é qualquer um que, sozinho, dá um chega pra lá no Capitão América e no Pantera Negra JUNTOS!) e estrategista (que rivaliza tet-a-tet com o Reed Richards, com os supracitados Capitão e Pantera, e com o Ciclope, a ponto de ter dado bailes em todos os referidos) EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE descobrir as falhas em todas as coisas (por isso o título da HQ, né? HA HA HA) .e ser
ncos nunca pisaram na África (BOLSONARO, 2018)

de
“os brancos nunca pisaram na África” (BOLSONARO, 2018)



eigooglevaitomarnocu!

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

QUARTETO FANTÁSTICO – apreciações iniciais sobre nova série mensal

“And remember, it’s like Ben said, none of us are alone. We’re with Family.”
– Reed Richards para Susan Storm Richards.

Se eu gosto de Vingadores? Maaaaaaaaaaaaaais ou meeeeeeeeeeeeeeeenos..... Tem que ser uma coisa MUITO FODA pra fazer eu ler Vingadores (sim, eu vou comentar a saga Infinito por aqui, mas ainda não). Eu gostava d(e algumas d)as tretas dos Vingadores da Costa Oeste, que só faziam merda porque só tinha gente louca na equipe. E a Liga da Justiça sempre será mais foda, sempre. Sempre. SEMPRE. S. E. M. P. R. E.
X-Men? Já gostei muito, agora sou de banda e só leio Velho Logan.
X-Factor? Só na época que os integrantes eram da formação clássica dos X-Men, a fase da Nave Inteligente e da treta monstra com o Apocalypse por causa desta, quem leu formatinho da Abril vai lembrar.
Tropa Alfa? Vingadores podem lamber meu rabo começando pela maravilinda Carol Danvers enquanto a Jennifer Walters me chupa, e depois elas podem alternar. Os verdadeiros fodões da América foram, são e sempre serão a Tropa Alfa.
Defensores? Sempre um bando de rolas bostas. O mesmo vale pros Novos Cretinos Mutantes. Eu já não gostava de Novos Titãs, quando li Novos Mutantes só fiz ficar com mais raiva.
Thunderbolts? Foram Vingadores da Costa Oeste que deram certo porque era muita onda. Vilões se passando por heróis e um querendo comer o cu do outro no café da manhã. Eu achava do caralho e leio sempre que posso porque adoro os verem se fudendo valendo mesmo tendo a melhor das intenções.

Quarteto Fantástico?
capa da primeira edição estadunidense de Quarteto Fantástico, de novembro de 1961, arte do mestre Jacob “Jack ‘King’ Kirby” Kurtzberg (1917-1994).

Olha.
Sou suspeitão pra caralho pra falar QUALQUER COISA de Quarteto Fantástico. Tinha uma época que ‘tava uma verdadeira bosta mas eu ‘tava lendo só QF e Justiceiro (foi começo dessa década, até comentei sobre isso aqui, inclusive). Qualquer coisa que tenha os caras eu já fico “Opa, qual o papo?”

primeira aparição da Liga da Justiça, na edição 28 do título The Brave and the Bold, da DC Comics, de março de 1960. arte de Michael “Mike” Sekowsky (1923-1989), Murphy C. Anderson Jr. (1926-2015) e Jack Adler (1917-2011).

O grupo – criado pelo então escritor-editor Stanley “Stan Lee” Martin Lieber (1922-2018) e o ilustrador Jacob “Jack ‘King’ Kirby” Kurtzberg (1917-1994) a mando do então proprietário da editora estadunidense Marvel Comics Moe “Martin” Goodman (1908-1992), como uma resposta à Liga da Justiça, cuja primeira aparição foi em março de 1960, na edição 28 do título The Brave and the Bold, da DC Comics – é um dos títulos da ficção cientifica que ainda perdura firmemente, sendo o único comparável é o já tratado por aqui Perry Rhodan. Ainda mais que ambos passaram a ser publicados no mesmo ano. “Passaram” não. começaram. Perdão. Rhodan em setembro de 1961 e Quarteto em novembro do mesmo ano. O Lee admitiu ser fã do supramencionado Hetfsroman, inclusive.
Mais do que o próprio Hulk (de 1962) e o próprio Homem de Ferro e os próprios X-Men (ambos de 1963) – todos criados à base do supracitado gênero –, o Quarteto tratou de praticamente TUDO que este aborda, mas sem deixar de manter a pegada Marvel. Todavia, deve-se apontar que essa marca registrada da editora já cagou muita história deles que era pra ser maravilinda, e isso, muitíssimo infelizmente aconteceu também com muitos outros personagens e arcos. MAS X-Men - Deus Ama, o Homem Mata, do Chris Claremont no roteiro e do Brent Anderson na arte, de 1982 é uma feliz e icônica exceção à regra que vale a leitura imediata.
X-Men - Deus Ama, o Homem Mata, Chris Claremont no roteiro e do Brent Anderson na arte, de 1982.

O Quarteto Fantástico só não é mais Casa da Mãe Joana na Marvel porque tem os Masturbadores Vingadores – na verdade, nem se compara. Com óbvia exceção do personagem mais inútil e desnecessário de todos os tempos – a.k.a. Cuzão-Aranha –, eu gosto, de maneira ou outra, de todo mundo que já ingressou na equipe (sou suspeito pra falar do Hulk, da Mulher-Hulk e do Motoqueiro Fantasma? sou MUITÃO suspeito pra falar do Hulk, da Mulher-Hulk e do Motoqueiro Fantasma). São renovações necessárias e até mesmo bem interessantes. Tem muita merda que reprovo veementemente na história da equipe mas, dependesse de mim, John Byrne (dispensa apresentações) e o casal Simonson (idem) eram a eterna equipe criativa da revista. Muitos outros mestres também já deram o ar de sua graça para o título, como Roy Thomas, Len Wein, Chris Claremont, Tom DeFalco, Jeph Loeb, Mark Waid, J. Michael Straczynski, Grant Morrison, Brian Michael Bendis, Mark Millar, Jonathan Hickman, Matt Fraction, Kurt Busiek, só pra citar alguns. Quando será que o Jason Aaron e o Jeff Lemire vão pegar o título? Já pensaram as cagadas que seriam o Miller ou o Ennis escrevendo-o? HA HA HA melhor não pensar não.
Primeira Família, de Astro City, arte de Alex Ross.
Falando no Kurt Busiek: a Primeira Família, personagens de sua magnus opus Astro City, é totalmente descaradamente absurdamente inspirada no Quarteto, mas sem a mesma pegada editorial característica que muitas vezes fudeu estes últimos. Fazer o quê, né? Mas dá pra ler os dois sim.

‘Tá, sem mais enrolation.
A última série do grupo foi de 2015. Pensem. 2015. Uma eternidade pra um título publicado ininterruptamente há QUINQÜENTA E SETE ANOS passar três ANOS sem título próprio é complicado, no mínimo, creio eu.
Quem acompanhou a Primeira Família na época da Grande Heróis Marvel que virou revista mensal em formato americano da Abril (boas edições, preço peixeirada no público consumidor de HQ da época), vai gostar muitaço da pegada do primeiro arco (os três primeiros aqui a ser comentados), tanto a nível de roteiro – de Dan Slott (Homem de Ferro, Mulher-Hulk, Surfista Prateado) – e arte – de Sara Pichelli (Fugitivos, Guardiões da Galáxia, X-Men), que divide a arte-final com Elisabetta D’Amico (G.I. Joe, Vingadores), e cores de Marte Garcia (Cable, Vingadores vs X-Men), além das capas do merecidamente fudidamente renomado e celebrado Esad Ribic (Thor, X-Men, Loki).
PRA QUEM NÃO SABE, não tem lido, etc etc etc, essas porras, depois das Cuzeiragens Guerras Secretas (as últimas, esse pessoal é foda) NÃO TEM MAIS QUARTETO FANTÁSTICO (OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOH!). Reed e Sue pegaram a Valéria, o Franklin e a molecada da Fundação Futuro (não esqueçam do que falei sobre a maldita “pegada editorial característica” cagar arcos de ficção cientifica harder) e se mandam pelo Multiverso pra descobrir tudo o que tem nele. “Ah, mas e o Coisa e o Tocha?”
Atocharam bonito nos cus deles, ainda mais que os poderes do Johnny começaram a falhar lindamente. E, no arco Fate of the Four – escrito por Chip Zdarsky (Sex Criminals, Monster Cops), desenhado por Jim Cheung (Elektra, Homem de Ferro), arte-finalizado por John Dell (Lobo, Liga da Justiça) e Walden Wong (Hulk, X-Men, Superman) e colorido por Frank Martin (Venom, Velho Logan) –, estrelado pelo Tocha Humana e Coisa, publicado no título altamente irregular Marvel 2 in 1, do ano passado, os dois vão atrás do casal Richards se valendo de um artefato tecnológico que o Victor Von Doom surrupiou do edifício Baxter. SÓ PRA VARIAR, o Grimm entende a proposta do Destino com a bunda e quase põe tudo a perder. SÓ QUE é um artefato que cujo conteúdo só pode ser acessado pelo Benjamin (TÍPICO!) e eis que um holograma do Richards aparece, orientando ao Coisa não deixar de ser explorador do universo (voltemos ao lance FC do QF). Então que ele vai ao Storm restante e diz que ainda Sue e Reed ainda podem estar vivos e se vão atrás deles. É uma leitura que chega a ser enfadonha em muitos momentos, tem que ser muito fã pra gostar (no caso, eu) e ler até o final. Mas serve pra enfatizar o quanto o Doom é um tremendo de um filho da puta cretino mesmo tendo as melhores intenções (que sirvam aos SEUS interesses, nota-se). Bem que o Alto Evolucionário (criado por Stan Lee e Jack Kirby, cuja primeira aparição foi na edição 134 de The Mighty Thor, de novembro de 1966) poderia ser. foderasticamente foda assim. Apesar dos pesares ♫♪ao sabor do acaso♫♪, é uma leitura que se faz necessária pra mó de entender a nova revista mensal.
Alto Evolucionário, meu “vilão” favorito da Casa das Ideias; o cara que, quando aparece, pode ter certeza que o bagulho vai ficar loco, MUITO LOCO.

Esta, de agosto último, começa de cara com uma belíssima homenagem ao mestre STEVE DITKO, falecido em junho último. Segue o texto presente na edição:
“Steve Ditko, artista e criador lendário, construiu um incrível legado de trabalho que mudou para sempre a indústria dos quadrinhos. Ditko se juntou à Casa das Ideias em 1958, e passou os anos seguintes entre idas e vindas na Marvel, dando vida a personagens que inspiraram fãs em todo o mundo com visuais dinâmicos e traços icônicos, entre eles o Homem-Aranha, Doutor Estranho, Speedball, Garota Esquilo, entre tantos outros. Seus personagens tocam os corações de fãs em todos os lugares, e a influência de sua arte viverá nos quadrinhos por muitos anos vindouros.
Obrigado, Steve.”
(segue depois uma chupação de rabo ao Cuzão-Aranha que nem li, passei direto mesmo) 

Depois do arco anteriormente porcamente descrito, Storm ainda acredita que pode encontrar sua irmã e cunhado e Grimm de relacionamento reatado com Alicia Masters (sempre essa cachorrada HA HA HA). E TODA A NOVA YORK vê no céu a sinalização clássica chamando o Quarteto Fantástico e a bate uma comoção geral, crentes todos que estão de volta.
NÃAAAAAAAAAAAAAAÃO, é um guri loco que o ativou, só de zoas. Obviamente, o Tocha fica puto (até eu, né?), os dois são detidos mas a Walters (sim, a Mulher-Hulk) vai livrar a cara dos dois, o Storm fica putinho mas é logo ignorado por ela e pelo eterno suporte cômico sem poder algum que já raspou meia mulherada do universo 616 da Marvel, principalmente a citada Walters Wyatt Wingfoot (criado pelo Lee e pelo Kirby, e cuja primeira aparição foi na edição 50 do QF, de maio de 1966). O Grimm e o antigo porteiro do Baxter, Sherky, vão até de onde os guris entraram e pegaram o fucking sinalizador (NÃO PERGUNTA COMO ELES ENTRARAM PORQUE NÃO ESPECIFICA EM MOMENTO ALGUM) e Grimm pega uma caixa de ferro antes de contar-lhe uma história bem das antigas do Quarteto e o Johnny canta „Danke Schoen“, que ficou famosa na voz do cantor estadunidense Wayne Newton (sim, o citado pelo The Ataris na letra de “San Dimas High School Football Rules”, do [álbum] Blue Skies, Broken Hearts...Next 12 Exits, de 1999) para guiarem a embarcação de volta à Terra Nova Iorque.

a versão de Wayne Newton para „Danke Schoen“ (composta por Bert Kaempfert, Kurt Schwabach e Milt Gabler), presente em seu álbum homônimo, de 1963, que fez parte da OST do filme Curtindo A Vida Adoidado, de 1986, escrito e dirigido por John Hughes (1950-2009).

“San Dimas High School Football Rules”, do The Ataris, de seu álbum Blue Skies, Broken Hearts... Next 12 Exits, de 1999. 

lendo ESSA página, tu tens certeza que o Quarteto Fantástico vai voltar no .12 e com tudo. 
Então que o Grimm toma vergonha na cara sem vergonha dele OLHA SÓ QUEM FALA, O CARA MAIS SEM MORAL DO UNIVERSO DE FALAR ALGUMA COISA SOBRE e pedir a Masters em casamento. E convida o Storm pra ser padrinho, este recusa (deixando o Grimm putamente putaço pra caralho), replicando que o único que deve ser padrinho de casamento deste é o Reed. Por motivos óbvios.

Ainda há dúvidas que eles vão voltar com tudo?

Edição 2. Reed e Sue com os uniformes azuis e a molecada trajando Fundação Futuro. E uma referência descarada a Avatar, uma ao Namor que sempre esteve no meu Top 5 Maiores Cuzões da Marvel e Top 5 Maiores Cuzões das HQs. Uma zuada segura aos cristãos criacionistas e evolucionistas. Um momentinho a sós do Reed e da Sue (cuti cuti cuti).
parem de ser lindos, parem
Quando dá pau (UI!) nos poderes do Franklin, um bug momentâneo, eis que surge à lá (o conto) Aqui Não Existem Nuvens (da escritor brasileira Elisabeth Maggio, presente na antologia Sete Faces da Ficção Cientifica, organizada pela Márcia Kupstas e publicada pela Moderna em 1992), a vilã da história: Griever.
como jogador e narrador e contista de Garou, minha primeira impressão “PORRA DE ANANASI CORROMPIDA PELA WYRM DO CARALHO!” 
Então ela primeiro dá aquele rage quit no Homem Molecular (alter ego de Owen Reece, criado também pela dupla Lee-Kirby e sua primeira aparição foi na edição 20 do QF, de novembro de 1963), seguindo o adágio bélico “derrubar primeiro os mais fortes”, já que, pra quem não sabe, o cara é uma verdadeira máquina de alopração em massa da Marvel.
No meu entender, Griever aparece como uma resposta do Multiverso ao Franklin Richards ficar criando universos para serem desbravados pela Fundação Futuro. É um negócio bem loco que só entende-se pegando a HQ pra ler.
Numa fuga desesperada e com a Valéria tendo ligado EL FODA-SE, eles voltam pro universo do “Namor vermelho”, onde será travada a batalha de fato contra a antagonista da vez. Justo? Bem justo pra mim. E selado que ela toca pra lá atrás deles. Previsível, não? Só que...
... nível de apelação da mocinha
No meio tempo que o Frank ‘tá desacordado, Griever já deu aquele toco sênior em seus pais, irmã e companheiros. Ela zoa o Richards perguntando se aquele é o Quarteto Fantástico, ele disse que, caso fosse, já teria retribuído lindamente o toco por ela presenteado. E esse é seu erro: dar uma chance de forra para o Richards, que muitíssimo íssimo íssimo obviamente, não vai deixar barato. Pensam que ele e Sue vão chamar somente Grimm e Johnny?

“PENSOU ERRADO, OTÁRIO!”
(na imagem com o Quarteto Fantástico: Sharon Ventura, a primeira Ms. Coisa; Jennifer Walters, a Mulher-Hulk; Carl Lucas Cage, o Luke Cage; Wolverine; Medusalith Amaquelin, Medusa, Rainha dos Inumanos; Scott Lang, o Homem-Formiga [só assim pra rolar Motoqueiro e Formiga na mesma equipe]; H.E.R.B.I.E. [acrônimo de Humanoid Experimental Robot B-Type Integrated Electronics; i.e., Robô Humanóide Experimental de Eletrônica Integrada Tipo B]; um muitíssimo mal-desenhado Motoqueiro Fantasma [não especificam em momento algum se é o Blaze ou o Ketch, mas as edições onde ele atua no grupo também não revelam isso]; Darla Deering, a segunda Ms. Coisa; Frankye Raye, a Nova; Rei T’challa, o Pantera Negra; Robert “Bobby” Drake, o Homem de Gelo; Crystallia Amaquelin, a Crystalys, irmã da Rainha Medusa; Namorita Prentiss; Ororo Munroe, a Tempestade; e Peter Parker, o Cuzão-Aranha)
(esse desenho ficou legalzinho mas equipe não manja de muitos personagens fodas no mesmo close, esperamos que isso melhore com o tempo)

na capa com o Quarteto Fantástico: Cuzão-Aranha, Tempestade, Homem-Formiga, Mulher-Hulk, Luke Cage, Pantera Negra, Hulk, Rainha Medusa e novamente o muitíssimo mal-desenhado Motoqueiro Fantasma

HORA DO VAMOS VER NESSA PORRA!
Tem uma referência à Guerra Civil logo no começo. E Sue explica ao Parker que o nível de ameaça que estão enfrentando faz necessário convocar todos os integrantes do grupo (colocar todos os Quartetos juntos não daria certo, vide a cagada que deu ao colocar muito Reed Richard junto, pior ainda quando botaram muito Von Doom no mesmo quadrado).

Reed Richards sendo Reed Richards 

Königin Medusa, Munroe e Cage botam Sue na parede (UUUUUUUUUI!) quanto ao plano de Reed e obviamente ela fica ressabiada com o bom e velho “Reed, é bom que você saber o que está fazendo”. Ele bota o carrão de sena na mesa de jogo organizada por Griever, mandando os pesos pesados para a linha de frente antes de recomungar e renovar laços com o cunhado e o amigo e se reafirmarem QUARTETO FANTÁSTICO. O reencontrar dos dois com os guris da Fundação Futuro também é perfeito. Após as ritualísticas e Griever comer com farinha o povo que vai pra cima dela, Reed explica que não podem derrota-la, e sim somente tirarem os seus rabos das retas (o que, convenhamos, já é muita coisa pra caralho). Após de delegar à Valéria sua missão, explica a de Franklin, Parker vai dar o seu motivacional e – felizmente! – é quitado por Grimm da jogada. Este diz que vai ajudar Frank a conseguir realizar sua tarefa.

fudidalmente sublime para caralho.

se alguém souber que história é essa, favor entrar em contato imediato de seiscentésimo setuagenário sexto grau pela caixa de comentários desse blog.

essa fala é muito foda, talvez eu a tatue quando tiver nadando em dinheiro.

todo mundo que subestima o poder da Susan toma no cu com areia da Praia do Farol, não foi diferente com a Griever.

Ah, sim. O Hulk aparece sim. Não se afobem que ele aparece sim. E o carrão de sena do Reed na mesa de jogo organizada por Griever era: como ela pegou a nave de um mundo que Franklin criou, ela só tem um tiro de teleporte para voltar ao seu reino natal, então ou ela vaza e deixa o Quarteto em paz ou eles enfiam o transporte no cu dela e ela morre ilhada naquele fim de universo onde a certame se desenrola. Touché!
Grimm “ok, ela se mandou, e nós?” Reed deixa Franklin responsável pela faina de retornarem à Terra. A uma reunião dos quatro à boca pequena, Johnny diz que só eles quatro poderiam resolver a contenda, o que Reed discorda, já que não podiam ter chances sequer mínimas de falharem. Storm diz que a única equação que precisam é do dois mais dois que compõem o Quarteto Fantástico. Por fim, Grimm convoca Reed para ser seu padrinho de casamento. Então os quatro voltam à Terra. Fim.

Valeu a leitura. Olha. Tudo o que eu esperava de uma história do meu grupo favorito da Marvel exceto a presença do Cuzão-Aranha, mas fazer o que além de lamentar? e admito ter gostado bastante do resultado final, apesar do traço não ser aquela coisa, mas quem sabe faz ao vivo e eu não posso criticar porque só manjo de desenho técnico de construção civil.

Senhoras e senhores, esse foi o QUARTETO FANTÁSTICO de volta aos holofotes de onde nunca deveriam ter saído!

EXCELSIOR!

domingo, 11 de novembro de 2018

meu pequeno conto de Garou (yeah, sem título, vai ficar assim mesmo e foda-se)

[¡sem título!]

“I will accept you hand and your heart 
That we may marry and never part 
And I will marry you, you, you 
And you will marry me, me, me 
Yes, I will marry you”
- “Paper of Pins”, canção tradicional estadunidense.
“Filho de Lobo”, batiam palmas ritmadas. “Filho de Lobo.”
“Filho de Lobo.”
“Filho de Lobo.”
“Dentes de Lobo. Focinho de Lobo. Língua de Lobo.”
“Filho de Lobo”, batiam mãos e pés em ritmo. “Filho de Lobo.”
“Carne de Lobo. Pele de Lobo. Orelhas de Lobo.”
“Filho de Lobo”, círculo aberto, distância de braços, palmas e pés ritmados. “Filho de Lobo.”
“Patas de Lobo. Olhos de Lobo. Coração de Lobo. Tambor de Lobo.”
“Filho de Homem”, palmas nos peitos e nas mãos. “Filho de Homem”, pisadas no chão.
“Filho de Homem.”
“Filho de Homem.”
“Mãos de Homem. Braços de Homem. Pernas de Homem. Pés de Homem.”
“Filho de Homem” pé direito, uma vez pé esquerdo duas vezes, palmas no peito uma vez, palmas das mãos duas vezes. “Filho de Homem.”
“Dentes de Homem. Carne de Homem. Pele de Homem. Orelhas de Homem.”
“Filho de Homem”, joelho direito flexionado em noventa graus para a direita, perna esquerda esticada para a esquerda, duas palmas sobre a cabeça. “Filho de Homem”, joelho esquerdo flexionado em noventa graus para a direita, perna direita esticada para a direita, duas palmas sobre a cabeça.
“Língua de Homem. Olhos de Homem. Coração de Homem. Tambor de Homem.”
O casal ao centro do círculo se levanta.
“De Lobo e Homem”, palmas das mãos e no peito e nas mãos. “De Lobo e Homem.”
“Lua e Sol. Água e Fogo. Céu e Terra. Dia e Noite.”
“De Lobo e Homem”, palmas das mãos, pé direito ao chão, palmas das mãos. “De Lobo e Homem”, palmas das mãos, pé esquerdo ao chão, palmas das mãos.
“Parente. Ragabash. Theurge. Philodox. Galliard. Ahroun. Garou.”
“Parente e Garou”, o casal despido, corpos adornados de pictogramas a urina e sangue e tinta. “Parente e Garou.”
“Unos à Lua. Unos a Hélios. Unos à Tríade. Unos à Gaia. Começo e Meio e Fim.”
“Parente e Garou como um”, mãos juntas pelos nós dos dedos, polegares para dentro das mãos, olhos verdes nos olhos negros. “Parente e Garou como um.”
Palmas faz mãos, pé direito ao chão, pé esquerdo ao chão.
“POR GAIA, ENFIM!”
Os noivos se beijaram.

:: 11 de novembro de 2015 ::

sábado, 10 de novembro de 2018

[poema sem título do sábado]

[sem título]
Navega
Navega

pelo infindo mar da Pesquisa

Navega
Navega

a Pesquisa independe da Poesia
a Poesia independe
da Pesquisa

É Hora
É Hora

agora é hora de Viver

o que é Viver?
o que é Existir?
o que é Morrer?

Navega
Navega

navega pra onde?

navegar pra onde?

Navega
Navega

mar de asfalto sem fim

Navega
Navega


:: 10 de novembro de 2018 ::

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

NOVA MÚSICA FAVORITA - THE INTERRUPTERS: LOYAL

LOYAL
:: The Interrupters ::
:: Say It Out Loud ::
:: 2016 ::

Loyal till death tell death what we do
We stand together we stand by our crew

We’re bound by blood and we’re bound by a slave
Seen each other suffer and we've seen each other bleed
When times get tough you always stand with me
You think I’d bid its my family
Heh

Loyal till death tell death what we do
We stand together we stand by our crew

Heh
December 1 another year watch up the grove
Even when I lonely I’ll never be alone
We got one heartbeat Ya
We got one soul
Got solidarity only thing we know

Loyal till death tell death what we do
We stand together we stand by our crew
Let’s Go!

Loyal till death tell death what we do
We stand together we stand by our crew

Loyal till death tell death what we do
We stand together
We stand together
We stand together
We stand by our crew


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

[incompleto e sem título escrito em um ônibus]

[¡sem título!]
Quebra-correnteza
Quebra
Segue-pela-correnteza
Segue
Proa de barco
Proa de barco
Segue-pela-correnteza
Segue

Cor-do-rio-a-cor-dos-teus-cabelos
Cor-do-rio-a-cor-dos-teus-cabelos

Folhas-de-árvores-à-beira-do-rio
Folhas-de-árvores-à-beira-do-rio
Cor-dos-teus-olhos

Sinuoso-como-um-rio
Teu-corpo
Sinuoso-como-um-rio
Teu-corpo
Sinuoso-teu-corpo 


:: 08 de novembro de 2018 ::

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

PERRY RHODAN: MISSION STARDUST – crítica

Ouvindo: Michale Graves, Wanderer, de 2014.

Pra falar de Perry Rhodan: Mission Stardust, primeiro terás que ler esse artigo aqui sobre Literatura de Ficção Científica e então darmos um resumo altamente resumido sobre história da Literatura Alemã (segue abaixo). Eu já sacava a série, a conheci em um artigo da [revista] Discutindo Literatura, edição de janeiro de 2010 (cuja capa está AQUI!). Só não sabia que tinha o filme, foi o Minhoca que me falou pra procurar e acabei vendo no mesmo dia que baixei pra ele.
‘Tá, vamos lá.
Então é, é meu marcador linguístico, um deles, foda-se é certo que TODO MUNDO sabe que a Alemanha sempre foi um país de literatos, pensadores e cientistas. Ok? Ok. Não sabias? Sabes agora. Pois bem. Se for frescar quanto a isso, pode rasgar daqui que não vais fazer falta.

  

Então. Pois então. Teve Romatismo, teve Erstes Reich, teve Otto Eduard Leopold von Bismarck-Schönhausen, teve Deutsches Reich, teve Primeira Guerra Mundial, teve República de Weimar, teve Conferência de Solvay, teve Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, teve Queima dos livros em Berlim, teve II Guerra Mundial, teve Holocausto, teve Hiroshima, teve Nagasaki, teve República Federal da Alemanha, teve República Democrática da Alemanha, teve Gruppe 47 que sou um cara muitíssimo suspeitíssimo pra falar algo sobre por ser fã desse movimento. E ai tem Perry Rhodan.
Perry Rhodan é uma série de livros de ficção científica criada em 1961 pelos escritores alemães Karl-Herbert Scheer (1928-1991) e Clark Dalton – pseudônimo de Walter Ensting (1920-2005) e publicada desde setembro do mesmo ano pela editora alemã VPM. É uma crítica mordaz tanto à Guerra Fria quanto aos movimentos e questões sociais, políticas e econômicas do mundo da época até o presente momento. Enquanto os anglófonos têm suas revistas pulp (nas quais foram apresentados autores como Robert Ervin Howard [SIM, ELE TAMBÉM ESCREVEU FICÇÃO CIENTÍFICA], Howard Phillips Lovecraft, Ray Bradbury e Isaac Asimov), os germânicos têm Heftoman, publicações semanais equivalentes em temática, que contempla(ra)m a supramencionada série.
Como os EUA e a URSS eram a ponta de lança na Corrida Espacial, o plot da obra se passa em 1971 com o primeiro voo tripulado à Lua (que aconteceria somente em 1969; em 12 de abril do ano inicial da série, o cosmonauta soviético Yuri Alekseivetich Gagarin [1934-1968] havia sido o primeiro ser humano no espaço, a bordo da Vostok 1) por oficiais da força aérea estadunidense, entre eles o major Perry Rhodan. Já no satélite (não onde o Muitas-Garras e o Kaius moram, porra piada infame mode on), encontram uma nave extraterreste na órbita da Terra, a atacam, se apropriam da tecnologia desta à força (TINHA QUE SER ESTADUNIDENSE, ESTADUNIDENSE SENDO ESTADUNIDENSE FAZENDO ESTADUNIDENSICE). Se valendo da tecnologia aterráquea, unificam a humanidade obviamente também à força, essa história é muito tensa, diga-se de passagem e inicial a colonização humana do espaço sideral.
É pra torcer o nariz? É. É pra não ler por causa disso? Jamais. Tem que ler sim, porque a série é foda. Gente como Heinrich Theodor Böll (1917-1985), Raymond Williams (1921-1988), Stuart Hall (1932-2014), Hans Mangus von Enzensberger, Noam Chomsky, Antônio Cândido, Alfredo Bosi e Eric Hobsbawm (1997-2012), devem – assim espero! – ter pirado violentamente sobre esta devido o tanto de críticas presentes através de sátiras e metáforas à segunda metade do século XX. Será que Herren (Erich) Fromm (1900-1980), o Jacques LeGoff (1924-2014) leram? O que Herren (Herbert George) Wells (1866-1946), (Jules Gabriel) Verne (1828-1905), (Thedor Ludwig Wiesengrund-)Adorno (1903-1969) e (Walter Benedix Schönflies) Benjamin (1892-1940) e Frauen (Mary Wollstonecraft Godwin-)Shelley (1797-1851) e (Johanna “Hannah”) Arendt (1906-1975) diriam sobre, caso lido? Há estudos sobre isso, mas não vêm ao caso. O que vem ao caso? Vamos lá.

ENTÃO ‘TÁ NA MÃO!
E então que em 1967 fizeram o primeiro e único filme baseado na série. Obra ítalo-germano-espanhola dirigida por Primo Zeglio (1906-1984) e roteiro de Karl Heinz Vogelmann (1927-2011), Sergio Donati (1933-) e do próprio Zeglio, sobre história de Karl Heinz Vogelmann, baseada na trilogia inicial da série.
Cara. Não gosta de ficção científica? Nem assiste. Nem cogita assistir. Mesma coisa se não gostares de filme velho. Mesma coisa se não gostares de filme canalha de baixo orçamento. Mesmo pra quem gosta de filme velho e de ficção científica e canalha de baixo orçamento e filme velho de ficção científica de baixo orçamento, tem que ter um culhão do caralho pra ver Mission Stardust até o final. Porque, olha, nem é dose, é a garrafa de Pedra 90 inteira. Aquela de um litro. QUALQUER filme do Godzilla (EXCETO O DO ROLAND EMMERICH!) é mais crível e aceitável que essa porra ‘tá, eu ‘tô aloprando na comparação, eu sei, foi malz.

Mas desconsideremos tudo isso ai difícil, mas bora lá.
É um filme de sessão da tarde. Não vai mudar tua vida em nada. Não é o primeiro filme de ficção científica que tens que ver porque senão teu julgamento sobre o supramencionado gênero será seriamente comprometido não ‘tô escrevendo produção acadêmica, logo foda-se se ‘tô repetindo sonoridade silábica. Eu aconselharia ler a obra original depois de assistir a película, dá uma compreensão melhor e mais abrangente do negócio.
Perry Rhodan (Lang Jeffries [1930-1987]) – canastrão do caralho, seguindo o famoso estereótipo de militar estadunidense farinha pouca meu pirão primeiro que prega e aplica o Destino Manifesto – lidera a missão Stardust. A bordo do foguete homônimo, vão à Lua procurar a fonte de um material radioativo mais forte que o urânio OLHA A CRÍTICA À ERA ATÔMICA AI, GENTE!.
Então, lá, encontram a Arcônida, liderada pela comandante piteuzinho cuti cuti cuti que o Rhodan passa a jeba no final do filme Thora (Essy Persson), líder dessa missão. Sua nave (Arcônida) está danificada e seu segundo-em-missão, Crest (John Karlsen [1919-2017]) está com leucemia devido à exposição ao elemento químico almejado pelos estadunidenses terráqueos e há a cura em nosso planeta. Em uma nave anexa, Rhodan, sua equipe e Thora caralho do nome ambíguo da porra, esses germânicos são foda! vêm à Terra buscar a medicação necessária ao oficial e equipamento de manutenção à embarcação. 
Obviamente, já por essas paragens, forças armadas terráqueas metem o caralho na nave alienígena por acreditarem esta ser hostil. Bom, eu não os culpo, olha, mas admito que acho bem lindo demais pra caralho quando rola la retalation por parte dos ETzildos. E eis que aparece o vilão, Homer Larkin (Pinkas Braun [1923-2008]), almeja se apossar da tecnologia extraterrena pra seus fins escusos antes que o governo dos EUA a humanidade possa se valer dela. Em verdade, tais forças armadas estão a mando do Larkin. Sabe aquela crítica de tal instituição controlada pela iniciativa privada que há na série em HQ francesa Universal War One, do francês Denis Bajram eu até tenho que resenhar essa porra aqui mas eu sempre esqueço, vou até ler de novo pra fazer esse post, e é retrabalhada em RoboCop, tanto no Verhoeven, de 1987, quanto no do Padilha, de 2014? Já tinha isso em Perry Rhodan.
procurei a capa original do volume um de Universal War One em francês mas não achei nenhuma decente, então vai essa da edição estadunidense publicada pela Marvel
reclamações, ligar para 1-800-C-A-S-A-D-O-C-A-R-A-L-H-O

Capas de cinema de RoboCop, de Paul Verhoeven, de 1987, e o remake do José Padilha, de 2014. Assista os dois, um não exclui o outro e sim o fortalece.

Como dito, não é o primeiro filme de FC que tens que ver, já terás que ter uma boa leitura do gênero para fazê-lo e linkings necessários para devida análise. Eu li os contos dos quais tiraram o roteiro desse filme e entendi porque os fãs ficaram muito putos com o dito à sua época de lançamento.
Assista por sua conta e risco.

Ah, sim. Só pra constar e pra fechar, o Neil Gaiman falou que esse filme NÃO TEM NADA a ver com seu romance homônimo de 1999, que foi vertido ao cinema em 2007, dirigido pelo Matthew Vaughn (Kick-Ass, X-Men: Primeira Classe e os dois Kingsman).


E. É isso. Ai.




UND BIS DEM NÄCHSTE, PORRA!

terça-feira, 6 de novembro de 2018

poesia, Poesia, POESIA!

[sem título]
Estava ensolarado, ado
Estava quente, ente
Quando está prestes a chover em
Belém e região metropolitana
Anoitece rápido quando está
Prestes a chover.
Qual é a cor de Vossos olhos
Quando está
Prestes a chover?
Qual é a cor de
Vós despedida enquanto escuto e o
Céu em cinzas claros e escuros
Prestes a chover?
Que cores e sabores Vós
Iluminada pelo intermédio de
Fim de tarde e começo de noite
Antes de chover?
Respirais ruidosamente, silenciosamente
Ao doce frio de Belém e região metropolitana
Naquele breve e mais singelo dos momentos
O preciso e inominável
Momento de transição de
Exato-Terminar-Anoitecer e Exato-Começar-Anoitecer
E tornai-Vos não mais somente
Entardecer-Tarde
E passais a ser não somente
Anoitecer-Noite
E transfigurai-Vos a não somente
Céus e nuvens de cinzento e claro e escuro
Para então e finalmente
Também e inclusive
Ser:
Chuva?


:: 05 de novembro de 2018 ::

sábado, 3 de novembro de 2018

FILMES DE ONTEM E QUADRINHO DE ANTEONTEM

Ontem, eu deveria estar estudando ou dormindo mas acabei uns filmes que já estava enrolando um tantinho pra ver: Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil, Sala Verde, O Príncipe das Marés e Frankenstein.Eu nem lembro como chegay a ter acesso ao primeiro – foi certamente alguma porra (UI!) no Twitter –, mas procurei e baixei no torrent. O segundo foi a Aline que me falou pelo Messenger e acabei baixando, já que tem punk rock no meio da jogada. Os dois últimos dispensam totalmente apresentações.
Primeiro vou falar dos filmes e depois da HQ que devia ter falado por aqui no dia que a li.

Sala Verde. Produção estadunidense conjunta da Board Green com a filmscenede 2015 e dirigida por Jeremy Saulnier (Hamilton, Murder Party, In Our Nature), com roteiro do mesmo.
OLHA... Não é ruim. Não chega a oitenta minutos de filme, não é monótono. Bem feitinho – fotografia, edição e trilha sonora no jeito. É um filme punk rock mas passa totalmente longe de ser um CBGB, do Randal Miller (Duelo de Castas, Baila Comigo), de 2013 que vou retalhar aqui qualquer dia também, assim que tiver saco de ver de novo, ultimamente ando sem culhão de ver filme novamente, que também não é lá essas obras-primas. Pra quem gosta de punk e de cinema, [Sala Verde] é muito bom (até mesmo o CBGB vale aquela conferida rápida), porque pega muito da vivência do punk como modo de vida. Pra quem gosta de música, por este mesmo segundo motivo por 1) se não gostar de rock, pra sair de sua bolha musical; 2) se gostar de rock pra sacar como é essa vivência. Não vai mudar sua vida mas serve perfeitamente ao propósito do entretenimento.
(os milharais dos primeiros três minutos do filme devem ser, creio, uma referência à [letra de] “Grains of Wrath”, do álbum New Maps of Hell, do Bad Religion, de 2007, pode ser que não também)
É sobre uma banda estadunidense de punk rock – The Ain’t Rights, da cidade de Washington (“tecnicamente de Arlington”, segundo Sam [Alia Shawkat {Arrested Development, The Final Girls}], a guitarrista), formado por Tiger ([Callum Turner {War and Peace, Victor Frankenstein}] vocal), a já mencionada Sam, Pat ([Anton Yelchin – seu penúltimo filme, inclusive, antes de sua morte, em 2016 {Star Trek: Além da Escuridão, Exterminador do Futuro: a Salvação}] baixo) e Reece ([Joe Cole {Skins, Peaky Blinders}] bateria) – que só da fora e, via Tad [David William Thompson {Gotham}], intermediando seu primo Daniel [Mark Webber {Scott Pilgrim Contra o Mundo}], acaba conseguindo espaço pra tocar em um festival em um lugar bem na puta que pariu no meio do nada nos Estados Unidos (isso chega praticamente a ser pleonasmo), onde um montede skinhead far-se-á presente.É bom pontuar isso aqui porque EXISTE NÃO-neonazi, o pessoal do ska, os neonazi só se apoderaram do visual e acabaram queimando o filme do povo do ska. O Tad até fala “Galera de direita, ou totalmente de esquerda”, sendo que os primeiros são neonazi, enquanto os segundos são alinhados ao movimento ska/punk/hardcore.
Então que eles chegam ao lugar, encontram Daniel e vão tocar. Após, quando já estão tomando rumo, Sam percebe que esqueceu o telefone na tomada do camarim, Pat vai buscar e acaba presenciando o fim de um assassinato de uma moça, Emily [Taylor Tunes] (foda que no fim não se revela o porquê disso ter acontecido). Uma outra (moça), Amber [Imoogen Poots {Need for Speed, Jane Eyre}], também no local, pede para ele ligar pra polícia. O filho da puta acaba ligando mesmo meu cu que eu ligaria, ia sair de lá como se não fosse nem um pouco comigo, foda-se, farinha pouca meu pirão primeiro. O responsável pelo local, Gabe [Macon Blair {Murder Party}], diz pra eles ficarem no quarto até tudo se resolver. A banda obviamente entra em pânico (típico, já esperado, eu diria), se isola no quarto e daí o filme se desenrola pra pior.
Reiterando: é um filme sobre punk rock. Logo, não espere um final feliz ou algo do tipo. Todo mundo se fode e não é pouco. Talvez essa seja a verdadeira graça do filme. A trilha sonora é basicamente só punk e thrash metal mas tem “Sinister Purpose”, do Creedence Clearwater Revival, como primeira música dos créditos. “Creedence em filme de punk?” É. Creedence em filme de punk. Procura sacar a letra que entenderás o porque da zuada.
Melhor parte: o vilão do filme é ninguém mais ninguém menos que Patrick JEAN-LUC PROFESSOR CHARLES XAVIER PICARD Stewart, que faz valer cada momento no filme e até mesmo o filme todo, se o resto do elenco não segurasse bem a onda.

Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil não é uma pedrada nem um soco no estômago. É te jogarem do alto de uma casa de dois, três andares, em cima de uma mureta de concreto reforçado. Ou tu seres atropelado por um trem. É lindo pra quem gosta de História, mais ainda pra quem gosta de História do Brasil, e muito mais pra quem é da História Moderna do país. É uma obra perfeitaça pra ter vergonha de ser brasileiro e mais ainda de já ter dito que foi patriota.
O documentário é de 2016, dirigido por Belisaro Franca e roteirizado por este e Bianca Lenti – baseado na tese de doutorado Educação, Autoritarismo e Eugenia: a exploração do trabalho e a violência à infância desamparada no Brasil (1930-1945), do historiador brasileiro Sidney Aguilar Filho, para a Unicamp –, produzido em conjunto pela Globo Filmes e pela Giros – com patrocínio da Ancine (Agência Nacional de Cinema) e FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) – e sendo distribuído pela EloCompany. Conta a história de cinquenta garotos negros que foram levados do orfanato carioca Romão Duarte para uma fazenda localizada no município paulista de Campina do Monte Alegre para prestarem serviço a uma família de fazendeiros e empresários Nazi-Integralistas (sim, os cretinos do Anauê!, exatamente esses bostas) Rocha Miranda, na década de 1930, período concernente à ascensão do nazismo e do fascismo e antes do Brasil declarar guerra ao Deutches Reich. Resultantemente, os guris, após trabalharem na matriz da panificadora do próprio Arallu, foram soltos no mundo à própria sorte.Tal narrativa foi construída a priori a partir da descoberta de tijolos com a suástica nazista na referida fazenda a partir dos relatos de uma secundarista n’aula do referido professor cruzado com a descoberta destes artefatos por um caseiro e a posteriori da memória de dois destes cinquenta meninos, Aloisio Silva – o 23, já que os guris eram numerados para melhor controle dos capatazes – e Argemiro Santos, além de relatos da família de “Dois”, que foi criado na casa grande da fazenda em questão.
Assista. Depois sinta como se um trem de transporte de minérios tivesse passado por cima de ti. É a sensação natural. Pausei um monte de vezes pra poder respirar e tomar água. É bom... Esse doc também é bom pra esfregar na cara de todo mundo que bate o pé dizendo que não há racismo no Brasil e vem em um bom momento sócio-político, onde o que não falta é gente dizendo isso.

O Príncipe das Marés. Nick “48 Horas” Nolte e o container sem guindaste da Barbra Streisand. Quem mata a porra do filme é a porra da Barbra Streisand. Podia ser a Mary Elizabeth Mastrantonio. A Geena Davis. A Susan Sarandon. A Sigourney Weaver. A Pamela Reed. A Vanessa RedgraveMas tinha que ser a porra da Barbra Streisand. Mas como foi ela que dirigiu e produziu o filme... Antes ter só dirigido e produzido mesmo.
O filme, de 1991 ano de lançamento do V, Ten, Várias Variáveis, Temple of the Dog, Metallica, Use Your Illusion, Achtung Baby (O ÚLTIMO DISCO DO U2 QUE É 100%), Out of Time, 1916, Pennywise, Blood Sugar Sex Magik, Badmotorfinger, Nevermind, Innuendo, Arise, 2Pacalypse Now, Mega Man 4, Sonic the Hedgehog, JFK, Exterminador do Futuro 2, Bela e a Fera, Silêncio dos Inocentes, American Ninja 4, História sem Fim 2, The Doors, Brincando nos Campos do Senhor, Bugsy, etc etc etc, pra quem não se ligou nos créditos iniciais, é baseado no romance homônimo de Pat Conroy, que escreveu o roteiro do longa junto com Becky Johnston. Finalmente consegui sacar completo porque eu nunca conseguia ver do começo ao fim.
A história é: a pedido da mãe, Sallie Wingo [Blythe Danner], Tom [Nolte] vai a Nova York ficar perto da irmã gêmea problemática, Savannah [Melinda Dilon], que tentou suicídio novamente e se assanha pro lado da psiquiatra da irmã, Susan Lowenstein [Streisand]. O Wingo sou eu um fracassado do caralho que não conseguiu fazer muita coisa da vida e vive de passado e só dá fora e a Rafaela é a Lowenstein, as diferenças são que minha irmã não é problemática, não sou treinador de rúgbi e não tenho mulher e filhos.
Parece ser mais um romancezinho besta. Mas ai tem um protagonista que é um fudido fracassado quase desequilibrado que tem uma irmã depressiva suicida – oriundos de uma família cujos pais brigavam a todo momento por tudo –, uma protagonista que parece estar ok na vida mas tudo está desabando ao seu redor e tens sérios problemas de relacionamento com o filho. Só quem parece ter minimamente a cabeça no lugar é a esposa do Wingo, a Lila [Kate Nelligan]. Traçando um paralelo bem calhorda tal qual o surfista, senão mais, mas ela é o próprio Siddarta Gautama se comparada à sogra, à cunhada e ao marido.
Em muitas vezes, vai bater uma vontade do caralho em parar de ver o filme, de tanto de tu mandas o Nolte e a Streisand se fuderem de tanta merda que fazem. O que faz valer a narrativa são com os flashbacks explicativos acerca da condição de Savannah até ela chegar ao suicídio que move seu irmão à capital cultural dos EUA. Certamente, Uma visão mais apurada do texto possibilita encontrar diversos problemas familiares presentes em muitas famílias ditas “funcionais” até mesmo no Brasil, o que, ignorando o romance tenso, pode convidar a uma reflexão sobre os atuais conceitos de família e mesmo funcionabilidade criei essa palavra agora, foda-se familiar. Porém, suponho que o texto original deva certamente ser muito mais tenso do que essa adaptação. Mas bora ver, né? Espero que tragam ao Brasil, como fizeram com O Turista Acidental (de Anne Tyler, do ano de 1985, que inspirou o filme homônimo de 1985, dirigido por Lawrence “Corpos Ardentes” Kasdan).
Se tu não gostas de romance, passa longe. Se preferes comedia romântica, nem inventa que tu só vais ficar com raiva. Só a Barbra Streisand e o final feliz forçado que matam o filme. O resto é só sucesso.

Frankenstein, de 1931, de James Whale (1889-1957) e roteiro de John L. Balderston (1889-1954), Francis Edward Fragoh (1898-1966) e Garreth Fort (1900-1945) sobre a peça homônima da novelista, poeta e dramaturga britânica Peggy Webling (1871-1949), sobre o texto original da Mary Wollstonecraft Godwin-Shelley (1797-1851), o primeirão melhorzão de todos.Motivos: 1) o monstrão é ninguém mais, ninguém menos que o BORIS KARLOFF; e 2) o filme pega todo o climão do romance da Shelley.
É. Um. CRÁSSICO! nos sentidos latu e strictu da palavra.Não posso nem falar nada do filme porque sou fã incondicional e inconteste do livro original, desse filme, gostei do filme do Sir Kenneth Charles Branaghe não tenho medo de dizer isso em voz alta e sou pesquisador de ficção cientifica. Só te digo o seguinte: ASSISTE!


E sobre a HQ....
Quinta última aconteceu uma coisa que pensei que não... nunca pensei que fosse acontecer
ABANDONEI A LEITURA DE UMA HQ!
(OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOH!)

A graphic novel em questão é Minha Vida, do mestre estadunidense da contracultura Robert Crumb (que, tal qual o Bukowski, recusa muitíssimo veementemente o título). Eu amo o Crumb, sériozão. Mas essa não deu. Não desceu. Até que o documentário sobre a vida dele foi “menos pior” que essa G.N. (a saber, Crumb, de 1994, de Terry Zwigoff).
Quero eu acreditar que fiquei velho e chato pra HQ, mas não é isso, sei lá, deve ter rolado uma identificação, aproximação, de minha parte, com o cretino miserável que o Crumb nunca escondeu ser depois que virou “cult” entre só todo mundo revoltado contra a sociedade dita “normal”. Até mesmo entre os ditos “inseridos no sistema” (igual aconteceu com o Bukowski, diga-se).
Ademais, no meu entender, ler essa HQ fez América, Mr Natural e Meus Problemas com as Mulheres (já tratei de todas elas por essas paragens) – e até mesmo Anti-Herói Americano, do Harvey Pekar, desenhada pelo Crumb inclusive (nada), e os documentários do Michael Moore – terem mais sentido sobre como funciona a cabeça do Crumb e como os EUA são sob um olhar bem mais apurado, interno... o quanto o estadunidense médio é loco das ideias. Meio como os japoneses são também e falam disso nos animes e mangás. Claro que os brasileiros – nós, brasileiros – não ficam muito atrás, só não há HQs sobre isso. Há muitas sátiras, paródias, charges, mas não essas análises a fundo, viés acido, de fuder mesmo.
Pra fã de Crumb, é terminantemente obrigatório. Leitor de HQ que se considera mesmo como tal tem que dar uma conferida, ainda que seja só por uma por cima.


Então é isso ai.
Tirem um tempo e confiram.
E venham comentar aqui
Filhos da puta.


HAIL AND ATÉ A PRÓXIMA!