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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 29 de março de 2017

“Take your men now and ride down that ridge and strike them hard, or their left flank! Don’t ask – I know it’s mad but we’re finished anyway. Now go dammit and peace be in your black soul.”
Conan, the Barbarian.
[!sem título!]

BASICAMENTE, Vos quero e desejo nua em minha cama
Mesmo que seja ou de bruços ou dormindo ou pronta para fazer-se Un.
Almejo subir de Vossos anelas a Vossos cotovelos e então voltar com meus indicadores
simultaneamente
A correr com o nariz e boca Vossos ombros às orelhas
E então desbravar Vossa barriga e tórax com as pontas dos dedos e logo descer de Vossa boca à virilha à parte interna desatas e das coxas
e então voltar.
Em suma, estás muitíssimo agradável a meus olhos.
Como Vos disse:
Encontra-Vos de acordo e molde de Mulher que aprecio e insofismavelmente prefiro em meus braços e beijos e beijos e cama para dormir junto abraçado.
E então idealizar-Vos e querer-Vos vestindo somente óculos
(e saltos inclusive? e saltos muitíssimo possivelmente também).
Somados todos estes fatores apresentados
[todavia não devidamente teoricamente situados]:
Como não querer-Vos e me proibir de desejar-Vos comigo – ter Vosso corpo como ar e alimento e objeto mundano então sacralizado através de hierofania (teofania) –
e então
enfim
FINALMENTE
alcançar a Experiência do Transcendente ao ter-Vos em contato e alcance, uma vez que sois, enquanto Sacralizada, relacionada em Si ao universal e ao Todo e então somente Vós?
Como não objetivar devorar-Vos [canibalizar-Vos?] carnalmente, intelectualmente, espiritualmente e sagradamente do corpo para enfim e cérebro e banhar-me e embeber de Vosso sangue e suor
através de somente um processo e uma única metodologia
a fins de alcançar obter e possuir a anteriori Vosso Interior e Aura e a posteriori Vosso Poder divino/sacro configurado em Conhecimento?
Logo e por fim, Vós encarnada Musa de indubitável sacro:
Sois Vós que quero e desejo e almejo
Mesmo que seja ou de bruços ou pronta a ser Una (ao devoto). 

:: 28 e 29 de março de 2017, Tópicos Temáticos I, Prof. Dr. Etienne Alfred Higuet e Prof. Dr. Gustavo Soldati Reis ::

terça-feira, 28 de março de 2017

“Cada descoberta de um fato histórico conhecido, e toda nova interpretação de um já conhecido, ou se ‘encaixará’ na concepção geral predominante, enriquecendo-a e corroborando-a por esse meio, ou então acarretará uma sutil ou até uma fundamental mudança na concepção geral predominante, lançando assim novas luzes sobre o que era conhecido antes. Em ambos os casos, o ‘sistema que faz sentido’ opera como um organismo coerente, porém elástico, comparável a um animal vivo quando contraposto a seus membros individuais; e o que é verdade nas relações entre monumentos, documentos e um conceito histórico geral nas humanidades, é igualmente verdadeiro nas relações entre fenômenos, instrumentos e teoria nas ciências naturais.”
– Erwin Panofsky, “Introdução: A História da Arte como uma Disciplina Humanística”. IN: Significado nas Artes Visuais. Trad. Maria Clara F. Knesse e Jacó Ginsburg, com revisão de Mary Amazonas Leite de Barros. São Paulo: Perspectiva, 2014.

quinta-feira, 23 de março de 2017

POEMA ESCRITO NA AULA DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DA RELIGIÃO

[!sem título!]

NÃO vou dar uma de hipócrita e não dizer
Que sois Vós maravilhosamente linda
E que sou malditamente verdadeiramente absurdamente
sortudo e abençoado!
Por estar na mesma sala que Vós
ao alcance dos olhos e no raio de alcance de Vossa voz.
Há muitíssimo a ser dito e escrito
Todavia sou impedido a posteriori por respeito a Vosso marido
E a priori por não saber quase nada sobre Vós
Desbocando/decorrendo
em respeito à Vossa pessoa.

Mas
mas

brilhe eternamente incessantemente aos meus olhos
na condição pétrea e imutável de Intocada e Intocável
enquanto durar este período de lato sensu neste Programa de Pós-Graduação. 

:: 23 de março de 2017, Introdução às Ciências da Religião, Prof.ª Dr.ª Daniela Cordovil Correa dos Santos ::

terça-feira, 21 de março de 2017

“Parto do estado conjunto abrangente de fatos que constitui a base sólida de toda reflexão sobre ciências humanas. Ao lado das ciências naturais, e partindo das tarefas da própria vida, desenvolveu-se por si mesmo e de maneira espontânea um grupo de conhecimentos ligados uns aos outros por meio da comunhão de seu objeto. Tais ciências são a história, as ciências econômica e jurídica e a ciência do estado, a ciência da religião, o estudo da literatura e da poesia, da arquitetura e da música, das visões de mundos dos sistemas filosóficos e, por fim, a psicologia. Todas essas ciências descrevem, narram, julgam e formam conceitos e teorias em relação ao mesmo grande fato: a espécie humana.”
– Wilhelm Dilthey (1883-1911), “A construção do mundo histórico nas ciências humanas”. Trad. Marcos Casanova. São Paulo: Editora UNESP, 2010.

segunda-feira, 20 de março de 2017

“[...] um modelo é uma entidade natural ou artificial, relacionada de alguma forma à entidade sob estudo ou a alguns de seus aspectos. Esse modelo é capaz de substituir o objeto (entidade) em estudo (isto é, de servir como uma ‘quasi-entidade’ relativamente independente), e de produzir (sobre essa investigação) certos conhecimentos mediados concernentes à entidade sob estudo.”
– Irinéa de Lourdes Batista, A teoria universal de Fermi: da sua formulação inicial à reformulação V-A. São Paulo, 1999.

domingo, 19 de março de 2017

Reflexão da madrugada: ver brasileiro criticando negativamente Multiculturalismo é o mesmo que ver judeu nazista, africano celebrando a Conferência de Berlim e chinês e coreano enaltecendo a invasão de seus países pelos japoneses.

sábado, 18 de março de 2017

“Quanto a mim, jamais presumi que meu espírito fosse em nada mais perfeito do que os do comum; amiúde desejei mesmo ter o pensamento tão rápido, ou a imaginação tão nítida e distinta, ou a memória tão ampla ou tão presente, quanto alguns outros. E não sei de quaisquer outras qualidades, exceto as que servem à perfeição do espírito; pois, quanto à razão ou ao senso, posto que é a única coisa que nos torna homens e nos distingue dos animais, quero crer que existe inteiramente em cada um, e seguir nisso a opinião comum dos filósofos, que dizem não haver mais nem menos senão entre os acidentes, e não entre as formas ou naturezas dos indivíduos de uma mesma espécie.”
– René Descartes (1596-1650), O Discurso do Método. Trad. Maria Ermantia Galvão com revisão de Monica Stahel.

quarta-feira, 15 de março de 2017

“a atomização e compartimentalização dos campos do saber - com as conseqüentes separação e especialização - é resultado de um preconceito cientista ou positivista, atualmente em vias de ser superado. O modelo que tende a impor-se atualmente não visa mais à redução de cada setor do saber a algumas proposições simples das quais o resto possa ser deduzido (Descartes), mas está mais atento à complexidade e às múltiplas interrelações e interconexões. Exige complementaridade, dialética, inter- e transdisciplinaridade dos métodos e dos conteúdos.”
– Etienne A. Higuet, “A teologia em programas de Ciências da Religião”. IN: Revista Eletrônica Correlatio n. 9 - Maio de 2006.
“(...) creio caber a seguinte pergunta: como entender, por exemplo, o surgimento das sociedades modernas ocidentais, a organização do mundo do trabalho, a eficiente burocracia do aparelhamento estatal, bem como as formas de produção do sistema capitalista sem associar tais fenômenos a um modelo de ciência? Certa racionalização do mundo dar-se-ia, e este era o postulado, na mesma proporção em que as imagens religiosas do mundo fossem desaparecendo. Diante do que tenho tentado afirmar, é importante perceber que se um determinado modelo científico conseguiu estabelecer seus estatutos e tais estatutos são tomados, pelo menos no Ocidente, como posicionamento universalista de validação da racionalização do mundo e de orientação humana, e que tal processo ao menos se apresentava como resultado radical do desencantamento das imagens religiosas do mundo, posso afirmar que a religião, diante da moderna compreensão de ciência, não se configurava como outra coisa senão como uma questão heterônoma ao próprio trabalho da ciência e à nova concepção de humano. Ou seja: depois de enfraquecido todo sentido que a religião emprestava ao mundo e à vida, era necessário relegá-la à extrema indigência.”
– Douglas Rodrigues da Conceição, “A religião em cena: perspectivas de investigação”. IN: Horizonte, Belo Horizonte, v. 9, n. 23, p. 883-896, out./dez. 2011.

terça-feira, 14 de março de 2017

FAREEDA - primeiro poema escrito no mestrado

FAREEDA

E então vejo Vossas fotos
E então ouço Vossa voz
E então me pergunto:
– Como será Vós despida, de bruços, sobre a cama, semi-coberta por um lençol, na quase escuridão?
– Como Vossos olhos brilham quando estás gozando?
– Como será Vosso rosto quando Vos falta ar em Vosso momento de gozo?
– Quais Vossos sons enquanto escalam com a boca e o nariz
estabelecendo um posto avançado em Vossa virilha e cintura tendo minhas orelhas aquecidas por Vossas coxas
e de lá
então subir por Vossa barriga, partindo de Vosso umbigo,
galando terreno a alcançar Vossos seios
os cartografando até o ponto do cume dos mamilos
e então voltar para percorrer Vossos ombros
para finalmente conhecer Vosso pescoço e orelhas?
Apresentados e levantados estes questionamentos
então minha boca à Vossa (muito possivelmente) seca
meus olhos aos Vossos... então fogo baixo ou luz de sirenes
e, finalmente minhas mãos às Vossas e dedos entrecruzados e as palmas de Vossos pés de meus joelhos até meu tórax e o trajeto inverso a Vosso desejar
e então
Comunhão
Unificação
Adesão
Conversão
Mediação
Harmonização
Momento transcendental de encontro entre devoto e Musa
entre inspirado e Inspiração Verdadeira
– uma nova caracterização da Epifania?
A execução do Sagrado pelo Sacro
e Poético-Literário.
A execução do Sagrado pelo conjunto do Sacro e do Humano
A execução do Sagrado pelo conjunto do Sacro e do Poético
A execução do Sagrado pelo conjunto do Sacro e do Literário
A execução do Sagrado pelo Uno composto pelo Sacro e pelo Humano e pelo Poético e pelo Literário.
A execução do Humano pelo conjunto do Humano e do Sacro
A execução do Humano pelo conjunto do Humano e do Poético
A execução do Humano pelo conjunto do Humano e do Literário
A execução do Humano pelo Uno composto pelo Sacro e pelo Humano e pelo Poético e pelo Literário.
A execução do Poético pelo conjunto do Poético e do Sacro
A execução do Poético pelo conjunto do Poético e do Humano
A execução do Poético pelo conjunto do Poético e do Literário
A execução do Poético pelo Uno composto pelo Poético e pelo Sacro e pelo Humano e pelo Literário.
A execução do Literário pelo conjunto do Literário e do Sacro
A execução do Literário pelo conjunto do Literário e do Humano
A execução do Literário pelo conjunto do Literário e do Poético
A execução do Literário pelo Uno composto pelo Literário e pelo Sacro e pelo Humano e pelo Poético.
E então Vós comigo, dormindo ou acordada, após Vosso gozo
e finalmente Vós a meu braços e guardar
e então o fim do dia enquanto o mundo termina em chuva!

:: 14 de março de 2017 ::
:: Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará, aula de Seminários de Pesquisa, do Prof. Dr. Douglas Rodrigues da Conceição ::
:: Fareeda (variação “Faridah”) é um nome feminino árabe que significa “Única”, “Incomparável”, “Pérola/Gema Preciosa”; a meu ver, como autor e tradutor, não seria ruim traduzir o título para “Pérola Incomparável” para este contexto poético em específico. ::

sábado, 11 de março de 2017

Affonso Romano de Sant’anna, “O Homem e o Objeto - parte 11”

“Como o homem faz o objeto
e o objeto que o completa,
num duplo esforço operário,

pode se dar que outro homem
inverta as regras do jogo
de modo mais que arbitrário
e transforme o homem
em menos-homem: objeto
donde extrai sangue e salário. 

A luta, portanto, é dupla
e se reduz neste aspecto:
– contra o homem e o seu domínio
e a escravidão do objeto.

No entanto, se o objeto
nos tece em torno a grade,
pode, ao contrário tornar-se
a chave da liberdade.

E de repente nos livra
de um modo mais que completo,
e do que era um homem escravo
ressurge um homem arquiteto,
capaz de erguer seu destino
conforme o queira em projeto.”
– Affonso Romano de Sant’anna, “O Homem e o Objeto - parte 11”. IN: SANT’ANNA, Affonso Romano. Poesia reunida: 1965-1999. Porto Alegre: L&PM, 2007.

quarta-feira, 1 de março de 2017

“[...] as pessoas dizem que ele é apenas um louco inofensivo. Seu quarto está cheio de livros de tipos mais calmos e pueris, e hora após hora ele tenta se perder em suas fracas páginas. Tudo o que ele quer da vida é não pensar. Por algum motivo o ato de pensar lhe é muito terrível, e tudo o que possa agitar a sua imaginação o faz, fugir de como uma praga.”
– Howard Phillips Lovecraft, “O Descendente”, 1926. IN: A tumba e outras histórias. Trad. Jorge Ritter.