!SEM TÍTULO!
FALAR de Arte é falar de como a luz reflete em Vossa pele
De como Vossos cabelos se dispõem sobre Vossos ombros e costas
E como os arrumas com Vossos dedos e mãos.
Falar de Arte é falar como Vossos pés em sapatilhas
E como balanças as pernas enquanto sentada
E as linhas destas até Vossos quadris.
Falar de Arte é falar como Vossos olhos fixam e atentam enquanto o/a Professor/a fala
De como o ar entra por Vossas narinas enquanto sentada
De Vós em pé de lá pra cá ou de lá pra cá ou mesmo estática
[estética-estática]
E Vós despindo-Vos ou vestindo-Vos.
Falar de Arte é falar de Vós despida suada mediante movimento
Não somente A-Dupla – comungando e unificando o Universo e ao Todo –
Mas principalmente Vós-Convosco
Identificando, (Re)Conhecendo, Transitando
A Poesia, -Enquanto-Arte-Poesia e -Enquanto-Si-Mesma-Poesia,
Não se submete à nenhuma Arte
Tampouco à qualquer religião
Por ser Sua própria Religião e Divindade
E inclusive Seus princípios e meios e fins
Sendo cada verso escrito a uma Musa ímpar e pleno exercício
de Religiosidade.
-Enquanto-Arte-Poesia
e
-Enquanto-Si-Mesma-Poesia
Não se submete à nenhuma Arte
A Arte-em-Si e Arte-Independente-de-Outras-Artes
Seriam cada uma uma Religião independente e idiossincrática
E Sua Própria Religiosidade
E Ritos e Rituais
E princípios e meios e fins
Sendo que o exercer da Religião
Dá-se pelo exercer da Arte-em-Si e da Arte-Independente-de-Outras-Artes
– ou até mesmo -Multidisciplinar-A-Outras e -Interdisciplinar-A- Outras –
Onde a Transcendência é chega
Quando a Obra enfim finda
Ou então CONTEMPLADA
pelo religioso ou pelos não-devotos-deste-Totem.
Então: onde termina de ser Arte e começa a ser Religião
Sendo simultaneamente Arte E Religião?
Onde termina a Religião e começa a ser Arte
Sendo simultaneamente Religião E Arte?
Onde e
Quando e
Como
A Mulher deixa de ser humana e passa a ser... se torna
Musa?
Poesia?
Forma Artística Perfeita e Ideal?
Musa sois a meus olhos – sejam abertos, sejam fechados
Poesia sois já pelo tanto por mim para Vós escrito
Forma Artística Perfeita e Ideal sois por Vossos tamanhos e formas e traços
Serem dentro e totalmente e além de meus padrões de
Agrado.
Onde termina a Arte e começa a ser Religião
Sendo simultaneamente Arte E Religião?
Onde e
Quando e
Como
A Mulher deixa de ser
Mais-que-Humana
sendo
Musa
Poesia
Forma Artística Perfeita e Ideal
e passa a ser... se torna
Hierática?
:: do 1º ao 53º verso: não lembro em qual aula comecei ::
:: restantes do texto escrito em aula da disciplina História e Teologia das Religiões Afro-Brasileiras, Prof.ª Dr.ª Taíssa Tavernard de Luca ::
:: 12 de dezembro de 2017 ::
[¡sem título!]
SONHO e suspiro
Convosco despida
suada
banhando
banhada
deitada
de cabelos dispostos sobre ombros e costas.
Sonho acordado mordendo os lábios
Convosco despida
medindo com as mãos
os contornos
dos seios
do abdome
das coxas
da virilha.
Vós respirando de boca aberta enquanto o fazeis
Passando a língua nos lábios
Rangendo os dentes
Olhos semi-cerrando
abrindo
fechando
continuamente
momentaneamente.
Sonho e suspiro alto
Invejando imensuravelmente e veementemente
Ser Vossos dedos e mãos
Para então descobrir-Vos e conhecer-Vos
Novamente e continuamente;
Ser Vosso corpo, em todas texturas e contornos e segredos
Para serem
Desvendados por Vossas mãos e dedos.
Suspirar Convosco
Suspirar por Vós
Suspirar sonhando meus dedos os Vossos aos Vossos contornos
Vos despindo
despida
Vos [continuamente re]conhecer
Então poderia eu saber
Vossas linhas
Vossos números após a vírgula
Vossos vetores e ângulos de atrito
Vossas vicinais e índices de vazios
?
E como Vosso corpo como horizonte
E então amanhece e o sol se põe
E os compostos químicos e suas respectivas percentagens Vos engendram enquanto rio...?
E então suado e arfante, retorno do sonho
Por ter-Vos idealizado
Primeiro
Suada e arfante e tremendo e sem voz
Então
Rosto ao colchão, o primeiro coberto pelos cabelos
Sussurrares
quase que inaudivelmente
Ainda não estares
devidamente
plenamente
Satisfeita.
:: do 1º ao 30º verso: não lembro em qual aula os escrevi ::
:: restante do texto escrito em aula da disciplina História e Teologia das Religiões Afro-Brasileiras, Prof.ª Dr.ª Taíssa Tavernard de Luca ::
:: 12 de dezembro de 2017 ::
[¡sem título!]
É dezembro
Já deveria estar chovendo copiosamente
Diariamente.
Vossos cabelos castanhos
Já deveriam (DEVEM) estar chovendo em meu rosto
Simultaneamente minhas mãos à Vossa cintura.
Dezembro em processo
Sol escaldante em processo
Deveríamos (DEVEMOS) já juntos ser o/um Sol
E/Ou
Uma Máquina-de-Rendimento-Perfeito de
Queima constante e contínua de gordura e caloria
E produção imparável de suor.
Vamos fundar onde nossa própria Siderúrgica?
É, é dezembro!
Produziremos/Produzamos
Janeiro:
A Quatro-Mãos e
A Quatro-Pés e
A Duas-Bocas e
A Dois-Troncos?
Verão em Mercúrio e não Belo Horizonte no Outono
Sobre e em Vosso corpo
Industrializar!
A partir de Vossas formas e medidas
A Ciência totemizar!
Tomados estes alicerces
Meu sangue e carne sacrificar!
E então
Através de Vós
Em Unificado e Unificando e Unificante a Vós
Enquanto Portal e Passagem
Ascenderei
e
Transcenderei
de somente Prosa
e
Poesia
e
Parágrafo
e
Verso
e
serei
em seus todos conceitos abertos e fechados
possíveis e impossíveis
simultaneamente e idiossincraticamente
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
:: 1º ao 22º verso escritos em um ônibus Guajará-Ver-o-Peso ::
:: restante do texto escrito em aula da disciplina História e Teologia das Religiões Afro-Brasileiras, Prof.ª Dr.ª Taíssa Tavernard de Luca ::
:: 12 de dezembro de 2017 ::
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