eu ando sozinho pela parte mais urbanizada de Mosqueiro
enquanto chove torrencialmente:
indo pra onde não sei...
vindo de onde eu não sei...
só vejo cores insípidas em linhas retas em um fundo cinza
e percebo que são casas e prédios
e (super)mercados e armazéns
e bares e quiosques.
tudo – cada - vez – mais – longe
reconhecíveis somente pela memória afetiva.
ela também identifica as linhas curvas no fundo cinza
como praias
normalmente cálidas
mas não quando chove
a ponto do mundo ser um
amontoado de cores
timidamente inexpressivas.
pé ante pé de diferentes
granulometrias,
aos olhos aos olhos uma tela de tonalidades frias
em um fundo cinza.eu me pergunto
quem decide quanto tempo as pessoas em nossas vidas se somos nós
ou se é a vida?
:: 18 de setembro de 2019 ::
:: agradecimentos especiais a Kaius Felippe Silva de Almeida e Matheus Batista Massias ::
:: agradecimentos especiais a Kaius Felippe Silva de Almeida e Matheus Batista Massias ::
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você está em solo sagrado!
Agora entalhe com vossas garras na Árvore dos Registros e mostre a todos que virão que você esteve aqui!!!