quem fica, fica até o final da festa pra pelo menos olhar o limpar do salão de festas
quem vai, vai sem olhar pra trás que não vai mais fazer falta.
o tempo passa, vaza
desocupe a cadeira
a ponha no lugar
pegue seus livros e chapéu e casaco
já sabe o caminho da porta.
vão se os dedos, ficam os anéis (é assim o ditado?)
vão-se as pessoas, então, ficam as lembranças
o inverso dessa última equação também é
verdadeiro e cognoscível.
se não e não me engano e se ainda me lembro
a lei do desapego também inclui quando desapegar das pessoas
que não fazem mais parte
que já fazem sua parte em outras partes
ou mesmo nunca-parte
sempre à parte.
então vai... então vamos...:
tchau.
que chova até não restar mais anda além de memórias...:
tchau.
se um dia amanhecer e sobra mais nomes...:
tchau.
some ou suma, ou não era mesmo pra somar(ficar)...:
tchau.
já vai sumir porque já somou tudo o que tinha para somar...:
tchau.
fique até quando quiser
não precisa se despedir se não quiser
ou então se não quiser
nem tchau nem olhar pra trás.
:: 13 de fevereiro de 2019 ::
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
“A mera decisão de se desfazer de todas as opiniões a que se deu antes crédito não é um exemplo que cada um deva seguir; e o mundo compõe-se quase só de duas espécies de espíritos, aos quais ele não convém de maneira alguma. A saber, daqueles que, julgando-se mais hábeis do que realmente são, não podem impedir-se de precipitar seus juízos, nem ter suficiente paciência para conduzir ordenadamente todos os seus pensamentos: disso decorre que, se tivessem tomado uma vez a liberdade de duvidar dos princípios que aceitaram e de se desviar do caminho comum, jamais poderiam ater-se à trilha que é necessário tomar para ir mais direito, e permaneceriam perdidos ao longo de toda a existência; depois, daqueles que, tendo bastante razão, ou modéstia, para considerar-se menos capazes de diferenciar o verdadeiro do falso do que alguns outros, pelos quais podem ser instruídos, devem antes ficar satisfeitos em seguir as opiniões desses outros, do que esforçar-se por achar por si mesmos outras melhores.”
– René Descartes, na segunda parte de “O Discurso do Método”. Trad. Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2012. (Coleção L&PM POCKET, v.458)
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
“Quando certo número de coisas sagradas mantem entre si relações de coordenação e de subordinação de maneira a formar sistema com certa unidade, que entretanto, não entra em nenhum outro sistema do mesmo gênero, o conjunto das crenças e dos ritos correspondentes constitui religião. Vê-se por essa definição que uma religião não se fixa necessariamente em única e mesma ideia, não se reduz a princípio único que, mesmo diversificando-se conforme as circunstâncias às quais se aplica, seria, no fundo, sempre idêntico a si mesmo: trata-se de um todo formado de partes distintas e relativamente individualizadas.”
– Émile Durkheim, “Definição do Fenômeno Religioso e da Religião”. IN: DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. Trad. Joaquim Pereira Neto com revisão de H. Dalbosco. São Paulo: Paulus, 2008. 3ª. Ed.
Ouvindo: Joy Division, Unknown Pleasures, de 1979 (sim, corrigindo minha falha moral de nunca ter ouvido), e a discografia do Bad Brains.
como o Roberto Sadovski fez uma enquete na sua página do Uol chamada Os 30 melhores filmes de super-heróis de todos os tempos – e que, deveria se chamar “Os 30 melhores filmes de super-heróis de todos os tempos NA MINHA OPINIÃO” - decidi fazer a minha aqui no “meu” espaço com as melhores ADAPTAÇÕES de HQ pro cinema na minha opinião, e mais alguns que, creio eu, merecem uma chance de transação semiótica básica.
vumbora lá sim, ‘tô citando a música do Chiclete com Banana na cara de madeira mesmo. deixando logo avisando que, ao contrário do post inspiração, não vai seguir uma ordem cronológica, eu vou lembrando e upando no texto. HIER GEHEN WIR!!!
25. O MÁSKARA
Quem teve videocassete em casa levanta a mão bem alto. Eu só respeito quem viu esse filme no VHS e mais ainda quem viu no cinema a adaptação pra tela grande dirigida em 1994 por Charles Russell(o remake de A Bolha Assassina de 1988, baseado no filme homônimo de 30 anos antes) do personagem criado por Mike Richardson(Godzilla, Indiana Jones, Aliens, Predador, Star Wars) e Mark Badger (Doutor Estranho, Excalibur, Batman, American Flagg!). Quem conhece a história original, sabe que os roteiristas (Mike Werb [A Outra Face, Tekken, Darkman 3 - Enfrentando a Morte], Michael Fallon e Mark Verheiden [Aliens, Predador, Uma Noite Alucinante]) e produtor (Bob Engelman [Mortal Kombat, Blade: O Caçador de Vampiros, Heróis Muito Loucos, Shocker: 100 Mil Volts de Terror, Um Diabo Diferente, O Nosso Amigo Frankenstein, A Vingança dos Nerds III: A Nova Geração, O Massacre da Serra Elétrica 3, Kazaam, Scooby-Doo, Max: Fidelidade Assassina]) deram uma guinada de 720º nela e, seguindo a linha, na animação produzida pela CBS e que passou aqui na SBT e na Globo. O Máskara é igual a versão cinematográfica de O Parque dos Dinossauros (que vai entrar aqui quando eu fizer uma lista com adaptações de livros pro cinema ainda esse quadrimestre), cada obra funciona independente caso não se ligue uma à outra. E as presepadas feitas pelo Carrey – tendo de companhia a Thieron e o Riegert – não perdem a graça JAMAIS, a não ser que tenhas se tornado um completo.... Ah, foda-se, o filme é foda. Veja sem medo.
24. BLADE
Cara... Caralho... Eu nem sabia quem porra era o Blade quando fui ver o filme, ano seguinte, VHS. Só vi porque era a porra do Wesley Snipes no papel principal e, até então, eu só tinha visto filme fudido com ele, sendo os meus favoritos Passageiro 57 e O Demolidor (sim, o com o Stallone, enfia o filme com o Affleck no seu cu que o mundo todo ganha mais). “Bem, é filme com o Wesley Snipes, deve ser no mínimo fudido pra caralho.” E eu não ‘tava errado. E olha que a SET, finada SET, faz uma falta do caralho a SET, fez uma reportagem bem fudida sobre o filme à época de seu lançamento, rasgando o cu falando bem. E falando bem merecidamente. Depois de um zilhão dos anos e conseguir enfim ler as HQs originais do personagem criado pelo Marv Wolfman (Crise nas Infinitas Terras, Superboy, Novos Titãs, Vigilante [O ÚNICO TRABALHO DELE QUE PRESTOU], Homem-Máquina) e o Gene Colan (Batman, Legião dos Super Heróis, Mulher Maravilha, Doutor Estranho, Hulk) em 1973, o filme dirigido pelo Stephen Norrington(A Máquina da Morte [FILME FUDIDO! ASSISTAM!], O Último Minuto, A Liga Extraordinária) e escrito pelo David Samuel Goyer(Garantia de Morte [é, sim, é o com Van Damme], Missão: Marte, Cidade das Sombras) ficou muito mais fudido do que é caso não se conheça sua origem. E olha que eu torço o nariz valendo pra filmes só com vampiros.
23. HELLBOY
Eu sou suspeito pra falar QUALQUER COISA do Hellboy. Eu sou fã pra caralho do Hellboy e do Mignola então........ Se eu tiver que escolher o MELHOR filme de heróis e super-heróis de todos os tempos, vai ser Hellboy, sim. E vai se fuder se tu discordas da minha opinião. É praticamente ler/ver uma HQ von dem Meister Mignola e ninguém poderia ser mais qualificado que o Guilhermo Del Toro pra levar as rédeas do projeto. Eu pensei que fosse o Ridley Scott devido já ter dirigido o CRÁSSICO A Lenda, de 1985. Eu pensei que o Spielberg ‘tava no meio do bolo, mas lembrei que ele é um SENHOR CUZÃO pra adaptação de HQ, vide a fossa sanitária que ele fez com Tintin, em 2011. O filme, no mínimo, pra falar o mínimo, É FUDIDAMENTE MARAVILHOSO. Chega. ‘Tá bom, ‘tá bom.
22. BATMAN: A MÁSCARA DO FANTASMA
Não tenho mais saco pra nada do Batman, NADA. Eu ouço falar de QUALQUER MERDA com o personagem criado pelo Bob Kane e pelo Bill Finger em 1939 e JÁ TENHO VONTADE DE MATAR A PESSOA DE PORRADA COM O QUE ESTIVER NA MINHA MÃO. Última coisa dele, no meu entender, que valeu a pena (e com muitas reservas) com ele é Damned, de roteiro do Brian Azzarello(100 Balas, Hellblazer, Super-Homem, Cage) e arte do Lee Bermejo(Mad Max: Fury Road, Resident Evil, Reinado Sombrio: Elektra), mas também é só porque o convidado da vez é ninguém mais ninguém menos que o John Constantine.
Enquanto não lançarem uma animação de Reino do Amanhã, A Máscara do Fantasma permanecerá como uma de minhas duas animações favoritas de personagens OCIDENTAIS de HQ. A primeira também é do Batman (também vai entrar nessa lista), mas não tem o mesmo peso e relevância da obra do Radomski e Timm em meu coração, que eu vi em VHS alugado do saudoso Cinema 4, que era lá na São Pedro. Esqueça tudo que já viste antes ou depois do Batman quando for ver A Máscara do Fantasma. É diversão garantida.
21. DREDD
Sabe qual a parte engraçada do negócio? É que eu gosto do filme com o Stallone, de 1995, dirigido pelo Danny Cannon (Nikita, Gotham, CSI: NY e CSI: Miami) e escrito pelo William Wisher, Jr. (os dois primeiros Exterminador do Futuro, Queima de Arquivo, Segredo do Abismo, Duro de Matar: A Vingança) e pelo Steven “STREET FIGHTER” E. de Souza(Comando para Matar, O Sobrevivente, O Homem de Seis Milhões de Dólares [!!!!!!!!!!!!], Mulher Biônica [!!!!!!!!!!!]). É engraçado ou trágico? HÁ HÁ HÁ. Não preciso dizer que o UNIVERSO ficou com o pé atrás quando o anúncio do novo filme, que não seria um reboot. Depois de baixar n HQs do personagem criado por John Wagner e Carlos Ezquerra (Bloody Mary, Hitman) para a clássica revista britânica 2000 AD no mesmo ano de lançamento dos CRÁSSICOS Leave Home, Let There Be Rock, Marquee Moon, “Heroes”, Draw the Line, Low, Animals, American Stars ‘n Bars, Decade, Spiral Scratch, The Last Gunfighter Ballad, Queens of Noise, Foreigner, The Clash, Rocket to Russia, Capricórnio Um, Moody Blue, Before We Were So Rudely Interrupted, Bad Reputation, Waitin’ for the Night, Uma Nova Esperança, Before We Were So Rudely Interrupted, Bad Reputation, Eraserhead, Waitin’ for the Night, Taken by Force, Slowhand, Death on a Ladies’ Man, O Amigo Americano, Don Juan’s Reckless Daughter, Cruz de Ferro, Before and After Science, Damned Damned Damned, 007 - O Espião Que Me Amava, Peter Gabriel, Cheap Trick, Freeways, Works, The Idiot, Commodores, Jeff Beck with the Jan Hammer Group Live, Trans-Europe Express, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, ano de morte do Elvis, do Chaplin e do Crosby, do nascimento do Brooks Wackerman e da Fiona Apple (DUVIDO VOCÊS ACERTAREM ESSA!!!!!!!!!).
Ai voltando. Botaram toda uma equipe nova pra trampar no filme. E o Dredd seria ninguém mais ninguém menos que o Éomer de Roha... o Karl Urban. Eu só sacava o Urban como Éomer e como o cara que o Bruce Willis comia o rabo de tanto dar porrada em Red (que também vai entrar no presente catálogo) e na bomba Doom (que vou falar sobre games adaptados pra filmes, talvez ainda esse quadrimestre). E então que o filme ficou bem HQzão mesmo, bem fudido, bem caralhento como é na HQ, é na porta fucking soco na cara. Pra esquecer total o filme do Cannon e que os executivos da Marvel e da DC deviam assistir de vez em sempre aprenderem como é que faz filme de HQ e pararem de fazer merda.
20. SUPERMAN – O FILME
Não se bate em cachorro morto, então nem vou falar sobre porque já falaram tudo o que eu tinha/tenho pra falar desse filme. Próximo.
19. HOMEM DE FERRO
Eu gosto pra caralho do Homem de Ferro, mesmo ele sendo um dos maiores cuzões de todos os tempos da nona arte – e deve ser por eu ser um dos maiores cuzões de todos os tempos. Identificação. Vocês sabem. Eu tenho, creio, uma certa autoridade pra falar dele porque li coisa pra caralho dele, eu rapei um monte de site de scan que tinha HQ dele desde a origem até idos de 2014, 2015, por ai. Depois ficou uma merda e não li mais. Então ‘tá. E teve o Howard, o Super-Herói, de 1986; o primeiro Justiceiro, de 1989; teve o Capitão América (EU NÃO ACREDITO QUE GOSTAVA DESSA MERDA!), de 1990; teve o Quarteto Fantástico, de 1994 (é tão ruim que é bom); teve o já citado Blade, teve o X-Men, de 2000; teve o Blade 2 e o primeiro Homem-Aranha, de 2002; teve o X2 (próximo item), Demolidor e Hulk, de 2003; teve o segundo Justiceiro, o segundo Homem-Aranha e o Blade: Trinity, de 2004; teve o Elektra e o reboot do Quarteto Fantástico, de 2005; teve o X-Men: Batalha FinalEU QUERO ESQUECER QUE ESSE FILME EXISTE MAS AS PESSOAS NÃO DEIXAM, de 2006; teve o Motoqueiro Fantasma (eu amo o personagem mas os filmes não vão entrar nessa lista!), o Homem-Aranha 3 e a continuação do filme do Quarteto de 2004. E em 2008 teve e Justiceiro: Zona de Guerra (sim, falarei dele) a sequência do Hulk, de 2003. E teve o Homem de Ferro.
A Marvel ligou o foda-se no máximo no último nível do turbo pra fazer essa adaptação do personagem criado em 1963 por um octeto de mãos: a dupla Lee-Kirby MAIS Larry Lieber (Thor, Homem-Formiga, Hulk) e Don Heck (Vingadores, Demolidor, Motoqueiro Fantasma). Jon Favreau (Um Duende em Nova York, Zathura: Uma Aventura Espacial, Cowboys & Aliens) foi na doida dirigir o que nunca tinha dirigido, filmes baseados em HQs, mas sorte que baixou nele o Donner e o Singer pra conduzir o roteiro super bem pontuado pra caralho da equipe Mark Fergus(The Expanse [UMA BOSTA], Filhos da Esperança) + Hawk Ostby (Marcas do Passado) + Art Marcum (A Sombra do Medo) + Matt Holloway, enquanto o Robert Downey Jr e o Jeff Bridges só fizeram o que o Charlie Sheen fez de forma icônica em Dois Homens e Meio: ser eles mesmos, dois filhos da puta que não ‘tão nem ai pra nada além deles mesmos. Filme inesquecível. E que dá raiva se considerar o que a Marvel Studios se permitiu tornar anos depois.
18. X-MEN 2
Fiquei puto porque não vi o primeiro X-Men no cinema (sim, também vou falar dele aqui). E vi a estreia do X2 no cinema do Castanheira porque ia ser muita missão ir pro centro de Belém pra ver no finado Nazaré na hora que eu acordei pra ver (também, caralho, eu ‘tava full ownado por ter vindo pra casa da Assembleia Paraense depois do primeiro show do CPM22 em Belém). O primeiro filme foi 3F: full fudido de firme. O segundo deixou a geral extasiada, completamente extasiada, fudidamente extasiada sobre o que dava pra fazer com filme de super-herói na telona, ainda mais com super-equipe, ainda mais depois da supercagada ensaiada que foi o primeiro filme do Quarteto Fantástico. Foda que seria novamente um filme do Quarteto Fantástico a deixar todo mundo com gosto de merda na boca dois anos depois.
Mas o diretor Bryan Singer (Os Suspeitos, Bohemian Rhapsody), em companhia do Zak Penn (As Panteras, O Último Grande Herói, Homens de Preto, Atrás das Linhas Inimigas) e do David Hayter(SIM, O DUBLADOR DO SNAKE EM MGS, ELE MESMO!!!!), criou uma história – que o mesmo Hayter mais o Michael Dougherty e o Dan Harris transformaram em roteiro – que pegou muita coisa legal de muita história legal do grupo criado pela dupla Lee-Kirby e mostrou como faz filme de super-equipe (sim, mesmo apesar da eterna chupação de rabo do Wolverine, muitíssimo infelizmente). Saudade da época Marvel-não-Disney. Apesar de todos os pesares.
17. OS VINGADORES
Apesar de eu considerar desde sempre os Vingadores como a equipe com mais pau no cu por metro quadrado da Marvel e de preferir muito mais o Quarteto e a Liga da Justiça e os X-Men (a SEGUNDA equipe com mais pau no cu por metro quadrado da Marvel depois dos Vingadores), nessa ordem, e AMARos dois primeiros filmes dos X-Men, só X-Men: Primeira Classe se equivale a Vingadores a nível de qualidade técnica (sucesso de público não define qualidade de filme, pontua-se de forma veemente). Neste filme, o até então roteirista Joss Whedon(Waterworld, Rapida e Mortal, Buffy, Twister, o primeiro filme dos X-Men), que também assina o roteiro, faz tu esqueceres de TODOSos filmes da Marvel antes de Homem de FerroMAIS os que os NÃO foram produzidos pela Marvel Studios até Vingadores (i.e., X-Men Origens: Wolverine [MESMO COMENTÁRIO DE X-MEN: A BATALHA FINAL VALE AQUI!], de 2009, e Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança, de 2012). Peguem o êxtase do mundo ao ver X2 e multipliquem por UM MILHÃO. E enfim nós, leitores de HQs, tínhamos os filmes que queríamos desde sempre. E com a trilha sonora do mestre Alan Silvestri (trilogia De Volta para o Futuro, os dois primeiros Predador, O Segredo do Abismo, Pare! Senão Mamãe Atira, O Guarda-Costas, Jovens Demais para Morrer, Uma Cilada para Roger Rabbit, Minha Noiva É uma Extraterrestre, A Morte Lhe Cai Bem, Um Salto para a Felicidade [CARALHO DO FILME FODAAAAAAAAAAAA!!!!])! Fucking Excelsior!
16. BATMAN – O RETORNO DO CAVALEIRO DAS TREVAS
Eu gosto do Batman Eternamente, do Joel Schumacher (Os Garotos Perdidos, Tudo por Amor, Um Dia de Fúria, O Cliente, Tempo de Matar, 8 Milímetros), de 1995, de verdade. Vi o Batman & Robin (ainda do Schumacher), de 1997, no cinema, no mesmo dia que – VIVA A MEIA-ENTRADA! – Parque dos Dinossauros: Mundo Perdido (botando os dois na balança, o segundo incontestavelmente ofusca o primeiro). Sem comentários sobre os filmes do Burton. E foram OITO anos até o filme seguinte do personagem, o Batman Begins, de 2005, dirigido por um Christopher Nolan calejado por Amnésia, de 2000, e Insônia, de 2002 – e tal qual estes, também escreveu a sua trilogia do mais insigne defensor de Gotham, junto ao supramencionado David Goyer. E teve o Cavaleiro das Trevas, de 2008, e O Cavaleiro das Trevas Ressurge, de 2012. Nolan mandou bem? Bem pra caralho. Me convenceu?
Quase.
Ai que a DC anuncia uma animação baseada na minha HQ favorita do Batman. Siiiiiiiiiiiiiiiiim. O Cavaleiro das Trevas, do Frank Miller e do Klaus Janson e da Lynn Varley. A direção seria do Jay Oliva (Mulher-Maravilha, Novos Titãs, Liga da Justiça, Meus amigos Tigrão e Pooh, Hulk Versus) com roteiro deBob Goodman (Super Choque ♫♪SUPER HERO STATIC SHOCK SUPER HERO STATIC SHOCK♫♪, Batman do Futuro, Ben 10: Força Alienígena, As Incríveis Aventuras de Jonny Quest). Eu não sabia quem eram os dois mas ‘tava na me real me fudendo pra isso porque
CARALHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, VÃO ADAPTAR CAVALEIRO DAS TREVAS, PORRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
E não decepcionaram. Ainda mais que é infinitamente mais fácil adaptar HQ pra animação (e pra videogame, não posso deixar de observar) do que pra filme. Apesar de serem mídias distintas aber complementares, foi – no meu entender comprometido por álcool e MTV e estudos de religião e de teoria da literatura – como se o Oliva falasse pro Nolan “CHUPA MEU RABO, BITCH! APRENDE AI COMO SE FAZ!”
E tem o Bruce Wayne dublado pelo RoboCo.... Peter Weller. Pau no seu cu, Christian Bale.
15. X-MEN [respira fundo] [respira muito fundo] [respira muito mais fundo] VÁ SE FUDER DO FILME FODA
Eu gostava muito mais de X-Men que de Vingadores (eu GOSTAVA, não gosto mais de nenhuma das duas patotinhas porque já deu pra mim de tanta merda que fizeram com eles) devido à carga dramática – mesmo ainda sem ter porra de ideia do que era “carga dramática” – e cagada ensaiada absurda do que com os Vingadores. E ligados aos X-Men, tinha o X-Factor, com os membros da equipe original de X-Men. Caralho, eu adorava o X-Factor. Eu já tinha visto o Blade e curtido pra caralho, logo ‘tava esperançoso que a Marvel ia dar aquela forra bunita com a equipe dos mutunas. E em 2000, via Bryan Singer, a Fox pá!, ipponzão bonitão, maravilindão em todo mundo que disse que o filme ia ser uma merda, ainda que todo o universo diga (eu também) que o filme não passou de um trailer estendido do X2. Melhor trailer de todos os tempos então.
14. TARTARUGAS NINJA
Vou botar aqui tanto a animação de 1987 quanto o filme de 1990 baseados na criação da dupla Kevin Eastman e Peter Laird em 1984 porque os dois são fudidos pra caralho. Eu sou mais suspeito pra falar das Tartarugas Ninja Mutantes Adolescentes do que do Hellboy. Sem comparações. O Segredo do Ooze, de 1991, e o último da trilogia, de 1993, são muito legais, mas não chegam nem perto da zuada aloprada que é o primeiro. Nem vou falar da animação, coisa mais linda de todos os nove mundos. Próximo.
13. LOBO SOLITÁRIO - A ESPADA DA VINGANÇA
É uma merda ter que dizer isso, mas até adaptação pra filme os orientais pintam e bordam em cima dos ocidentais não te ilude que a América Latina não faz parte do Ocidente, nem nos seus melhores sonhos, pode pesquisar. A Espada da Vingança, de 1972, dirigido por Kenji Misumi com roteiro do próprio Kazuo Koike – escritor do mangá homônimo, desenhado por Goseki Kojima e publicado entre 1970 e 1976 –, é uma AULA DE ADAPTAÇÃO DE HQ PRA FILME. Pessoal da Netflix deve ter visto à exaustão os filmes da série dirigidos pelo Misumi (o Espada da Vingança mais O Andarilho do Rio Sanzu [também de 1972] mais Coração de Pai, Coração de Filho [idem] mais Na Terra dos Demônios [de 1973]) pra fazer a série do Demolidor e a do Justiceiro. Se não for isso, eu não sei o que explica a qualidade das ditas (a segunda [temporada] do Justiceiro não entra nesse rank).
12. ESTRADA PARA A PERDIÇÃO
Adaptação da HQ homônima de 1998 escrita por Max Allan Collins(Batman, Grimjack, CSI, Capitão América: Vermelho, Branco e Azul) e desenhada por Richard Piers Rayner(Hellblazer, Monstro do Pântano, L.E.G.I.Ã.O., Doutor Destino), sendo publicada pelo selo Paradox, da DC. Aqui observa-se que é baseada no já referido mangá Lobo Solitário para a primeira metade do século XX nos Estados Unidos. Pessoal costuma mudar muita coisa na transposição de uma mídia à outra e esse processo costuma dá muita merda. Nesse caso houve a transposição de um mangá pra uma HQ, uma releitura sociohistórica nessa marcha e ai a adaptação da HQ pra sétima arte. Os caras fizeram um trabalho tão fudido de lindo que nem parece que foi adaptado de uma obra da nona arte, ainda mais que não estamos habituados a tal fineza em obras “não-canônicas”.
11. ANTI-HERÓI AMERICANO
Falei num post do ano passado que não consegui terminar o Minha Vida, do Robert Crumb. Uns anos atrás falei aqui que tinha ficado maravilhado com a Anti-Herói Americano, escrita pelo Harvey Pekar e desenhada pelo Robert Crumb. E toda vez era pra eu pegar esse Anti-Herói Americano pra ver. Esses dias arrumei coragem e baixei pra ver. Creio que, se não tivesse O Senhor dos Aneis: O Retorno do Rei, o Shari Springer Berman e o Robert Pulcini (que também dirigiram o filme) certamente levariam a estatueta de roteiro adaptado (agora considera que Cidade de Deus também estava no páreo – ou seja, American Splendor levaria se OSdA:ORdR e Cidade de Deus não estivessem concorrendo). Já começa com um dos meus epítetos favoritos: “por que as pessoas têm de ser tão estúpidas?” e o Pekar (interpretado de forma fudidamente magnífica pelo Paul Giamatti [Donnie Brasco, O Rei da Baixaria, O Casamento do Meu Melhor Amigo, O Show de Truman, O Resgate do Soldado Ryan, O Mundo de Andy, Vovó…zona, Planeta dos Macacos, Sideways - Entre umas e outras], ele É o Harvey Pekar!) é completamente louco alucinado frustrado sem noção que só faz merda – tal qual este que vos bloga – e ele se apaixona por uma guria estranha de óculos (como costuma acontecer muitíssimo costumeiramente comigo). E o final é incrível. Incrível. Incrível.
10. NAUSICAÄ DO VALE DO VENTO Nausicaä é tão lindo, mas tão lindo, tão lindo que dá vontade de bater em alguém de tão lindo que é. É LER o mangá homônimo com imagens coloridas em movimento e com falas e trilha sonora. Conceberam a história toda concebida pelo mestre Hayao Miyazaki entre 1982 e 1994 em uma hora e meia de filme e faz todo o sentido do mundo e não precisa de continuação porque ‘tá tudo lá. É de uma graça inigualável aos sentidos, tal qual um Kaguya no Hime Monogatari. Obviamente, tem uma crítica social fudida que o Miyazaki esfrega na sua cara. E todos queremos encontrar nossas Nausicaä’s, ainda que muitíssimos de nós não mereçamos.
09. BLADE OF THE IMMORTAL
Sim.
Fizeram um live action de Mugen no Jūnin, do Hiroaki Samura, publicado originalmente entre 1993 e 2012 e que foi saiu inicialmente aqui no Brasil pela Conrad e meio universo de leitor de HQ xingou e amaldiçoou o Hiroaki por enrolar pra caralho pra terminar essa porra.
Tem aquela máxima do Falcão que “dinheiro não é tudo, mas é 100%”, lembram? O pessoal que fez 47 Ronins incontestavelmente ficará eternamente com gosto de merda na boca após terem visto o Blade of the Immortal (sim, tem a HQ do 47 Ronin, de 2013, ilustrada pelo mestre Stan “Usagi Yojimbo” Sakai, escrita por Mike Richardson que teve “SÓ” e ninguém menos que o Kazuo Koike como consultor editorial), de 2017, dirigido por Takashi Miike e escrito por Tetsuya Oishi. À primeira vista, pode não ser lá essas coisas como adaptação, funcionando mais como filme independente, tal qual um Azumi da vida (que também falarei sobre na lista de filmes adaptados de games), mas convenhamos que qualquer filme de samurai feito só por japonês vai dar sempre de mil a zero nos feitos pelos estadunidenses (vide O Último Samurai e o mencionando 47 Ronin). A uma zoiada mais apurada, é muito bem feito a nível estético, nada extravagante e que não contribua à narrativa (exemplo ocidental? X2) e todos os personagens sabem seu lugar e o que fazer e o que não fazer no desenrolar (ainda que um desenrolar bem canalha).
O bom de ter saído no mesmo ano da live action de Death Note, de 2017, Adam Wingard e escrito pelo trio Charles Parlapanides+Vlas Parlapanides+Jeremy Slater, é que o povo da Netflix tomou essa segura na cara de COMO fazer uma adaptação pra sétima arte de uma obra originalmente da nona (escrita por Tsugumi Ohba e desenhada por Takeshi Obata, publicada na Weekly Shōnen Jump [editora Shueisha] entre 2003 e 2006) e depois para a série homônima de animação (dirigida por Tetsurō Araki, escrita por Toshiki Inoue [seria parente do Takehiko?!?] e produzida pelo estúdio Madhouse entre 2006 e 2007). E o povo NÃO TINHA APRENDIDO A LIÇÃO com Dragonball Evolution, de 2009, dirigida pelo James Wong (Arquivo X, Millennium, O Confronto [sim, o com o Jet Li – inacreditável, não?], Premonição [OLHA SÓ!], Comando Espacial) e escrita pelo Ben Ramsey(Amor e Balas, Lutador de Rua). E levou MERECIDAMENTE mais essa porrada com Blade of the Immortal. Próximo.
08. 300
Só não considero a adaptação de 2007, dirigida por Zack Snyder (não vou me gastar falando dele aqui!) e escrita por sobre a graphic novel homônima de Frank Miller (idem Snyder), 100% porque o filme se alonga demais com bobagens nada a ver quando podia ser só a toragem destroyer fucking powered que rola na obra original. Mas pronto, ‘tá ai, era EXATAMENTE ISSO AI que a gente queria ver e não decepcionou, mesmo com a porra do bullet time effect, que já ‘tava saturado. Mas deu pra sair de alma lavada após ver a obra, a ponto de sair pisando em nuvens.
Ignore a existência da sequencia. Aquilo não existe. Nem vou citar o nome.
07. PERSEPÓLIS
Uma HQ escrita e desenhada por mulher? ‘Tá. Sim. N exemplos a ser citados.
Mas.......... Uma HQ escrita e desenhada por mulher IRANIANA?
Com Perspepólis, publicada em dois volumes (o primeiro em 2000 e o segundo em 2004), Marjane Satrapi (roteiro e arte) fez o universo colocar a língua no cu, tal qual a Cloonan fez quando assumiu o título do Justiceiro, produzindo uma obra indiscutivelmente seminal que vai de dois pés no meio da coluna vertebral nas teocracias árabes. A animação, de 2007, dirigida e escrita pela própria Satrapi – em parceria com o francês Vincent Paronnaud (porque, segundo a autora, ela não manjava de tudo tudo tudo pra fazer o negócio totalmente sozinho à época) – seguiu o mesmo viés de pé na porta fucking soco na cara pra falar da revolução iraniana (ocorrida entre 1978 e 1979) a partir dos olhos de Marjane, uma criança à época.
Lembram o que falei sobre Nausicaä ser tão lindo, mas tão lindo, tão lindo que dá vontade de bater em alguém de tão lindo que é? Perspepólis é tão lindo, mas tão lindo, tão lindo que dá vontade de bater em alguém com outro alguém de tão lindo que é. Ainda mais porque tem referências ao movimento punk, que estava no auge no Ocidente e atingiu o mundo de forma irreversível. Assistam Perspepólis. Quem estuda História principalmente. Meninas muito mais principalmente ainda.
06. MARCAS DA VIOLÊNCIA
meu
cu
caiu
da
bunda
quando
soube
que
essa
porra
era
uma
HQ
e
passei
uma
semana
pra
achar
Hugh Jackman sempre será o Wolverine. Christopher Reeve sempre será o Super-Homem. Sylvester Stallone sempre será o Rambo Balboa. Harrison Ford sempre será o Indiana Han Jones Solo. Wesley Snipes sempre será o Blade. Arnold Schwarzenegger sempre será o.... PERA QUE VAMOS FALAR DELE, NÃO TE AGUNERA. E o Viggo Mortensen sempre será o Aragorn. Não pra mim. Viggo Mortensen, PRA MIM, sempre será o Tom Stall, de Marcas da Violência, de 2005, do canadense David “Scanners” “Gêmeos: Mórbida Semelhança” “Videodrome” “A Mosca” Cronenberg, escrito por Josh Olson a partir da graphic novel homônima escrita pelo John Wagner com arte de Vince Locke, publicada em 1997 pela mesma Paradox – da também aqui citada Estrada para a Perdição –, da DC Comics.
Mano...
O filme é uma porrada. Primeira metade do filme parece lenta mas só vai criando o clima de desgraceira pra qual tudo vai descambar na segunda metade. Filme do Cronenberg, né? Já sabem (pelo menos quem já saca o diretor) que nunca vai terminar em coisa boa de maneira fácil, SEMPRE vai ter algo pra embrulhar teu estômago no final pra te deixarNEU RA DO. Ainda hoje, quase doze anos depois do lançamento do filme, se perguntariam o que gente como John Woo (mete uma bala na tua cabeça se nunca viste um filme do John Woo) ou Quentin Tarantino ou, mesmo e principalmente o Takeshi Kitano(Adrenalina Máxima, Johnny Mnemonic - O Cyborg do Futuro, Brother - A Máfia Japonesa Yakuza em Los Angeles), teriam feito com esse filme... COMO teriam feito esse filme. Tarantino faria uma coisa foda, ainda mais se fosse ANTES de Kill Bill, seria uma ótima introdução a Kill Bill... John Woo é John Woo, sem comentários. Takeshi Kitano... Rapá... [respira fundo] Próximo.
05. PANTERA NEGRA
Fiquei impressionado pra caralho com Pantera Negra, olha. Muitíssimo impressionado pra caralho. Como eu falei pro Jeanzão, quando tratamos da obra, é filme de HQ pra agradar quem estuda literatura a nível acadêmico por ser composto de camadas narrativas que se sobrepõem linearmente sem que se baguncem. Só o que matou pra mim foi o agente branco da S.H.I.E.L.D. fazendo o papel do ocidental intrometido que sempre quer estar no meio da presepada. TODAVIA, não tira em momento algum o brilho do filme de 2018, dirigido por dirigido pelo Ryan Coogler(que dirigiu “SÓ” o Creed antes do Pantera Negra, “SÓ”) e escrito por este, junto a Joe Robert Cole, sobre o personagem criado por Jack Kirby e Stan Lee e sua primeira aparição foi na edição #52 de Quarteto Fantástico, de julho de 1966.
O filme, no meu entender, consegue ser o ápice dos filmes de super-heróis, porque – com exceção do que apontei – consegue acertar em tudo. É um misto de maravilhar com raiva da impecabilidade do trabalho que.................. É. Sim. Criou um novo padrão pra filme de super-herói, por mais que eu odeie as frescuras impostas pela Disney aos filmes (pode citar outros filmes mas não pode citar as HQs? FAÇA-ME O FAVOR, NÉ, CARALHO!?!? TOMAR NO CU!!!!).
Do Pantera Negra eu bato no peito pra dizer, o Sonho-Desperto ia pirar e considerar melhor filme de super-herói da Marvel e todos os tempos. Sim, eu ia concordar e assinar embaixo porque é mesmo.
04. GHOST IN THE SHELL
Scarlett Johansson se provou excelente atriz. E excelente cantora. Seu álbum solo, Anywhere I Lay My Head, de 2008, contendo somente versões das músicas de Tom Waits – com participações aqui e ali de David Bowie – é bom pra ouvir antes, durante e depois da foda, ainda mais se tiver a discografia do Portishead na mesma playlist. Já o Break Up, de 2009 (apesar de gravado em 2006) em parceria com o Pete Yorn, é bem bom, seria melhor se fosse só ela cantando e o Yorn fazendo vocais de fundo e não cantando junto.
E convenhamos que ela fez de tudo pra fazer Ghost in the Shell ser algo bacana e inesquecível. Takeshi Kitano e Juliette LINDA MARAVILHOSA DEUSA DO UNIVERSO DIVINA TUDO Binoche (O Paciente Inglês, Chocolate, Perdas e Danos, A Liberdade é Azul [que, até hoje, não entendi foi é porra nenhuma de nenhum dos filmes d’A Trilogia das Cores, do Krzysztof Kieślowski {1941-1996}]) foram aquele upgrade FODA pro filme TENTAR ser bomMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS NÃO DEU. Sabem o que falei sobre estadunidense adaptar obra segundo seu Weltanschauung? Pois é. O mangá do Masamune Shirow, publicado originalmente entre 1989 e 1991, e o primeiro longa-metragem em animação, de 1995, dirigido por Mamoru Oshii e escrito por Kazunori Ito, ‘tão todos lá, SÓ FALTOU O FILME ATENDER A PORRA DO NOME ORIGINAL, NÉ, CARALHO?!? Porra de identificação com o público ocidental o quê? Enfia essa porra de identificação com o público ocidental no seu rabo é que é, Disney maldita filha da puta do caralho. GHOST IN THE SHELL É GHOST IN THE SHELL, MUDAVA O NOME DO FILME QUE ‘TAVA TUDO CERTO E NÃO IA PEGAR NADA, PORRAAAAAAAAAAA!!!!
Ah, sim. Ghost in the Shell está nessa inquirição devido justamente por seu referido primeiro longa-metragem em animação, que é absurdamente fudido de lindo, pra dizer o mínimo. As sequências (Ghost in the Shell 2: Innocence [também deMamoru Oshii, de 2004]; Ghost in the Shell 2.0 [idem, de 2008]), reboots (a tetralogia Arise - Border [Ghost Pain {Kise Kazuchika, de 2013}; Ghost Whispers {Atushi Takeushi, do mesmo ano}; Ghost Tears {Kise Kazuchika, de 2014} e Ghost Stands Alone {Kazuchika Kise e Susumu Kudo, de 2014}; o homônimo de 2015, dirigido por Kazuya Nomura e Kise Kazuchika, escrito por Tow Ubukata), OVA (Stand Alone Complex - Solid State Society [Kenji Kamiyama, 2006]) e as séries animadas (Stand Alone Complex [Kenji Kamiyama, 2002 a 2003], Stand Alone Complex 2nd GIG [Kenji Kamiyama, 2005]; Arise - Alternative Architecture [Kise Kazuchika, 2015]) também são fudidamente caralhentas. Esqueça o filme da Disney e vá sem medo nas animações e no mangá que é só sucesso. Próximo.
03. CONAN, O BÁRBARO
Não diga “Arnold Schwarzenegger”, diga
Hércules
Handsome Stranger
T-800
Kaldor
John Matrix
Major Alan “Dutch” Schaeffer
Ben Richards
Capitão Ivan Danko
Julius Benedict
Douglas Quaid (ou Hauser)
Detetive John Kimble
Jack Slater
Harry Tasker
Howard Langston
John Kruger
Jericho Cane
Adam Gibson
Gordy Brewer
Príncipe Hapi
Trench Mauser
Xerife Ray Owens
Swan Rottmayer Mas também pode chamar de
CONAN DA CIMÉRIA
O único cara das HQs que pode comer com farinha no mesmo dia Capitão América, Batman, Solid Snake, Viúva Negra, Pantera Negra, Justiceiro, Lobo Solitário e Exterminador e ainda tomar aquela Corote antes de dormir (é, sim, eu ‘tô exagerando, e exagerando pra caralho). O filme de 1982 é dirigido por John Millus, tem roteiro do Millus com ninguém mais ninguém menos que o OLIVER STONE, o antagonista é o Darth Vad... JAMES EARL JONES, a trilha sonora é do BASIL POLEDOURIS, direção de arte, cenários, fotografia absurdos de fodásticos. Eu poderia passar o resto da vida falando bem desse filme e o quanto o Peter Jackson fez de tudo pra homenageá-lo através de O Senhor dos Anéis. Mas deixa porque eu sou suspeito pra falar qualquer coisa que seja do Conan, mais ainda do que do Hellboy e mais ainda do que das Tartarugas Ninja Mutantes Adolescentes. Sem comparações. Tanto que vou até ver hoje. Próximo.
Ah. Sim. O filme com o Jason Momoa? Tinha tudo pra ser o melhor filme feito do cimério. Se tivesse sido feito por fã e não por executivo pau no cu retardado que nunca leu um conto do Howard ou leu uma revista do personagem. É essa mesma cagada que fode os filmes da DC, fudeu muito filme baseado em HQ e fode principalmente filme baseado em videogame.
02. JUSTICEIRO: ZONA DE GUERRA
Meu personagem favorito da Marvel, junto com o Hulk, e meu filme favorito dele e meu favorito de filmes da Marvel (Capitão América: O Soldado Invernal eu considero, no máximo do máximo, muito bom, e só, ajuda eu considerar o Rogers um tremendo babaca presunçoso que deveria urgentemente estudar Existencialismo e ler Hermann Hesse pra deixar de ser o imensurável e incomparável pau na beira que é; digo o mesmo de Guerra Infinita, porque eu nunca gostei do Thanos, o vendo como nada menos nada mais que um imenso gasto desnecessário de energia – nem o Darkseid e o Mongul conseguem ser tão estapafúrdios e inúteis, e olha que eu nunca gostei nem do Darkseid nem do Mongul).
O filme com o Lungdren, de 1989, dirigido pelo editor de mil filmes Mark Goldblatt (que, além de Justiceiro, dirigiu Policiais em Apuros, de 1988) e escrito por Boaz Yakin (Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, Um Drink no Inferno 2: Texas Sangrento, Duelo de Titãs) não é ruim. Só tem que trocar de nome, ai fica firme. Não. Eu ‘tô exagerando. É bacaninha pra matar tempo. É um filminho até que esforçado.
O com o Jane, de 2004, dirigido pelo até então também só roteirista Jonathan Hensleigh (O Jovem Indiana Jones, Duro de Matar - A Vingança, Jumanji [!!!!!!!!!!!!!], A Rocha [CRÁSSICO!], Con Air [idem], Armageddon, 60 Segundos, Vírus) e escrito por este mais o Michael France (Risco Total), com o John Travolta(não, não vou dizer QUEM é o John Travolta porque tu tens a obrigação moral e dever cívico de saber quem é) como antagonista tem muito mais recursos, e quer muito ter a pegada das HQs do final dos anos ’90 mas acaba sendo caricato e tragicamente cômico em alguns momentos.
O com o Stevenson? Eu sou fã do Justiceiro. Minha fase favorita é a escrita pelo Ennis e deveriam ter chamado o Stevenson pra fazer o da série da Netflix e botado a Mari Alexander pra dirigir que ia ficar fudidamente lindo. Zona de Guerra só leva nota 9 devido ao quebra-pau totalmente desnecessário com o irmão do Retalho. Mas, ainda assim e apesar disso, é sublime e foderasticamente maravilhosamente fudidamente inesquecível.
Sabem o que a crítica falou desse filme? Que “recorda os desafiadores de diálogo excessivamente violentos dos filmes de ação da década de 1980 que coincidentemente se sente duas décadas desatualizado”. Pra porra também, eles não entenderam a beleza e perfeição que a obra contém, um verdadeiro biscoito fino premiado pra quem gosta de filme que, quando espremido, enche um latão de pertroleo e tem as mortes mais absurdas e bala que não acaba mais e violência altamente gratuita. Perfeito. Sublime. Primoroso. Irreprovável. Insuperável. (segue uma lista com todos os sinônimos relativos à “perfeição”)
01. AKIRA
A magnus opus de Katsuhiro Otomo lançada em 1988 a partir de sua obra homônima é um caso por assaz interessante: é uma adaptação de um mangá que ainda não tinha sido terminado (começou em 1982 e terminou em 1990). Yeah, acontece a mesmíssima merda com a hexalogia cinematográfica do Lobo Solitário e o Nausicaä, eu só não quis comentar na hora pra deixar vocês neurados HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS Akira, tal qual Nausicaä, Persepólis, Uma História de Violência, 300, Espada da Vingança, Estrada para a Perdição, X-Men (o primeiro), Hellboy, Conane Tartarugas Ninja, funciona perfeitamente como obra independente mas que fica muitíssimo mais gostosa após leitura do texto original (nem todas as histórias dos X-Men, observa-se e diga-se de passagem, porque tem cada porra que...................... sem comentários). Akira é ficção científica cyberpunk, tem crítica política, tem (muito) sangue (pra caralho), tem violência gratuita, tem gente nua, tem palavrão, tem motos possantes, tem reflexão filosófica, tem queda, tem redenção, tem protagonista problemático imbecil que é impossível não simpatizar com (PAU NO TEU CU, PETER PARKER!), tem crítica à religião como ferramente de controle social, tem o amigo bocó de todas as horas que só chega ao final da história sobrevivendo na merda de situação locamente loca. E tem uma história que amarra tudo isso de forma consistente e coesa que a torna atemporal. E tudo isso em duas horas de animação que tu nem vês passando.
Ainda que tu não gostes de mangá e anime, é fodamente e fudidamente obrigatório pra conhecimento de como contribuiu tanto pro universo geral das HQs quanto pro universo geral das animações, sendo influente nos dois e mais na cultura midiática contemporânea – mais do que todos os outros citados nessa lista, inclusive.
E não se admire se te der uma doida e soltares um “KANEDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA” ou um “TETSU’OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO” em algum momento. É absolutamente e perfeitamente normal.
Quanto às HQ que já podem ganhar versão em filme vão ficar pro próximo post, que esse já deu um trabalho monstroso. Qualquer coisa, comenta ai!!!