[!sem título!]
EU tenho um lençol azul de rede
Que uso pra me embrulhar.
Como ultimamente faz frio pra porra de manhã cedo
Quando durmo, é enrolado com ele
E quase não levanto no dia seguinte
Isso porque não tem ar-condicionado no meu quarto
Imagina se tivesse...
Se me perguntares ou perguntasses como eu queria acordar hoje:
Ah!, queria eu... e Ah!, quem me dera...
Se fosses colchão e lençol onde eu pudesse não somente
Ter o melhor dos dormires e inclusive também
o melhor acordar...
Ah!, queria eu... e Ah!, quem me dera...
Vós do lado, ao redor, acima e abaixo
O nívea-pele refletindo às paredes do quarto a pouca luz do sol que adentra pelas fretas da janela
E então Vós vos incrustando ainda mais a meu corpo
Tal qual um brasão de armas em um escudo ou cabo de gladio e/ou espada e/ou maça.
Como, Vós, ser refletor
Como, Vós, colchão e lençol
apareceste a minha vida e então
Vós, de divinos e formosos traços e delíneos...
Vós, de doces e cândidos olhos claros
estes ora silenciosos (mudos?)
ora gritantes no momento de gozar
que nenhum dos Nove Mundos consegue mais dormir depois...
Vós, toda e Toda em Vossos infinitos e ímpares
Completude e Graciosidade e Infinitude
em Vós
perco-me alegremente sem olhar para trás
rumo aos inescrutáveis e imensuráveis
Sentido-da-Vida e Existência-em-Si-Mesma
que são e estão Vosso Corpo e enfim neste
Vosso Bem-Querer!
Então neste Período conhecido como “Agora”
repousado em Vós
embrulhado em Vós
tal qual um Lobo no silencioso caçar
subirei de Vossas pernas a Vossos quadris e barriga
trilharei por Vosso tórax e abdome
rastrearei por Vosso colo e Vosso braço e ombros
até finalmente situar bandeira em Vosso queixo e lábio e nariz
para ouvir-Vos sussurrar, de olhos semicerrados, meu nome
e então sermos
novamente
e mais uma vez
Um.
:: 07 e 11 de abril de 2017 ::
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você está em solo sagrado!
Agora entalhe com vossas garras na Árvore dos Registros e mostre a todos que virão que você esteve aqui!!!