:: MATANZA ::
:: 2001::
ELA ROUBOU MEU CAMINHÃO
Ela roubou meu caminhão, ela roubou meu caminhão
Ela me escreveu dizendo que não me agüentava mais
E foi embora com meu caminhão
Foi embora e me deixou aqui
Foi embora e me deixou aqui
Quando eu acordei e vi, meu caminhão não tava mais
E nunca mais eu vou dormir
Eu que tinha até tatuado o nome dela
Eu pensava nela toda noite nesses dez anos
Que eu passei trancado naquela prisão
Essa foi demais, isso não se faz
Ninguém vai acreditar ela roubou meu caminhão
Ela já deve estar bem longe daqui
Ela já deve estar bem longe daqui
Daqui pode ter pego qualquer rodovia federal
E foi reto na reta até sumir
Só me pergunto o que é que aconteceu
Só me pergunto o que é que aconteceu,
Ela ter ido embora, tudo bem, eu não tô nem aí
Perder meu caminhão foi que doeu
Sinceramente eu pensei que dessa vez fosse me regenerar
Trabalhando honestamente e com uma esposa cuidando do lar
Uma vida bem normal pra envelhecer em paz
Mas se o destino quis assim, agora tanto faz
Do bar não saio nunca mais
Ela roubou meu caminhão, ela roubou meu caminhão
Ela me escreveu dizendo que não me agüentava mais
E foi embora com meu caminhão
Foi embora e me deixou aqui
Foi embora e me deixou aqui
Quando eu acordei e vi, meu caminhão não tava mais
E nunca mais eu vou dormir
MESA DE SALOON
Primeiro dia fora da cadeia estadual
Ela que eu encontro bem na porta a me esperar
Num conversível com motor ligado
Que acabara de roubar
De volta na estrada, hoje é comemoração
Um maço de cigarros e uma garrafa de gin
Saindo da cidade, estacionou e disse:
"Espera aqui por mim".
Movimentação estranha e tiroteio
Um saco de dinheiro voa no banco de trás
Agora são mais duas horas sem pisar no freio
Tanque cheio, pé embaixo, não me pega mais
Esse destino que de novo me enganou
Meu primeiro dia livre começou
Comigo em fuga outra vez
Foi numa mesa de bar que a conheci
Bem no meio do saloon me apaixonei
E logo na manhã seguinte eu descobri
Com ela eu não consigo mais viver dentro da lei
Tanto tempo tinha que eu não via um pôr-do-sol
Melhor seria sem tanta sirene atrás de mim
Há muito tempo que eu não via a confusão
Ficando feia assim
E toda hora entra mais um na perseguição
Há quase quatro dias dirigindo sem dormir
E mesmo com a estrada bloqueada
Ela não pára de sorrir
Passando pelo posto de gasolina
Em meio a um vazamento na tubulação de gás
Eu vou sentir saudades desses olhos de menina
A ponta de cigarro acesa voa lá pra trás
O meu relógio no minuto em que parou
Foi achado tão longe de onde estou
Com ela em paz sem mais ninguém
EU NÃO BEBO MAIS
Eu não bebo mais
Chega de beber conhaque de Alcatraz
Gasolina de avião e óleo diesel
No copo com limão
Eu não bebo mais
Show no Mercy, Reign in Blood, Death Rite
Cicuta club soda, gin é foda
Pau pereira nunca mais
Há muito tempo eu chego em casa muito mal
Sem saber direito o que que aconteceu
Eu parei, eu jurei pra minha mulher
O problema é que ela bebe mais que eu
E TUDO VAI FICAR PIOR
Faz idéia do tempo que eu esperei
Desde o dia em que você atirou em mim
Uma bala pelas costas, traidor
Ter morrido desse jeito foi o fim
E foi por isso que ansioso eu esperei
Pelo teu dia de aparecer aqui
E te mostrar o quê é que foi que eu planejei
Nesse tempo todo que eu fiquei aqui
E o diabo prometeu você pra mim
Eu prometi que vou fazer você sofrer
Eu tenho a eternidade toda pra fazer
Isso daqui ficar pior
Mas uma coisa é boa eu devo admitir
Nessa vida quando morre é de uma vez
Daqui do inferno não tem jeito de fugir
Vou te explicar agora o que você me fez
Eu tava bem naquela mesa de saloon
Com um maldito jogo bom na minha mão
Mais uma carta então fazia vinte e um
Mas não com a bala atravessando o meu pulmão
TOMBSTONE CITY
Bom dia é uma cerveja de manhã
Uma dose de conhaque e tudo bem
E com o sol a pino no deserto em Tombstone
Sóbrio e acordado não há ninguém
Toda diversão que imaginar
Bebendo que o diabo é mais feliz
Lá no fim do fundo do inferno fica o bar
Não tem copo, você bebe nos barris
E confusão, sinuca e black jack
Com quarenta dançarinas de Paris
É meu camarada, aqui é Tombstone City
E toda noite é o mal pela raiz
RIO DE WHISKY
Lá de cima onde desce o rio de whisky
E até lá embaixo nos campos de algodão
São as terras do velho doido Willie
Pior da família, matador e beberrão
Country hardcore no celeiro
E tudo o que há de ruim no Tenessee
Do mais fundo e obscuro lado negro
Ye ole,Thunder Dope Hardcore Jamboree
Dia treze, meia-noite, sexta-feira
E o baile começando em pleno ritual vodu
Do índio escalpelado o que sobrou foi a caveira
Servindo de garrafa com sangue de belzebu
Com o uivo do coiote em lua cheia
E os ventos da má sorte que sopram do Dellaware
Todos os ladrões de banco que fugiram da cadeia
Dando tiro pro alto, bebendo e batendo o pé
QUANTO MAIS FEIO
Eu acordava todo dia ouvindo tiro
Minha mãe da janela e o meu pai do meu quintal
Trocando bala com os vizinhos lá de cima
Aqui por essas bandas nada é mais tradicional
Eles queriam meu futuro diferente
Longe da miséria do meu pai, do meu avô
Mas eu cresci fazendo tudo exatamente
Do jeito mais errado, do jeito mais horror
E quanto mais sujo, mais ela me ama
Mais ela me quer
E quanto mais sujo, mais ela me ama
Mais forte eu vejo o brilho nos olhos dessa mulher
E por aí vai!
Se você acha que onde eu vivo é lamacento
Pro seu conhecimento, para mim é como um lar
Depois que pára de chover começa o vento
E anoitece antes de qualquer outro lugar
Há quem duvide que ela não reclame disso
Por que outro motivo ela sempre acorda aqui
Vem sorridente me trazer café na cama
Tem mais de uma semana que eu não sei o que é sair
Quanto mais feio, quanto mais sujo
Quanto mais forte o bafo
Mais ela gosta de mim
Quanto mais feio, quanto mais sujo
YE OLE BLUEGRASS ASSASSINATE
SANTANICO
Podia ser só mais um lindo entardecer em San Miguel
Se eu não soubesse o que acontece quando a lua está no céu
Mas quem mora por ali sabe bem como as coisas são
Sei que essa noite eles virão
E não vai sobrar nada de ninguém
Mas somente o velho lembra como tudo aconteceu
Ele era novo no momento em que o primeiro apareceu
Mas quem mora por ali sabe bem como as coisas são
Sei que essa noite eles virão
E não vai sobrar nada de ninguém
E não há nada que os detenha quando a noite cai
MAIS UM DIA POR AQUI
Mais um dia por aqui, mais uma noite sem dormir
Mais uma briga e outra confusão no bar
Um estampido e lá se vai estilhaçada
Outra vidraça pelo ar
Um vagabundo com uma bala na cabeça
Olhando fixo pra baixo nunca mais vai perturbar
E esse cheiro insuportável de carniça
Onde quer que a gente vá
Eu era ainda bem moleque quando ouvia umas histórias
Muito boas que meu pai vinha contar
Sobre todos os quarenta estados
Que ele não podia atravessar
De quando ele fugiu da Califórnia
Reto no deserto à Dashville
E a polícia que o caçava nunca soube
Como foi que ele sumiu
Mais uma noite por aqui inebriada pelas luzes
Que iluminam a portaria dos bordéis
E pela rua todo tipo de suspeito
No entra e sai dos cabarés
Aquela paz inabalada do deserto
Toda noite interrompida pelos tiros de canhão
À cada taça levantada, à cada brinde
À cada comemoração
Mais um dia que começa e outra noite que se acaba
E mais um monte de bebum pra carregar
E como sempre só uns quatro ou cinco
Ainda conseguem caminhar
E até o velho fundador dessa cidade
Aquele derrubado logo ali
É orgulhoso de saber que este foi
Só mais um dia por aqui
IMBECIL
Quando eu acabar
Ninguém vai esquecer
De quem foi o pior
Do mundo, vocês vão ver
Que o mal vai renascer
E não vai sobrar nenhum
Porque eu vou dinamitar
Explodir é um por um
E quando eu acabar
Ninguém vai me chamar
De imbecil
E agora eu quero ver
Quem é que vai falar
Depois que eu acabar
Com a raça de vocês...
AS MELHORES PUTAS DO ALABAMA
As melhores putas do Alabama
E uma boa garrafa de whiskey
Pra quem passou a vida toda em cana
MonteGringo nunca mais eu voltarei
Aprendi a jogar pôquer bem
Aprendi a não perder mais de ninguém
É um lugar ruim
Mas é pra cá que todo mundo vem
Aprendi tudo que sei com NightRider
O maior apostador que já se viu
Preso por assalto em Santo Antonio
E de lá esse nunca mais saiu
Hoje vivo afogado em cassinos
E no resto dos meus dias jogarei
Pelas putas do Alabama
E a garrafa de whiskey
SANTA MADRE CASSINO
Quem se lembra de El Diablo de Chee O'Wawa
Naquela noite no convento em San José
Teve a lenda do seu nome escrita à bala
Em meio à comemoração do festejo de Santa Fé
Se me disser - Vai!
Cair no mal - Vai!
Rawhide!
Uma noite se passou
E o convento então virou
Santa Madre Cassino
Freqüentava só o pior da bandidagem
A noite à dentro nas mesas de vinte e um
As capetas de calcinha é sacanagem
E ninguém podia ir embora sem que estivesse bebum
Um comentário:
Letras fodas de uma banda foda!!
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Você está em solo sagrado!
Agora entalhe com vossas garras na Árvore dos Registros e mostre a todos que virão que você esteve aqui!!!