Ouvindo: Frankenstein Drag Queens from Planet 13,
Viva Las Violence, de 2001
As novas:
É,
eu ‘tô namorando novamente (não, NÃO É a guria pra quem mandei o esporro em Canção em Duas Partes: Desconstruir/Implodir e Esmiuçar/Agradecer). É uma guria realmente incrivel e espero que possamos dar certo de fato.
Lendo de HQ:
Leões de Bagdá, com roteiro de
Brian K. Vaughan (Ex Machina, Y: O Último Homem) e arte de
Niko Henrichon (X-Men, Quarteto Fantástico) para a
Vertigo. E, como eu ‘tava dizendo pro Fyoda mais cedo via Facebook, devo admitir que a Vertigo foi
MUITO feliz e
MUITO inteligente em aceitar este projeto realmente incrivel. Como falar desta graphic novel incrível sem se perder e sem se enrolar? É uma fabúla ambientada na Bágda invadida pelo exército estadunidense, cujos personagens são animais que podem falar entre si e mostram, além de seus instintos e personalidades bestiais
(e suas falas quase shakesperianas, que dá um tremendo charme a todos eles), sua perspectiva da tomada da cidade, ocorrida em idos de 2002 a 2003, e que dura até hoje. São 129 páginas
MUITO fodásticas, com uma história realmente excelente que vale à pena ser lida. Não à toa que a Vertigo permanece como o último bastião criativo da DC nestes tempos sombrios das comics mainstream. Leões de Bágda, publicada no Brasil pela Panini, 129 páginas, tradução de Levi Trindade.
Wolverine: Velho Logan. Roteiro de
Mark Millar (que dispensa apresentações de quaisquer níveis), arte de
Steve McNiven (Guerra Civil, Mistíca). A história é de uma realidade alternativa sem qualquer ligação com a cronologia comum
(i.e.: universo 616), onde os vilões se juntaram sob comando do Caveira Vermelha e destruíram todos os heróis
(pense em Atos de Vingança que deram MUITO certo). E, cinqüenta anos após isso, Wolverine se tornou um fazendeiro recluso de um Senhor de Terra de ninguém mais, ninguém menos do que da Família Banner! Fazendo um paralelo com a história do Brasil entre o final do século XIX e começo do século XX, tais Senhores cobram taxas para que as famílias permaneçam em suas terras, as punindo caso não consigam. E lá vai o Velho Logan, convocado por um Gavião Arqueiro cego a atravessar o país em uma missão que pode conseguir a grana para pagar tal mensalidade. Agora chupa essa manga porque é uma verdadeira highway to hell pros dois. Como o roteiro é do Millar, nada do que se preocupar
(apesar das últimas coisas dele serem muitíssimo difíceis de engolir, como Superior e Nemesis), mas a arte do McNiven deixa muito a desejar, por ser algo muito foda em uns casos e algo podre em outros, deixando o leitor encaralhado. Achei no
Sangue de Orc e você pode baixar o seu clicando
AQUI!
Hard-Boiled – À Queima-Roupa. Eis o primeiro da dupla
Frank Miller (aqui vale a mesmíssima observação feita para Herr Millar) e desenhos de
Geof Darrow, com cores de
Claude Legris, de 1990, para a Dark Horse. Tal parceria se repetiu anos depois na também excelente
Big Guy & Rusty – o Menino-Robô, de 1995, que foi publicada em um álbum de luxo pela Devir. E eis aqui uma história fucking cyberpunker, ambientada da Los Angeles de 2029, quando a Unidade Quatro, o modelo mais avançado de autômato, padece de uma falha de programação equivalente a uma crise de esquizofrenia
(!!!) e passa a transformar a cidade em um verdadeiro campo de matança, não estando a par de que é a última esperança para os trabalhadores mecânicos escravizados do futuro. Achei no
Scanmaniacs e você pode baixar o seu clicando
AQUI!
Concreto – Uma Rocha Entre Rochas, de
Paul Chadwick no roteiro e na arte
(sim, o personagem também é criação dele, de meados da década de 1980), também para a Dark Horse. Na moral e sinceramente, eis uma dos
MELHORES Histórias em Quadrinhos que eu já li na vida e
SEMPRE vou ler quando tiver oportunidade. A história é protagonizada por Ron Lithgow, redator de discursos para um congressista estadunidense, que, durante uma folga no campo com um amigo, foi capturado por ETs e transformado num homem de pedra. Enfim consegue escapar, mas chama a atenção do governo
(óbvio!), que, para evitar a comprovação da existência de alienígenas e, conseqüentemente, calamidades a nível mundial, o escritor é apresentado ao público como uma espécie de experiência de supersoldado criado em laboratório pelos militares
(um certo Irmão-Lobo da UEPA diria agora #capitaoamericafeelings). Não somente, Concreto sempre é inclusive comparado ao Coisa, justamente por sua inquestionável e indisfarçável angústia por sua carapaça de pedra e, assim, ser tão diferentes dos outros com quem convive, assim como o integrante do Quarteto Fantástico. Desde seu aparecimento das HQ’s, criador e criatura já receberam – merecidamente! – inúmeros prêmios e indicações das principais instituições que elegem os melhores da indústria dos quadrinhos.
E, como fã incondicional e devoto do personagem, isso já ‘tá ficando muito imparcial e deixa eu parar por aqui mesmo. Não lembro o site que eu achei, mas você baixa o seu clicando
AQUI!
Homem Animal 01 a 26, escrito pelo escocês
Grant Morrison (Asilo Arkham, Os Invisíveis, X-Men) e com arte de
Chas Truog (Forgotten Realms, Coyote, Chiaroscuro) e
Doug Hazlewood (Superboy, Flash, Patrulha do Destino), para a DC Comics. Se você chegou a ler a finada e saudosa
DC2000, publicada em formatinho pela Abril Jovem no final dos anos 1980 e começo de 1990, sabe muito bem de que personagem eu falo sobre. O.
“Afinal, quem é o Homem Animal?” É um personagem foi criado ainda na década de 1960 pelo escritor Dave Wood e pelo desenhista Carmine Infantino para a DC Comics e cujo protagonista, cuja identidade secreta é Buddy Baker, um homem comum que ao ver uma espaçonave alienígena cair na Terra, resolveu investigar, e, ao fazê-lo, recebe uma grande carga de radiação, que alteraria seu corpo para sempre, possibilitando adquirir/absorver as habilidades de quais quer animais que lhe estivessem próximos
(obviamente, a extensão deste poder não inclui universitários, advogados, políticos e jogadores de futebol).
“‘Tá, e porque ler logo a fase do Grant Morrison?” Todas as 26 edições são muito do caralho
(apesar da edição sofrível da Abril, mas que vale às palmas por ao menos ter publicado), mas dois arcos são os clássicos e que merecem atenção especial:
A Natureza da Fera – pela sua mensagem ecológica voadeira na sua cara de dois pões com coturnos – e
O Evangelho do Coiote – pela sua metalinguagem e semiótica e intertexualidade absurdas. E haja conhecimento prévio de mundo pra poder ler estas duas porque são pancadaria na sua mente, nego! Da 01 a 13, você baixa
AQUI! e, da 14 a 26, você baixa
AQUI!
E é isso ai, negada! Espero que ‘cês tenham curtido e procurem ir atrás dessas porras porque valem muito à pena!!!
Bis zu dem breaking fucking neuen post!
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meus agradecimentos especiais a Adriano Araujo, a.k.a. Fyoda, pela ajuda nos textos sobre as HQs.