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segunda-feira, 23 de maio de 2022

GONJIAM: MANICÔMIO ASSSOMBRADO – análise e crítica do filme

ouvindo: Anti State (Anarcho Punk Compilation Vol 2), compilação lançada em 2005.

Gonjiam: Manicômio Assombrado
, de 2018; direção e roteiro de Beom-sik Jeong.

o que dá pra dizer DE CARA de Gonjiam: Manicômio Assombrado é: é um Bruxa de Blair MELHORADO!
A Bruxa de Blair
, de 1999; direção e roteiro de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez; Haxan Films, distribuído pela Artisan Entertainment.

não me entendam mal, eu ADORO o filme estadunidense lançado em 1999, dirigido e escrito por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, mas não preciso dizer que adorar algo não significa que o senso crítico é desligado, né? como eu ‘tava falando com o André e o Renato semana passada, não tem nada que o ser humano não faça que o asiático não consiga aloprar em maior escala a ponto de sair do “crível” e ser “incrível”.
mas claro que, é preciso considerar, duas décadas separam os filmes. duas décadas de avanços tecnológicos fílmicos, né? mas, em duas décadas, as pessoas continuam retardadas e fazendo as mesmas merdas, porque eu admito que... se não tivesse visto o primeiro Blair[1], eu ficaria, admito, extremamente muitíssimo mais admirado do que fiquei ao assistir Gonjiam. e olha que eu fiquei MUITÃO admirado positivamente com o filme coreano dirigido e escrito por Beom-sik Jeong.
direção e roteiro eu tenho o PÉSSIMO hábito de ficar ouvindo vídeo do YouTube enquanto trabalho. ai tem um canal no qual sou inscrito, chamado Derrotando Filmes e, volta e meia, eu pego umas indicações de filme por lá e então o post do dia era sobre o mencionado filme. “é, foda-se, por que não?” 
como não achei no YouTube pra ver... BAIXEI, NÉ?[2] 


“mas sim, qual é o papo de Gonjiam: Manicômio Assombrado?”
os YouTubers[3] Ji-Hyun (Park Ji-hyun), Charlotte (Moon Ye-won), Seung-Wook (Lee Seung-wook), Ah-Yeon (Oh Ah-yeon), Sung-Hoon (Park Sung-hoon), Ha-Joon (Wi Ha-joon) e Je-Yoon (Yoo Je-yoon) se reúnem pra visitar um hospital psiquiátrico “assombrado” pra fazer uma transmissão ao vivo do local que será simultânea em seus canais é uma ideia ruim não, né? o local: o hospital psiquiátrico de Gonjiam, localizado na cidade de Gwangju, sudoeste da Coréia do Sul, fora de funcionamento desde 1990 e demolido pelo governo sul-coreano em 2018 (não, as filmagens não foram no complexo em questão – queria eu que fosse). o Jung Bum-shik deve ter visto e “olha, dá pra fazer um parecido, já até sei onde fazer essa porra”, escreveu o roteiro e foi atrás de financiamento. o resto é história.
não seria se as assombrações estivessem de folga durante a empreitada do sexteto, visto que Ha-Joon a coordena remotamente para que informe aos companheiros a quantidade de visualizações nos canais em questão (eu, particularmente, achei essa ideia muito da sua foda).tem uns momentos bem dosados de suspense, tensão e, como não podia deixar de ter, comédia e até um terrir aqui e ali, porque claro que tem o clássico do clássico “o que acontece se eu fizer isso aqui aqui?” e claro, né?, que dá merda.
o Jung Bum-shik acertou muitão no roteiro por não ter susto gratuito e violência pela violência, tudo é causa e consequência e não tem as patifarias de filme de terror estadunidense que deixam o espectador putaço. vou dar um exemplo ainda da década de 1990 pra vocês entenderem onde eu quero chegar: sabem A Outra Face, do John Woo, com o Cage e o Travolta?
A Outra Face
, de 1997; direção de John Woo; roteiro de Mike Werb; Touchstone Pictures e Permut Presentations; distribuído pela Paramount Pictures nos EUA e pela Buena Vista International no resto do mundo.

pois é. A Outra Face não teria funcionado se não fosse com um diretor estadunidense. não é o mesmo gênero que Gonjiam, mas Gonjiam não funcionaria feito nos EUA, apesar de pegar e trabalhar uma fórmula estadunidense. Gonjiam, tal qual A Outra Face, não tem ponta solta, e tem começo, meio e fim, bastante definidos. 
preciso dizer que os YouTubers – tal qual os protodocumentaristas de A Bruxa de Blair – morrem entre o meio e o fim do filme? sim, todos eles. são mortes que poderiam ser evitadas se não fizessem merda? sim. são mortes bestas? não, são mortes muito bem-feitas que tu quase tens pena pela forma que acontecem, QUASE
Gonjiam: Manicômio Assombrado é noventa e dois minutos de filme muito bem aproveitáveis e aproveitados, a fotografia é muito bem-feita (o sexteto que adentra o hospital usa câmeras go pro pra filmarem a si e ao local durante a empreitada), a edição é ágil, a iluminação é altamente dosada entre claro e, preferencialmente, na maior parte do tempo, escuro. os personagens, é claro, vão fazer merda que vão te deixar puto, mas o filme em si não decepciona, tu não vais ficar puto depois que terminar, isso te garanto. se ficar, talvez seja com a duração (é, sim, poderia ser mais curto, admito).
primeira edição de primeira edição da revista Kripta, outubro de 1976, editora RGE[4].
primeira edição da revista Histórias de Assombração (Misterinho em Formatinho), maio/junho de 1977, editora Ebal. 
primeira edição da revista Histórias do Além, editora Continental.
primeira edição de GURPS Horror, de 1987, suplemento do RPG GURPS, escrito por Scott Haring para a Steve Jackson Games. 
Silent Hill
 videogame de 1999, de Keiichiro Toyama, desenvolvido pela Konami Softwarehouse, em parceria com as softwarehouses Creature Labs, Climax Studios, Double Helix Games, Vatra Games, WayForward Technologies e Kojima Productions

se tu és fã de revista de terror, como a Kripta, Histórias de Assombração, Histórias do Além, RPG como GURPS Horror e games como Silent Hill, Gonjiam: Manicômio Assombrado é teu filme.









[1] as duas sequências – A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras, de 2000, dirigido e escrito por Joe Berlinger e Dick Beebe; Bruxa de Blair, de 2016, dirigido por Adam Wingard e escrito por Simon Barrett - não existem, são delírios coletivos, nem vou falar sobre.
[2] legendado, né? lá tenho cara de quem vê filme dublado?
[3] eufemismo para “tremendos desocupados da porra”. e falo isso eu tendo um canal no YouTube talvez eu até upe esse filme por lá.
[4] atual editora Globo.










¡¡¡BIS!!!
¡¡¡ZU!!!
¡¡¡DEM!!!
¡¡¡BREAKIN!!!
¡¡¡FUCKIN!!!
¡¡¡NEUEN!!!
¡¡¡POST!!!

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