DIA DE SOL!

CENTRO DE PRODUÇÃO DE MOTORES PARA SUBMARINOS
E caminhar...
E caminhar...
E caminhar... e não encontrar...
E a estrada percorrida não terminar...
Todas as pessoas ao seu redor conseguem encontrar... uma direção...
E... por quê?... somente você... não?
Apenas a própria perdição...
E desolação... e depressão... e melancolia... e raiva...
Seus sentimentos inerentes à sua inerte condição...
Deplorável estacionária estática detestável situação...
E nossas vidas são grandes estações ferroviárias...
Com as pessoas que construíram e vieram antes de nós...
E as pessoas que amamos e que queremos que realmente fiquem...
Sempre estão partindo sem nos dizer adeus...
Levando sempre pedaços com tamanhos de Unidades Federativas de nossos corações...
Sem nunca deixarem nada em troca para nós...
E seus pés se cansam... e sua paciência termina...
E não há mais noção clara de direção exata e clara...
Sem canção alguma para embalar sua tristeza e sua solidão...
Não há ninguém dando sinal de adeus para você enquanto
Você está dentro de uma espiral de autodestruição consciente...
E este mundo no qual vivemos...
Que não passa de um manicômio tamanho-família...
E todos ao seu redor sabem onde toda essa merda vai terminar...
Querendo mas sem saber e sabendo que só você pode se ajudar...
E você não sabe nem por onde começar...
>> poema escrito nos meses de agosto e setembro do ano de 2006


ANFRITITE “EXPLOSÃO-DE-FLORES”
Eu queria que o mundo fosse 1 canção de amor
Só pr’eu cantá-lo p’rá você
Mas quem me dera que o mundo fosse 1 canção de amor
E eu cantá-lo-ia pra você
Pra você sim
Este nosso mundo é uma piada de mau gosto
Ainda assim – eu morro de rir
Quanto a você – eu não sei não
Probabilidade e Contradição
Nunca diga nada que você não queira
Não diga nada
Apenas fique comigo
Pelo menos esta noite
Pela madrugada inteira
Até que o sol se acorde
E venha nos iluminar
Só que eu pretendo estar dormindo
Pode até não parecer – eu sou um cara sentimental e romântico
Que quer destruir o mundo
Ou então salva-lo
Eu acho que nós somos tudo apenas o que sentimos
Canções de amor feitas por apaixonados
Cantá-las todas para você
>> para Nelyana Helena Dias Apolinário
>> poema escrito em 12 de dezembro de 2000


KATIE BARTODLUS-FAUCI
Todo dia
Eu penso em você
Todo dia – lembro de você
Lembro de sua voz
Me falando todas aquelas coisas sobre amor
Todas aquelas coisas sobre amar
Sobre toda a sua dor
E como ela se parece
Com a minha
Quando eu fecho os meus olhos
Às vezes
Os seus olhos estão lá
Estão lá – quando fecho os meus olhos
E, quando faz muito frio,
Lembro do seu abraço me abraçando
Já que não posso mais tê-lo
Abraço a mim mesmo
Certas vezes vejo o seu olhar
Em olhares de outras garotas
Ao passar na frente de uma loja
Na vitrine, estavam modelos de vestidos de noiva
Imaginei você dentro de um deles
Nos outros três, vi a Wan, a Srta. Garou e a Kylie
Todas tão bonitas
Mas eu não mais se devo
Esperar
Esperar você voltar
E falar
Todas as coisas bonitas
E todas as coisas
Que eu gosto de escutar
E me abraçar
Como só você
Sabe me abraçar
Mas só você
Pode me responder
Se ainda devo
Esperar você
Até o fim
Mesmo que tudo não seja
Como foi no começo
Idiotice minha acreditar
Que seria para sempre daquela maneira
Mas eu aceito
Já que a mudança é a única coisa permanente na vida de todas as pessoas

Mas
só você
pode me responder
se devo
Esperar
esperar você

até o fim

:: escrito entre os meses de julho e outubro de 2001 ::