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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sábado, 25 de junho de 2016

POEMAS ESCRITOS SOMENTE A CANETAS ESFEROGRÁFICAS PRETAS E A LÁPIS - poema pra Lynn

POEMAS ESCRITOS SOMENTE A CANETAS ESFEROGRÁFICAS PRETAS E A LÁPIS

HOJE sonhei convosco descalça vestindo azul-bandeira
Hoje sonhei convosco de cabelos trançados com faixas coloridas de arco-íris
Hoje sonhei convosco subindo a avenida, vinda da Escadinha,
com um estandarte do Boi Pavulagem à mão
conduzindo e guiando
o Batalhão da Estrela...
direto à Valhalla.
Coroas de flores e túmulos de pedra
Em formatos de barcos
Para descer o rio
Rios anuais, rios semestrais
Rios...
Hora de subir o rio novamente de volta a vossos braços
Rio meu caminho de volta ao porto seguro:
Vossos braços.
Falta muito para voltar? Não falta muito para voltar.
Falta pouco para voltar? Falta pouco para voltar.
Voltar.

:: 22 e 25 de junho de 2016 ::

poema sem título - 25 de junho de 2016

lápis foram comparados para serem gastos
lápis foram comparados para serem
lápis foram comparados para
lápis foram comparados
lápis foram
lápis
lápi
láp
la
l



:: 25 de junho de 2016 ::

sexta-feira, 24 de junho de 2016

A ENGENHARIA DO POEMA - poema completo

A ENGENHARIA DO POEMA

A pergunta que não quer calar...
Será que as Princesas mais belas de suas linhagens se apaixonam por aspirantes a poetas-contistas-cronistas e lobisomens?
Mesmo que não se apaixonem
os agraciam com seus melhores sorrisos e beijos e companhias? 
A (outra) pergunta que não quer calar:
Por que ainda Poesia àquela somente para... (para quem?)
e não para mim?
Sim, porque Poesia é para o Sonho e o Delírio e o Inalcançável
(a muitos, o resumo resumir-se-ia simplesmente a “Absurdo”).
Ah, um dia... Somente um dia
serdes meu amanhecer
Mas então somente amanhecer em Poesia e Prosa, à caneta ou digitado, preferentemente de madrugada. 
Mais perguntas que respostas, mais dúvidas, mais teorizações, mais suposições, mais hipóteses, mais perguntas-problema;
A fundamentação da não-fundamentação;
As hipóteses do funcionar do bem-querer e do querer e do querer-não-retribuído (recíproco);
As teorizações do estar-a-dois, do não-estar, do nunca-estar, do talvez-estar, do por-que-não-estivemos-se-sempre-quisemos-?.
Ah, um dia serdes meu amanhecer visto do esqueleto da edificação
ou das fundações da ponte que liga a parte insular ao continente...
As ligações dos átomos que transformam a idealização em um poema...
Os átomos que nos compõem como micro e macroestruturas...
E será que um dia Princesas como vós já me olharam algum dia não somente como aspirante a poeta e contista e cronista e então principalmente como igual e merecedor de vosso bem-querer e estar-a-dois
E então digno de vossos melhores sorrisos e beijos e companhias? 

:: 23 de junho de 2016 ::

segunda-feira, 20 de junho de 2016

pra começar a semana

Só pra começar a semana, eu gostaria muitíssimo íssimo íssimo que a geral me dissesse onde tá essa “Doutrinação marxista nas universidades”, porque eu passei 4,5 anos na UFPA e não vi isso, tem amigo meu que passou 8, 9, 10 anos, virou pedra ou cachorro ou gato e o pessoal nem tchum pra Karl Marx (1818-1883), o viam e o veem como um cagão (sim, eu compartilho dessa perspectiva - me julguem). No máximo, era um autor aqui e ali que falava do barbudo E OLHE LÁ. Até o pessoal de História e Filosofia que eu conheço: “ah, o Marx? Ah, o Marx. Falando de teórico de verdade e sério agora. Então...” Dai vocês tiram.
Fico é puto com esse pessoal nem tá na universidade e viaja, falando esse monte de merda. “Ai, a universidade pública isso”, “Ai, a universidade pública aquilo”, “Fechem os cursos de Humanas porque não servem pra nada”, “A universidade só vai prestar depois que privatizar” e mais um monte de merda que me deixa doente.
Façam um favor à humanidade e parem de generalizar as IPES (Instituições Públicas de Ensino Superior) pelos movimentos estudantis, porque faz muito tempo que eles não nos representam de fato. Querem julgar o que acontece dentro dos muros do liceu? Façam parte do liceu e depois vocês falam, julgam e a puta que pariu toda. Enquanto não, fiquem nas de vocês e falem somente sobre o que vocês entendam. É fato inegável/inexorável/indubitável que o ensino no Brasil precisa de uma reforma e de um reset MONSTRO começando justamente pelo Ensino Superior, e tenham certeza de que não serão vocês que vão ajudar, ainda mais com essas opiniões e comentários cu acerca do que acontece aqui/lá dentro.
Mas
Peraí
Pensando bem
Com essas argumentações ai, melhor vocês ficarem nas de vocês mesmo sem opinar porra nenhuma sobre porra nenhuma que é mais negócio.
E tenho dito.
caralho

terça-feira, 14 de junho de 2016

“A literatura é uma instituição paradoxal porque criar literatura é escrever de acordo com fórmulas existentes - mas também é zombar dessas convenções, ir além delas. A literatura é uma instituição que vive de expor e criticar seus próprios limites, de testar o que acontecerá se escrevermos de modo diferente. Assim, a literatura é ao mesmo tempo o nome do absolutamente convencional e do absolutamente demolidor, em que os leitores têm que captar o sentido” (CULLER, 1999, p.47)
“a literatura é sobre sexo, a literatura é um dos lugares onde essa idéia de sexo é construída, onde achamos promovida a idéia de que as identidades mais profundas das pessoas estão ligadas ao tipo de desejo que sentem por um outro ser humano” (CULLER, 1999, p.17)

sábado, 11 de junho de 2016

PRIMEIRO-POEMA-PARA-NALINE

PRIMEIRO-POEMA-PARA-NALINE

O que é um humano senão um aglomerado de impulsos e paixões bertrandrussellianas?
O que sou eu senão mais um animal apaixonado impulsionado por poesia e raiva e frustração e desespero?
O que sou eu senão mais um animal que escreve poesia?
Como não escrever Poesia ao saber de vossa existência
Como não fazê-lo, uma vez que sois e representais e incarnais o Impulso e a Paixão e a Inspiração e a Poesia?
Direito ao ponto, sem enrolações, sem meias-palavras de duplo sentido:
Como ter palavras para descrever o quanto quero desbravar vosso corpo ainda vestido
E então depois desbravá-lo então já despido
com as mãos e com a boca e com o nariz e com a barba?
Onde?
Qualquer lugar onde Vós sedes tanto companhia e parceiragem e Senhora e Rainha e Ama
quanto café-da-manhã e almoço e jantar e refeições intermediarias e ataques e pilhagens vikings à geladeira no meio da madrugada?
Como deve ser Vós dormindo?
Silenciosa como um cadáver?
Barulhenta como um ônibus velho prestes a dar prego?
Como deve ser Vós acordando?
Cabeleira loira desgrenhada sobre a pele entretons de Cáucaso e Bronzear e olhos negros
olhos negros reflexivos sobre o quê?
Pés debaixo das cobertas?
Quando os meus aos vossos?
Será que, um dia, meus pés aos vossos?
Será que, um dia, vos ver acordar
(com minhas mãos às vossas? com vossas mãos às minhas?  
com minhas mãos à vossa barriga e vossa cabeça sobre meu braço?
com o mínimo de roupas ou mesmo sem alguma?)?
e falando em Vós acordar sem roupa:
como deve ser subir com a boca e barba de vossos pés a vossos ombros e pescoço e orelhas e boca
como não desejar me perder-sem-caminho-de-volta em vossas pernas e quadris e ancas e tórax e abdome?
E falando em vossas pernas e quadris:
como seria pedir, seria pedir demais partires-me ao meio com vossas longas e perfeitas pernas e vossos talhados braços, dentro a quatro paredes?
seria pedir demais comeres minha carne, beber e banhar-se com ele e vestir minha pele como um guerreiro triunfante frente ao adversário derrotado?
não seria exagero pedir para me ensurdecer aos gritos e não conseguirmos respirar nem mesmo pela boca?
Lista de Exageros... Lista de Absurdos... Lista de Desejos...
isso porque já ser-me-ia realmente satisfatório somente
amanhecer convosco, entardecer convosco, anoitecer convosco...
E como será Vós recebendo este poema?
Rindo, sorrindo, vermelha-aos-versos, mordendo-os-lábios-aos-versos, olhos-arregalados-aos-versos... COMO?
E então – a partir de agora e desde sempre – Musa Inspiradora,
atenderás pelo menos o mais humilde dos pedidos deste servo
ou continuará (somente) a brilhar eternamente e impavidamente?
Naline!

:: 06 a 10 de junho de 2016 ::

segunda-feira, 6 de junho de 2016

CIÊNCIA E ENGENHARIA DE POLÍMEROS - poema completo

CIÊNCIA E ENGENHARIA DE POLÍMEROS

UM DIA, vossa pele alva...
Um dia, vossa pele alva e vossas tatuagens
(ademais a de vosso Totem Raposa)...
Um dia, vossos olhos negros falantes...
Um dia, Vós de óculos alvos (com detalhes pretos), como vossa pele cobrindo vossos olhos negros falantes...
Um dia, Vós sem brincos...
Um dia, Vós de sutiã bege-quase-branco...
Um dia, Vós contemplativa e contemplada e bucólica
todavia não melancólica...
Um dia... Um dia...
Um dia, minha barba preta já com inúmeros fios brancos por vossos ombros...
Um dia, meu nariz de tez marfim por vosso pescoço...
Um dia, vossas mãos às minhas...
Um dia, vossos olhos cerrados (ou então não?)...
Um dia, conhecer vossa voz a sussurros inaudíveis...
Um dia, nariz e barba à vossa nuca e detrás de vossas orelhas enquanto o mar-esverdeado-azul que tendes como cabelos represado...
Um dia, um dia...
Será que esse “Um dia, um dia...” chega?
Se chegar, eu certamente mudo e contemplativo
Como não sê-lo ante vossa formosura e graça impactantes como um Fokker 100 colidindo contra um prédio
E a doçura de vossos olhos brilhando como a iluminação causada de um Zeppelin em chamas?
Será mesmo um dia Vós ao alcance de minhas mãos?
Será mesmo então: minhas mãos situando vossos cabelos atrás de vossas orelhas e então vos beijar?
vosso mar-esverdeado-azul represado e permissão concedida a mim para desbravar vosso colo e pescoço e nuca?
saber como é o timbre idiossincrático de vossa voz e sussurrar e “ah’s” e “oh’s” e “hum’s”?
[“ah’s” e “oh’s” e “hum’s” reginaldorossianos? TOMARA!]
e então possível permissão
a vossas costas e tórax e barriga e quadros ?
a pernas e ancas e braços?
ao todo completo cruzesouziano que sois Vós?
Pele...
e Carne...
e Cabelos...
e Tatuagens...
e Parte e Todo... e Poema Idealizado e Poesia Incarnada...
Um dia... Um dia
Um dia, um dia
eu o Mais-Feliz-e-Ditoso-e-Abençoado-dos-Homens por então e enfim e finalmente
vos ver e ter despida em braços e beijos e lábios nesta sublime e almejada condição?
vossas mãos às minhas à vossa direção, vossos dedos aos meus, vossa voz me chamando pelo nome a um sussurrar...?
Um dia... Um dia...
Um dia, um dia...


:: 04 de junho de 2016 ::

sábado, 4 de junho de 2016



♫♪“In my dreams parade of lovers
From the other times and places
There's not one that matters now, no matter who
I'm just thankful for the journey
And that I've survived the battles
And that my spoils of victory are you”♫♪
– Johnny Cash, “Like A Soldier”, American Recordings, 1994