Ouvindo: Bad Religion, True North, 2013
Seguem abaixo, as Considerações Finais do meu Trabalho de Conclusão de Curso aprovadas pelos meus Orientadores.
Ou seja: FIM DE PAPO! Agora é traduzir pro alemão e defender!
***
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Estamos no outono. Dos veteranos, já não há muitos. Sou o último dos sete colegas que vieram para cá.
Todos falam de paz e armistício. Todos esperam. Se for outra decepção, eles vão se desmoronar, as esperanças são muito fortes; é impossível destruí-las sem uma reação brutal. Se não houver paz, haverá revolução.”
– Erich Maria Remarque, Nada de Novo no Front, 1929, tradução de Helen Rumjanek
Como se pôde perceber no decorrer deste estudo, o objetivo deste foi analisar como as Histórias em Quadrinhos tratam da produção de tecnologia e ciência desenvolvidas no século XX com ênfase na Corrida Armamentista entre EUA e URSS de forma não somente fantasiosa – porém calcada na tecnologia existente na época –, mas também clarividente de como estas tecnologias podem, poderiam ou mesmo não deveriam ser, influindo de forma decisiva na(s) sociedade(s) onde é(são) utilizada(s), transformando suas realidades sempre de modo intenso e irreversível.
Talvez se pense que tal discussão não seja necessária no curso de Letras, entretanto é preciso que seja considerada por duas razões – sendo que a primeira delas e grande parte da segunda foram de conclusões alcançadas nesta pesquisa.
1 - As realidades apresentadas neste gênero textual (nas HQs) estão tão convergentes com as realidades de seus autores e as mudanças de paradigmas científicos quanto as narrativas em prosa, mesmo se considerando a aqui abordada e estudada literatura de ficção científica, cuja maioria de autores é crítica ora sutil ora mordaz dos sistemas vigentes e acontecimentos de suas épocas – característica também marcante dos Quadrinhos deste seu estabelecimento como mass media (ECO, 2011) ainda na primeira metade do século XX.
2 - Uma vez que a utilização de HQs como recurso pedagógico para o ensino de diversas disciplinas se tornou uma tendência quase ao nível de regra, devemos considerar que a utilização de Metal Gear Solid (ou até mesmo MGS: Sons of Liberty) certamente não seria a escolha inicial correta para o ensino de quaisquer disciplinas, mesmo que sua narrativa abranja quase todas as disciplinas do atual currículo escolar – a não ser como um exemplo bastante consistente, como, por exemplo, de geopolítica ou biologia. A explicação consiste na forma que tais conteúdos estão inseridos no corpo da história e, os professores, em sua posição de formadores de opinião e senso crítico a partir da disciplina em questão, devem saber como orientar seu alunado a perceber tais abordagens (muitas vezes sutis) nestas narrativas cujos elementos fantásticos são aceitáveis. Em outras palavras: ser apaixonado por Histórias em Quadrinhos não significa necessariamente saber como utilizá-las em sala de aula. Em contraparte do(a) professor(a) ter um vasto conhecimento sobre tal universo, é preciso que haja tato na escolha da obra a ser utilizada com a classe. É sempre importante lembrar: “Não se esqueça que nem todos têm a sua bagagem de conhecimento e sua percepção de mundo formada a partir desta bagagem.”Sendo assim, aponto a necessidade tanto da reflexão quanto da discussão de como nos permitimos ser dependentes pela tecnologia em nosso cotidiano, mesmo que tais maquinários, muitos deles já praticamente extensões de nossos corpos e mentes, agora nos sejam indispensáveis devido as rotinas estabelecidas pelos tempos modernos e suas idiossincrasias. Logo, a pergunta “para onde iremos?” passa, deste momento em diante, a ter duas alterações pertinentes e igualmente válidas: “nos permitiremos ser escravos da ciência que criamos para nos servir na construção de uma sociedade mais igualitária?” ou “conseguiremos ser senhores de nós mesmos, independentes (ou minimamente dependentes) dessas mesmas criações?”
A Ficção Científica e a Literatura Fantástica respondem tais perguntas de diferentes maneiras – agradáveis ou não. Mas não cabe à humanidade procurar estas respostas nos livros e nos Quadrinhos, uma vez que as respostas muitas vezes cabem ao que não deve ser feito quanto ao futuro. Minha sugestão, como o apaixonado por HQs e por ficção cientifica, é que haja um estudo mais abrangente da história em seus diversos aspectos, e que estes sejam levados em consideração para que erros não sejam novamente cometidos.
Durante as inúmeras leituras e releituras deste trabalho, foi impossível perceber a quantidade sempre crescente de perguntas e o esforço hercúleo de respondê-las, mesmo que outras questões fossem levantadas, tornando-o, possivelmente um interminável jogo de gato e rato.
De fato, é sempre um desafio levar questionamentos feitos a partir de paixões para o meio acadêmico e sustentá-los de forma devida, não permitindo que tome o formato de um artigo para mídia especializada ou a transcrição da conversa de uma roda de velhos amigos.
Seguem abaixo, as Considerações Finais do meu Trabalho de Conclusão de Curso aprovadas pelos meus Orientadores.
Ou seja: FIM DE PAPO! Agora é traduzir pro alemão e defender!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Estamos no outono. Dos veteranos, já não há muitos. Sou o último dos sete colegas que vieram para cá.
Todos falam de paz e armistício. Todos esperam. Se for outra decepção, eles vão se desmoronar, as esperanças são muito fortes; é impossível destruí-las sem uma reação brutal. Se não houver paz, haverá revolução.”
– Erich Maria Remarque, Nada de Novo no Front, 1929, tradução de Helen Rumjanek
Como se pôde perceber no decorrer deste estudo, o objetivo deste foi analisar como as Histórias em Quadrinhos tratam da produção de tecnologia e ciência desenvolvidas no século XX com ênfase na Corrida Armamentista entre EUA e URSS de forma não somente fantasiosa – porém calcada na tecnologia existente na época –, mas também clarividente de como estas tecnologias podem, poderiam ou mesmo não deveriam ser, influindo de forma decisiva na(s) sociedade(s) onde é(são) utilizada(s), transformando suas realidades sempre de modo intenso e irreversível.
Talvez se pense que tal discussão não seja necessária no curso de Letras, entretanto é preciso que seja considerada por duas razões – sendo que a primeira delas e grande parte da segunda foram de conclusões alcançadas nesta pesquisa.
1 - As realidades apresentadas neste gênero textual (nas HQs) estão tão convergentes com as realidades de seus autores e as mudanças de paradigmas científicos quanto as narrativas em prosa, mesmo se considerando a aqui abordada e estudada literatura de ficção científica, cuja maioria de autores é crítica ora sutil ora mordaz dos sistemas vigentes e acontecimentos de suas épocas – característica também marcante dos Quadrinhos deste seu estabelecimento como mass media (ECO, 2011) ainda na primeira metade do século XX.
2 - Uma vez que a utilização de HQs como recurso pedagógico para o ensino de diversas disciplinas se tornou uma tendência quase ao nível de regra, devemos considerar que a utilização de Metal Gear Solid (ou até mesmo MGS: Sons of Liberty) certamente não seria a escolha inicial correta para o ensino de quaisquer disciplinas, mesmo que sua narrativa abranja quase todas as disciplinas do atual currículo escolar – a não ser como um exemplo bastante consistente, como, por exemplo, de geopolítica ou biologia. A explicação consiste na forma que tais conteúdos estão inseridos no corpo da história e, os professores, em sua posição de formadores de opinião e senso crítico a partir da disciplina em questão, devem saber como orientar seu alunado a perceber tais abordagens (muitas vezes sutis) nestas narrativas cujos elementos fantásticos são aceitáveis. Em outras palavras: ser apaixonado por Histórias em Quadrinhos não significa necessariamente saber como utilizá-las em sala de aula. Em contraparte do(a) professor(a) ter um vasto conhecimento sobre tal universo, é preciso que haja tato na escolha da obra a ser utilizada com a classe. É sempre importante lembrar: “Não se esqueça que nem todos têm a sua bagagem de conhecimento e sua percepção de mundo formada a partir desta bagagem.”Sendo assim, aponto a necessidade tanto da reflexão quanto da discussão de como nos permitimos ser dependentes pela tecnologia em nosso cotidiano, mesmo que tais maquinários, muitos deles já praticamente extensões de nossos corpos e mentes, agora nos sejam indispensáveis devido as rotinas estabelecidas pelos tempos modernos e suas idiossincrasias. Logo, a pergunta “para onde iremos?” passa, deste momento em diante, a ter duas alterações pertinentes e igualmente válidas: “nos permitiremos ser escravos da ciência que criamos para nos servir na construção de uma sociedade mais igualitária?” ou “conseguiremos ser senhores de nós mesmos, independentes (ou minimamente dependentes) dessas mesmas criações?”
A Ficção Científica e a Literatura Fantástica respondem tais perguntas de diferentes maneiras – agradáveis ou não. Mas não cabe à humanidade procurar estas respostas nos livros e nos Quadrinhos, uma vez que as respostas muitas vezes cabem ao que não deve ser feito quanto ao futuro. Minha sugestão, como o apaixonado por HQs e por ficção cientifica, é que haja um estudo mais abrangente da história em seus diversos aspectos, e que estes sejam levados em consideração para que erros não sejam novamente cometidos.
Durante as inúmeras leituras e releituras deste trabalho, foi impossível perceber a quantidade sempre crescente de perguntas e o esforço hercúleo de respondê-las, mesmo que outras questões fossem levantadas, tornando-o, possivelmente um interminável jogo de gato e rato.
De fato, é sempre um desafio levar questionamentos feitos a partir de paixões para o meio acadêmico e sustentá-los de forma devida, não permitindo que tome o formato de um artigo para mídia especializada ou a transcrição da conversa de uma roda de velhos amigos.
Em suma, tal como Nada de Novo no Front, a série Metal Gear, segundo o próprio Hideo Kojima, é um manifesto pacifista (Hao, 2002). Eu, particularmente acredito que paz e amor somente não salvarão a humanidade de si própria. Todavia, creio que, caso houvesse mais tempo e menos complicações para amarmos uns aos outros – independente de todas as diferenças – um bom primeiro passo para que isso aconteça já terá sido dado.
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bis zu breaking fucking neuen Post!
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