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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A LIÇÃO DO DIA

“Hey, we think so supersonic
And we make our bombs atomic
Or the better quite neutronic
But the poor don't see a dime
Nowadays the air's polluted
Ancient people persecuted
That's what mankind contributed
To create a better time”
– Helloween, “Eagle Fly Free”, Keeper of the Seven Keys: Part II, 1988.

Eu simplesmente não deveria mais me importar/admirar com o quanto as pessoas... A maioria delas faz o que faz e são o que e como são.
A minha lição aprendida hoje que eu gostaria de compartilhar é que calçadas capinadas são como bolos – todo mundo quer ver pronto e usufruir, mas pouquíssimos se dispõem a fazê-los. E ainda tem, sempre tem nego pra olhar torto e com reprovação quem o faz.
Mazuh caralhu, olha. Como se nego fosse superior a outrem que não capina ou faz outros serviços braçais. Mas creio que criou-se um ar de superioridade por parte de quem não o faz que chega ao paradoxo do “não preciso fazer mas preciso feito, tenho dinheiro para fazê-lo mas não quero me dispor a fazê-lo”. Isso sem contar o “eu não estudei pra capinar/lavar/passar/cozinhar”. Ah, tu não podes mas contratar o serviço de outrem ‘tá de boa mesmo tu urrando desesperado(a) quase sem grana? (E nem entrarei no mérito da jornada dupla/tripla de trabalho realizada por mulheres e muitíssimos homens).
Posso dizer que fomos criados para isso? Fomos? Estamos sendo? Desde quando era uma criança, ouvi dizer que estamos sendo/fomos criados para sermos “pessoas de verdade”. Olha aí as “pessoas de verdade” – querem pronto, não querem fazer e ainda fazem pouco de quem faz. “Estuda pra sair dessa vida.” “Olha, estuda pra não acabar assim.” “Estuda pra não acabar daquele jeito.” “Tal pessoa é assim porque não estudou.” E inúmeros afins e congêneres. E inúmeros dedos apontando. “Ulha” essa criação... Esse “amor ao próximo” me provoca repugnância e náuseas...
Ó, caralho. Deixa eu te dizer. Capinar não far-te-á menos [sua profissão aqui]. Lavar não far-te-á menos [sua profissão aqui]. Passar não far-te-á menos [sua profissão aqui]. Cozinhar não far-te-á menos [sua profissão aqui]. Em suma: AJUDAR NA TUA CASA NÃO REDUZIR-TE-Á ENQUANTO PROFISSIONAL DA TUA ÁREA.
Creio eu que, em algum momento, nos perdemos pelo caminho a ponto de não saber onde e como voltar para corrigir essa séria falha de visão e compreensão acerca do decréscimo e superestima de profissões. Em algum ponto em específico – talvez na Revolução Industrial –, começou o processo de nos tornarmos tão dependentes e cegos talvez que precisemos ser extintos para entender o que aconteceu e onde erramos sobre isso.
Isso é porque, segundo muitos, “evoluímos”. “Estamos no topo da cadeia alimentar.” Uhum. Somos o ápice. “Somos desenvolvidos.”
Até onde eu sei, aprendi e tomo como exemplo teórico e prático, isso não é evolução e desenvolvimento. Pode ser muita coisa mas definitivamente não é evolução e desenvolvimento. “Antes da iluminação, carregar água e cortar madeira”, tem um proverbio que vi num livro muito muito tempo atrás, “Depois da iluminação, carregar água e cortar madeira”. O Iluminismo iluminou tanto que nos cegou a ponto de esquecemos de como carregar água e cortar madeira? 
Eu queria não ficar admirado e assustado com tudo isso. Mas eu respiro fundo e continuo fazendo bolo... Quer dizer...
Continuo capinando. E fá-lo-ei enquanto me for possível e tiver forças para tanto.
Sem mais.

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