Trilha sonora de fundo: AC/DC, Let There Be Rock, 1977 + High Voltage, 1976.
“Agora vejo as suas costas e não há mais nada a dizer, não há mais olhos nos olhos, nem uma palavra a se perder!
Não fomos bons em diferenças, não fomos bons em nos entender e agora só restará... a solidão!!!”
– Dead Fish, “Escapando”, do álbum Sonho Médio, de 1999.
Da última vez que eu vi o blog do Lucas, ele falou sobre o sentimento de término do Ensino Médio, devido o dele ter acabado final do mês passado.
Lendo isso, acabei lembrando do final do meu Ensino Médio, quando não passei nem pra UFPA (pra Licenciatura em Letras; eu até poderia ter passado, se tivesse zerado SOMENTE Química ou Física, mas como zerei as duas...) nem pra UEPA (como se eu lá me importasse com a UEPA naquela época – fui inventar de fazer Design Industrial... Ah, se eu soubesse que tinha Ciências da Religião) nem pro ITA (Engenharia da Computação – rá!) nem pro IME (Engenharia de Metalurgia) e nem pro CIABA...
Passei somente no então CEFET, para o curso de Laboratorista de Controle Tecnológico de Solos, Concreto e Asfalto, também conhecido como ESTRADAS (nota: eu definitivamente não sabia que curso fazer. como esse curso tinha esse nome MONSTRO, optei por ele, crendo que a concorrência seria baixa – dito e feito!). O curso era somente de DOIS anos, mas devido à minha supreme vagabundagem e overpowered irresponsabilidade, fiquei praticamente CINCO. Ou seja, 2001 e 2002 e 2003 e 2004 e 2005 foram os piores melhores anos da minha vida dentro de uma Instituição de Ensino.
De fato, o (meu Ensino Médio) terminou somente quando peguei o Certificado de Conclusão de Curso em março de 2006. E foi então que o mundo enfim caiu na minha cabeça...!
“PORRA, E AGORA, MERMÃO?!?”
E, na época, nadis de passar em vestibular e arrumar trampo que é bom, foda-se. Como em “Live Again (The Fall of Man)” [Bad Religion – The Empire Strikes First – 2004]: “The road is narrow, the horizon wide / And to say what’s waiting on the other side / His soul, a warden, and the ultimate prize / But what good is something if you can’t have it until you die?”
“I’m so happy cause today
I’ve found my friends
They’re in my head”
– Nirvana, “Lithium”, do álbum Nevermind, de 1991
E foi então que passei a sentir falta verdadeira da galera do Ensino Médio, a Velha Guarda Anchietana. Eu já sentia antes, mas não como... Uma vez que eu tinha e estava com a galera do CEFET pra cima e pra baixo (o verdadeiro racha da turma só começaria no ano seguinte), pra tudo que é canto, e, se não fossem eles, era a galera do RPG ou do PAAR mesmo...
Não que eu falasse com todo mundo do Anchieta com a mesma freqüência do pessoal do CEFET (fora que isso também era meio inviável, né?). Eram alguns gatos pingados e olhe lá... Saraiva, Hela, Walt, Cirino, (na época) Srta. Garou, ocasional e raramente com a Kat, Leila, Plácido, Takemura, Mãe Indhira, Danúbia, e fora outras peças cujos nomes não recordo agora.
Não que eu me sentisse perdido, porque eu ESTAVA PERDIDO mesmo. Tudo passou a não fazer nenhum sentido algum até março de 2008, quando comecei a fazer o curso livre de alemão na CEG (e entrar numa espiral descendente por causa de vocês-sabem-quem-é-que-dá-aula-lá). Em princípio, pensei que tudo voltaria aos seus eixos quando comecei a estagiar na CONSTRUFOX (mas infelizmente não rolou)...
Era foda. Enquanto os caras estavam construído e pavimentando suas vidas para alguma coisa concreta, eu só tinha o álcool, o rock’n’roll e a poesia como verdadeiras companhias (“Eu fiquei com a literatura e com a bebida, com as lágrimas, com o rock’n’roll e com a solidão.” [in “Coração Partido Tridestilado”, poema escrito em 07 de abril de 2008, presente em Muito Mais Postagens Atrasadas, de 08.04.2008]), sem perspectiva de coisa alguma sobre porra nenhuma (“Eu vejo todo esse mundo / E, francamente, nada parece fazer nenhum sentido algum. (...) E tenho a impressão do mundo estar indo parar / Para nenhum lugar algum. / Uma estrada pavimentada com desesperança e caos ? E uma placa onde se lê: ‘Você está chegando ao nada. / Seja bem-vindo!’ / Ônibus com itinerário Nada-Lugar Nenhum saindo de cinco em cinco minutos.” [in “Patrícia Temporal”, poema escrito em 03 de agosto de 2006, presente em Achados e Perdidos em Livros de RPG, de 03.11.2006]). MUITO TENSO!
E então, depois de todos estes anos e depois de todas as cagadas ocorridas, e mesmo depois de TODOS os Anchietanos e CEFETeanos que conheço que já haviam ingressado e terminado o Ensino Superior terem me dito que o meu dia chegaria e que não podia perder a fé e não deixar de lutar, eu finalmente passei na UFPA e na FIBRA (foi por isso que no poema escrito em 23.01.2009, escrevi o verso “Anchietanos e CEFETeanos tardam mas não falham.”, presente na postagem Nada Será Como Costuma Ser, de janeiro de 2009).
Meu Ensino Médio terminou oficialmente duas vezes.
A primeira foi no dia quando recebi meu Certificado de Conclusão de Curso (onde está registrado ESTRADAS ao invés de Laboratorista de Controle Tecnológico de Solos, Concreto e Asfalto – e meu diploma ‘tá lá me esperando).
A segunda e definitiva teve três partes. A primeira foi no dia do resultado da UFPA – 14 de fevereiro de 2009 (ver Finalmente). A segunda foi na Habilitação do curso de Letras – 17 de fevereiro de 2009 (ver Habilitar!) e a última, enfim foi no dia da Orientação Acadêmica – 19 de fevereiro de 2009 (ver Poema Pro Luciano / Dia de Matrícula).
Passagem de faixa.
Encerramento de capítulo
Fechamento de ciclo.
E, sincera e honestamente, posso dizer e afirmar e confirmar que estou muitíssimo mais feliz e satisfeito com a vida que levo do que quando estava no CEFET e no Anchieta e como nunca estive antes!
(AEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!! Finalmente chegou o presente de aniversário oriundo da mamãe – uma máquina fotográfica digital + mp4 + filmadora. Ela acabou de me entregar. Pedir máquina emprestada dos outros NUNCA MAIS!
Mutter, vielen Danke sehr!!!)
bis zu dem fucking new post!
(nota de término: cara Laís – blogueira do http://pausabreveprocafe.blogspot.com/ – se não fosse a pesquisa dos nazistas em cobaias humanas, a ciência médica estaria atrasada em cerca de CEM ou DUZENTOS anos. cem ou duzentos ANOS, né? considere o seguinte fato: você e eu e mais um sem-número de pessoas usamos óculos. Se não fossem esses malditos sádicos seguidores do Hitler, as pesquisas em oftalmologia não estariam no nível que estão – ou seja, invariável e inegável e infelizmente, devemos nossas vistas a esses putos de merda. mas, pensando pelo lado bom, caso a medicina estivesse atrasada nestes dois séculos, pensa no tanto de pessoas mortas e no quanto a população do planeta ainda estaria na casa dos quatro, cinco bilhões, por aí. e não desconsidere a internet e a telefonia celular [mal que pretendo me manter afastado o máximo de tempo possível] foram a priori utilizadas por militares e depois por civis, ok?!? beijo e se cuida, menina linda.)
Não que eu falasse com todo mundo do Anchieta com a mesma freqüência do pessoal do CEFET (fora que isso também era meio inviável, né?). Eram alguns gatos pingados e olhe lá... Saraiva, Hela, Walt, Cirino, (na época) Srta. Garou, ocasional e raramente com a Kat, Leila, Plácido, Takemura, Mãe Indhira, Danúbia, e fora outras peças cujos nomes não recordo agora.
Não que eu me sentisse perdido, porque eu ESTAVA PERDIDO mesmo. Tudo passou a não fazer nenhum sentido algum até março de 2008, quando comecei a fazer o curso livre de alemão na CEG (e entrar numa espiral descendente por causa de vocês-sabem-quem-é-que-dá-aula-lá). Em princípio, pensei que tudo voltaria aos seus eixos quando comecei a estagiar na CONSTRUFOX (mas infelizmente não rolou)...
Era foda. Enquanto os caras estavam construído e pavimentando suas vidas para alguma coisa concreta, eu só tinha o álcool, o rock’n’roll e a poesia como verdadeiras companhias (“Eu fiquei com a literatura e com a bebida, com as lágrimas, com o rock’n’roll e com a solidão.” [in “Coração Partido Tridestilado”, poema escrito em 07 de abril de 2008, presente em Muito Mais Postagens Atrasadas, de 08.04.2008]), sem perspectiva de coisa alguma sobre porra nenhuma (“Eu vejo todo esse mundo / E, francamente, nada parece fazer nenhum sentido algum. (...) E tenho a impressão do mundo estar indo parar / Para nenhum lugar algum. / Uma estrada pavimentada com desesperança e caos ? E uma placa onde se lê: ‘Você está chegando ao nada. / Seja bem-vindo!’ / Ônibus com itinerário Nada-Lugar Nenhum saindo de cinco em cinco minutos.” [in “Patrícia Temporal”, poema escrito em 03 de agosto de 2006, presente em Achados e Perdidos em Livros de RPG, de 03.11.2006]). MUITO TENSO!
E então, depois de todos estes anos e depois de todas as cagadas ocorridas, e mesmo depois de TODOS os Anchietanos e CEFETeanos que conheço que já haviam ingressado e terminado o Ensino Superior terem me dito que o meu dia chegaria e que não podia perder a fé e não deixar de lutar, eu finalmente passei na UFPA e na FIBRA (foi por isso que no poema escrito em 23.01.2009, escrevi o verso “Anchietanos e CEFETeanos tardam mas não falham.”, presente na postagem Nada Será Como Costuma Ser, de janeiro de 2009).
Meu Ensino Médio terminou oficialmente duas vezes.
A primeira foi no dia quando recebi meu Certificado de Conclusão de Curso (onde está registrado ESTRADAS ao invés de Laboratorista de Controle Tecnológico de Solos, Concreto e Asfalto – e meu diploma ‘tá lá me esperando).
A segunda e definitiva teve três partes. A primeira foi no dia do resultado da UFPA – 14 de fevereiro de 2009 (ver Finalmente). A segunda foi na Habilitação do curso de Letras – 17 de fevereiro de 2009 (ver Habilitar!) e a última, enfim foi no dia da Orientação Acadêmica – 19 de fevereiro de 2009 (ver Poema Pro Luciano / Dia de Matrícula).
Passagem de faixa.
Encerramento de capítulo
Fechamento de ciclo.
E, sincera e honestamente, posso dizer e afirmar e confirmar que estou muitíssimo mais feliz e satisfeito com a vida que levo do que quando estava no CEFET e no Anchieta e como nunca estive antes!
(AEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!! Finalmente chegou o presente de aniversário oriundo da mamãe – uma máquina fotográfica digital + mp4 + filmadora. Ela acabou de me entregar. Pedir máquina emprestada dos outros NUNCA MAIS!
Mutter, vielen Danke sehr!!!)
bis zu dem fucking new post!
(nota de término: cara Laís – blogueira do http://pausabreveprocafe.blogspot.com/ – se não fosse a pesquisa dos nazistas em cobaias humanas, a ciência médica estaria atrasada em cerca de CEM ou DUZENTOS anos. cem ou duzentos ANOS, né? considere o seguinte fato: você e eu e mais um sem-número de pessoas usamos óculos. Se não fossem esses malditos sádicos seguidores do Hitler, as pesquisas em oftalmologia não estariam no nível que estão – ou seja, invariável e inegável e infelizmente, devemos nossas vistas a esses putos de merda. mas, pensando pelo lado bom, caso a medicina estivesse atrasada nestes dois séculos, pensa no tanto de pessoas mortas e no quanto a população do planeta ainda estaria na casa dos quatro, cinco bilhões, por aí. e não desconsidere a internet e a telefonia celular [mal que pretendo me manter afastado o máximo de tempo possível] foram a priori utilizadas por militares e depois por civis, ok?!? beijo e se cuida, menina linda.)
Um comentário:
Saudações, Rafael!
Sabe que eu nunca havia pesquisado a fundo sobre a contribuição "positiva" dos nazis pra humanidade? Só há muito li numa entrevista da Superinteressante acerca da polêmica de usar ou não esses experimentos.
Sabia das inovações militares - que beneficiaram os civis posteriormente, mas não tinha conhecimento dos avanços na Medicina. Posso ser sincera? Achava que aqueles experimentos sádicos (tipo o 'emendar' gêmeos e injetar tinta azul nos olhos) não tivessem muita utilidade prática, não! Mas rolaram outros experimentos mais construtivos também, né?
Confessando: me sinto tão enojada com as atrocidades cometidas durante a guerra que acabo por não aceitar direito que aqueles desumanos tenham contribuído com algo importante como a Medicina. Mas devo comentar algo também: não sei se é 'melhor' morrer de uma doença severa ou num campo de concentração, então não estou certa se foram conquistas tão valiosas assim... Eita assuntozinho espinhoso!
Ah, gostei do seu texto sobre as lembranças do teu Ensino Médio! Tentei escrever um, mas acabei me enrolando bonito! Se bem que agora não quero mais ver essa coisa nem pintada de ouro...
Até mais, Rafael! Agradeço pelos comentários, pela gentileza e por ter me citado em teu blog! Schönen Tag noch! (isso tá certo? \o\)
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